segunda-feira, 26 de julho de 2010

Como se dissesse água

O texto abaixo, foi escrito por Eco Moliterno é Diretor de Criação da agência de publicidade África e publicado originalmente no site oficial do Clube de Criação de São Paulo (http://ccsp.com.br/ultimas/noticia.php?id=47179). Republico aqui como uma homenagem póstuma e tardia ao mestre Saramago, que nos deixou recentemente.

Fico imaginando como foi o recente encontro entre dois antigos desafetos: Saramago e Deus.

- Seja bem-vindo, José. Surpreso em Me ver?
- Pois estou mais surpreso em ter sido aceito aqui no céu.
- E por que Eu não te aceitaria?
- Porque sempre desdenhei do Senhor e desse lugar aqui, ora.
- Mas é exatamente por isso que você está aqui.
- Para uma vingança póstuma Sua, imagino.
- Não, pelo contrário: para Eu te recompensar.
- Me recompensar? Por ter blasfemado o Senhor e Seu filho?
- Você também é meu filho, José.
- Só acredito vendo o teste de DNA.
- E de todos os Meus filhos, é um dos poucos que nunca Me pediu nada.
- Decepcionei-te?
- Não, nem um pouco. Tanto que até te ajudei a ganhar o Prêmio Nobel.
- Votastes em mim? Não sabia que eras membro da Academia...
- Não votei, mas fiz Meus votos.
- Fizestes votos? Então fraudastes a eleição dos suecos, Gajo!
- Não se faça de tolo, José. Agora não há mais motivos para zombar de Mim.
- Pois bem, então já que o Senhor existe, exijo algumas explicações.
- Chegou a sua hora de perguntar.
- Por que deixastes o mundo do jeito em que está?
- Eu o criei para ser de outro jeito.
- Então o criastes para depois o abandonares?
- Não o abandonei. Eu o deixei para vocês tomarem conta.
- O Senhor o deixou para os banqueiros, para os políticos... não para nós.
- Deixei-o para todos, José.
- Mas por que nem todos têm acesso igual às mesmas coisas?
- No início, tinham. E deveriam ter até hoje.
- Então por que o Senhor não intervém?
- Eu já fiz Minha parte. Agora está na mão dos homens.
- Dos homens milionários norte-americanos, suponho.
- Não, esses ficarão com pouco.
- Bom, se esses ficarão com pouco, então quem ficará com muito?
- Você.
- Eu?
- Sim. Não disse que iria te recompensar?
- Mas por que não recompensas as crianças que morrem de fome na África?
- Porque não estou falando de recompensa material.
- E que tipo de recompensa eu mereço, ora pois?
- A eternidade.
- Como assim?
- A partir de agora, José, você é eterno.
- E o que fiz para merecer isso?
- Você se imortalizou. Simples assim.
- Curioso: precisei morrer para ficar imortal.
- Na verdade, você já era eterno antes de vir pra cá.
- Bom, se o Senhor está falando, quem sou eu pra discordar.
- Engraçado... antes de morrer você discordava bastante de Mim.
- Não me leves a mal, mas agora usarei minha eternidade de outra forma.
- "Não tenhamos pressa. Mas não percamos tempo."
- Conheço essa frase...
- Sim, foi você que escreveu.
- E como a sabes?
- Você deveria saber que Eu sei de tudo.
- Bom, até onde eu sei, acabamos de nos conhecer.
- Pois Eu te conheço desde quando você era serralheiro mecânico.
- E nunca me falou nada?
- Falei sim. Você que não ouviu.
- Se tivesse Te escutado, teria ouvido.
- Se acreditasse em Mim, teria escutado.
- Bom, não vamos transformar isso em uma discussão eterna, vamos?
- De acordo.
- Então o Senhor leu todos os meus livros?
- Todos.
- Ainda bem que não és um crítico literário...
- Pois saiba que gostei bastante do que li.
- Pois não deves entender bem o português, só pode ser.
- Entendo sim. Sou brasileiro, se esqueceu?
- Nunca soube disso.
- É porque você não deve gostar muito de futebol.
- Não mesmo. Mas voltando aos livros, algo que escrevi Te irritou?
- Nada.
- Nem o meu descrédito no Senhor?
- José, Eu nunca fui esse tal Deus em que você não acreditava.
- "Todos os dias tento encontrar um sinal de Deus, mas não encontro."
- Sim, Eu li essa sua frase também.
- E mesmo assim não mandastes um sinal?
- Se você estivesse falando comigo, teria mandado.
- Se soubesse que o Senhor existia, teria falado.
- "Se podes olhar, vê. Se podes ver, repara."
- O Senhor realmente conhece minhas frases... estou surpreso, confesso.
- De todas que você escreveu, só existe uma que não entendi até hoje.
- Então chegou a Sua hora de perguntar.
- É a dedicatória em seu último livro para sua esposa Pilar.
- "À Pilar, como se dissese água". Essa?
- Exato. O que quer dizer?
- Esquece. O Senhor jamais entenderia.
- Mas agora temos a eternidade inteira para você me explicar.
- Mesmo assim. A eternidade é pouco tempo para o Senhor entender isso.
- Por que?
- Porque o Senhor nunca amou uma mulher.
- José, José... Você não existe...


