terça-feira, 29 de setembro de 2009

Ao arrepio da lei


Já faz tempo que o debate sobre a aumento dos parlamentos municipais, vem ganhando força na sociedade brasileira. Como já era esperado, o debate acabou gerando a chamada PEC (Projeto de Emenda Constitucional), que permite o aumento de vagas nas Câmaras Municipais. Com a recente aprovação da mesma no Congresso, o debate ganhou mais força e a cada dia, vemos mais pessoas se posicionado contrárias ou favoráveis a mudança. Muitos defendem que a medida já valha a parir deste ano, dando aos vereadores mais votados entre os que não foram eleitos o direito a uma cadeira de vereador.
Os defensores da PEC, alegam que com o aumento de vereadores, o trabalho do legislador ficará mais completo pois a medida distribuirá melhor o atendimento da população por parte dos vereadores. Estes alegam também que a mudança, não causará prejuízo aos cofres públicos, pois o orçamento das casas será mantido. Quem é contrário, afirma que é impossível aumentar o número de vereadores e também de assessores, sem mexer no caixa do legislativo, aumentando os gastos com os mesmos.
Caso a PEC seja aprovada e considerada legal, vai aparecer muito "vereador", que ficou no quase na última eleição e que pleiteará a posse imediata, arrepiando a legislação e atrapalhando o andamento dos trabalhos dos legislativos.
Outro problema relacionado a idéia de implantação da mudança, logo após a sua aprovação está no fato de que a lei eleitoral, só permite que mudanças como estas passem a valer para o próximo pleito, ou seja, neste caso o inchaço das Câmaras, só acontecerá em 2012. Querer fazer valer a mudança agora é tentar mudar a regra do jogo, no decorrer do mesmo.
Os defensores da PEC, querem agora repetir o erro do governo FHC, que alterou a lei eleitoral e instituiu a reeleição para os cargos do executivo, permitindo que os então ocupantes do mesmo concorressem a reeleição. Isso é imoral e cheira a "golpe branco". O presidente do TSE, Ministro Carlos Ayres Brito, já declarou que esta medida só valerá para a próxima eleição, a OAB já se posicionou mostrando que caso algum parlamento municipal insistir em dar posse à estes "novos" vereadores, a entidade entrará com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin), no Supremo Tribunal Federal, questionando a constitucionalidade da mesma.
Se a mudança realmente acontecer, aparecerão vários "candidatos eleitos" querendo a posse imediata, o que acabará atrapalhando o trabalho dos legislativos e também os trabalhos do judiciário, uma vez que muitos dos pretendentes a candidatos, que não puderam se lançar no último pleito, também acionarem a justiça, questionando a medida em benefício destes mais de sete mil "novos eleitos".

