segunda-feira, 31 de maio de 2010

E agora José?

Não. Não quero aqui fazer referências ao famoso poema de Carlos Drumond de Andrade, um dos maiores poetas de nosso idioma. Apenas peguei "emprestado", o título do mesmo para levantar algumas questões referentes ao cenário político nacional, que se movimenta a cada dia com mais rapidez devido a proximidade com as eleições, que acontecerão no final do ano.
Esta semana, o principal candidato da oposição, em um evento de sua pré campanha, ao ser questionado, sobre questões referentes as fronteiras do país, afirmou que o governo boliviano seria cúmplice no tráfico de drogas para o Brasil. Rapidamente, sua declaração, causou um pouco de polêmica e o ex governador de São Paulo, foi criticado pela pré candidata Marina Silva, do PV, que lembrou que não se pode generalizar nessas questões.
O estranho deste caso, é que poucos dias depois deste caso e dessas declarações, foi noticiado, por um famoso telejornal do país que, vários cartéis do tráfico de drogas da Colômbia, se utilizam de submarinos rudimentares para transportar drogas, para os EUA. Na mesma matéria, aparecem informações importantes sobre essa questão. O país sul americano é o maior produtor de cocaína do mundo, responsável por 60% da produção mundial e a terra do Obama é o maior mercado consumidor do mundo.
Assim sendo, chegamos a questão que dá o título ao texto. E agora José? Será que para o senhor, os governos destes dois países seriam cúmplices dos traficantes também? Será que o senhor poderia afirmar isso em público, com fez com relação ao governo boliviano? É vidente que tais questionamentos devem ser feitos sim, mas não apenas reproduzindo preconceitos e discriminação.
Essa polêmica questão, deve ser analisada por vários prismas. É evidente que é preciso combater o tráfico desde a raíz, mas também é necessário, fechar as fronteiras também para se evitar a entrada dessas drogas. E para isso, é preciso que todos os governos atuem de maneira firme sem esconder os erros e buscando corrigí-los, sem ideologizar a questão. Somente assim haverá êxito nessa questão.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Incoerência brasileira

Não é de hoje que a sociedade brasileira, defende e traz para o debate, a questão da abertura dos arquivos da ditadura militar. Algo que aliás, já deveria ter acontecido há tempos, afinal já se vão 25 anos, do fim do triste regime e os documentos arquivados, são peças importantes do quebra cabeça, que forma a história do nosso país. Talvez, a omissão frente a essa questão, seja o maior erro do governo Lula, que termina esse ano.
É evidente que o tema é polêmico, mas já esta passando da hora de se resolver essa questão. não há por que temer tal abertura, uma vez que os crimes cometidos, já prescreveram e por tanto, não podem gerar punição à seus autores. Porém, o grande problema que vejo na questão, não é nem a resistência por parte dos setores mais conservadores de nossa sociedade, mas a leitura dos fatos, que é realizada de maneira distorcida por muitos, para moldá-la conforme seus próprios interesses.
Para algumas pessoas, a abertura dos arquivos e os possíveis processos, que viriam, afetariam também muitos dos nomes que hoje estão no governo e por isso, o mesmo governo não tornará público tais documentos. Pois bem, com isso chegamos a um ponto crucial, que aponta para o fato de muitos "brasileiros", quererem ressuscitar o famoso "Complexo de vira-lata", imortalizado pelo grande escritor e jornalista, Nelson Rodrigues.
Digo isso pelo seguinte. Na Irlanda da década de 20, do século passado, um homem de fibra o coragem chamado Michael Collins, liderou um grupo de irlandeses que pegaram em armas para lutar pela independência do país, frente a Inglaterra, essa ação originou o famoso e temido Exército Republicano Irlandês (IRA). Hoje, mesmo muitos anos após ser morto, Michael ainda é idolatrado em seu país como um dos mártires da independência.
Na África do Sul, em moda este ano, por causa da Copa que começa daqui a poucos dias, Nélson Mandela é celebrado ainda hoje como grande herói daquele país, líder da luta contra o apartheid, ainda que para isso, tenha atuado como guerrilheiro e sabotador, mesmo assim é visto por sul africanos e também pelo mundo como um grande herói, defensor da liberdade.
Na Palestina, ou pelo menos, no que tenta ser reconhecido como Palestina, um homem chamado Yasser Arafat, lutou pela causa palestina, liderando o Fatah, que antes de atuar somente como partido político era uma organização terrorista. Arafat, conquistou respeito internacional e também o Nobel da Paz, prêmio também dado, um ano antes para Mandela.
Todos os três exemplos citados no texto, são heróis e é assim que devem ser tratados. Eles lutaram contra a opressão, seja de ingleses, brancos ou judeus. Dedicaram suas vidas a causa da liberdade. Assim como muitos outros pelo mundo que lutaram contra governos totalitários. Para muitos brasileiros, com excessão de Michael Collins, pouco conhecido no país, os outros dois são sim heróis. Infelizmente, tal comportamento não se repete, quando se referem a nomes de brasileiros que deram a vida pela liberdade solapada pelo regime militar em 1964.
O que difere estes senhores de nomes como Stuart Angel, Wladimir Herzog, Frei Tito, Carlos Lamarca, José Dirceu, José Genuíno, Dilma Rousef, Gabeira, Franklin Martins, entre tantos outros. Todas estas pessoas dedicaram suas vidas ou boa parte delas pela bandeira da liberdade, assim como Michael Collins, Arafat e Mandela por isso, deveriam ser tratados da mesma forma que estes senhores, ou seja, como heróis e não como bandidos ou terroristas.
Aos que afirmarem que estes brasileiros apenas queriam o poder, afinal Dilma, Dirceu, Genuíno, Franklin e Gabeira, estão no poder ainda que em lados diferentes. Lembro que também Arafat, Mandela e Collins lá chegaram. O primeiro foi o chefe da Autoridade Palestina, o segundo presidente da África do Sul e o terceiro, compôs o primeiro governo irlandês como premier, assim sendo, nada os diferem dos brasileiros, a não ser o imortal "complexo de vira-lata "de alguns caboclos perdidos no tempo, ainda querendo ser de um falso 1º mundo.