domingo, 25 de julho de 2010

Os velhos carros vermelhos voltaram

Os velhos carros vermelhos estão de volta ao circo da Fórmula 1. A corrida na Alemanha mostrou que a equipe mais tradicional da categoria, achou o acerto dos carros que voltaram a figurar entre os primeiros colocados durante todo o final de semana. Após quase toda a temporada, com amplo domínio da Red Bull e da McLaren, finalmente aparece uma terceira equipe para garantir mais emoções aos torcedores que acompanham as corridas.
Por esse lado, essa seria uma ótima notícia. Quanto mais equipes e pilotos disputando a ponta e consequentemente as vitórias, melhor fica a F1. Infelizmente o retorno da equipe italiana ao páreo trouxe também as velhas práticas ferraristas, tão criticadas anos atrás por quem acompanha o automoblismo. Na corrida alemã, após uma bela largada Felipe Massa tomou a liderança de Vettel, que ficou mais preocupado em segurar Alonso e acabou esquecendo do brasileiro.
Algumas voltas depois, com o espanhol em segundo, o bicampeão reclamou por rádio, dizendo que o comportamento de Felipe na pista seria "ridículo". Poucos giros depois, a equipe passou mensagem por rádio para o piloto brasileiro alegando que o mesmo estaria mais lento que o companheiro, era a senha para que Massa reduzisse a velocidade para que Alonso garantisse a liderança.
Tal prática, é proibida desde 2001, quando no GP da Áustria, a mesma Ferrari, deu ordens para que Barrichelo fosse ultrapassado pelo companheiro Schumacher, o que aconteceu apenas na linha de chegada. Como podemos ver o curriculum da Ferrari, já se mostra gabaritado nesse sentido. Além da prática descarada de ações antidesportivas por parte da equipe do cavalinho rampante, a omissão da FOM, entidade que organiza a F1, ficou latente de novo.
Após muita reclamação, por parte de várias equipes, a única punição de fato, sofrida pela equipe italiana, foi uma singela multa de US$ 100 mil, além é claro do fato de a mesma ser julgada pelo Conselho Mundial daqui há alguns meses. Não precisa conhecer muito a categoria e a FIA, para saber que essa história via terminar em pizza, como foi o caso da Renault, na batida programada do Nelsinho.
O mais lamentável dessa história é o posicionamento do próprio Felipe, que não viu nada de errasdo com o ocorrido, "tudo pela equipe", talves por isso, tenha ganho de muitos internautas o título de "funcionário do mês". Os interesses comerciais e contratuais, não podem se sobrepor ao esporte, mas infelizmente isso é corriqueiro na F1, tida como a "nata" do automobilismo. Outra personalidade do circo que saiu em defesa da Ferrari, foi o Schumacher, que também não viu nada de errado.
Pode ser que o alemão, mesmo tanto tempo depois ainda não tenha aprendido como deve ser o comportamento de um ídolo. Se ele soubesse, não sairia em defesa da sua antiga equipe. Falta ao piloto da Mercedes, muitas aulas com o mito Nick Lauda, que lamentou o ocorrido e ainda classificou o espanhol como sendo uma pessoa sem caráter.
Com isso, a F1 só põe em risco sua credibilidade, fazendo com que muitos bons pilotos, equipes e montadoras percam o interesse na categoria, como já aconteceu com Honda, Toyota, BMW, Ford, Porsche, além de não atrair novas montadoras como as do grupo Volkswagen. A Ferrari, mesmo com toda a sua história e tradição que devem ser respeitada, principalmente por ela própria, não é e nem pode ser maior que a F1 ou o automobilismo.