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

O AI 5 caribenho

Já faz cerca de 90 dias que o presidente de Honduras, eleito democraticamente foi deposto por uma junta militar com a colaboração e ou conivência da justiça daquele país. A justificativa, era o fato de Manuel Zelaya, tantar realizar uma consulta popular, para decidir se mudaria a legislação eleitoral, permitindo a reeleição. Pois bem, como tal medida seria inconstitucional, já que a Carta Magna daquele país não permite que se estabeleça a reeleição, os militares deram um Golpe de Estado, to maram poder e colocaram o presidente do parlamento como chefe de Estado biônico.
Esta medida foi claramente criticada por diversos membros da Comunidade Internacional, que não reconheceram o "novo governo". Claro, que com o golpe, começaram a acontecer tensionamentos que desestabilizaram e ainda desestabilizam o país. Após ser deposto, preso e deportado para a vizinha Costa Rica, Manuel Zelaya retornou para seu país e se abrigou na embaixada brasileira, naquele país.
Ao perceber que não tinha o apoio de grande parte, se não de toda a Comunidade Internacional, Micheleti, ocupante do posto de "Presidente" de Honduras, resolveu tirar a máscara e endurecer o "jogo". Decretou Estado de Sítio, suspendeu direitos básicos como o de ir e vir, as liberdades de imprensa e expressão, fechou veículos de comunicação com linhas editoriais contrárias ao seu "governo", colocou o Exército nas ruas para garantir a ordem (sic) e tirou do papel um triste episódio que vários países latino americanos já viveram em um passado não tão distante.
Micheletti, estabeleceu seu AI 5, em uma tentativa desesperada de tentar mostrar ao menos para o povo hondurenho que, naquele país, ele personifica a velha e famosa frase atribuída a Luiz XV, o "Rei Sol", "O Estado sou eu". Com isso, ao menso por hora, ele e a junta militar que o colocou no lugar de Zelaya, colocam uma pá de cal na tentativa de reestabelecer naquele país, o Estado Democrático de Direito, que os países do continente lutaram tanto para consolidar nas Américas.
Infelizmente, alguns países que condenaram a deposição de Zelaya, no calor dos acontecimentos, agora parecem rever seus conceitos e ao que parece, rumam em outra direção. O governo dos EUA, que condenou o golpe em Honduras meses atrás, agora parece fugir do debate sobre o caso, o que é lamentável devido a importância que o assunto tem para o continente.
Após criticar o Brasil , por levar o tema para ser debatido no Conselho de Segurança da ONU, o governo Obama, agora classifica de "irresponsável e tola", a volta de Zelaya ao seu país. A OEA, que já suspendeu Honduras de seus quadros, logo após o golpe, agora fica apenas exigindo "respeito à inviolabilidade" das embaixadas diplomáticas no país.
É preciso que não apenas o Brasil, mas também a OEA, que inclusive recentemente se colocou contrária ao retorno de Cuba aos seus quadros alegando que a ilha seria governada por uma ditadura, intervenham no conflito, mediando uma negociação pacífica entre as partes e caso seja nescessário, a ONU, também deveria atuar para solucionar a questão.
É lamentável, ver que após tantas lutas pelo fim de regimes totalitários não apenas nas Américas Central de do Sul, ainda aconteça fatos lamentáveis como os que vem acontecendo em Honduras.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Viva a diversidade racial


Já vai longe o tempo em que a sociedade debate a exisência ou não das raças. Diversos pesquisadores questionam a existência de raças alegando que a única raça existente seria a raça humana. faz tempo que tal afirmação, virou uma espécie de mantra entre vários estudiosos da área. Para muitos biólogos, a idéia de raças não existem e vários cientistas sociais também seria errado dividir a humanidade entre raças.

Entretanto, ainda é uma idéia equivocada negar a existência de raças. Basta uma rápida consulta aos dicionários para ver que não é correto esgotar o debate ao classificar a humanidade como sendo apenas uma raça. Segundo o dicionário Aurélio, a palavra humano significa algo relativo a espécie e não a raça. Segundo o mesmo dicionário, a definição de espécie é a seguinte: unidade básica de classificação científica. Já a palavra raça, tem como definição no mesmo dicionário da seguinte forma: Grupo de indivíduos cujo os caracteres biológicos são constantes e passam de uma a outra geração: raça branca, raça negra, raça amarela, raça vermelha./ História natural, Subdivisão de uma espécie: raças humanas.

Portanto, como podemos ver é falsa a idéia de raça única, somos sim das mais diferentes raças e por isso, não há como esconder estas diferenças raciais. Negar a existência de raças para desta forma negar o racismo é apenas um subterfúgio para esconder este grande mau que sempre assolou a humanidade. O que deve ser mudado, não é o concito de raça, como muitos estudiosos de diversas áreas vem defendendo, mas sim valorizar esta diversidade sem torná-la algo para suprimir direitos.

Negar as diferenças raciais é fazer vista grossa as lutas de pessoas como Nélson Mandela e Martin Luther King, que sempre lutarm não apenas em seus países, mas ganharam também renome internacional, na luta pelos direitos civis dos negros. Por isso, em memória dos homens que lutaram contra o apartheid racial, que vigorou durante anos na África do Sul e também as outras pessoas que sempre lutaram pelos direitos civis, sem distinção de raça, credo ou gênero é que a humanidade precisa valorizar sim, as diferenças raciais e étnicas que erriquecem culturalmente toda a humanidade.

