segunda-feira, 30 de março de 2015

Jordan: Paixão pelas pistas


Também conhecido como “EJ”, Edmund Patrick “Eddie Jordan”, nasceu em 30 de março de 1948, em Dublin. É um empresário e fudador da extinda Jordan Grand Prix, que disputou a Fórmula 1 entre os anos de 1991 e 2005. Atualmente atua como comentarista de F1 para a BBC.

Em 1971, passou a disputar o Campeonato Irlandês de Kart e no mesmo ano foi o campeão. Em 1974, ingressou na Fórula Ford, também disputou as categorias Fórmula Atlantic e Fórmula 3. Em 1979, fundou a Eddie Jordan Racing passando a competir com ela em todo o Reino Unido. Em 1991, criou a Jordan Grand Prix.

No ano de 2005, após um processo de ostracismo vivido pela equipe, devido ao fim da parceria com a Honda-Mugen, Eddie vendeu sua equipe para Alex Shnaider e a Jordan passou a ser a Midland, que estreou em 2006.

Em 2009, Eddie passou a atuar como comentarista de Fórmula 1 na BBC, ao lado do ex piloto de Fórmula 1 David Coulthard. Enttre os pilotos que se destacaram na principal categoria do automobilismo e que correram pela equipe Jordan, estão Jean Alesi, Rubens Barichello, Thierry Boutsen, Giancarlo Fisichella, Heinz Harald Frrentzen, Johnny Herbert, Eddie Irvine, Roberto Moreno, Ralf Schumacher, Jarno Trulli e Michael Schumacher, que estreou na F1, correndo pela equipe, Damon Hill.

A equipe Jordan, sempre esteve entre as tradicionais equipes médias da categoria, que como a lista citada a cima mostra, atraiu bons pilotos, mesmo não tendo sido campeã mundial em nenhuma das temporadas que disputou.

Após sua extinção, com a venda e a mudança do nome para Midland, a equipe continuou decadente e já no ano seguinte, trocou novamente de nome, após mais uma venda. Em 2007, ela passou a ser a Spyker F1 e em seguida foi novante vendida, desta vez para um milionário indiano, que a nomeou como Force India.


sábado, 28 de março de 2015

A escrita como a arma mais forte

Nascido em Lilyvale, no condado de Dublin, na Irlanda em 28 de março de 1821, William Howard Russell é considerado o primeiro jornalista correspondente de guerra da história da imprensa. Russell trabalhou para o tradicional jornal The Times, na Irlanda como setorista do parlamento local, a partir de 1843.

Em 1854, quando eclodiu a Guerra da Crimeia, Russell é enviado como correspondente especial, sendo o primeiro jornalista a acompanhar uma guerra estando dentro do front. Seu trabalho na cobertura da guerra foi tão destacado, devido às descrições dos campos de batalha, que chocou os britânicos. A partir de então, os súditos da rainha passaram a pressionar o governo para que este reavaliasse o tratamento dado às tropas que atuaram no conflito.

 Suas matérias acabaram influenciando na fundação da Cruz Vermelha por Florence Nigtingale. Russell deixou a Crimeia em dezembro de 1855, sendo substituído pelo correspondente do Times em Istambul.

Em 1856 Russell foi mandado para Moscou para cobrir a coroação do czar Alexandre II da Rússia. No ano seguinte, foi para a Índia, onde testemunhou o cerco de Lucknow (1858). Em 1861, Russell foi enviado para os Estados Unidos, onde cobriu a Guerra de Secessão. Tempos depois, publicou um diário com relatos de sua temporada na Índia, a guerra civil nos EUA e a Guerra Franco-Prussiana, descrevendo a receptividade dos generais anglófonos prussianos como Leonard von Blumenthal.

Russel regressou à Inglaterra em 1863. Em julho de 1865, viajou no navio Great Eastern para documentar a instalação do cabo telegráfico submarino transatlântico e escreveu um livro sobre a viagem, com ilustrações a cores de Robert Dudley.

Os despachos via telégrafo que enviou da Guerra da Crimeia permanecem como seu legado mais duradouro, por ter pela primeira vez levado as realidades da guerra, boas e más, aos leitores.

Com estes relatos, ajudou a diminuir a distância entre o conflito e a opinião pública. Sua descrição do incêndio de Paris durante a Comuna de 1871 é vista como seu maior triunfo de reportagem e redação. As reportagens de Russell aparecem com destaque no livro Breaking News, de 2003, do poeta norte-irlandês Ciaran Carson.