sábado, 24 de julho de 2010

Carta Aberta à Mano Menezes - Edição Extra


Quem acompanha esse blog, sabe que a sessão "Carta Aberta", é publicada mensalmente e que a edição de julho, endereçada ao então técnico da seleção brasileira Dunga, já foi postada. Mas a troca de comando na seleção e a escolha do novo técnico, acabou gerando uma "edição extra", agora endereçada ao novo comandante canarinho. Mano Menezes.
É Mano agora chegou sua vez. Essa é sua "missão" mais difícil, iniciar o processo Copa 2014 e consequentemente coordenar a renovação da seleção, recuperando também o orgulho e a vontade do torcedor brasileiro em ver nossa seleção jogar. Algo perdido nos últimos tempos. Mas quem conhece sua trajetória com treinador sabe que você tem capacidade para isso. Afinal não é fácil ter missões como recuperar o Grêmio de Porto Alegre fazendo com que o mesmo voltasse para a elite do futebol e isso você fez com maestria, ganhando ainda o gauchão e sendo vice na Libertadores para o Boca Juniors.
Após tal sucesso, outra missão complicada, recuperar agora o Corinthians, recém rebaixado para a segundona, mas você abraçou o projeto e o concluiu com êxito. O Timão voltou por cima, ficando com o vice da Copa do Brasil e no ano seguinte você e o clube ainda fizeram a festa levantando também o Paulistão de forma invicta, algo que não acontecia faz tempos e também a Copa do Brasil com apenas uma derrota para o Atlético-PR.
É claro que muitos torcedores, ainda o questionarão na seleção pelo fato de outros técnicos terem curriculos melhores, mas é evidente que a seleção tem sim um dos melhores técnicos do Brasil e sim agora a seleção voltará a ter força para reconquistar a torcida e o mundo. Infelizmente não se ganha sempre e como torcedor corinthiano lamentou sua saída do Timão, afinal não é fácil substituir um técnico com a identificação que você conuistou no Parque São Jorge.
Acredito que assim como eu toda a Nação Corinthiana, estpa feliz por saber que agora o nosso Mano será o comandante da seleção. Que a sua despedida, ou até breve do Timão, contra o Guarani seja com mais uma vitória e que após ganhar tudo com a seleção, você volte para a sua casa, podendo ser campeão novamente a frente da sua nação.

sábado, 17 de julho de 2010

Declaração de não voto!

Uma das tradições eleitorais da imprensa tanto nos EUA, como na Europa é em época de início de campanha, serem publicados nos veículos, editoriais com o apoio a candidatos a cada cargo eletivo. Na última eleição para presidente dos EUA, quando Barack Obama foi eleito, tanto o Washington Post, que tradicionalmente apoia candidatos democratas, quanto o New York Times aderiram a chamada "Obamamania" e publicaram editoriais, favoráveis ao democrata. Na Europa isso também acontece com frequência, onde veículos tradicionais como El País e Le Monde, constumam declarar apoio a candidatos dos partidos socialistas.
Tal costume ainda não chegou em terras brasileiras e o único veículo de comunicação a declarar abertamente, em editorial qual candidato está apoiando é a revista Carta Capital, que desde 2002, passou a escrever nos editoriais, seus motivos para apoiar os candidatos petistas. Os demais jornais e veículos preferem ficar escondindos atrás da pseudo imparcialidade jornalística para não revelar aos seus leitores, ouvintes e ou telespectadores de que lado eles realmente estão.
Mas como o título do texto diz ai em cima, não venho aqui declarar em quem votarei nas eleições deste ano. Deixarei isso para outro momento mais oportuno. Meu objetivo com estas palavras é argumentar e expor os motivos pelos quais não votarei em alguns candidatos. Acordos políticos-eleitorais, a parte, não vejo possíbilidade de votar em nomes como Sérgio Cabral, do PMDB e Ferando Gabeira, do PV.
Não voto em Sérgio Cabral, por que acho incoêrencia defender bandeiras com as quais me identifico faz anos e apoiar ou votar em candidatos que defendem abertamente ideias opostas as minhas. Não posso votar no senhor Cabral, pois minha militância sempre é em defesa da vida e de justiça social. Para Cabral, a vida de uns é mais importante que a de outros e este senhor já declarou várias vezes que defende essa idéia.
Lembro-me de 2007, quando Frei Betto comparou o governador do Rio, ao ditador nazista Hitler. O motivo da comparação foi a infeliz declaração do mesmo onde que mostrou favorável ao controle de natalidade nas comunidades carentes, pois assim evitaria-se a proliferação de marginais nas ruas. Não é possível para mim, apoiar, defender ou votar em alguém que diga algo tão infeliz. Defendo que as favelas, ou comunidades carentes não são apenas caso de polícia, mas sim caso de transformação social, atavés da cultura, educação, saúde e segurança. Por isso estou sim em oposição ao atual governador do meu estado.
O senhor Cabral é o responsável pela política de (in) segurança mais absurda que já vi. Sua omissão (como estado), nos reais problemas sociais, acaba alimentando este círculo vicioso de ampliar as ações políciais que só alimenta violência. Sua força polícial é despreparada e acredita que no melhor estilo maquiavélico, os fins justificam os meios e por isso abusam da violência para "pacificar" as áreas mais críticas. O filme Tropa de Elite, mostrou como nossa polícia é despreparada para atuar.
Por motivos como estes apresentados acima, não me sinto a vontade para fazer campanha e votar neste senhor. Muitos amigos me lembrarão que como petista, deveria apoiar Cabral, por causa da aliança estratégica em prol do projeto nacional. Porém, sempre fui contra essa ideia exatamente por não ver necessidade nessa aliança, para continuar mudando o Brasil. A Dilma e o PT nacional não precisam do apoio de Cabral para continuar mudando o país.
Defendo projetos mais humanistas para o Brasil, o estado do Rio de Janeiro e também para a minha Macaé e nesses projetos não consigo visualizar o PMDB, exatamente por ter uma grande lacuna entre as minhas práticas e as praticas desse partido. Assim sendo declaro aqui, meu não voto no Cabral.
Quanto ao Gabeira, confesso que cheguei a me simpatizar com sua candidatura à prefeitura da capital dois anos atrás. Não voto na cidade do Rio, mas confessei a alguns amigos que caso lá votasse, não pensaria duas vezes em teclar 43, no segundo turno. Porém, tal proximidade se deu mais por falta de opção, afinal o nome Gabeira é "menos pior", do que o de Eduardo Paes, que é cria do Cabral, desde a época em que ambos eram do PSDB.
Gabeira é um ex guerrilheiro, que assim como Dilma e muitos outros nomes que adimiro, lutou contra o regime militar. Mas com a redemocratização, Gabeira tomou um rumo diferente e se aproximou das práticas da direita, prova disso é o fato de ter o apoio do PSDB. A instabilidade político ideológica tanto do Gabeira, quanto de seu partido, inclusive já criticada neste blog, me deixam com "o pé atrás" em relação a eles.
Novamente pessoas mais próximas lembraram que projetos futuros me aproximam de um nome do PV, mas ainda assim continuo receoso, quanto a essa aproximação. É valido esclarecer aqui que apoio sim esse candidato, inclusive com afinidade para fazer campanha para o mesmo, o que não posso é votar é no PV.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Uma notícia triste para o jornalismo