sábado, 19 de setembro de 2009

Fazem tudo por dinheiro

Nos anos 80 e 90, existia um programa de televisão que chamava "Topa Tudo por Dinheiro". Pois bem, nele os participantes realizavam diversas atividades das mais estranhas para ganhar algum trocado. Agora, parece que a moda voltou só que de uma forma invertida. Ao invés do telespectador ir participar dos programas de televisão, para poder ganhar algum dinheiro, os programas é que estão focando em meios "alternativos" de faturar.
Já faz tempo que os programas de televisão, não satisfeitos em baixar o nível da programação, deteriorando a qualidade para aumentar a popularidade e consequentemente a audiência, agora eles querem que para participar, as pessoas tem que ligar para a produção e é claro que esta ligação não é gratuita e portanto, saem ganhando a emissora de televisão e a operadora de telefonia.
Para elas, não basta faturar com a publicidade dos intervalos comerciais, é preciso utilizar todos os meios possíveis para encher o cofre. O estranho detsa situação é que enquanto a tecnologia se aprimora e a internet ganha cada vez mais espaço, inclusive com a popularização do acesso a ela, muitas vezes até de maneira gratuita. Estes empresários que só ouvem o tilintar das moedas entrando nas contas bancárias, adotam meios onde o telespectador é obrigado a pagar para poder interagir com o programa.
Este comportamento acaba sendo contraditório, pois os programas insistem em remar contra a maré e também afastam o telespectador afetando a audiência, pois sem a possibilidade de interação, ou ainda que se tenha uma pequena interação muitos acabam perdendo o interesse e migrando para os concorrentes e assim a audiência cai, os anunciantes se afastam e o ciclo vicioso fica armado.
É preciso que as produções revejam seus conceitos e desenvolvam alternativas de atrair mais o público, pois assim com a audiência garantida, os anunciantes continuam investindo e o programa terá vida longa. Por isso, é preciso se ampliar as formas de interatividade garantindo que as pessoas continuem acompanhando e particiapando deles.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Vá de bicilcleta. Deixe seu carro em casa.



No dia 22 de setembro, próxima terça-feira, acontecerá mais uma edição do "Dia Mundial Sem Carro". A idéia começou a partir de um movimento surgido em algumas cidades européias e já há alguns anos, a cada nova edição o número de cidades que aderem ao movimento aumenta. No Brasil, cidades como São Paulo, Curitiba e Belo Horizonte, Niterói e Rio de Janeiro, já realizam atividades para comemorar o dia. A idéia dos organizadores é fazer uma reflexão sobre os danos causados pela emissão de poluentes provocada pelo grande número de veículos que circulam pelas cidades.
Por isso, a idéia do movimento é apresentar alternativas para a locomoção, seja através de bicicletas, do incentivo ao transporte público e trás também para o debate, outras alternativas para se reduzir o caos que é o trânsito em nossas cidades. Algumas cidades européias acabaram por incentivar o uso das bikes, como é o caso de Amsterdam, na Holanda, que possui uma malha cicloviária por toda a cidade.

Outra alternativa é fazer com que em algumas áreas da cidade só se permita o trânsito de veículos, mediante o pagamento de pedágio. Isso já uma prática comum em capitais européias como Londres, que cobra o pedágio de 5 libras, o que equivale a R$ 15,00. Caso a pessoa circule pela região, terá que pagar multa de 80 libras, o que equivale a R$ 250,00. Claro que para a realidade de nossas cidades e também de nossa legislação, tais medidas enfrentariam problemas, mas são medidas a serem debatidas.

Claro que para medidas como estas serem tomadas é preciso que o poder público invista na cosntrução de quilômetros e quilômetros de ciclovias, melhorar o transporte público aumentando inclusive as alternativas de transporte, com trens, metrôs, entre outras. Mas esta é uma pauta cujo o debate se faz urgente.

Os motivos para se levantar esta bandeira, são vários como por exemplo, a questão do aquecimento global, o tempo que se perde nos congestionamentos que vivem a quebrar novos recordes a cada dia. Portanto, para que se conquiste estas melhorias é preciso que a sociedade se mobilize e mostre a adesão as alterantivas como esta campanha.

