segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

A favor da descentralização

2014 se aproxima e com ele virá a segunda Copa do Mundo sediada em terras tupiniquins. Ao que parece, mesmo com Brasília e Belo Horizonte na disputa, a abertura acontecerá em São Paulo, no estádio que será construído pelo Corinthians. A final é claro, será no Maracanã, assim como em 1950. Até ai nada demais. É compreensível que os estados (e cidades), que polarizam o esporte bretão no Brasil, fiquem com essas importantes etapas da Copa do Mundo.
A questão queme faz escrever este post é a seguinte: Em uma Copa do Mundo, ganham destaque não apenas as cidades sedes da abertura e da final, mas também a que sediará o Centro Internacional de Transmissão (IBC - International Broadcast Centre). É deste lugar, que será comandada toda a transmissão da competição. Por isso é evidente que o direito de sediar este centro desperta o interesse de muitas cidades, afinal a movimentação financeira gerada pelo IBC, sempre gera muitas receitas à cidade que o sedia.
Pensando nisso, defendo que o Brasil deveria partir do seguinte pressuposto. A Copa servirá de vitrine para o país nas áreas da economia e também no setor turístico e claramente será a mola propulsora para o desenvovimento econômico das 12 cidades sedes. Tendo isso em vista, acredito que o melhor a ser feito é descentralizar o processo, o que na minha visão deixaria tal centro na capital federal.
Dos três postulantes a sede do IBC, apenas Brasíla não sediará algo de extrema importância para a Copa e como a mesma mostrou ter interesse e estrutura para sediar o centro midiático do evento, então que ele fosse para lá. Isso traria benefícios para Brasília e também para muitas cidades próximas, o que geraria ganhos futuros à elas e ao país.
Quanto as candidaturas paulista e carioca, não vejo muito sentido exatamente pelo fato de os mesmos já garantirem a abertura e a final da Copa, o que é evidente também trará muitos benefícios à estas cidades e seus respectivos estados. É claro que as duas cidades tem pontos positivos, que podem definir a "peleja" a favor delas. Ambas possuem umaótima estrutura de mídia, afinal concentram as matrizes, ou como se diz no jargão, jornalístico, as "cabeças" dos principais veículos de comunicação do país.
Em relação a candidatura do Rio, é preciso analizar o seguinte: dois anos após a Copa, haverá a Olimpíada, na Cidade Maravilhosa, que também terá seu IBC e não poderá ser o mesmo da Copa de 2014, ou seja, será um custo a mais para a cidade, encarecendo assim, os jogos de 2016.
Exatamente, por ver como algo prejudicial ao país, não vejo com bons olhos essa centralização no chamado eixo Rio - São Paulo, pois seria muitomelhor para o Brasil que os grandes eventos que ele sediará, beneficiem o maior número de cidades e regiões possíveis.

domingo, 30 de janeiro de 2011

Uruguai campeão

A partida final da Copa Latina de futebol de areia apontou um novo campeão, após o Chile ter vencido o torneio no ano passado, agora foi a vez do Uruguai honrrar a mística da camisa Celeste e chegar ao título. O jogo em si, não foi grande coisa e deixou a desejar, levando-se em conta a tradição tanto do Brasil quanto do Uruguai.
Durante o jogo a seleção brasileira parecia mais preocupada com a festa pelos 300 jogos de Benjamin com a amarelinha, do que com o resultado própriamente dito. Prova disso foi o fato de o primeiro gol da partida ter sido feito não por brasileiros, mas pelo Uruguai. Sim, o Brasil "abriu" o placar com um gol contra do adversário.
No início do segundo tempo, o Uruguai acordou pro jogo e chegou a empatar a partida e logo em seguida virou o marcador. Com o resultado advérso o Brassil passou a procurar mais o jogo, conquistando o empate e pouco tempo depois para a festa do público presente à arena, finalmente o Brasil voltou a liderar a contagem.
Porém, mesmo com a vantagem no marcador, o jogo continuou equilibrado, mas no Brasil, fora o goleiro mão, que foi nosso melhor jogador , ninguém se destacava e o time ficou longe do seu melhor futebol.
O Uruguai passou a buscar mais o jogo e voltou a apertar o adversário. Entretanto, em um lance do ataque brasileiro o juíz marcou pênalti e na cobrança, Benjamin, o dono da festa, acabou perdendo a cobrança. Após muitas oportunidades perdidas a celeste chegou ao seu gol em um lance polêmico, onde após um trombada com um zagueiro e a bola ter batido no braço do jogador ururguaio, o juíz acabou por validar o gol que garantiu o empate e levou a partida para mais três minutos de prorrogação.
Após permanência do empate na prorrogação, a decisão acabou sendo nas penalidades. E ao contrário do futebol de campo, na areia as cobranças são alternadas mas, não segue até a quinta cobrança, se um time fizer e o outro perder, ele é o vencedor. E assim foi. Logo na primeira cobrança, o ururguaio que foi "cornetado" durantetoda a partida por ter feito gol contra, converteu sua cobrança e ficou no aguardo do desempenho de seu companheiro Diego, goleiro ururguaio, que pegou o penalti cobrado por Benjamin e deu a equipe celeste o título da Copa Latina.
O resultado foi justo, o Uruguai, que jogou melhor que o Brasil acabou recompensado com a conquista e mostrou que o nível do futebol de areia vem crescendo na América do Sul.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

