segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Depois da primavera, o tenebroso inverno

E o movimento que entrou para a história como a Primavera Árabe, agora mostra a outra face da moeda. Um inverso rigoroso, que vem causando estragos consideráveis para a humanidade. Em dezembro de 2010, a população da Tunísia, no norte da África, se revoltou contra o governo do ditador Zine El Abidini Bem Ali, e foi paras as ruas reivindica melhores condições de vida. Os protestos levaram a derrubada do ditador e acabaram se espalhando por diversos outros países da região e da Ásia.

A ação desses povos árabes foi amplamente comemorada pelos países ocidentais, que viam nas ações populares, uma forma de derrubar governantes que até pouco tempo atrás eram aliados do ocidente. A primavera se espalhou derrubando governos como no Egito e na Líbia, mas agora apresenta uma conta muito pesada. O desmanche dos Estados nesses países, expuseram a miséria e a barbárie que sempre existiu nesses países. A primavera acabou por abrir uma “caixa de pandora”, gerando o maior ciclo migratório visto no mundo desde a 2ª Guerra Mundial.

A primavera árabe vive hoje seu maior efeito colateral. Não quero aqui defender os governos tirânicos que estes países, tinham e em alguns casos continuam tendo, sejam por que os mesmos ditadores permaneçam no poder como é o caso da Síria, ou por que foram substituídos por mais do mesmo como parece ser o caso do Egito. Assim como ocorreu com diversas outras revoluções a Primavera Árabe, acabou por se perder e gerou esse enredo de tristeza e desumanidade que vemos todos os dias.


É preciso que todos os países se unam para resolver essa triste realidade que se abateu sobre a humanidade, para que não vejamos mais as cenas grotescas que se avolumam nos noticiários.

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Um avanço interessante

O sistema penitenciário brasileiro está falido faz tempos e pouco tem sido feito para alterar essa realidade. Entretanto, esta semana aconteceu o primeiro avanço para a transformação da realidade prisional brasileira. A presidente Dilma Rousseff (PT), sancionou com veto, mudanças na Lei de Execução Penal, instituindo o ensino médio nas penitenciárias. O texto já foi publicado no Diário Oficial da União (DOU).

A nova legislação estabelece que o Ensino Médio, regular ou supletivo, com formação geral, ou educação profissional de nível médio, seja implantado nos presídios, colocando em prática o que já é estabelecido pela Constituição Federal de 1988, garantindo a universalização da educação.

O ensino oferecido aos presos será integrado aos sistemas estadual e municipal de ensino e será mantido com o apoio da União, não apenas com recursos previstos para a educação, mas também pelos recursos destinados ao sistema estadual de justiça ou administração penitenciária.

A lei garante ainda que os sistemas de ensino ofereçam aos presos cursos supletivos de educação de jovens e adultos (EJA), além de ensino a distância. Outra preocupação abordada pela legislação é em relação ao nível de escolaridade, dos detentos, a criação e manutenção de bibliotecas que atendam os presos e o acervo das mesmas.

A medida é um avanço interessante para transformar a realidade dos presídios brasileiros, mas ainda é insuficiente. Além destes avanços é preciso ainda garantir uma justiça mais rápida, que garanta aos detentos as condições para que não fiquem presos, seja antes das condenações ou ainda depois de cumpri-las, com todos sabem que acontece. É necessário também ampliar a infraestrutura dos presídios existentes, garantido dignidade aos condenados e ampliar o número de presídios para combater de maneira séria e responsável a superlotação dos já existentes.


Entretanto, essa iniciativa já é um avanço interessante no caminho da mudança que o sistema penitenciário brasileiro precisa há tanto tempo.

sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Erros de arbitragem não pode ser cortina de fumaça

Mais uma vez a arbitragem rouba a cena em uma rodada do Campeonato Brasileiro. Uma série de erros e equívocos destes senhores, renderam muito pano para manga e o debate ganhou novamente contornos de teorias da conspiração. Muito tem se falado sobre a qualidade da turma do apito no Brasil, mas pouco tem sido feito para mudar essa realidade.

As melhores opções para melhorar a qualificação dos árbitros, seriam a profissionalização dos mesmos e a adoção da tecnologia para auxiliar os juízes. Mas como já era esperado no Brasil, a cada nova leva de erros do apito, vai ter muita falação, mas pouca atitude para avançar neste sentido.

Não os erros recentes não têm prejudicado e ou ajudado apenas uma equipe, como alias sempre aconteceu no futebol, desde que comecei a acompanhar o esporte bretão. Não será a atuação dos árbitros que definirá o campeão desta temporada.

E a classificação comprova isso, depois de liderar o campeonato por algumas rodadas o Atlético-MG continua na briga pelo título, mas vem caindo de produção e o avanço do Grêmio, nas últimas rodadas reforçam que o time mineiro não vem mais sendo o que era até pouco tempo atrás.

É evidente que a arbitragem prejudicou o galo mineiro na última rodada, quando anulou um gol legítimo dos mineiros contra o “xará” paranaense – o mesmo que tem como presidente o fanfarrão do Petraglia que afirmou recentemente haver um complô da arbitragem pró Corinthians -, mas o pênalti foi claro e não há o que discutir.

E ainda assim, é válido lembrar que mesmo que o Atlético vencesse sua partida na última rodada e o Corinthians empatasse com o Fluminense, o time paulista seguiria líder da competição com a diferença de um ponto. Por isso, é preciso que os envolvidos com o futebol parem de blá, blá, blá e passem a levar mais a sério o futebol brasileiro.