Portanto, no próximo dia 22, vá de bicleta, bonde, trem, a pé, mas deixe os veículos motorizados em casa. Ajude o planeta e também o trânsito de sua cidade.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Um debate que rompe fronteiras


Enquanto a população brasileira se agita no país inteiro para organizar e participar das conferências municipais e estaduais de comunicação, visando a Conferência Nacional de Comunicação que acontecerá em Brasília nos dias 1, 2 e 3 de dezembro. O tema também foi debatido na Argentina. Na quinta-feira, dia 17, o parlamento argentino votou o novo marco regulatório para as concessões de televisão e rádio, naquele país.

O projeto do governo Kirchner, preve que as concessões de rádio e televisão, sejam divididas de maneira tripartite, ou seja 1/3 para a iniciativa privada, 1/3 para o poder público e 1/3 para a sociedade civil organizada. Com relação a tv a cabo, o governo poderá regular as tarifas e poderá ainda repassar as licenças das televisões privadas para as televisões públicas. canais de rádio e de televisão, terão cotas para a transmissão de produções nacionais.

Com relação a cobertura dos veículos, sejam rádios ou televisões, elas poderão alcançar no máximo 35% da população, somente os canais estatais, poderão ter cobertura em todo o país. Sobre as rádios, cada grupo mídiático poderá ter até 10 concessões.

Com isso, o goveno argentino pretende combater os monopólios e oligopólios que controlam a comunicação no país, algo não muito diferente do que acontece do lado de cá da fronteira. Por isso, seria um grande avanço que o marco regulatório seja alterado aqui também e siga os moldes de Buenos Aires, democratizando mais a comunicação e dando mais voz aos grupos sociais, resgatando o verdadeiro caráter da comunicação.

Como já era esperado, a reação, não apenas da imprensa argentina, mas também de muitos veículos brasileiros, foi classificar a medida como uma manobra para que o Estado aumente seu controle sobre os meios de comunicação. Entretanto, tal visão é equivocada, uma vez que mesmo aumentando sua participação nos meios de comunicação, o governo garante ainda que não apenas empresários, mas também a sociedade civil tenha, o mesmo espaço que o poder estatal, na produção, gestão e veiculação da informação que é um direito básico do ser humano, garantido pela Declaração Universal dos Direitos Humanos.

É preciso que também aqui no Brasil, a sociedade se mobilize e aproveite a realização das conferências municipais e regionais que estão acontecendo para assim, garantir mudanças e avanços na estrutura da comunicação no país, quebrando o oligopólio existente, onde apenas 5 famílias controlam a maioria dos veículos de comunicação. Para mudar este quadro, é preciso que se apoie o fortalecimento das mídias alternativas e populares, como as rádios comunitárias e os jornais de bairro, entre tantos outros modelos de mídias alternativas que podem fazer sucesso, na caminhada pela real democratização da comunicação.




terça-feira, 15 de setembro de 2009

E o jogo continua

Visando a eleição do ano que vem para o governo do estado, o Democratas já começou a veicular propaganda enaltecendo obras da "gestão César Maia" na prefeitura da capital. E claro, como não poderia deixar de ser, valorizou as obras do Pan, que como todos sabem e o próprio César Maia resalta na propaganda, são peças chaves na campanha pelos Jogos Olímpicos de 2016.
O que César Maia não fala e por motivos óbivios é que estas mesmas obras apresentadas como exemplo da gestão do DEM, só aconteceram por que o o Governo Federal (do PT), foi o principal financiador. E nem da parte administrativa, a prefeitura do Rio, teria do que se orgulhar, afinal o orçamento para as obras do Pan estouraram e foi preciso passar o pires lá no Planalto para que as contas fechassem.
Outro ponto negativo relacionado as obras citadas, está no fato de a maioria, ou talvez todas não serem administradas pelo poder público, seja ele a prefeitura, o governo do estado ou a União. Vejamos: O Engenhão é administrado pelo Botafogo, a Arena Multiuso é na verdade Arena HSBC, já que o banco multinacional arrendou-a, o Parque Aquático Maria Lenk e o Velódromo, ambos citados na propaganda, fazem com que, provavelmente, apenas 50% das obras, feitas amplamente com o dinheiro público, sejam administradas pelo poder público.
Independente de coloração político ideológica, é preciso lembrar que caso o Rio de Janeiro, seja confirmado no próximo dia 2 de outubro como a cidade sede das Olimpíadas de 2016, as obras para o Pan de 2007, foram importantes sim, mas sem a mobilização do governo federal, este sonho não seria realidade.
Neste ponto, o govenro Lula, pode sim, garantir mais uma vez seu espaço na história, afinal foram suas garantias financeiras que asseguraram a realização do Pan dois anos atrás, onde inclusive o próprio Lula foi vaiado na abertura. Foi este mesmo governo que garantiu o país como a sede da Copa de 2014, 64 anos após a realização da primeira Copa no Brasil e será ele também, devido a seu papel fundamental nesta campanha, que poderá garantir a cidade do Rio o direito de sediar as Olímpíadas daqui a 7 anos.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

