Carta Aberta a Van der Sar

 

Se aproxima o dia 28 de maio de 2011, uma data importante para o futebol. Neste dia, no mítico estádio de Wembley, se enfrentarão Manchester United e Barcelona, quem vencer levará a Uefa Champions League, pela terceira vez em sua história, além de garantir vaga para o Mundial, que acontecerá no Japão, no final do ano. Entre os muitos destaques que estarão no estádio, como Messi, Roney, Ferguson e Iniesta, entre outros podemos e devemos destacar também o holandês Edwin Van der Sar, goleiro do time inglês e um dos melhores goleiros do mundo faz anos.

Van der Sar é um goleiro que aprendi a admirar e é evidente que foi para mim dos espelhos da época em que atuei como goleiro (ainda que no futsal e não no campo). Depois de mais de 15 anos de carreira em alto nível chegou a hora da muralha holandesa pendurar as luvas. Lembro de quando ainda pelo Ajax, seu primeiro time profissional, o vi jogando e ganhando, desde o Campeonato Holandês até a Champios e o Mundial (sobre o Grêmio em 95), acompanhei sua trajetória pelo time holandês, sua passagem sem sucesso pela Juventus da Itália, além de sua longa temporada no futebol inglês que se iniciou no Fulhan em 2002 e se encerrará no próximo dia 28.

Van der Sar está em uma lista dos que seriam os melhores goleiros que já vi. Sei que muitos dirão que o mesmo nunca foi campeão da Copa do Mundo, mas para "compenssar", o mesmo tem 2 Champions e 2 Mundiais Interclubes, podendo ganhar mais uma Champios no próximo sábado. Por isso acho que ele é um jogador que fará falta para qualquer torcedor que goste do bom futebol, principalmente em posições não tão prestigiadas como é o caso dos goleiros. Sei que Van der Sar está parando na hora certa (apesar de pensar que o mesmo poderia estender sua carreira até dezembro para tentar ganhar mais um Mundial).

Minha admiração pelo Van der Sar, acabou por definir para qual time torcer na partida final da Champions. Escrevo isso pelo seguinte, como não torço para nehum dos dois times que estarão jogando, poderia ficar apreciando a partida apenas para ver gols, afinal na Inglaterra sou torcedor do Arsenal e na Espanha sou Real Madrid. Como não gosto de torcer para que os rivais percam, acabo sempre saindo da neutralidade e escolhendo um dos dois times, desta vez, serei Manchester United, para poder ver este grande goleiro fechar sua vitoriosa carreira com mais um troféu no curriculo. Parabéns Van der Sar pela gloriosa caminhada no futebol, ainda bem que você se manteve jogando no gol, após substituir um amigo de time em uma partida, deixando de jogar na posição original.

Uma nova empreitada

Dia 21 de maio de 2011, a data do início de mais um Campeonato Brasileiro e agora além de acompanhar o desenrrolar do campeonato e o desempenho do meu time, começo este ano a acompanhar esta competição de uma maneira diferenciada. Depois de um ano, ouvindo apelos de um amigo, resolvi entrar em um jogo virtual, onde se pode criar um time com nome, escudo, uniforme e onde claro o jogador é o Cartola do mesmo.

Para disputar o jogo criei um time com forte influência da tradição européia. O nome do time é Dínamo, uma singela homenagem ao Dínamo de Kiev, principal time soviético dos anos 40 e 50, que tinha e ainda tem seus charás em vários países, pertencentes a antiga Cortina de Ferro. Assim como os times europeus, o meu Dínamo também leva o nome da cidade, ou seja Macaé.

Seu escudo é redondo assim como grandes clubes europeus e também alguns brasileiros. Apenas para ficarmos em alguns exemplos, podemos citar, Real Madrid (ESP), Bayern de Munique (ALE), Internazionale de Milão (ITA), Internacional (BRA), Cruzeiro (BRA) e Corinthians (BRA). Suas cores são o preto e o amarelo, que remetem a outro gigante do futebol sul americano, que é o Peñarol (URU), além de ter detalhes em laranja (opção pessoal do fundador do time).