Russell foi armado cavaleiro britânico em maio de 1895. Casou-se duas vezes. Nas eleições gerais britânicas de 1869, Russell concorreu como candidato ao parlamento pelo partido conservador pela circunscrição de Chelsea, em Londres, mas não foi eleito. Aposentou-se como correspondente de guerra em 1882 e fundou o jornal Army and Navy Gazette (Gazeta do Exército e da Marinha).

Sua matéria sobre a Guerra da Crimeia foi publicada anos depois no “O Grande Livro do Jornalismo”, que reúne 55 obras de escritores e jornalistas renomados dos Estados Unidos e da Europa.

quarta-feira, 25 de março de 2015

Gloria Steinem – Jornalismo Feminista

Nascida em 25 de março de 1934, Gloria Steinem é uma jornalista estadunidense, com destacada atuação como militante do feminismo, além de atuar como escritora e palestrante. Gloria conseguiu se infiltrar nos bares da Playboy, como garçonete, conhecidas como “coelhinhas”. A partir desta experiência publicou um artigo “Eu fui Coelhinha da Playboy”, publicado na Show Magazine. Para isso utilizou outra identidade, se apresentando como Marie Ochs.


Com a publicação de sua matéria forçou a Playboy a mudar seu comportamento em relação a suas funcionárias, abandonando práticas que ultrajavam os direitos trabalhistas, como obrigar as garçonetes a sair com clientes VIP´s, além de fazer exame ginecológico, além de obrigá-las a utilizarem uniformes desapropriados e desconfortáveis. Outra mudança, conquistada a partir da reportagem, foi o fim da jornada exaustiva das coelhinhas.


Gloria Steinem criou e editou a revista feminina Ms. Magazine, além disso escreveu diversos artigos e livros, dentre eles “A verdadeira Linda Lovelace” e “Se os homens menstruassem”. No Brasil, teve publicado o livro “Memórias da Transgressão”, coletânea de artigos, publicados ao longo de 20 anos de carreira. Em 1992, a Editora Objetiva, publicou o livro “A Revolução Interior – Um Livro de Auto-estimas”, que foi uma de suas obras mais lidas nos Estados Unidos.


Anos mais tarde a reportagem foi republicada no livro “O Grande Livro de Jornalismo”, editado por Jon E. Lewis, que reuniu 55 matérias dos melhores escritores e jornalistas do chamado “jornalismo literário”. O livro foi publicado no Brasil, através da José Olympo Editora.

terça-feira, 24 de março de 2015

Dom Óscar Romero – A Vida pelo Reino

Hoje é celebrado o Dia Internacional pelo Direito à Verdade acerca das Graves Violações dos Direitos Humanos e à Dignidade das Vítimas. A data foi estabelecida pela Assembleia Geral das Nações Unidas, em 2010. A data celebra a memória de Óscar Arnulfo Romero Galdámez, o Dom Óscar Romero, religioso salvadorenho e um dos principais nomes da chamada Teologia da Libertação, que foi assassinado nesta data e sempre pautou sua atuação com a opção preferencial pelos mais pobres.

Hoje completam-se 35 anos do martírio de Dom Óscar Romero que, como nos lembra o Padre Jose Oscar Beozzo, “Romero morreu por causa da justiça, um dos bens maiores do Reino de Deus. Não morreu por razões da política local. Mas por causa de sua coragem de denunciar, no seu programa dominical, os torturadores e assassinos de tantos pobres e camponeses”. “Dom Romero é um exemplo de profunda santidade pessoal, santidade política (a que busca o bem de todos, especialmente dos deserdados), de um pastor que teve a coragem de dar a sua vida por seus irmãos e irmãs perseguidos”.

Dom Óscar, nasceu em Ciudad Barrios, em San Miguel, em El Salvador no dia 15 de agosto de 1917, filho de uma família humilde, entrou para o Seminário de San Miguel em 1930. Anos depois, foi mandado por seus superiores para estudar em Roma, onde doutorou-se, na Pontifícia Universidade Gregoriana. Em 4 de abril de 1942, foi ordenado padre.

No dia 25 de abril de 1970, é nomeado Bispo Auxiliar de San Salvador e em 15 de outubro de 1974, passa a ser Bispo de Santiago de María. Em 3 de fevereiro de 1977, foi nomeado Arcebispo de San Salvador. Sua nomeação se deu por conta de seu aparente conservadorismo, entretanto, uma vez nomeado, aderiu aos ideais da não-violência, posição que o levou a ser comparado a nomes como Mahatma Gandhi e Martin Luther King.

Dom Óscar está na "Galeria dos Mártires do Século XX", que existe na Abadia de Westminster, em Londres, ao lado de nomes como Madre Elizabeth, da Rússia, o Pastor Dietrich Bonhoeffer e Martin Luther King.