A média que a mídia faz


Hoje, tomei emprestado o slogan de um famoso veículo de comunicação alternativa do estado do Rio de Janeiro, o Fazendo Média, de estudantes de comunicação da Universidade Federal Fluminense, para mostrar os famosos jogos de cena que a grande imprensa faz. Exemplos não faltam. Recentemente em uma ação de reintegração de posse no Rio Grande do Sul, políciais da Brigada Militar mataram um membro do MST, pelas costas e a grande mídia tratou da questão como se o ocorrido fosse algo normal e que o policial não deveria ser punido.

Outro exemplo claro da falta de imparcialidade da nossa mídia, pode ser visto no dia 13 de setembro, quando durante um evento oficial com a participação do presidente Lula, em Roraima, arrozeiros instatisfeitos com as demarcações de terras indgenas no estado, partiram para a ignorância e agrediram os veículos da comitiva oficial, que acompanhava o presidente e ainda tinha o prefeito da capital e o governador do estado.

Ao cobrir o ocorrido, a nossa grande imprensa deu pouco destaque ao fato, ao menos na internet, onde apenas dois grandesa veículos noticiaram o fato, mas sem apontar os manifestantes como se fossem criminosos, o que não acontece quando as manifestações são realizadas pelo MST. Comportamentos como este só vem corroborar com a idéia de que a imparcilaidade não existe na imprensa e que mesmo defendendo esta idéia, a grande mídia tem lado e defende as idéias dos grandes empresários.

Outro exemplo recente e claro deste posicionamento é o comportamento da mídia, com relação a compra de mísseis feita pelo presidente Hugo Chávez da Venezuela, como se esta m obilização fosse o grande perigo para o continente, quando na verdade o grande perigo militar é a presença de tropas militares dos EUA, no território colombiano, ainda que com o aval do presidente Uribe. Porém, para a grande mídia, financiada pelo capital internacional, principalmente dos EUA e por isso, as falsas liberdades de imprensa e de expressão, as empresas midiáticas, acabam se calando.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Ah! Seus hipócritas!


O título do post foi inspirado na famosa matéria "Ah, seus covardes: O segundo julgamento de Dreyfus", esta matéria escrita por J. E. Dillon e publicada na edição de 11 de setembro de 1899 do jornal Daily Telegraph. O texto trata do segundo julgamento do então Capitão Alfred Dreyfus, que já havia sido condenado a prisão e degradação no primeiro julgamento. Dreyfus era acusado de passar segredos militares aos alemães. Segundo Dillon, o comportamento covarde dos "atores" do segundo julgamento mantiveram a condenação e o réu só acabou sendo perdoado em 1906.


O texto fez tanto sucesso que entrou para a história do jornalismo literário, ou "New Jornalism", que entrou para a obra "O Grande Livro do Jornalismo", que reúne outras 54 reportagens do gênero e que foi editado por Jon E. Lewis. No Brasil, o livro foi publicado pela José Olympo Editora.


Lembrei-me do livro e da reportagem de Dillon, por vários motivos. O primeiro pela proximidade que vejo entre covardia e hipocrisia, o segundo pela data, já que também estamos em um 11 de setembro. O terceiro motivo é a minha participação em um debate pela internet sobre a tão sonhada e nunca alcançada liberdade de expressão.