sábado, 22 de maio de 2010

Como se fossemos videntes

Lembro-me que na época de estudante secundarista e também nos tempos de faculdade, por diversas vezes em conversas com amigos sobre os rumos da política no Brasil e no mundo, fazíamos análises sobre as decisões políticas e econômicas, que o mundo vinha aplicando. Por várias vezes, criticamos a criação do Euro, como moeda única na europa. Alegavamos que assim como hinos e bandeiras, a unidade monetária é sim um dos símbolos de uma nação.
Nossos críticos nos classificavam de sonhadores, que haviam perdido o bonde da história e que a história de moeda única era invevitável, pois com a globalização (que para nós não existia e para mim continua não existindo) a integração total entre os países era o futuro. Lembro ainda de uma conversa que tive com dois amigos, quando voltavamos de barca, do Rio para a terra de Araribóia e nencionávamos a possibilidade de uma grande crise financeira, que abalaria as estruturas do capitalismo, quem ouvia o papo, dizia que eramos loucos ou pessimistas, apenas pelo fato de não aceitarmos outro mundo, que não o socialista que defendiamos.
Pois bem, o tempo passou, nos formamos ganhamos o mundo, voltei para minha cidade e perdermos o contato. Mas infelizmente nossas conversas se confirmaram. A crise veio e jogou na lona toda a ladainha defendida pelos amantes do Consenso de Washington, foi pelo ralo com a crise de 2009. Os sonhos desta turma se chocaram fortemente contra o muro, talvéz Wall Street, e se esfacelaram.
O Euro e os países que o adotaram entraram em colapso e ainda hoje, causam preocupações de maneira globalizada. Países como Portugal, Grécia e Espanha, preocupam seus "irmãos" europeus, que agora acenam com ajuda financeira, mas querem medidas amargas e impopulares como contrapartida. Com isso, a população desses países, que um belo dia acordaram e se viram no sonho de ser um novo rico, acorda do mesmo, porém agora no pesadelo de ter que pagar uma conta quase impossível de ser quitada.
Para esses países, melhor seria, se tivessem não adotado o Euro e continuado com suas moedas, assim como fez a Inglaterra. Caso tivessem seguido esse caminho, a crise hoje seria maos fácil de se contornar.