Para a construção do time, ouvi uns conselhos aqui, outros palpites ali, fiz algumas apostas e acredito ter montado um bom time, ao menos para a estreia da competição. Entre as apostas podemos citar a mudança do esquema tático, começo jogando em um "inédito" 4-3-3, pois prefiro o 4-4-2, mas como pretendo apostar em gols, arrisquei a mudança. Como contraponto, tenho o técnico do Coritiba, Marcelo Oliveira, que devido a boa fase do time, é o mais "escalado".

No gol apostei minhas fichas no garoto Renan (Avaí), cotado para listar entre as revelações do campeonato. Completando a defesa tenho nas laterais Fábio Santos (Corinthians), Alex Sandro (Santos), Castan (Corinthians) e Pereira (Coritiba) [Dica de ex jogador e comentarista, que já tem experiência no jogo]. Meus meias são: Ramírez (Corinthians), que vem entrando no decorrer das partidas e jogando bem, Zé Roberto (Internacional) e Rafinha (Coritiba) [Outra dica do mesmo comentarista].

Na frete vou com Willian (Corinthians), que assim como Ramírez, vem entrando e jogando bem e ainda tem a questão do Dentinho ter saído, além dos atacantes Wallysson (Cruzeiro) [Terceira e última dica do comentarista] e Fábio Júnior (América-MG). É com essa equipe que o Dínamo Macaé começará essa nova empreitada, onde disputará quatro ligas, misturando entretenimento e conhecimento de futebol.

Acabou a espera

Pois é dizem que grandes períodos sem conquistas de títulos importantes agregam mística e importância aos cluibes que enfrentam essa situação. Se isso for verdade, o Manchester City, tem muito o que comemorar, após enfrentar todos os problemas possíveis na história de um clube, o alvi-anil inglês passou agora por seu último obstáculo para se eternizar entre os grandes do futebol da terra da Rainha.

Após um longo jejum de 35 anos, finalmente o lado azul e branco de Manchester pode soltar o grito de campeão e comemorar a conquista da Copa da Inglaterra, alcançada com a vitória sobre o Stoke City, por 1 a 0, gol do marfinense Yaya Touré, que na semi-final já havia decido a partida e agora faz o gol do título. Essa foi a quinta vez que o City levantou a Taça da Copa da Inglaterra.

Após ser rebaixado para a Segunda Divisão por diversas vezes, incluindo ai a temporada em que defendia o título e acabou rebaixado. Mas o cenário do time começou a mudar em 2008, quando foi adquirido por um importante grupo financeiro árabe, que injetou muito dinheiro no time. Vieram melhorias na estrutura e no elenco e o time passou a trilhar rumo as conquistas e a grandeza. o próprio Yaya Touré, assim como o técnico Mancini e o capitão Tevez são frutos desta reestruturação. 

Parabéns ao City pela conquista e pela sua consolidação entre os grandes ingleses, onde já estão: Macnhester United (grande rival e ganhador do cmapeonato inglês, também na mesma data), Liverpool, Arsenal e Chelsea.

O discursos já estão prontos

Amanhã (15) é o dia da grande final do Paulistão 2011. Se enfrentam na Vila Belmiro, Santos e Corinthians e assim como no primeiro jogo no domingo passado, essa partida promete grandes emoções. De um lado temos o dono casa com um time muito bem armado e com um dos melhores elencos do futebol nacional. É claro que a ausência do Paulo Henrique Ganso é um afotr negativo para alvinegro praiano, mas a presença de Neymar, pode desquilibrar o jogo em favor do time da baixada. 

Do outro lado temos o Corinthians que apesar de ter bons jogadores, não tem um elenco tão bom quanto o do adversário, mas que como diz a tradição, continua sendo um time de chegada. Entretanto o problema do jogo não está nos elencos, mas sim em velhas histórias que povoam o cenário futebolístico nacional. Ao contrário do time de Neymar, o Corinthians deixou a Libertadores de maneira precoce e vem se dedicando integralmente ao estadual. Já o Santos, precisa ainda se dividir entre o estadual e a competição continental e é este fato que vem causando polêmica.