Esta semana, a direção da holding que administra o Jornal do Brasil, anunciou, que o tradicional "Jornal da Condessa" sairá de circulação. Não. ele não será extinto, assim como aconteceu com outros grandes jornais que marcaram a história do jornalismo brasileiro. O famoso JB, agora terá apenas sua versão on-line, aliás o próprio se assume como sendo o primeiro jornal a ter também sua versão para a internet.
É triste para quem é jornalista e que independente de posição ideológica, respeita os grandes jornais da nossa história, chegar a uma banca e não ver mais o Jornal do Brasil, assim como não se ve mais, jornais como Última Hora, Correio da Manhã, Diário Carioca e muitos outros que ainda hoje, são referência para o jornalismo atual e que são ou deveriam ser utilizados como parâmetro nos bancos das universidades, ao menos se a obrigatoriedade do referido diploma voltar um dia a ter validade.
Muitos dirão e já dizem que o fim melancólico para o JB, já era esperado e que não há mais condições financeiras para a manutenção da versão impressa, o que é evidente, mas a extinção da mesma, é algo a se lamentar, assim como também é lamentável que ao passarmos pela zona portuária do Rio de Janeiro, viamos o famoso prédio do JB, abandonado e que agora se tornará hospital de ponta. A saúde ganha, mas o jornalismo perde mais uma batalha.
É evidente que não quero aqui colocar jornalistas contra médicos ou usuários de hospitais, lamento a troca, mas fico feliz pela boa utilização do local. A "morte" da versão impressa do Jornal do Brasil é algo tão lamentável para o jornalismo brasileiro, quanto o recente fechamento de marcas como Pontiac, ou Mercury, o são para o automobilismo mundial. Sim isso já era uma morte anunciada, diversos fatores contribuiram para esse desfecho, mas ele é sim algo para preocupar jornalistas.
Muitos lembrarão que o JB, foi um dos primeiros apoiadores do famigerado golpe militar, que instaurou a ditadura em 1964, inclusive saudando-o em um triste editorial do dia 2 de abril do mesmo ano, ou seja, um dia depois do fato. Outros lembraram que o Jornal do Brasil, quase sempre foi um jornal focado na elite e por isso , teve posições conservadoras, assim sendo sua descontinuidade, não mudará nada. Para estes, lembro que o JB teve em seu iníício uma grande identificação com as camadas populares, divulgando o resultado do jogo do bicho, ou em sessões como "Queixas do Povo" e "Subúrbios", mas que infelizmente nestes seus 119 anos acabou se aproximando das classes conservadores tornando-se porta voz dos mesmos.
Por sua história e identificação com o Brasil e principalmente com o Rio de Janeiro, o JB, assim como os demais jornais citados neste texto, deveriam passar por um processo de "tombamento", pelo patrimônio histórico, assim como acontece com vários monumentos e pontos turísticos. Como achar que um jornal por onde já passaram nomes como Rui Barbosa, Eça de Queiroz, Castello Branco (o Castelinho), Ferreira Goulart, Jânio de Freitas e Evandro Teixeira, um dos grandes mestres do fotojornalismo brasileiro? Pois é. Essa é a triste realidade. O Jornal do Brasil impresso sairá de cena, mas não para entrar para a história, pois já está nela.
Infelizmente, a partir de agora é se conformar com a triste notícia e seguir em frente buscando inclusive fortalecer idéias que possibilitem uma comunicação transformadora e democrática, algo inclusive que era atacado pelo JB e também por seus pares.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

A nossa Copa do Mundo

A Copa da África do Sul, já se encaminha para o seu ocaso e já se iniciam os trabalhos visando a Copa de 2014, quando o torneio retornará à América do Sul, mas precisamente o Brasil. No dia 8 de julho, três dias antes da final, a FIFA, a CBF e o Comitê Organizador da Copa 2014, deram entrevista coletiva falando sobre a próxima, até lançaram a logomarca oficial da competição.
Entretanto, apesar do clima festivo, alguns pontos referentes a organização precisam ser lembrados, até como forma de cobrança para sanar estas questões dentro do prazo legal. O senhor Ricardo Teixeira, afirmou que não se preocupa quanto a segurança durante a Copa e justificou com uma declaração esquisita: "violência existe em todo lugar". Sim ele falou o óbvio, mas mesmo assim essa é uma questão que merece atenção. Não que eu ache que causará problema para o Brasil .
Outros pontos importantes lembrados na coletiva foram as questões referentes ao transporte, até por causa do famoso "apagão aéreo" que aconteceu anos atrás e também a situação dos estádios. Pois bem, sobre a estrutura do transporte acredito que com os investimentos feitos pelo governo, haverá sim como garantir que não se repita um apagão aéreo. Mas minha real preocupação está nos estádios. Temos pouco tempo para construir os mesmos uma vez que já em 2013, realizaremos a Copa das Confederações e por isso, já teremos que ter os estádios.
Mas infelizmente, o único estádio ja pronto para o grande evento do futebol é o Mané Garrincha no Distrito Federal, mas esse não será utilizado para jogos da Copa, somente para treinos. Sim, é preocupante o fato de não termos nenhum estádio nem com as obras iniciadas, no caso de Recife, que prometeu cosntruir um novo estádio, nada foi feito ainda. Não é fácil entender como estádios como o Morumbi, não sejam sede de jogos da Copa e isso por que nem CBF, nem São Paulo dono do estádio, não conseguem atrair investidores para financiar as reformas necessárias.
Nesse ponto ao que parece, dirigentes, empresários e patrocinadores parecem se acovardar e "torcem" para que o governo atue como salvador da pátria, garantindo recursos públicos para financiar a iniciativa privada nessa história de sediar a Copa. Assim como foi no Pan de 2007.
É essa mentalidade que precisa ser mudada no Brasil, só assim conseguiremos garantir com mais frequência a realização de eventos de grande porte aqui no Brasil. Mas para isso é preciso que todos, principalemente o senhor Teixeira, assumam suas responsabilidades e façam o que tem que ser feito.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Derrubem o Presidente

O texto "Derrubem o Presidente", publicado a baixo é de autoria do jornalista Flávio Gomes do Grande Prêmio e pode ser encontrado no blog que o mesmo fez para acompanhar a Copa de 2010, no seguinte endereço: http://colunistas.ig.com.br/copa2010flaviogomes/. É um texto duro mas realista e mesmo discordando em alguns pequenos pontos, faço coro com o autor. Infelizmente tal análise pode ser estendida a muitas outras entidades esportivas do Brasil como Federações e Confederações. Segue o texto.

Ricardo Teixeira é presidente da CBF há 21 anos. Não foi eleito por ninguém a quem devamos alguma consideração. Foi eleito pelos patetas dos presidentes das federações estaduais. São 20 e poucos, que podem ser comprados com jogos de camisas e bolas. É bem fácil ser eleito presidente da CBF quando se tem dinheiro para comprar jogos de camisas e bolas.

Ricardo Teixeira é um mau elemento. Não precisa me processar, presidente. Mau é antônimo de bom, e elemento é apenas um substantivo, como abacaxi ou jarra. Mau porque não é um bom presidente, porque na Copa de 1994 a Receita Federal o pegou no pulo trazendo muamba, não sou eu que acuso, não precisa me processar, presidente. Mau porque escolheu Lazaroni e Dunga, porque foi sacana com Falcão e Leão.

Mau porque preside uma confederação de um esporte, o futebol, e aqui quer realizar uma Copa do Mundo de futebol, e o país cuja confederação ele preside não tem um estádio decente onde se possa jogar futebol. Não precisa me processar, presidente, digo isso baseado no fato de que todos os estádios da Copa de 2014 estão por ser construídos ou reformados.

Em 21 anos como presidente da confederação de futebol, portanto, Ricardo Teixeira não conseguiu que seu esporte tivesse um palco sequer apropriado para a prática do esporte cuja confederação ele preside.

Não se trata, aqui, de tabular resultados. Foram seis Copas das quais o Brasil participou sob sua gestão, ganhou duas, chegou a uma final, em outras três se deu mal. Isso tudo é normal, no esporte ganha-se e perde-se, não importa. Mas foi sob sua gestão que o futebol do interior do Estado de São Paulo morreu, e isso me parece preocupante, foi na sua gestão que a Fonte Nova desabou, foi na sua gestão que o Campeonato Brasileiro virou Copa João Havelange porque os clubes estavam brigando com não sei quem, foi na sua gestão que as torcidas uniformizadas viraram gangues de criminosos, foi na sua gestão que as bandeiras foram proibidas nos estádios paulistas, foi na sua gestão que se viu o maior êxodo da história de jogadores para a Europa, para a Ásia, para o Oriente Médio, foi na sua gestão que desapareceu o futebol do Norte e do Centro-Oeste, foi na sua gestão que pegaram juízes vendendo resultados, foi na sua gestão que os empresários-urubus invadiram os clubes para tomar deles os garotos em começo de carreira.

Assim, sinto-me à vontade para dizer que Ricardo Teixeira é um mau elemento, ou um mau presidente, ou um mau dirigente, como queiram, e sinto-me mais à vontade ainda para não gostar dele e, portanto, de nada do que sai de sua cabeça, porque o futebol brasileiro, resumindo, é uma merda: não tem estádios, os melhores jogadores não ficam aqui, a violência das torcidas é uma mazela, os horários dos jogos são o fim da picada e mais um monte de coisas.

Para mim, está na cara que tudo é culpa do Ricardo Teixeira. É ele o presidente da confederação que cuida do futebol. Se o futebol está uma merda, dou-me o direito de achá-lo um m… um mau elemento que não cuida do futebol.

Ele cuida de contratos. Com a Nike, com a Globo, com o Itaú, com a Brahma, com a Seara, com a TAM, com a Gillette, com a puta que o pariu. Não me interesso por contratos. A CBF virou uma empresa que administra contratos e que tem um produto, a seleção brasileira. Não passa disso. Caga para o futebol. Agora há pouco, aliás, a CBF acabou de devolver o comando da gestão midiática de sua seleção à TV Globo, numa melosa entrevista no canal Sportv, conduzida por Galvão Bueno, Renato Maurício Prado, Paulo César Vasconcelos e Arnaldo César Coelho, que passaram uma hora lambendo Ricardo Teixeira, depositando toda a culpa da má Copa em Dunga (que, se bem me lembro, foi escolhido por Ricardo Teixeira), que só virou vilão na Globo porque não deu privilégios à Globo, a única coisa que prestou em sua gestão.

Por isso, enquanto Ricardo Teixeira for o presidente da CBF, nada vai acontecer. E ele será, enquanto quiser. A não ser que…

A não ser que as pesoas de bem que militam no futebol reajam.

É preciso que as pessoas de bem que militam no futebol se manifestem. Assim: Felipão é chamado para a seleção; não aceita, e diz porquê. Leonardo, o do Milan, idem: convoca uma coletiva e diz que não quer, porque não pode servir a alguém como Ricardo Teixeira. Mano Menezes é convocado: responde que não pelo Twitter, para todo mundo saber que não tem a menor intenção de ser funcionário de uma empresa que administra contratos e não liga para futebol.

E jogadores poderiam recusar convocações, e torcedores poderiam se recusar a comprar camisetas amarelas, e as emissoras de TV poderiam se recusar a transmitir os jogos do time da CBF, e aí o Ricardo Teixeira iria à falência, ou entregaria o cargo.

E aí o governo federal poderia baixar uma norma através de seu Ministério de Esportes proibindo qualquer confederação esportiva de ter presidentes que permaneçam no cargo por mais de duas gestões, algo fácil de se fazer, para que o futebol, quem sabe, caia nas mãos de gente boa, honesta, respeitada.

Para que um dia, quem sabe, a CBF possa ser presidida pelo Zico, ou pelo Sócrates, ou pelo Raí, ou pelo Rogério Ceni, ou pelo Marcos, ou pelo Paulo Autuori, ou pelo Mano Menezes, ou pelo Tostão, ou pelo Xico Sá, por gente que vive ou viveu do e no futebol, e não por alguém como Ricardo Teixeira, que só está lá há 21 anos porque era genro de João Havelange, outro elemento que adora o poder eterno, para que a seleção brasileira volte a ser formada por jogadores do Flamengo, do Corinthians, do Palmeiras, do Galo, do Inter, do São Paulo, do Santos, do Fluminense, para que a seleção brasileira use camisetas da Penalty ou da Lupo, jogue no Maracanã, no Morumbi, no Beira-Rio, no Couto Pereira, no Mineirão, e não em Londres, para onde não posso ir com tanta frequência assim.

