quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Política e Esporte

O texto publicado recentemente por um jornalista e blogueiro, trouxe a baila novamente a discussão sobre esporte e política. Em seu texto, Rafael Lopes do Voando Baixo, fala da chegada de Pastor Maldonado a elite do automobilismo e claro, aproveita a oportunidade para criticar Hugo Chávez, presidente da Venezuela, país de Maldonado. A ligação entre Maldonado e Chávez é evidente. O presidente é o principal financiador da carreira do piloto, o que é feito através da PDVSA, petrolífera do país sul americano.
Ao escrever, o blogueiro opta por priorizar os problemas envolvendo Chávez e a Venezuela, ao invéz de falar da carreira do jovem piloto e claro, o posicionamento do jornalista se mostra claramente por condenar a combinação política e esporte. Não vou aqui defender ou atacar governos, escrevo apenas para lembrar que o uso do esporte como ferramenta de propaganda político-ideológica, é uma prática muito antiga, durante anos estadunidenses e soviéticos brigaram a cada Jogos Olímpiicos para ver quem liderava o quadro de medalhas, Copas do Mundo, foram encaradas comopalcos para mostrar a superioridade de um determinado país e consequentemente sua ideologia.
Até mesmo no automobilismo, esta relação é antiga e vem ganhando força nos últimos anos, mas agora em uma versão mais sofisticada. Em diversas categorias deste esporte é comum vermos pilotos patrocinados por órgãos estatais, ou diretamente ligados ao governo. Na Nascar mesmo é comum vermos carros com propagandas das forças militares dos EUA. No início do automobilismo de competição, a identificação carro país era tão forte que os bólidos corriam com as coresda Força Aérea de cada país.
Desta história, surgiu o vermelho da Ferrari, ou o prtada Mercedes, sendo que no principio, os carros alemães corriam de branco, pois essa era cor da Força Aérea germânica. Agora a relação automobilismo/Estado se dá através dos patrocinadores, a Lada patrocina a Renault, por causa do Petrov, ambos são russos e o governo de Moscou que já mostrou interesse em sediar uma etapa da categoria e vem investindo pessado no esporte, por isso a dupla Lada/Petrov.
Outra estatal que ja está no esporte há anos é a Petronas, petrolífera malaia, que patrocina diversas equipes como a Mercedes, além é claro de patrocinar a etapa malaia. Outra estatal que ficou anos na F1 e era utilizada para fazer propaganda de seu país foi a extinta ELF, que hoje atende pelo nome de Total e continua na F1, não mais como estatal, pois fora privatizada anos atrás. Até a Petrobrás já participou do circo e em outros esportes, os brasileiros ainda podem ver diversas estatais patrocinando nossosatletas e equipes.
Entre estes casos podemos citar Correios/Futsal, Correios/Esportes Aquáticos, Banco do Brasil/Voleibol, Infraero/Judô, Caixa Econômica/Atletismo e ela também já patrocinou o Basquete, assim como a Eletrobrás que é a atual patrocinadora. Por isso comtantos exemplos no esporte mundial, não vejo problemano fato de a PDVSA patrocinar o Maldonado. Me preocupo mais com o desempenho do venezuelano, pos como torcedor da equipe de Grove, gostaria de ver um bom carro e também bons pilotos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário