sábado, 22 de maio de 2010

Como se fossemos videntes

Lembro-me que na época de estudante secundarista e também nos tempos de faculdade, por diversas vezes em conversas com amigos sobre os rumos da política no Brasil e no mundo, fazíamos análises sobre as decisões políticas e econômicas, que o mundo vinha aplicando. Por várias vezes, criticamos a criação do Euro, como moeda única na europa. Alegavamos que assim como hinos e bandeiras, a unidade monetária é sim um dos símbolos de uma nação.
Nossos críticos nos classificavam de sonhadores, que haviam perdido o bonde da história e que a história de moeda única era invevitável, pois com a globalização (que para nós não existia e para mim continua não existindo) a integração total entre os países era o futuro. Lembro ainda de uma conversa que tive com dois amigos, quando voltavamos de barca, do Rio para a terra de Araribóia e nencionávamos a possibilidade de uma grande crise financeira, que abalaria as estruturas do capitalismo, quem ouvia o papo, dizia que eramos loucos ou pessimistas, apenas pelo fato de não aceitarmos outro mundo, que não o socialista que defendiamos.
Pois bem, o tempo passou, nos formamos ganhamos o mundo, voltei para minha cidade e perdermos o contato. Mas infelizmente nossas conversas se confirmaram. A crise veio e jogou na lona toda a ladainha defendida pelos amantes do Consenso de Washington, foi pelo ralo com a crise de 2009. Os sonhos desta turma se chocaram fortemente contra o muro, talvéz Wall Street, e se esfacelaram.
O Euro e os países que o adotaram entraram em colapso e ainda hoje, causam preocupações de maneira globalizada. Países como Portugal, Grécia e Espanha, preocupam seus "irmãos" europeus, que agora acenam com ajuda financeira, mas querem medidas amargas e impopulares como contrapartida. Com isso, a população desses países, que um belo dia acordaram e se viram no sonho de ser um novo rico, acorda do mesmo, porém agora no pesadelo de ter que pagar uma conta quase impossível de ser quitada.
Para esses países, melhor seria, se tivessem não adotado o Euro e continuado com suas moedas, assim como fez a Inglaterra. Caso tivessem seguido esse caminho, a crise hoje seria maos fácil de se contornar.

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