O 11 de setembro é um dia importante para se falar em liberdade, afinal nesta mesma data, no ano de 1973, o Chile sofreu um duro golpe militar que tirou do poder o governo marxista de Salvador Allende e o substituiu por Pinochet, vilipendiando duramente as liberdades do povo chileno. Com relação a proximidade que vejo entre covardia e hipocrisia, lembro dos "fanfarões", que vivem a gritar por liberdade, mas que quando lhes interessa, são os primeiros a atacá-la, como vemos claramente com vários veículos de comunicação e também com muitas entidades ligadas ao jornalismo.


O debate a que me referi, tratava sobre um jornalista brasileiro que além de trabalhar no Congresso Nacional, participa também do Conselho Editorial da Telesur, um canal de televisão que pretende integrar a América Latina e que foi idealizado pelo presidente da Venezuela Hugo Chávez. Esta aproximação entre o jornalista brasileiro e a televisão sonhada pelo Chávez, foi claramente atacada por vários jornalistas e também por algumas entidades patronais.


Como já era esperado, Chávez foi taxado como ditador (mesmo tendo sido eleito e reeleito pelo povo venezuelano), choveram crírticas à ele, por que seu governo mandou fechar vários veículos de comunicação, o que é claro foi um erro. Mas o que estrahei e classifico como hipocrisia é que os brasileiros que o criticam, se calam diante do comportamento de vários veículos que atrelam os fatos noticiados aos seus intereses econômicos.


Por que não criticar os veículos que noticiaram a morte do militante do MST, como sendo apenas mais uma morte de um baderneiro, quando na verdade o polícial o matou pelas costas, ou seja, de maneira covarde? Por que não criticar as polícias fascistas dos governos do Rio e de São Paulo, que entram nas comunidades carentes atirando a esmo e muitas vezes mantando moradores inocentes, como se a polícia tivesse "licença para matar", nos moldes do James Bond, mais ocnhecido como 007? Por que não cobrar da mídia que ela critique este comportamento da polícia?


Isso, nem a imprensa e nem a sociedade fazem,porque são coniventes com estes absurdos, mesmo dizendo-se claramente defensores dos direitos humanos e da liberdade de expressão se colocam de forma cínica a defender os interesses financeiros dos grandes empresários, incluido ai os da comunicação, que atuam como "vendilhões do templo", comercializando a notícia conforme o interesse de quem pagar mais.


Agindo desta forma, os cínicos defensores da liberdade de expressão, apenas perpetuam o ideal de pensamento único. Ou as pessoas pensam e agem conforme o status-quo, ou então são marginalizadas e criminalizadas pela classe dominante da sociedade, ferindo assim, não apenas as liberdades de imprensa e de expressão, mas também e principalmente a democracia.


segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Em defesa da vida e pela mobilização popular


Com o tema "Vida em Primeiro Lugar" e o lema "A força da transformação está na organização popular", o grito dos excluídos se espalhou pelo Brasil, por mais um ano. Em várias cidades, diversos movimentos sociais participaram do Grito dos Excluídos, uma atividade que começou após a mobilização da CNBB, 15 anos atrás e que surgiu de uma Campanha da Fraternidade.

Em Macaé, cerca de 50 pessoas ligadas a diversas organizações e bandeiras populares, da cidade e região, se reuniram na praça central da Virgem Santa e na capela de Nossa Senhora Aparecida para celebrar a data e mobilizar a população e fortalecer a luta por melhorias não apenas naquele bairro, mas em toda a cidade.

O evento teve início as 9 horas com músicas de acolhida, onde os participantes também se apresentavam e diziam qual o grito que levaram para o ato. Após este primeiro momento, os participantes do grito iniciaram uma pequena caminhada pelo entorno da praça e realizaram o plantio de mudas de árvores. Cada muda representava uma necessidade da população, mais carente.

A primeira árvore plantada representou a luta por moradias dignas e foi plantada em um canteiro da praça. Em seguida, a caminhada se dirigiu para o lado oposto da mesma praça e em outro canteiro, foi plantada outra muda, essa representava o transporte público, deficitário em toda a cidade, porém mais sentido nos bairros mais afastados da região central.

