quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Livre para balançar

Após surgir como expressão cultural que retrata a realidade das comunidades carentes do Rio de Janeiro, o Funk foi estigmatizado como algo diretamente ligado ao crime organizado e por isso, sempre existiu um forte preconceito contra ele. Entretanto, a situação agora, começa a mudar. No último dia 1º de setembro, os deputados estaduais do Rio, aprovaram duas leis que reconhecem o movimento funk como movimento cultural e assim sendo o “pancadão” esta livre para balançar a galera.
A aprovação das leis de autoria dos deputados Marcelo Freixo (PSOL) e Wagner Montes (PDT), acabaram também com a lei do ex deputado Álvaro Lins que obrigava os organizadores de bailes e de reaves a solicitar autorização da Secretaria de Segurança Pública para a realização dos mesmos e com a antecedência de pelo menos um mês.
Com a decisão do legislativo fluminense, o funk ganha nova força para invadir as pistas, gerar centenas de empregos e movimentar muito dinheiro, além é claro de ser uma ferramenta de transformação da realidade social vivida por muitos dos jovens que vivem a realidade retratada nas músicas.
As leis aprovadas no início do mês, ainda precisam ser sancionadas pelo governador Sérgio Cabral (PMDB), que tem até o dia 15 do mesmo mês para resolver a questão. É preciso que a sociedade continue se mobilizando para que o governo decida pelo reconhecimento do funk como fator cultural. Até por que, mesmo com todo o preconceito que existe contra o ritmo, uma das frases mais verdadeiras sobre o estilo é parte de uma música da dupla Amilcar e Chocolate: "É som de preto, de favelado, mas quando toca, ninguém fica parado...".

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