É evidente que a maratona de se jogar duas vezes por semana cansa mais do que jogar apenas uma. E isso já foi motivo de discussão entre os técnicos das duas equipes. Caso o Corinthians seja o campeão, o discurso de jogadores, Comissão Técnica e diretoria do time do Litoral, já está pronto. a desculpa será exatamente o cansaço, provocado pela maratona de jogos. Caso o Santos conquiste o bi-campeonato, o discurso será de que o Santos tem um grande elenco e jogadores fora de série, como Neymar, Ganso e Zé Love.

Agora resta ao torcedor esperar o resultado da peleja para saber como será os discursos do time de Muricy Ramanlho, as opções já estão expostas. 

Miopia boleira

Assim  como acontece nos outros temas o povo brasileiro sofre uma grave miopia em relação ao futebol. Desde os primórdios do esporte brtão em terras tupiniquins, que o polo do esporte se concentra no eixo Rio-São Paulo. Claro que com o tempo, grandes equipes consolidaram  times de outros  estados e região, mas ainda assim, os times desses estados  figuram entre os primeiros do  futebol brasileiro, alinhados com alguns de Minas e Rio Grande do Sul. Entretanto, mesmo com essa  ampliação, as análises do futebol sempre apontam de forma rasa, as equipes do sudeste como as melhores do Brasil. Atualmente vivemos isso, mais uma vez.

É notório que atualmente o melhor time do Brasil é o Coritiba, que não tem grandes conquistas, não tem grande estrutura, não tem um grande elenco e nem um técnico de ponta, como os outros grandes, mas é o único do nosso futebol que permance invicto após quatro meses de temporada. O Coxa Branca,  como pe conhecido por sua torcida, foi campeão estadual invicto e só não  teve 100% de aproveitamento, por que empatou dois jogos na competição. Além disso, vem fazendo ótima  campanha na Copa do Brasil, onde venceu o Palmeiras com o resultado elástico de 6x0, o que  praticamente sacramentou sua classificação para a  fase seguinte e ampliou  o recorde de invencibilidade do nosso futebol, chegando a 24 partidas.

Claro que a  fase do time parananense despertou a atenção dos boleiros do país e deu início a um importante debate: Quem é o melhor time do país na atualidade? O Coritiba, por tudo o que  fez até hoje? O Santos, único a permanecer na  Libertadores e ainda é finalista do Paulistão? O Flamengo, campeão carioca invicto, mas que perdeu a invencibilidade para o Ceará? O Cruzeiro, furacão da primeira fase da Libertadores e finalista do Mineirão? Pelo visto opções não faltam.

Muitos dizem que seria o Cruzeiro, por conta do desempenho na Libertadores, se classificou com a melhor campanha, mas jogou tudo isso  fora ao ser eliminado pelo fraco Once Caldas. As outras opções  aqui apresentadas sofrem com o argumento de que seus adversários são fracos demais, mas o mesmo serve também para o alvianil mineiro, pois fora o Estudiantes  da Argentina, ele só jogou contra um time forte o Atlético-MG. Já o Coritiba, só pode colocar nessa lista o Atlético-PR e o Palmeiras, por enquanto. Flamengo e Santos, sofrem do mesmo mal, poucos foram os adversários que impõe algum respeito.

Pela invencibilidade de tantos jogos que lhe valeram um título estadual e o recorde histórico, que antes pertencia ao super Palmeiras dos anos 90, acredito que hoje o melhor time do país é o Coritiba, que terá até a próxima semana  para confirmar o posto. Para tanto, basta ratificar sua classificação  na  Copa do Brasil e torcer para que o grande Cruzeiro, não seja  campeão  mineiro.  Todavia, é  claro que muitos  dirão  que o Coxa não  é o melhor do país, a maioria destes críticos, serão  lógicamente torcedores  dos times citados a cima, alé é óbvio de sofrerem desta doença crõnica que é a Miopia boleira, que impede suas vítimas de enxergar a realidade depois de uma certa distância.