A terceira e última muda foi plantada em frente a praça, próximo da igrejinha. Ela representou a bandeira de uma das mais urgentes e básicas da maioria da população brasileira: O Saneamento Básico. O simbolismo do plantio das árvores representando estas demandas é para que elas lembrem a população, não apenas da valorização da vida, mas também a necessidade de persistir na luta por melhorias na sociedade.

Terminada a caminhada, os participantes do ato, foram para a capela de Nossa Senhora Aparecida. Lá aconteceu a celebração da palavra feita por um Pastor da Igreja Batista. Após a partilha da palavra, as pessoas partilharam experiências relacionadas ao Evangelho do dia. Em seguida, aconteceu a partilha do pão e de frutas que simbolizaram a vida.

sábado, 5 de setembro de 2009

As vozes dos esquecidos

Além dos já tradicionais festejos em comemoração ao dia da independência do Brasil, que conta com desfiles cívicos e outras atividades oficiais. Um outro grupo de brasileiros celebram o sete de setembro de uma forma diferente. Nesta data acontece em várias cidades do país o Grito dos Excluídos, que busca dar voz e vez aos grupos que históricamente foram alijados das decisões sobre os rumos da nação.
O grito já acontece a 12 anos e junta diversas entidades sociais e religiosas que acreditam que um outro mundo é possível sim. A cada ano, a atividade tem como tema uma questão importante para a sociedade brasileira e este ano o tema é "Vida em Primeiro Lugar". O lema do grito deste ano é "A força da transformação está na organização popular".
A atividade é para que os excluídos, mostrem aos nossos governantes, o que é preciso ser feito para transformar este mundo aproximando-o de uma sociedade mais justa e igualitária. Por isso a participação popular é fundamental, para que cada vez mais o grito ganhe forças e ecoe a cada dia mais longe, convocando cada vez mais pessoas para esta caminhada.
Se você souber que acontecerá uma atividade do grito na sua cidade ou em uma cidade vizinha, comapreça e fortaleça este cordão, que busca conscientizar a população da importância da participação popular nas decisões sobre o país. Leve sua bandeira e sua reivindicação, não fique apenas na teoria por uma outra sociedade. Vá ás ruas, solte o verbo.
Se você mora em Macaé ou nas cidades do entorno, compareça no dia 7,a Praça Central da Virgem Santa, ás 9 horas para o ato celebrativo do Grito dos Excluídos.

Medo e ignorância estrelar


O Ministério Público Federal do Acre, recomendou que o governo daquele estado mude a pintura do helicóptero comprado recentemente. O problema seria a estrela vermelha pintada na lataria da aeronave. Segundo o órgão de justiça, a estrela seria uma alusão direta ao partido do gevernador do estado, o Partido dos Trabalhadores (PT). Entretanto a mesma pintura mostra ainda, partes do helicóptero pintadas em verde e amarelo. Desta forma o estado estaria representado na pintura pelas cores e desenhos da bandeira do Acre.
Este comportamento levantou algumas suspeitas. Afinal, será que o senhor Ricardo Gralha não se atentou para as cores e desenhos da bandeira acriana? Será que o mesmo esqueceu dos ensinamentos para advogar e partiu para o jogo do poder atrelando justiça e política, sem salvar nenhuma das duas.
A Bandeira do Acre sempre teve as cores verde e amarela e a estrela vermelha, desde a época em que Galvéz se dirigiu para lá, com a ideia de comandar a colonização da região. Por isso afirmar que a estrela faz alusão direta ao partido do governador é no mínimo ignorância. Como a pintura apresenta além do alvo da polêmica, ela também é composta por partes verde e amarela, em uma referência óbvia a bandeira do estado.
A outra dúvida levantada neste caso é a de que alguns políticos estejam com um medo exagerado de não conquistrem o poder através do voto no próximo ano e para isso, utilizam subterfúgios escusos como este, para tentar ganhar espaço na mídia. É lamentável que o Poder Judiciário que se diz tão defensor da independência entre os poderes, atue de maneira tão suspeita como se estivesse tutelado por membros do cenário político em busca de poder.
Segundo o MPF-AC, a decisão tem 15 dias para ser cumprida. Mas o estado alega não existir motívos pláusiveis para essa ação. Segundo o Estado do Acre, não houve irregularidades na pintura do equipamento.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Livre para balançar