A grama do vizinho sempre é mais verde

Recentemente me deparei com uma velha polêmica no twitter e acabei por me enveredar na mesma. Li um debate entre dois jornalistas sobre o futebol europeu, mais precisamente o futebol inglês. Um deles enaltecia o grande Manchester United e suas vastas conquistas, o outro lembrava que na terra da rainha tem muito time mediano, que o mesmo comparou a Lusa e América-RJ.
É evidente que o futebol europeu tem muito dinheiro e seus times arrecadam muito e com isso atraem muita mídia, principalmente quando comparados aos times da América do Sul. Basta uma rápida análise nas contas de qualquer time brasileiro para ver que não é possível competir com os grandes da Europa. Entretanto, mesmo sendo evidente a superioridade financeira, o mesmo quase não acontece com relação a tradição.
Quem são os grandes da Inglaterra? Manchester United, Liverpool, Arsenal, Chelsea e Manchester City, que engrossaram a lista após serem compardos por milionários estrangeiros. O resto é somente isso, resto. O Nottinghan Forest é mais conheciso por ser da cidade do lendário Robin-Hood, do que por suas conquistas. Afinal suas maiores glórias são duas Liga dos Campeões, lá na longinqua décda de 70, pode até ter história e tradição, mas falta consistêncianas conquistas. Já o West Han, que ficou conhecido aqui por ser o destino de Teves quando o mesmo saiu do Corinthians, tem como maior glória a conquista de uma Copa Intertoto em 1999. Pronto não precisa falar mais nada sobre este glorioso time que vive de história e não conquista nada substâncial desde que foi criado.
O Portsmouth consegue ainda um feito pior do que o West Han, afinal sua maior glória é a conquista do bicampeonato inglês nas temporadas de 48-49 e 49-50. Nossa relamente este time deve encher de alegria e orgulho sua torcida. Se um dia for à cidade de Portsmouth, tomarei cuidado para não passar perto de algo que lembre este time, que pode ser considerado um fantasma do football. Já o famoso Preston North End, atualmente joga aa segundona da terra da rainha e sua maior glória, foi ser bicampeão da FA Cup, a Copa da Inglaterra nas temporadas de 1888-1889 e 1937-1938. Nossa, depois dessa, se eu morasse na Inglaterra, nãotorceria pra eles nem sob tortura.
Quanto ao Birmingham, pode até se esperar algo produtivo, pois o time é finalista da Copa da Liga Inglesa, desta temporada, o adversário é o Arsenal e atualmente jogando na primeira divisão ocupa a 16ª posição, correndo riscos de voltar para a segundona, onde aliás já foi campeão cinco vezes. caso ele vença o Arsenal na Final da Carling Cup conquistará seu segundo título nacional, afinal foi o campeão da FA Cup em 62-63, além é claro de dar uma alegria para a sua torcida que não comemora um título desde 1994-95, quando o time ganhou a segunda divisão pela última vez.

Faltou atenção

O Coritnhians estreiou na Libertadores contra o Tolima (COL). O jogo foi ruim, o time colombiano jogou muito retrancando, querendo segurar o empate para tentar alguma coisa lá na Colômbia e o jogo não saiu do zero. Claro que o Corinthians ficou devendo, assim como está devendo na temporada, afinal já são três empates contra times fracos ou medianos. Faltou um pouco de atenção ao time paulista.
Mesmo com toda a retranca do Tolima, o time se fez bem presente no ataque, mas infelizmente não soube finalizar as oportunidades. Basta uma rápida olhada nos chamados melhores momentos para ver que o time não fez uma partida tão ruim. Chegou muito mais que o adversário e poderia sair do Pacaembu com a vitória. O juíz comenteu muitos erros, mas nenhum que comprometesse o resultado da partida.
O estranho do jogo foi que muita gente que acompanhou a partida alega que ouve um gol legítimo do Tolima, mas que ele foi anulado pelo juíz. Entretanto, não há lance nenhum desse tipo entre os melhores momentos que podem ser visto
(aqui)
O time precisa ter tranquilidade para jogar, o nervosismo e a retranca fizeram com que Bruno César, Dentinho, Roberto Carlos e Ronaldo, não jogassem o que sabem. Júlio César, quando acionado foi bem na partida.
Agora é ver os erros e evitar que eles se repitam na Colômbia. Não está nada perdido para o Corinthians, que aliás é especialista em reverter situações como essa. Que na próxima quarta o time queira e consiga jogar futebol de verdade para avançar na Libertadores.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