É preciso desprivatizar as liberdades de imprensa e de expressão

Este 3 de maio, Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, tem significado especial para os jornalistas brasileiros porquanto estão em pauta, no Congresso Nacional, duas questões de fundamental importância para o exercício profissional do Jornalismo com democracia. Paralela à agressão cotidiana contra jornalistas, buscando impedir ou censurar a livre circulação de informações, a extinção da exigência de diploma como requisito para o exercício da profissão desprotege o exercício do Jornalismo ético e responsável e destitui da sociedade seu direito à informação com qualidade. Não por acaso a Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado pautou para este 3 de maio uma audiência pública sobre a liberdade de imprensa e a violência contra jornalistas. A escalada de agressões a profissionais de comunicação vem se manifestando em episódios de manutenção de repórteres, repórteres fotográficos e cinematográficos em cárcere privado, agressões físicas, ameaças de morte, em casos de censura prévia e mesmo nos locais de trabalho, quando ao denunciarem casos que ferem interesses econômicos e políticos os profissionais são “premiados” com demissão. Se no 3 de Maio do ano passado o debate sobre liberdade de imprensa no Congresso Nacional se deu sob a ótica patronal, a audiência pública de hoje na CDH dá voz aos trabalhadores e suas organizações, com manifestações de representantes da FENAJ, de Sindicatos de Jornalistas, da Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial e de profissionais da área. Para a FENAJ é fundamental desparticularizar e desprivatizar os conceitos de liberdade de expressão e liberdade de imprensa. A liberdade de expressão tem que ser assegurada como um direito universal de todos os seres humanos manifestarem seu pensamento. E a liberdade de imprensa é condição necessária para a livre circulação de informações com responsabilidade, ética, pluralismo, respeito às diferenças e sem discriminações. O Artigo XIX da Declaração Universal dos Direitos Humanos consagra que "toda pessoa tem direito à liberdade de opinião e expressão; este direito inclui a liberdade de, sem interferência, ter opiniões e de procurar receber e transmitir informações e idéias por quaisquer meios e independentemente de fronteiras”. Neste contexto, evidentemente os veículos e os profissionais de comunicação têm papel destacado. Mas além de uma mídia livre, independente e pluralista, é fundamental que os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário não negligenciem em seu papel de coibir iniciativas que comprometem as liberdades civis e a democracia. Igualmente faz-se necessário reconhecer que as liberdades de expressão e de imprensa não são direitos absolutos. Seu limite é o respeito aos direitos dos cidadãos e usuários. É inadmissível recorrer a tais liberdades para proteger quem oculta ou distorce fatos, macula a honra das pessoas ou atropela direitos e obrigações. Por isso, a FENAJ sustenta que o vazio jurídico deixado com a extinção da autoritária Lei 5.250, de 1967, não pode prosseguir e que é urgente uma nova e democrática lei de imprensa, com a regulação das relações entre o estado, os veículos de comunicação, os profissionais do setor e a sociedade. A entidade defende a aprovação do substitutivo do ex-deputado Vilmar Rocha ao PL 3.232/92, que está pronto para votação há 13 anos. Registramos, também, que demissões, precarização das relações de trabalho, censura empresarial e autocensura são fatos que acontecem diariamente nas redações e que configuram violências. A elas somou-se a decisão do STF de 17/06/2009, que pôs fim a exigência do diploma como requisito para o exercício do Jornalismo, e entregando às empresas de comunicação a definição do acesso à profissão de jornalista. Cabe ao Congresso Nacional consertar este erro com a aprovação das Propostas de Emenda Constitucional que restabelecem a exigência do diploma como condição básica para acesso ao exercício profissional do Jornalismo assegurando o direito da sociedade à informação de qualidade. Brasília, 03 de maio de 2011. Diretoria da FENAJ