Após surgir como expressão cultural que retrata a realidade das comunidades carentes do Rio de Janeiro, o Funk foi estigmatizado como algo diretamente ligado ao crime organizado e por isso, sempre existiu um forte preconceito contra ele. Entretanto, a situação agora, começa a mudar. No último dia 1º de setembro, os deputados estaduais do Rio, aprovaram duas leis que reconhecem o movimento funk como movimento cultural e assim sendo o “pancadão” esta livre para balançar a galera.
A aprovação das leis de autoria dos deputados Marcelo Freixo (PSOL) e Wagner Montes (PDT), acabaram também com a lei do ex deputado Álvaro Lins que obrigava os organizadores de bailes e de reaves a solicitar autorização da Secretaria de Segurança Pública para a realização dos mesmos e com a antecedência de pelo menos um mês.
Com a decisão do legislativo fluminense, o funk ganha nova força para invadir as pistas, gerar centenas de empregos e movimentar muito dinheiro, além é claro de ser uma ferramenta de transformação da realidade social vivida por muitos dos jovens que vivem a realidade retratada nas músicas.
As leis aprovadas no início do mês, ainda precisam ser sancionadas pelo governador Sérgio Cabral (PMDB), que tem até o dia 15 do mesmo mês para resolver a questão. É preciso que a sociedade continue se mobilizando para que o governo decida pelo reconhecimento do funk como fator cultural. Até por que, mesmo com todo o preconceito que existe contra o ritmo, uma das frases mais verdadeiras sobre o estilo é parte de uma música da dupla Amilcar e Chocolate: "É som de preto, de favelado, mas quando toca, ninguém fica parado...".

terça-feira, 1 de setembro de 2009

O Pré Sal é brasileiro


Desde a descoberta das reservas petrolíferas feitas pela Petrobras na chamada camada Pré-Sal, que o debate em relação aos rumos do dinheiro oriundo da produção de petróleo vem ganhando espaço na sociedade brasileira. Diversos políticos e uma boa parte da sociedade civil, vem debatendo incessantemente esta questão. O governo Lula defende que o dinheiro gerado através da exploração das novas reservas, seja utilizado para investiementos em educação, infra-estrutura e desenvolvimento tecnológico.

O dinheiro que virá do Pré-Sal, já desperta o interesse de vários empresários e políticos do mundo inteiro. Os EUA, querem uma parceria com o Brasil, na exploração das reservas e em troca, nós ficariamos com armamento de útlima geração produzido por eles. Os políticos brasileiros que estão na oposição ao atual governo já se comportam como abutres sobre a carniça.

Estes senhores que quando eram governo, além de "privatizar" entregando diversas de nossas riquesas, como a Vale, o sistema Telebras e alguns outros, agora já acenam para a possibilidade de caso eles voltem a governar nosso país, a decisão do atual governo sobre o Pré-Sal poderá cair por terra. Este comportamento mostra que os mesmos continuam defendendo o entreguismo de nossas riquezas e recursos naturais.

É preciso que o Brasil, aproveite a "onda do Pré-Sal" para se transformar em uma verdadeira potência econômica e social. Nosso país não pode repetir agora o erro que foi forçado a cometer, quando ainda eramos colônia de Portugal e foi o grande produtor de ouro e pedras precisosas, que geraram riquezas para outros países e não o Brasil. Agora é a hora de o Brasil mostrar sua soberania e sua força para crescer de maneira forte e sustentável.

O govenro Lula acertou em garantir que o petróleo existente nas novas reservas seja explorado apenas pela Petrobras, até por que ela é a única empresa que já possui tecnologia para esta empreitada. Que agora com esta decisão governamental as riquezas extraídas aqui no Brasil, sejam investidas em nosso país, nas tantas áreas que passam por sérias carências, como a saúde, a educação, o desenvolvimento tecnológico, que levará o Brasil a um patamar elevado de desenvovimento, gerando cada vez mais emprego e renda digna para a população deste país.