domingo, 4 de julho de 2010

Uma questão de bom senso

Já faz tempo que a sociedade mundial, debate a importância na mudança de comportamento para que não se coloque em risco a sustentabilidade do planeta. Aliás, a cada dia a tal sustentabilidade vem ganhando força e fazendo com que muitas empresas acabem focando na responsabilidade socio ambiental para conquistar mais clientes e assim alcançar maiores lucros.
Até pouco tempo atrás o modelo que vigorava em nossa sociedade era o consumismo sem preocupações com nada que não fosse a satisfação pessoal apenas pelo o consumo. Essa é a chamada "Sociedade do Consumo", que ficou conhecida também como "A Sociedade do Espetáculo", como aliás relatou muito bem em seu livro homônimo, o filósofo francês Guy Debord (1931-1994). Não importa o que somos, mas sim o que temos e por isso, a sociedade acaba sofrendo com o chamado consumismo compulsivo.
Infelizmente tal modelo ainda existe e acaba mostrando grandes contradições da humanidade. Para se construir, um carro chamado popular, gastasse 36 litros de água durante todo o processo e é evidente que quanto maior for a cilindrada do mesmo, maior o consumo deste bem indispensável para o ser humano. Mesmo assim, o consumo de super carros, com motores beberrões, são o grande filão da industria automobilística, que agora começa a dar sinais de mudanças na tecnologia para motores mais "ecológicos".
Outro ponto preocupante com relação a indústria automotiva é o fato de que os mesmos super carros tem, preços astronômicos que gastos em outras áreas poderiam resolver boa parte dos problemas da sociedade atual. Um exemplo claro é um modelo exportivo que passará a ser vendido em breve em terras brasileiras, pela bagatela de R$ 199.900, o que daria para fazer aproximadamente seis casas populares.
Não. esse texto não é uma apologia a pobreza, não quero aqui tentar repetir São Francisco de Assis, até por que bão tenho condições mínimas para tanto. Apenas tento através dessas linhas, valorizar o dito popular que afirma: "O menos é mais". É preciso que se acelere o processo de transformação do consumo, não apenas por motivos mercadológicos, mas principalmente para assegurarmos um planeta e um futuro melhor para as novas gerações.
Por isso, é preciso buscar alternativas que melhorem asa condições de vida em todo o planeta, temos que planejar mudanças estruturais nas cidades melhorando o transporte público, fazendo com que cada vez as pessoas deixem seus carros em casa para se deslocarem de ônibus, trens ou metrôs. Também é necessário buscar alternativas para solucionar a questão do lixo produzido, incentivando cada vez mais iniciativas que promovam a reciclagem, entre outras idéias para construírmos um mundo melhor, mas isso só será possível quando mudarmos nossos hábitos e consumos.

Carta Aberta ao Dunga


Pois é a edição da sessão "Carta Aberta", deste mês é como técnico Dunga, infelizmente a mesma não é escrita na época esperada, afinal, gostaria de estar digitando essas linhas somente após dia 11 de julho e comemorando o tão sonhado hexa, adiado mais uma vez.
Agora, como já era esperado, chovem críticas ao Dunga, um ex jogador que passou por uma fase muito ruim na carreira, na chamada era Dunga e que teve como ápice a eliminação da Copa de 90, para os argentinos com aquele famoso gol do Canigia. Passaram-se quatro anos para que ele mesmo voltasse agora como capitão de um time com bons jogadores, mas que ficaram marcados como um time sem conjunto para ser campeão mundial, até que esse mesmo Dunga, após a decisão por pênaltis contra a Itália, provou o contrário erguendo o a Taça tão esperada por 24 anos.
Aquele que foi considerado o patinho feio da Copa da Itália, havia se tornado o capitão do tetra, apagando sua fase ruim na Copa anterior. O tempo passou, veio as Copas de 98 e 2002, onde novamente fomos campeões, desta vez sem Dunga, Cafú foi o capitão. Em 2006, outra Copa frustrada, novamente paramos diante da França.
Com o resultado o técnico Parreira deixa a seleção e a CBF, coloca um técnico que poderia ser considerado tampão, mas o tempo mostrou o contrário. O mesmo Dunga, agora treinador assumiu o banco canarinho e fez um ótimo trabalho, gaanhamos tudo o que disputamos, Copa América, Copa das Confederações e ainda classificamos em primeiro lugar nas Eliminatórias da Copa, quando por diversas vezes, Dunga ouviu a torcida chamá-lo de burro e até se despedir do mesmo.
Até que chegamos ao momento derradeiro, o mais sonhado e planejado da nova "Era Dunga", a Copa da África do Sul. Começamos tendo sorte no sorteio, que nos colocou em um grupo fácil, com Coréia do Norte, Costa do Marfim e Portugal. A convocaação para a competição na África foi amplamente criticada pela imprensa e por boa parte da população. Jogadores, pouco conhecidos ou que não vinham jogando de maneira constante, garantiram suas vagas e algumas estrelas ficaram de fora.
Foi a deixa para que a torcida voltasse a criticar seguidamente o treinador. Mas na primeira fase, tudo saiu conforme o esperado. vitórias contra Coréia e Costa do Marfim e um empate sem gols contra os portugueses. Invencibilidade e primeiro lugar garantido. O próximo adversário era o Chile, que mesmo sendo freguês histórico, merecia respeito, afinal classificou-se em segundo, perdendo a primeira colocação para a poderosa Espanha, na última rodada em confronto direto.
O resultado foi mais uma vitória para o Brasil, o próximo passo era a Holanda. Infelizmente não pudemos passar pela laranja mecânica, que aliás deve em muito para a original de 1978. Pronto, estava decretado o fim da passagem de Dunga, o técnico pela seleção. É evidente que talves pela falta de experiência, Dunga e também os jogadores comenteram erros bobos que custaram a classificação.
O problema do Dunga provavelmente esteja exatamente ai. O cargo de técnico da seleção brasileira, é talves o mais cobiçado do mundo do futebol e para ocupá-lo é preciso ter tempo de serviço em outras equipes fortes, mas isso era o que faltava em Dunga. Mesmo assim, ele fez um trabalho muito bom na seleção, ganhando tudo e passando por adversários fortes como Argentina, Itália, Espanha, Uruguai, entre outros.
É Dunga como já diz o poeta, foi bom enquanto durou, mas chegou ao fim. Mesmo não sendo campeão do mundo é preciso reconhecer seus méritos a frente dessa seleção e fazer a campanha feita no período entre copas foi algo para orgulhar qualquer torcedor. Porém, é evidente que no momento mais importante não foi possível soltar o griyo de campeão.
Agora é vida que segue e que a torcida saiba ter paciência para esperar 2014. Não se pode ganhar sempre e querer que nossa seleção fosse campeã Copa sim, Copa não seria pedir demais.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Querem sujar o Ficha Limpa

