segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

A favor da descentralização

2014 se aproxima e com ele virá a segunda Copa do Mundo sediada em terras tupiniquins. Ao que parece, mesmo com Brasília e Belo Horizonte na disputa, a abertura acontecerá em São Paulo, no estádio que será construído pelo Corinthians. A final é claro, será no Maracanã, assim como em 1950. Até ai nada demais. É compreensível que os estados (e cidades), que polarizam o esporte bretão no Brasil, fiquem com essas importantes etapas da Copa do Mundo.
A questão queme faz escrever este post é a seguinte: Em uma Copa do Mundo, ganham destaque não apenas as cidades sedes da abertura e da final, mas também a que sediará o Centro Internacional de Transmissão (IBC - International Broadcast Centre). É deste lugar, que será comandada toda a transmissão da competição. Por isso é evidente que o direito de sediar este centro desperta o interesse de muitas cidades, afinal a movimentação financeira gerada pelo IBC, sempre gera muitas receitas à cidade que o sedia.
Pensando nisso, defendo que o Brasil deveria partir do seguinte pressuposto. A Copa servirá de vitrine para o país nas áreas da economia e também no setor turístico e claramente será a mola propulsora para o desenvovimento econômico das 12 cidades sedes. Tendo isso em vista, acredito que o melhor a ser feito é descentralizar o processo, o que na minha visão deixaria tal centro na capital federal.
Dos três postulantes a sede do IBC, apenas Brasíla não sediará algo de extrema importância para a Copa e como a mesma mostrou ter interesse e estrutura para sediar o centro midiático do evento, então que ele fosse para lá. Isso traria benefícios para Brasília e também para muitas cidades próximas, o que geraria ganhos futuros à elas e ao país.
Quanto as candidaturas paulista e carioca, não vejo muito sentido exatamente pelo fato de os mesmos já garantirem a abertura e a final da Copa, o que é evidente também trará muitos benefícios à estas cidades e seus respectivos estados. É claro que as duas cidades tem pontos positivos, que podem definir a "peleja" a favor delas. Ambas possuem umaótima estrutura de mídia, afinal concentram as matrizes, ou como se diz no jargão, jornalístico, as "cabeças" dos principais veículos de comunicação do país.
Em relação a candidatura do Rio, é preciso analizar o seguinte: dois anos após a Copa, haverá a Olimpíada, na Cidade Maravilhosa, que também terá seu IBC e não poderá ser o mesmo da Copa de 2014, ou seja, será um custo a mais para a cidade, encarecendo assim, os jogos de 2016.
Exatamente, por ver como algo prejudicial ao país, não vejo com bons olhos essa centralização no chamado eixo Rio - São Paulo, pois seria muitomelhor para o Brasil que os grandes eventos que ele sediará, beneficiem o maior número de cidades e regiões possíveis.

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