domingo, 9 de maio de 2010

Corinthians dá o troco nas piscinas


Na quatra-feira, o Corinthians perdeu a classificação na Libertadores para o Flamengo. Com isso o sonho de ser campeão da Libertadores foi adiado, mais uma vez. Mas nada como um dia após o outro. Quatro dias após esse revés, o clube paulista superou seu carrasco. A "vingança" veio nas águas, mais exatamente no Troféu Maria Lenk, que nada mais é do que o "Brasileirão da natação". Os dois clubes, que já tinham equipes de natação, resolveram turbinar a categoria e contrataram nomes de peso como Poliana Okimoto e César Cielo.
Porém, é evidente que abriga entre os dois não seria pelo título, afinal, mesmo com a tradiução rubro-negra nas piscinas, é impossível esquecer euipes como o Minas e o Pinheiros. foi isso que aconteceu, o clube paulista ficou com o título e o mineiro foi o segundo colocado. Completando o pódio da competição, figurou o Unisanta, donos daa casa. A briga entre fiéis e rubronegros ficou como já era esperado para o pelotão intermediário e ai, o Timão acabou sendo superior, ficando com a quarta colocação, seguidos de longe pela equipe que conta com César Cielo e Nicholas Santos.
Foi a revanche alvinegra, afinal a tradição do Flamengo nas piscinas é maior do que a tradição corinthiana além do mais, a equipe da Gávea, tem mais atletas de ponta do que a do Parque São Jorge. O resultado é algo que a nação corinthiana deve comemorar sim, pois serve como forte incentivo para ampliar os investimentos na natação, fortalecendo ainda mais a nataçãoe a vocação olímpica adquirida durante este primeiro centenário e que fez com que o alvinegro figure hoje entre os clubes que mais formaram medalhistas olímpicos em nosso país.
Para a diretoria corinthiana, que o resultado sirva de exemplo para ampliar investimentos em outros esportes como o basquete, que já nos deu tantas alegrias, ou o remo, lembrado em nosso escudo, ou o volêi. Vamos fazer com que a paixão corinthiana, tão presente nos gramados, ganhe outras arenas esportivas, indo muito além de estádios, ginásios, piscinas e autódromos.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Bola pra frente


O Corinthians, passou pela maior frustração do ano do centenário, ao ganhar na última quarta-feira do Flamengo por 2 a 1 no Pacaembu e mais uma vez não ter sucesso no Torneio que ele mais deseja, a Libertadores da América. O tropeço, assim como aconteceu no Paulistão foi o suficiente para que os torcedores rivais exercitassem a criatividade para lembrar o centenário e a ausência do grande desejo do ano.
Mas é preciso lembrar alguns pontos importantes. O alvinegro poderá ser campeão brasileiro, pois mostrou ter força e elenco para brigar por este título. É evidente que o time do parque São Jorge, começa ocmapeonato como franco favorito, mas está sim na briga. O penta campeonato brasileiro, seria suficiente para mostrar que o time tem força e que superou bem a eleiminação no torneio continental, além de garantir mais uma vaga para a mesma competição.
Por isso, não é hora de ficar procurando culpados pela adversidade, mas sim, hora de seguir o jogo, absorver a derrota e aprender com os errros, para não mais repetí-los. Vamos com tudo para o brasileirão, sem pensar na conquista como obrigação ou obsessão, por conta do centenário. É hora da nação alvinegra lembrar da frase do técnico José Mourinho da Internazionale de Milão: "A obsessão atrapalha as conquistas". Não temos a obrigação de sermos campeões brasileiros, por motivos simples como o fato de já termos vencido a competição 4 vezes e com relação ao centenário, lembremos que times como Grêmio, Atlético-MG e Flamengo, não foram campeões no ano de seus centenários e nem por isso são menores ou menos tradicionais, que times como Vasco ou Internacional.
É preciso manter a base e o bom trabalho desenvolvido até aqui, para que possamos no final do ano do centenário gritarmos não apenas campeão, mas penta campeão e assim retornarmos à América em 2011. Caso isso se confirme, mostraremos que somos, antes de tudo um time vencedor e organizado, afinal, além de figurarmos entre os maiores campeões nacionais, manteremos uma ótima regularidade, pois este títulose juntaria a Copa do Brasil do Ano passado, ao vice da mesma no ano anterior, algo jamais visto no futebol brasileiro. Por isso é chegada a hora da nação corinthiana levantar, sacodir a poeira e dar a volta por cima e que venha o Brasileirão.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Carta Aberta ao governo Israelense


Este mês a Sessão Carta Aberta é direcionada mais uma vez para o exterior. O destinatário agora é o belicista governo Israelense, que se fia em um passado de perseguição, sofrida pelos judeus, para adotar medidas duras contra seus vizinhos.