Pois é, após ampla mobilização popular, diversas entidades da sociedade civil e também muitos movimentos sociais conquistaram uma importante vitória para a política brasileira. Foi aprovado peo Congresso e sancionado pelo presidente Lula a chamada Ficha Limpa, que impede a candidatura de políticos que estejam em débito com a justiça. Entretanto mesmo com esse avanço e a garantia de que a nova legislação valeria já ára a eleição desse ano, agora as coisas parecem mudar.
Agora parece que o Supremo Tribunal Federal (STF), quer jogar contra a lei, por mais paradoxal que isso possa parecer, afinal a justiça deveria agir para garantir o cumprimento da lei e não o contrário. Porém, no último dia 1 de julho, o Ministro Gilmar Mendes concedeu liminar para que o Senador Heráclito Fortes (DEM-PI), possa ser candidato mesmo com a lei da Ficha Limpa o impedindo de ter a candidatura registrada. O mesmo acontece com o ex governador do Rio de Janeiro, Garotinho (PR-RJ), que mesmo sendo considerado inelegível conseguiu liminar para vir candidato a Deputado Federal.
É lamentável que os figurões do poder, que deveriam por obrigações éticas, morais e até profissionais prezar pela justiça e pela legalidade, vivam a buscar subterfúgios para atropelar as leis, quando lhes convém. O mesmo senhor Mendes, já tomou decisões equivocadas, que trouxeram prejuízos à sociedade. Entre eles, liminares para deixar solto personagens como daniel Dantas, envolvido nas mais diversas falcatruas e maracutaias.
Outro erro crasso do Ministro, foi atacar a profissão de jornalista com argumentos tão fracos contra a obrigatoriedade do diploma para o exercício da mesma. Entre as pérolas estavam declarações como a de que como a obrigatoriedade era fruto da ditadura e agora vivemos em uma sociedade democrática, tal exigência era incompatível. Entretanto, o mesmo Gilmar Mendes, não teve o mesmo comportamento na questão da revisão da Lei da Anistia, que também foi feita durante a ditadura, mas não foi revogada como a obrigatoriedade do diploma para jornalista.
Agora, a bola, ou melhor o alvo da vez é a Lei Ficha Limpa, que surgiu do anseio e da mobilização da população brasileira para proibir a candidatura de pessoas condenadas pela justiça, mesmo em 1ª instância. Talvez, Gilmar Mendes continue se achando uma pessoa a cima da lei e por isso teria o direito de cometer sandices como as que fez a frente do STF e ainda continua fazendo.
Caso ele continue a garantir a candidatura de nomes como Garotinho e Heráclito Fortes, se fará urgente, uma ampla mobilização da sociedade para que este ser seja removido de seu cargo, afinal essas práticas servem apenas para corroborar com a idéia de que Gilmar Mendes não está apto a ocupar um cargo com o peso e a responsabilidade de um Ministro do Supremo. A ele resta ainda um apelo por parte dos moviementos sociais: Senhor Gilmar Mendes, saía enquanto é tempo.