O inferno são os outros

A famosa frase que entitula este texto foi atribuída ao famoso filósofo Jean Paul Sartre (1905-1980) e cantada em um sucesso da banda de rock Titãs. Provavelmente ela seja a melhor representação do pensamento humano contemporâneo, basta um pequeno sinal de problema e pronto ficam todos no velho jogo de "empurra-empurra", transferindo responsabilidades e procurando possíveis culpados.
O último exemplo disso vem do interior de São Paulo, onde após um assassianto cometido por traficantes, a polícia local, disse que a morte era culpa do cinema. Eu explico: Segundo o delegado de São José, um cidadão chamado David Gonçalves Silva, foi morto através do método conhecido como "forno de micro-ondas", quando a pessoa é colocada dentro de pneus e seus algozes ateam fogo nos mesmos fazemdo a pessoa morrer queimada.
Segundo o delegado assistente da DIG (Delgacia de Investigadores Gerais), os criminosos de lá "aprenderam" o método através da sétima arte, pois ele é utilizado no filme Tropa de Elite, os criminosos puderam "ver" como ele funciona. Ao dar tal declaração infeliz, o delegado acaba por culpabilizar o filme, quando na verdade os culpados são os próprios bandidos.
Além de infeliz, a declaração mostrou que o delegado esta bastante desinformado, pois não foi o Tropa que criou o método ele apenas o reproduziu. Muito tempo antes do filme virar o sucesso que foi, essa forma brutal de assassinato, foi divulgada em todo o país, quando ocorreu o assasinato do jornalista Tim Lopes, pois foi desta forma que ele foi morto. Depois deste fato, que o chamado micro-ondas foi parar nas telonas e não o contrário.
É preciso que as autoridades esqueçam a frase de Sartre e passem a atuar de forma mais incisiva nos trabalhos sobre os quais possuem responsabilidades, querer culpar o cinema ou a mídia, pela violência e pelas mazelas que assolam nossa sociedade, beira o surrealismo.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Repensando o transporte público

Já faz tempo que o transporte público vem sendo sucateado no Brasil.Em todas as cidades é cada vez maior o número de carros nas vias públicas e isso é reflexo do descaso do poder público em relação ao transporte. Vivemos aqui, o oposto do que é visto em países mais desenvolvidos e tidos como modelos para o mundo. Enquanto grandes cidades tem um ótimo sistema de transporte que integra os mais variados meios, buscando aumentar sua eficiencia, presenciamos no Brasil um transporte cada vez mais caro e sucateado.
O ano nem começou direito e a lista de cidades que passaram por aumento, na tarifa do transporte público não para de aumentar. Segundo um e-mail que recebi de uma amiga do Rio Grande do Sul, já são 17 cidades, isto até o último dia 12, por que no dia 17 a lista cresceu e Macaé, no litoral fluminense passou a integrar esta lista, aumentando sua pasasagem de R$ 2,30 para R$ 2,40. Infelizmente a qualidade do transporte segue o caminho inverso e só piora.
É preciso mobilização popular para pressionar o poder público por soluções rápidas eficientes para resolver este gargalo que só aumenta e piora a qualidade de vida em nossas cidades. É urgente que os governantes apresentem projetos e para melhorar a qualidade do transporte público, fazendo inclusive que seja mais viável utilizá-lo.
Assim mais pessoasdeixarão seus veículos em casa, o que desafoga o trânsito e cria um círculo vicioso, melhorando o trânsito e aumentando a eficiência do transporte público.
É hora de buscarmos melhorias na área, o que passa claramente, por um transporte mais barato e de melhor qualidade.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Política e Esporte

O texto publicado recentemente por um jornalista e blogueiro, trouxe a baila novamente a discussão sobre esporte e política. Em seu texto, Rafael Lopes do Voando Baixo, fala da chegada de Pastor Maldonado a elite do automobilismo e claro, aproveita a oportunidade para criticar Hugo Chávez, presidente da Venezuela, país de Maldonado. A ligação entre Maldonado e Chávez é evidente. O presidente é o principal financiador da carreira do piloto, o que é feito através da PDVSA, petrolífera do país sul americano.
Ao escrever, o blogueiro opta por priorizar os problemas envolvendo Chávez e a Venezuela, ao invéz de falar da carreira do jovem piloto e claro, o posicionamento do jornalista se mostra claramente por condenar a combinação política e esporte. Não vou aqui defender ou atacar governos, escrevo apenas para lembrar que o uso do esporte como ferramenta de propaganda político-ideológica, é uma prática muito antiga, durante anos estadunidenses e soviéticos brigaram a cada Jogos Olímpiicos para ver quem liderava o quadro de medalhas, Copas do Mundo, foram encaradas comopalcos para mostrar a superioridade de um determinado país e consequentemente sua ideologia.
Até mesmo no automobilismo, esta relação é antiga e vem ganhando força nos últimos anos, mas agora em uma versão mais sofisticada. Em diversas categorias deste esporte é comum vermos pilotos patrocinados por órgãos estatais, ou diretamente ligados ao governo. Na Nascar mesmo é comum vermos carros com propagandas das forças militares dos EUA. No início do automobilismo de competição, a identificação carro país era tão forte que os bólidos corriam com as coresda Força Aérea de cada país.
Desta história, surgiu o vermelho da Ferrari, ou o prtada Mercedes, sendo que no principio, os carros alemães corriam de branco, pois essa era cor da Força Aérea germânica. Agora a relação automobilismo/Estado se dá através dos patrocinadores, a Lada patrocina a Renault, por causa do Petrov, ambos são russos e o governo de Moscou que já mostrou interesse em sediar uma etapa da categoria e vem investindo pessado no esporte, por isso a dupla Lada/Petrov.
Outra estatal que ja está no esporte há anos é a Petronas, petrolífera malaia, que patrocina diversas equipes como a Mercedes, além é claro de patrocinar a etapa malaia. Outra estatal que ficou anos na F1 e era utilizada para fazer propaganda de seu país foi a extinta ELF, que hoje atende pelo nome de Total e continua na F1, não mais como estatal, pois fora privatizada anos atrás. Até a Petrobrás já participou do circo e em outros esportes, os brasileiros ainda podem ver diversas estatais patrocinando nossosatletas e equipes.
Entre estes casos podemos citar Correios/Futsal, Correios/Esportes Aquáticos, Banco do Brasil/Voleibol, Infraero/Judô, Caixa Econômica/Atletismo e ela também já patrocinou o Basquete, assim como a Eletrobrás que é a atual patrocinadora. Por isso comtantos exemplos no esporte mundial, não vejo problemano fato de a PDVSA patrocinar o Maldonado. Me preocupo mais com o desempenho do venezuelano, pos como torcedor da equipe de Grove, gostaria de ver um bom carro e também bons pilotos.

domingo, 16 de janeiro de 2011

Polêmica esportiva

Os campeonatos estaduais deram início as emoções do futebol brasileiro em 2011, mas por enquanto o grande assunto do futebol não parece as tradicionais e saudáveis rivalidades entre os clubes, mas sim um acontecimento polêmico que tem se tornado corriqueiro no Brasil. Estou falando das mudanças pelas quais alguns times passaram de uns anos para cá.
Não é uma mudança comum, como alteração de elencos, diretoria, ou patrocinadores, mas sim de cidades. É isso mesmo alguns clubes do interior do Brasil, principalmente de São Paulo, tem mostrado o seu lado cigano e mudado de "mala e cuia" para outras cidades, deixando para trás partee de sua história e sua torcida.
O primeiro time que chamou atenção com essa atitude foi o Grêmio Barueri, que hoje atende pelo nome de Grêmio Prudente, após deixar a cidade da Grande São Paulo e rumar para o interior. Em resposta a este fato, a Prefeitura de Barueri acabou por fechar um acordo com o antigo Campinas Futebol Clube, que pertenceu ao craque Careca. Agora o Campinas também trocou de cidade e de nome e atende pelo nome de Sport Clube Barueri.
Outro exemplo paulista de time itinerante é o Guaratinguetá, quer dizer, agora Americana, uma vez que ele deixou a cidade do primeiro santo brasileiro para representar a cidade do interior paulista. Essa é uma prática que vem se tornando comum no futebol brasileiro, mas ainda assim é muito combatida pela cartolagem. Para mudar, é preciso que o time pague uma taxa à Federação e ela que já custou R$ 300 mil, agora está custando R$ 800 mil e com viés de alta.
Essas mudanças são mais uma influência do esporte norte americano, lá é comum que times dos principais esportes mudem de cidade, os Jazz, que jogam a NBA, nasceram em Nova Orleans, mas hoje são de Salte Lake e representam o estado de Utah, os Grizzlies também já rodaram bastante e foram até de outro país, pois antes de representarem a terra do Elvis Presley, jogavam por Vancouver, no Canadá. o próprio Los Angeles Lakers, nasceu em Mineapolis e ganhou o nome Laker em referência aos lagos de lá.
Não concordo com essas mudanças dos times, assim como não gosto da idéia de time empresa, ou de times terem dono como acontece com vários clubes nos EUA e na Europa, mas como isso parece ser algo irreversível procuro tolerar tais fatos. Entretanto, defendo atitudes mais rigorosas com relação aos times ciganos. Por exemplo, o Grêmio Barueri foi descontinuado e passou a ser o Grêmio Prudente? Ora então que ele começe a caminhada toda no marco zero novamente.
Não é correto que após muito esforço e trabalho um grupo conquiste avanços importantes como aconteceu com o ex-time de Barueri e derrepente essas conquistas "caiam no colo", de outra equipe, que leva o bônus do trabalho para outras cidades.

Recordar é viver II

Dando prosseguimento ao tema do último post, contarei aqui a história da noite que marcou ainda mais minha paixão pelo glorioso Corinthians Paulista. Como escrevi no texto anterior moro no litoral do Rio de Janeiro, mas como nasci em São Paulo e lá aprendi a gostar do esporte bretão, o time que escolhi foi de lá e não daqui. Desde os cinco anos sou mais um no "bando de loucos", que consideram o Timão, sua história, sua vida e seu amor.
Essa escolha durante muito tempo me fez alvo de uma pergunta que sempre vi com resalvas e cansei de respondê-la: Se você mora no Rio desde novo, por que torce para um time paulista? Como futebol é paixão e o Corinthians foi para mim paixão a primeira vista, não tive opções. Sou corinthiano e pronto. Por conta a distância geográfica, nunca tive chances de ver da arquibancada uma partida dele, ou melhor tive sim uma única chance e claro a aproveitei.
O ano era 1994, estavamos em julho e como de costume tinha ido passar as férias em São Paulo na casa de uma tia. Lá acompanhei o Brasil ser tetra em um dia inesquecível para mim, afinal além do tetra, naquele dia comemorei em família o aniversário da minha mãe. Além da Copa recém terminada, estava rolando a Copa Bandeirantes e o Timão buscava mais um troféu para a sua sala.
Dia 21 de julho, estou acompanhando o notíciário esportivo, quando derrepente descubro que haveria naquela noite, o jogo São Paulo x Corinthians pela Copa Bandeirantes. Era a minha chance de ver o Poderoso Timão em campo. Na hora pensei em convencer minha mãe, também coritnhiana a ir pro jogo comigo, como ela havia saído com meus tios fiquei esperando que ela voltasse.
Foi só ela voltar para que eu falasse do jogo e claro, como quem não quer nada deixar no ar, que eu pretendia estar lá para assistir nas arquibancadas. Seria difícil, mas não custava tentar. Pois bem, bastou eu falar que queria ir e ela se animou e decidiu que iriamos, mas como nada é perfeito, meus irmãos e meu primo também queriam ir. O problema estava exatamente na ida deles.
Assim como a imenssa maioria da minha família paulista eles torcem para o São Paulo, somente eu e minha mãe somos coritnhianos. Agora como fazer para que fossemos todos para o Morumbi? Assistiriamos a partida todos entre a nação corinthiana? Ou na torcida tricolor? Talvés pudessemos nos separar lá no estádio com o lógico corinthianos de um lado e sãopaulinos para o outro, mas a pouca idade deles (o mais velho tinha apenas 15 anos), impedia que isso acontecesse.
Logo a solução foi a seguinte: Como a ideia foi minha iriamos eu me minha mãe e eles ficariam em casa. Pois bem isto decidido, saímos de casa e rumamos para o estádio, tivemos que pegar dois ônibus. Quando esperavamos o segundo, comecei a ouvir cantos da torcida corinthiana ainda muito baixos e que iam aumentando com o tempo, até que nosso ônibus chegou e para a minha alegria ele estava lotado de corinthianos de várias organizadas, a festa começava ali.
Chegamos ao estádio e compramos lá mesmo nossos ingressos. Entramos e para a alegria daquele jovem coritnhiano, ele pode ficar entre as organizadas Gaviões da Fiel e Camisa 12, algo até então surreal para ele. A festa não tinha previsão de término, quando os jogadores entraram em campo para o aquecimento, pude reconhecer vários deles como Ronaldo, Rivaldo, Henrique que era um zagueirão, Souza, Marques, Zé Elias e claro o Marcelinho "Pé de Anjo".
O jogo foi ótimo, o Timão foi superior durante toda a partida e venceu com justiça por 1x4. Foi a realização de um sonho e que teve um final bem feliz, lembro até hoje que voltei para casa emplogado com a noite e com o time, foi a noite que confirmou minha paixãopor este time que como já dizo famoso jargão popular "Só me da alegrias."

sábado, 15 de janeiro de 2011

Recordar é viver


São quase cem anos completos de tradições e glórias mil, como diz seu hino, mas de todas elas a mais gloriosa aconteceu 11 anos atrás. Maracanã lotado e milhares de corinthianos espalhados pelo Brasil e pelo mundo ligados na televisão ou no rádio. O motivo era evidente, naquela noite o "Maraca" era o palco da final do primeiro campeonato mundial reconhecido pela FIFA de forma oficial.
O campeonato fazi parte de um projeto da CBF para mostrar a capacidade brasileira para sediar uma Copa do Mundo. Aquele campeonato contou com forças do futebol internacional como Real Madrid e Manchester United, além de Necaxa do México e representantes da Ásia da Oceânia e o Vasco como representante da América do Sul. Seus participantes foram divididos em dois grupos, um em São Paulo com Corinthians e Real Madrid e no outro no Rio tínhamos Vasco e Manchester United.
Os dois primeiros de cada grupo avançavam para as semi-finais e a final foi no Maracanã, no dia 15 de janeiro.
Para a felicidade do futebol tupiniquim, a final envolveu exatamente os dois representantes do nosso futebol. Vasco e Corinthians fizeram uma emocionante partida. Como todo torcedor que se preza tratei logo de dar um jeito de acompanhar este importante jogo, por questões burocráticas, acabei ouvindo a final pela rádio, algo que sempre foi incomum, mas valeu a pena.
O jogo foi tão equilíbrado e emocionante que foi ser decidido nas penalidades. Quase não aguentei ouvir este jogo que parei de acompahar partidas desta forma. Para a felicidade da nação corinthiana, levamos a melhor e fomos os primeiros campeões do mundo com o aval da FIFA. Mesmo tendo um belo time, que venceu quase tudo naqueles anos, a glória não veio por eles. O lance decisivo foi protagonizado pelo Edmundo, que desperdiçou seu penalti e deu ao Timão a faixa de campeão.
Ainda lembro daquela noite como se fosse hoje. Ao ouvir que Edmundo errou sai comemorando pela casa. estava com uma camisa do Timão, que aliás ainda tenho até hoje e como sempre acontece na minha cidade, fui comemorar a conquista na beira da praia. Moro no litoral fluminense e ao chegar a praia, me deparei com uma cena inusitada e inesquecível.
Centenas de flamenguistas devidamente uniformizados, comemoravam também não um título deles ou o do Corinthians, mas a derrota vascaína. Era engraçado ver tantos flamenguistas, muitos deles meus amigos comemorando comigo, mas por motivos tão diversos, entre centenas pelo o que me lembro eu era o único corinthiano uniformizado comemorando nossa conquista.
Talvez, nestes anos todos como corinthiano (desde os 5 anos) essa foi a minha noite inesquecível quando o assunto é o Timão. pode ser que ela empate com a noite da única partida que assisti do timão em um estádio, mas ess história é assunto para um próximo post.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Censura no futebol

Pois é, ontem acompanhei parte do jogo do Corinthians contra o Barueri, pela Copinha. Fiquei ligado na webrádio Voz do Coritnhians e acabei me deparando com uma notícia preocupante. Durante a transmissão, a equipe da webrádio, ao responder se eles tinham repórter de campo, que escutou se deparou com algo quase surreal para o jornalismo esportivo. A Federação Paulista de Futebol, permite apenas que veículos tradicionais tenham repórter de campo, ou seja, webrádios não tem autorização para isso, apenas jornais, revistas, rádio e televisão.
É estranho ainda vermos medidas deste tipo por um motivo muito simples. Tempos atrás, orquestrados pelos senhores da mídia brasileira a justiça determinou que a obrigatoriedade do diploma para o exercício da profissão de jornalista, pois tal exigência feria a liberdade de expressão, um direito garantido pela Constituição de 1988.
É exatamente ai que está o estranho da história, a qualificação específica do profissional não é permitida, pois é taxada como uma forma de censura, mas proibir que webrádios, que se expandem de forma exponencial na comunicação contemporânea, transmitam eventos esportivos, também não seria censura? É hora de a sociedade se mobilizar para regular a comunicação o mais rápido possível, caso contrário casos bizarros como este continuaram a se repetir e os amantes do esporte se verãocada vez mais amarrados a um pequeno grupo de senhores da comunicação que transmitirão o que o povo quer assistir.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Contradição Jurídica

O caso Cesare Batisti continua dando pano para manga e aponta alguns pontos nebulosos do nosso judiciário, que é reflexo da sociedade brasileira. Inconformados com a decisão do ex-presidente Lula de manter no Brasil o ex ativista de esquerda, que é condenado por quatro assassinatos na Itália, a ala mais conservadora da sociedade, continua querendo alimentar o caso e criar polêmica em cima disso.
Os reacionários esqueceram que mesmo sendo competência do Supremo Tribunal Federal, o mesmo acabou "empurrando" a decisão para o presidente e já que tanto o STF, quanto o presidente são as autoridades máximas de seus poderes (executivo e judiciário), tal decisão agora se torna inquestionável. Diz a sabedoria popular que decisão judicial, não se contesta, cumpre-se e é isso que deve ser feito agora.
O STF decidiu que a definição da história caberia a presidente, este por sua vez tomou sua decisão. Não há mais o que fazer, restando apenas respeitá-la e cumprí-la. Não entrarei aqui no mérito de a decisão do ex-presidente Lula estar certa ou errada, mas não acho correta questionar a mesma.
O comportamento da oposção, que ainda busca meios para questionar o posicionamento da presidência, nos trás uma questão que precisa ser debatida. Será que caso, o então presidente Lula, decidisse pela extradição, estes senhores questionariam sua decisão? Será que ao questionarem o que Lula fez elez não deixam suas máscaras caírem, mostrando que estão mais uma vez agindo com ol velho "complexo de vira-latas", que acomenteu o Brasil por anos?
Isso é algo que a sociedade brasileira precisa analisar e de forma muito séria, sem se deixar influenciar por questões político-ideológicas, ou colorações partidárias. Deixemos o passado lá trás e passemos a tratar do que realmente interessa no momento, o que ficou para trás, não tem mais volta, ou seja é imutável. Para frente é que se anda.

domingo, 9 de janeiro de 2011

Carta Aberta à Ronaldinho Gaúcho

Pois é, como não podia deixar se ser o Blog O Observador resolveu finalmente opinar sobre a vida do ex melhor do mundo para o futebol brasileiro e isso é assunto para a edição de janeiro da Sessão "Carta Aberta".

É lamentável que um jogador que já encantou o mundo com seu futebol arte e sua genialidade, se aproxime do final de sua carreira com um episósio tão lamentávelcomo essa históriada repatriaçãodo Ronaldinho Gaúcho. Ronaldinho já não é mais o mesmo em campo, faz algum tempo, as mesmo assim sua vinda seria ótimo para o nosso futebol, mas transformar esta vinda no drama que ele e Assis fizeram é ridículo.
Claro que mesmo tendo sido criado no Grêmio, ele não tinha obrigação alguma de jogar lá novamente, muito menos de graça, como sugeriu o Rei Pelé, mas também não precisavam conduzir esta negociaçãoda forma como fizeram. Se o caso fosse tratado com seriedade, Ronaldinho já estaria junto aos novos companheiros participando da pré temporada, mas não era necessário criar factóides para manter seu nome na mídia e também os dos clubes envolvidos na negociação.
Por isso, tanto estardalhaço e vai e vem na hora de falar deste assunto. Agora, as coisas mudaram, a paciencia dos envolvidos vem se esgotando e dois dos postulantes já saltaram desta barca desgovernada, que pode a qualquer momento pode dar sinais de naufágio iminente. Alguém precisa lembrar ao Ronaldo e ao Assis, que Grêmio, Palmeiras e Flamengo são maiores do que ele, por melhor que ele seja e por isso, era para os dois já terem baixado a bola a muito tempo.
Chega a ser constrangedor, ver uma novela tão chata e imprecisa quanto esta transferência, manchar a carreira de um dos melhores jogadores do Brasil nos últimos anos. Fica aqui a torcida para que esta celeuma acabe logo e Ronaldinho volte a jogar em nossos campos, idependente da camisa que vestir.

sábado, 8 de janeiro de 2011

"Ele calado é um poeta"

As emoções do futebol na temporada 2011 ainda nem começaram e como já era esperado, para alimentar a imprensa esportiva, alguns factóides foram criados para ampliar audiências e tiragens de jornais. No fim do ano passado, a polêmica foi a unificação dos títulos do Brasileirão, do Robertão e da Taça Brasil. Agora o assunto é a vida do Ronaldinho Gaúcho para o futebol brasileiro. E isso tem rendido muita discussão entre os torcendores e a imprensa.
Enquanto não sabemos para onde vai Ronaldinho ouvimos muita especulação e também algumas gracinhas desnecessárias de todas as partes. O último a dar sua opinião, foi o "Rei" Pelé, em recente entrevista o maior jogador de todos os tempos deu sua opinião e mostrou mais uma vez que Romário tinha razão, quando disse em entrevista que o Pelé calado é um poeta.
Segundo o Rei, como Ronaldo teria dito que ama o Grêmio, ele deveria vir jogar pelo time gaúcho de graça. Isso mesmo, sem levar nenhum tostão pelo seu trabalho. é estranho ouvir isso, vindo do Pelé. Primeiro por que ele ao defender esta tese, ele faz pouco caso do trabalho do jogador e segundo por que o mesmo sempre foi regiamente pago pelos clubes onde passou, incluindo ai o tempo em que atuou como cartola no mesmo Santos que o consagrou.
Fica aqui a dúvida. Por que o Pelé, não pode jogar ou trabalhar sem receber e os demais jogadores podem? Mais uma vez, vemos claramente uma personalidade do futebol com o discurso hipócrita de faça o que eu falo, mas não faça o que eu faço. Vai ver Pelé, que já ganhou tudo, quer levar também o prêmio de Fanfarrão do Ano que é entregue por este blog e tem como vencedor Ricardo Teixeira. Quem sabe ele não leva? O ano está apenas começando e já apresenta dois fortes candidatos o próprio Pelé e também o Ronaldinho Gaúcho.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Sempre o mesmo enrredo

Todo ano é isso. O tempo passa, o calendário muda, mas nada é feito para solucionar este que é um dos maiores problemas do país. Basta uma chuva e pronto, alguma cidade do nosso Brasil vive sérios transtornos com alagamentos e desabamento de terra nas chamadas "áreas de risco". É lamentável que o poder público ainda permita a existência de áreas de risco e o que é pior, com muitas pessoas morando nelas.
É preciso que tanto os governos estaduais, como principalmente os muunicipais criem programas nos moldes do Minha Casa Minha Vida, dando prioridade de atendimento às pessoas, que sofrem com os problemas causados pela chuva. É preciso que estados e municipios em parceria, repensem o urbanismo das cidades para evitar novas tragédias e garantam moradias dignas e seguras para a população.
Não podemos mais aceitar a omissão dos governantes perante tragédias como as que assolaram diversas cidades nos últimos anos em época de chuva. Nos últimos três anos, tivemos cenas parecidas em cidades totalmente diferentes como Blumenau, Petrópolis, Rio de Janeiro, Niterói, Mauá, São Luis do paraitinga e Angra dos Reis. É hora de mudar essa situação. Os governantes precisam combater as áreas de risco e também o déficit habitacional para evitar que novas tragédias se repitam a cada verão e isso tem que começar o quanto antes, caso contrário, mais pessoas perderão tudo inclusive a vida, que é o bem mais importante que se pode ter.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Alguma evolução