No próximo dia 14 de maio, se completarão 62 anos da criação deste polêmico Estado. Em 1948, com ampla participação brasileira, foi assinado na Organização das Nações Unidas, o acordo que criou o estado de Israel, antigo sonho sionista e que representou a volta para casa deste povo que sempre sofreu com êxodos e perseguiições. O povo judeu pode enfim, retornar para as terras onde se localizavam cidades importantes para este povo. Mas o problema da criação do mesmo é que tal acordo, previa também a criação do Estado Palestino, que abrigaria os povos vizinhos, que não tenham ligação direta com o judaísmo e nem com o povo judeu.
Mas, essa é uma dívida que a ONU tem até os dias atuais. Milhares de palestinos morreram defendendo essa causa, a qual a Comunidade Internacional, se compromenteu a cumprir e até agora,apenas lavou as mãos. Infelizmente, o erro de Israel começou quando após conquistar seu território, partiu para um projeto expanssionista visando romper as fronteiras acordas em 1948. Talvez, baseados em uma antiga passagem do Velho Testamento, a Torá, onde Deus prometeu a Abraão que seus descendentes habitariam pelo território que vai do rio Nilo, no atual Egito até o rio Eufrates no atual Iraque.
Juntado-se a tal passagem, os judeus se apegam em sua história, onde diversos povos subjugaram os judeus transformando-os em escravos (egípicios e persas), ou os oprimiram como os babilônicos e mais recentemente os nazistas que promoveram o holocausto. estes motivos, infelizmente acabam sendo utilizados por muitos para justificar as atrocidades israelenses, nos dias atuais, essas pessoas e o prórpio governo de Israel, se esquecem de que "dois erros, não fazem um acerto".
É preciso que a Comunidade Internacional cobre com uma postura firme que Israel respeite suas fronteiras e acabem com os conflitos no Oriente Médio e que o governo de Tel-Aviv, devolva à Síria, as Colinas de Golã e todos os outros territórios ocupados pelos seus exércitos. Quanto a importância das cidades pretendidas por Israel, que as reivindica como seu território, sugiro que leiam o seguinte texto ( Mais). Assim fica aqui mais um apelo ao bom senso pela paz e algumas propostas de soluções para este comflito histórico.

domingo, 2 de maio de 2010

Por um Fio


O Santos, que começou o ano como o time mais encantador do futebol brasileiro, aquele que goleava com frequência, finalmente pode confirmar sua boa temporada sagrando-se campeão paulista pela 18ª vez. Mas algo de estranho acontece com este time que rapidamente voltou a ser chamado de "Santástico". O time da Vila chegou a incrível marca de 100 gols na temporada, que se aproxima de sua metade. Porém já são duas derrotas consecutivas. O time de Neymar e Robinho, já não ganha a duas partidas, após vencer o Santo André por 3 a 2 no Pacaembu, dia 24 de maio, perdeu para o Atlético-MG pelo mesmo placar e agora levou o revés diante do time do ABC. Ou seja, campeão por um gol.
Está certo que pelo fato de ter tido a melhor campanha, a ombinação de resultadosda final, garantiram o "caneco" para o Peixe, mas para um time tido como o grande time do ano, ficar duas partidas sem vencer é algo preocupante. Apenas para comparação, o Corinthians de 2009, que tinha um futebol eficiente, mas longe de ser bonito como o santista, neste mesmo período ainda não havia alcançado o centésimo gol, mas já havia conquistado o Paulistão de forma invicta e perdido apenas uma partida (para o Atlético-PR, na Copa do Brasil).
É provável que o aperto sofrido pelo time praiano, seja creditado ao bom futebol do Santo André, o que seria justo, mas incorreto, até por que o favoritismo na mesma final era alvinegro. Pode ser também que mesmo com o título paulista, o time não tenha vida longa na Copa do Brasil, afinal mesmo jogando em casa contra o Galo, não há garatias de reversão do placar, até por que o time mineiro vem empolgado com a conquista do estadual. Com a possível eliminação no torneio nacional, pode ser decretado o fim do grande time, afinal como todos sabem, com a abertura da janela de transferência para a europa, muitos poderão deixar a Vila, ainda que digam desejarem permanecer, ai talvés aainda teremos que esperar um bom tempo para vermos outro time fantástico nos campos brasileiros.