A partir dai, Dom Óscar passou a denunciar em suas homilias dominicais, as numerosas violações aos direitos humanos em El Salvador e manifestava-se publicamente em solidariedade as vítimas da violência política no país, que vivia uma guerra civil.

No dia 11 de novembro de 1977, Dom Óscar Romero afirmou que “a missão da igreja é identificar-se com os pobres. Assim a Igreja encontra sua salvação”.

No dia 24 de março de 1980, Dom Óscar celebrava a missa, quando foi assassinado por uma atirador de elite do exército salvadorenho, treinado na Escola das Américas. Sua morte provocou uma onda de protestos em todo o mundo e pressões internacionais por reformas em El Salvador.

No ano de 1997, Óscar Romero foi declarado “Servo de Deus”, pelo Papa João Paulo II em fevereiro de 2015, o Papa Francisco aprovou o decreto de beatificação do arcebispo salvadorenho, reconhecendo-o como mártir.

terça-feira, 17 de março de 2015

“A corrupção não está no poder legislativo”, diz Eduardo Cunha

Com essas palavras o presidente da Câmara dos deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), se pronunciou nessa segunda-feira (16) sobre as manifestações do último domingo, ou como está sendo chamada, de manifestações do dia “15 de março”.

Essas palavras fizeram com que Cunha engrossasse o coro dos que foram ontem as ruas de diversas cidades do país pedindo a saída da presidente Dilma Rousseff. Ainda permitiu tirar o foco dos problemas de corrupção envolvendo o poder legislativo, principalmente na operação “Lava Jato”. O presidente da câmara afirma que a lista, com nomes de políticos de diversas esferas, feita pelo Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, sofreu interferência do governo federal.

O que se escutava principalmente nas manifestações contra o governo eram os gritos de “Fora, Dilma!”. Tanto tirou o foco do legislativo, que nomes como dos deputados federais Paulinho da Força (PDT-SP) e Agripino Maia (DEM-RN) apoiaram os protestos – este último esteve presente nas manifestações. O ponto irônico nisso tudo é que os dois estão envolvidos em esquemas de corrupção. É uma questão paradoxal um político envolvido em um esquema de corrupção se manifestar contra a corrupção.

O momento de fragilidade do governo Dilma Rousseff permitiu tais atitudes. Ao jogarem toda a culpa da corrupção na Petrobras no governo, de modo leviano levaram o diálogo para uma mudança política apenas no governo federal, sem necessidade de se fazer uma reforma política.

De acordo com o site do ConJur, Paulinho da Força foi condenado por improbidade administrativa em razão da compra superfaturada da Fazenda Ceres, em Piraju (SP), para um programa do governo federal de assentamento rural. Já Agripino Maia, de acordo com o jornal Estado de S. Paulo, é investigado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por suspeita de envolvimento com esquema de corrupção na inspeção veicular no Rio Grande do Norte. Eduardo Cunha está na lista de Janot da “Lava Jato”.

O verdadeiro golpe contra a democracia – que completou trinta anos neste 15 de março - não esteve ontem nas ruas, mas sim está todos os dias no Congresso. É claro! Não há interesse por parte dessas pessoas, que são beneficiadas com o financiamento privado, que haja uma reforma política. O fim desse tipo de financiamento detonaria suas verbas de campanhas eleitorais, por conseguinte, causando uma possível derrota nas urnas.


O futuro da política brasileira é completamente incerto. Após os protestos, os ministros José Eduardo Cardozo (Justiça) e Miguel Rossetto (Secretaria-Geral) falaram sobre o pacote de medidas contra a corrupção e a reforma política. A questão é: os congressistas vão permitir que seus bolsos sejam esvaziados?

Texto de André Sabine, estudante de jornalismo na Faculdade Salesiana Maria Auxiliadora, em Macaé, RJ.

domingo, 15 de março de 2015

A Fórmula 1 começa com boas surpresas na Austrália

E começou mais uma temporada da Fórmula 1. A corrida na Austrália foi cercada de histórias diferentes que tinham mais relações com fatores externos, do que com as disputa na pista. O primeiro fato marcante foi a ausência de Fernando Alonso, que ainda se recupera do acidente sofrido na pré-temporada, o segundo foi a confusão envolvendo a equipe Sauber e seus pilotos.

Como era de se esperar, até pelo o que se viu na temporada passada, a Mercedes começou 2015, da mesma forma que terminara o ano anterior e seus pilotos largaram na primeira fila. Já Felipe Massa, largou em terceiro, mostrando que também mantém o ritmo do final do ano passado. Quem surpreendeu foi o estreante Felipe Nasr, que com a Sauber, mostrou que pode sim ter um belo ano, fazendo com que a equipe se recupere de seu triste passado recente.

O ponto negativo, da corrida foi ter o segundo menor grid da história da categoria, com apenas 15 carros. A decepção ficou por conta da parceria McLaren Honda, que fez uma triste corrida com os motores japoneses, atuando apenas no chamado modo de segurança, o que impediu Buton de fazer uma boa corrida.

A Mercedes fez mais uma dobradinha com Hamilton e Rosberg. Completou o pódium, a Ferrari de Vettel, que parece ter retomado o rumo vitorioso, que marcou sua história. Felipe Massa ficou em quarto e Nasr, fez história ao levar sua Sauber, para o quinto lugar. O resultado do piloto brasileiro foi a melhor estreia verde amarela na categoria e a Sauber, que não pontou na temporada passada, mostra que está evoluindo, ao garantir os pontos de Nasr e de Ericson, que terminou a corrida australiana em oitavo.

sexta-feira, 13 de março de 2015

Propagando mais do que um produto, uma ideia.



No ano de 2014, de forma até surpreendente, o tema da redação do Exame Nacional do Ensino Médio, o famoso ENEM, foi a publicidade infantil. Um tema polêmico e mesmo sem ser especialista em propaganda, publicidade e ou marketing, já se sabe que o mesmo, como diz a sabedoria popular, “dá muito pano para manga”.

Mas a pauta deste texto, ao contrário da redação do ENEM 2014, não é publicidade infantil, mas outra área da publicidade que vem me incomodando faz algum tempo. Tenho reparado que a quantidade de propagandas, que utilizam a figura feminina para “ajudar” a vender o produto, vem aumentando e o caminho que isso vem tomando, tem me preocupado.

Em apenas três meses, isso mesmo, 120 dias, já vi cinco campanhas publicitárias, com um forte teor preconceituoso. Me refiro ao machismo, sempre presente nas propagandas, principalmente de cerveja. Vou citar aqui, os casos, que envolvem duas das principais marcas deste mercado no Brasil.

Na véspera do carnaval, a Skol, espalhou alguns totens onde se via o logo da cerveja, juntamente com a frase. “Esqueci o não em casa”. Foi o suficiente para que mulheres do Brasil inteiro se manifestassem de forma contrária a campanha da cerveja. A repercussão negativa foi tão grande, que a marca, não apenas retirou as peças publicitárias de circulação, como também emitiu um pedido de desculpas para as mulheres.

Enquanto isso, a Itaipava, veiculava na televisão, um comercial, onde uma bela mulher chamada de “Verão” era celebrada em um quiosque como se a mesma fosse a estação mais quente do ano. Nesta propaganda, percebi que a “protagonista” era a mulher e não a cerveja. 

Depois disso, a mesma Itaipava passou a exibir outro comercial, onde a mesma Vera (ão) atuava como garçonete no mesmo quiosque da propaganda anterior, e que a cerveja tinha grande saída, justamente pela beleza feminina, que quem a servia e não pela qualidade do produto. 

Agora, as mesmas marcas de cerveja, apresentam propagandas impressas, onde a mulher volta a ser retratada como um reles objeto. Na da Skol, eles criticam o formato dos bebedouros, e elogiam o que obriga uma bela mulher a ficar de bruços para poder matar sua sede.

Já a Itaipava, apresenta uma bela mulher (isso não muda nas propagandas), segurando uma garrafa em uma mão e uma latinha na outra. Entre os recipientes com cerveja, está os seios siliconados da modelo, que são comparados em mililitros com a quantidade de cerveja, seja na lata, ou na garrafa.

Acho que além de desrespeitoso com as mulheres, essas peças publicitárias erram por incentivar sim o machismo, pois retratam as mulheres apenas como um mero objeto, ainda que em algumas delas, as modelos tenham mais destaque do que o produto em si. E ai está o segundo erro. Tenho conhecimento raso sobre publicidade, mas até onde eu imagino, o produto deve ser o protagonista da peça publicitária.

E não, antes que me chamem de feminista, o que para mim não seria ofensa, aviso que não sou feminista, apesar de respeitar muito as mulheres e apoiar a luta do movimento, eu não sou feminista, até por que como dizem algumas amigas que militam na causa, homens não podem ser feministas, justamente por não conhecerem a fundo, a realidade das mulheres. 

É preciso que além de incentivar a percepção das mensagens agregadas as propagandas, as autoridades competentes busquem meios de inibir propagandas, que façam também apologia a crimes e preconceitos.

sábado, 7 de março de 2015

Willian L. Laurence, o jornalista atômico

Nascido em 7 de março de 1888,na cidade de Salantai, então Império Russo e atualmente Lituânia. Leib Lobo Siew adotou o nome de William Leonard Laurence, quando passou a atuar como jornalista e escritor já nos Estados Unidos. Willian que emigrou para os Estados Unidos em 1905, obteve a cidadania daquele país, somente em 1913. Frequentou aulas tanto em Harvard, na Harvard Law School, como na Universidade de Boston.

Participou da Primeira Guerra Mundial, onde serviu no Signal Corps do Exército dos Estados Unidos. Em 1919, estudou na Universidade de Besançon, na França. Em 1926, passa a trabalhar como jornalista do The World of New York City e quatro anos depois vai para o tradicional The New York Times, atuando prioritariamente na editoria de ciências. Em 1931, casou-se com Florence Davidow.

No ano de 1934, Laurence funda a Associação Nacional de Escritores Científicos e dois anos mais tarde, cobre a Conferência das Artes e Ciências de Harvard. No ano seguinte, ele recebe o Prêmio Pulitzer, pela cobertura da conferência no ano anterior.

Seu interesse por assuntos científicos o aproxima de temas como a corrida armamentista e principalmente dos assuntos relacionados a bombas atômicas. Tal interesse lhe rendeu o apelido de “Bill Atômico”. Willian tentou insistentemente, conseguir cobrir o bombardeio a Hiroshima, mas no dia 9 de agosto de 1945, ele estava no avião que soltou a bomba que destruiu por completo, a cidade de Nagasaki.

Essa reportagem lhe valeu mais um Pulitizer e entrou para a história do chamado “jornalismo literário”. Essa matéria originalmente publicada no jornalão nova yorkino foi republicada no livro “O Grande Livro do Jornalismo”, que reuniu 55 obras-primas este estilo jornalístico. William foi o único jornalista a cobrir o teste Trinity e o bombardeio a Nagasaki. Foi também o pioneiro no uso da expressão “Era Atômica”, para se referir ao período da década de 1950.

Já em 1940, publicou reportagens sobre as tentativas bem sucedidas de isolamento de urânio-235, seus textos foram publicados tanto no The New York Times, como na Phisical Review. Essas matérias já apontavam o sucesso da “Era Atômica”, que viria nos próximos anos.

Para ele, a Alemanha nazista já avançava nessa questão e era preciso que os Estados Unidos reagissem. Seu artigo, não tem efeito sobre o programa US-bomba e tem maior impacto nas ações soviéticas nesse sentido, ainda que Moscou não tenha desenvolvido nenhum programa de energia atômica em grande escala no pós-guerra.

Em abril de 1945, vai acompanhar como historiador oficial, do Projeto Manhattan, acompanhou os testes secretos no laboratório de Los Alamos, no Novo México e produziu alguns dos primeiros comunicados oficiais do Departamento de Guerra, sobre a questão atômica. Em julho daquele ano, foi o único jornalista presente no teste Trinity.

Como parte de seu trabalho, entrevistou pilotos que participaram do bombardeio em Hiroshima. Também acompanhou o Able Teste, no Atol de Bikini, palco de algumas experiências atômicas dos Estados Unidos.

William publicou em 1950, um livro sobre como se defender de uma guerra nuclear e em 1951, publicou outro livro alertando sobre o uso da bomba de cobalto, uma forma de bomba de hidrogênio, projetada para produzir uma maior quantidade de precipitação nuclear, ampliando sua capacidade de destruição.

Em 1956, acompanhou o teste de uma bomba de hidrogênio no Oceano Pacífico e foi nomeado editor de ciências do New York Times, onde permaneceu até 1964. Em 19 de março de 1977, William Laurence morreu na cidade de Maiorca, na Espanha, em decorrência de um coagulo cerebral.

Em 2004, os jornalistas Amy Goodman e David Goodman, pedem para o Conselho Pulitzer, retirarem o nome de Laurence do hall dos ganhadores. Eles alegam que o fato de William fazer parte do Departamento de Guerra, em 1946, favoreceu o jornalista na disputa de 1946. Eles alegam também que seu comprometimento com o Departamento de Guerra, o impedia de apontar os riscos da corrida atômica para o país. O que acabou por provocar muitas mortes. Entretanto, o pedido não tem exito.

Outros críticos de Laurence, Robert Jay Lifton e Greg Mitchell, afirmam em seu livro “Hiroshima na América: Cinquenta anos de Negação”, de 1955, que William era muito comprometido com o projeto atômico e por isso pouco disposto a revelar as mazelas e os perigos da mais importante descoberta científica de seu tempo.