A FIFA anunciou a criação de um comitê para analisar possíveis mudanças em relação ao esporte bretão para se garantir mais emoção no futebol. Essas mudanças aconteceriam visando principalmente a Copa de 2014 e inclui idéias estranhas, mas também alguns poucos avanços. Entre as mudanças estão a idéia de se resgatar o chamdo "gol de ouro", também conhecido como morte súbita, além de uma possível alteração na pontuação, tanto nas vitórias como nos empates e também a profissionalização da arbitragem.
Dentre estes principais pontos de mudança vejo algum avanço e outros retrocessos. O principal avanço é a profissionalização dos árbitros. É fundamental que estes senhores passem a atuar de forma profissional para que a arbitragem, seja tratada de maneira mais séria e com melhor estrutura para evitar problemas tão recorrentes que envolvens os homens do apito.
Quanto as outras possíveis mudanças, não as vejo com bons olhos. O retorno do chamado gol de ouro é um retrocesso inútil. Isso já foi aplicado no futebol e os resultados não foram satisfatórios, além é claro de não ser um método muito justo para definir os classificados ou campeões. Prefiro que em caso de empates nas fases mata-mata, o time de melhor campanha tenha a vantagem do empate, isto é mais justo e não desvaloriza o esporte, uma vez que mesmocom vantagem do empate, as equipes continuam a jogar buscando a vitória.
Quanto a alteração na pontuação, também não vejo muito sentido uma vez que com a vitória valendo três vezes mais que o empate, é normal que as equipes jogem sempre buscando a vitória e o grnde número de empates, serve apenas para mostrar o equilíbrio da competição, que é decidida nos detalhes. por estes motivos que não vejo sentido nas possíveis mudanças a serem estudadas pela FIFA.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Contradições da direita

O caso Cesare Batisti, mostrou mais uma vez como a oposição conservadora é contraditória no nosso país. Ao contrário do que estes senhores esperavam, o então presidente Lula, decidiu pela não extradição do italiano acusado de assassinatos em seu país. A reação conservadora foi imediata e uma enxurrada de críticas veio à tona. Os opositores do governo Lula, que desde o último dia 1º, é continuado pelo governo Dilma, passaram a taxar de vergonhosa a posição brasileira que teria desrrespeitado um acordo bilateral de extradição.
Pois bem. É exatamente neste caso que o lado controverso dos reacionários aparece. A decisão do governo brasileiro, mostrou a soberania do nosso Estado em nosso território, o que aliás é fundamental em qualquer estado democratico de direito. Mas a oposição acompanhou a ladainha italiana e lamentou tal demonstração de independência de nosso governo. É evidente que neste caso, o personagem principal desta trama se fosse extraditado seria alvo de persseguições por parte do governo daquele país, que há anos vem sendo dominado pela direita, a mesma que Batisti combateu 30 anos atrás.
Por este motivo e seguindo as condições estabelecidas no mesmo tratado que os italianos dizem que o Brasil não cumpriu, o governo decidiu pela não extradição. A demonstração de soberania brasileira neste caso, nos lembra outro caso que deveriam sim ser lembrados e que serve de comparação. Me refiro a história das instalações da Petrobrás na Bolívia.
Naquele caso, os conservadores brasileiros se acharam ultrajados pelo acordo entre Lula e Morales, que acabou por garantir tais instalações para a Bolívia, além de o Brasil continuar comprando gás do país vizinho. Segundo os mesmos, este comportamento, mostrou "frouxidão" por parte do governo brasileiro, que deveria se preciso fosse, declarar guerra ao vizinho para garantir, o que era "nosso".
É exatamente ai que estes senhores mostram suas falhas graves. Por que será que declarar guerra, se preciso for, para garantir que nossa soberania fosse preservada, estava correto e agora neste caso, uma negativa a um país europeu estaria errado. No caso boliviano nem governo, nem Brasil e nem a Petrobras, saíram com prejuízo, o que mostra que a única motivação para a guerra necessária, não passaria de imperialismo alimentado pela ganância de uns poucos.
Já as críticas ao posicionamento brasileiro no caso Batisti, não passam de críticas vazias para tentar manchar um governo que mesmo no seu encerramento, conseguiu atingir níveis históricos de aprovação popular. Este comportamento da oposição, acaba por de certa forma, colocando em contra ponto, dois grandes pensadores europeus de um lado, Karl Marx (1818-1833) com a frase " A pratica é o critério da verdade". No lado oposto
Friedrich Nietzsche (1844-1900), que tem entre sua celebres frases a seguinte: "Não existem fatos, apenas interpretações".
Esta frase de Nietzche simboliza bem o comportamento da oposição, que atropelam os fato para interpretá-los conforme seus interesses, por mais escusos que estes sejam.