segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Depois da primavera, o tenebroso inverno

E o movimento que entrou para a história como a Primavera Árabe, agora mostra a outra face da moeda. Um inverso rigoroso, que vem causando estragos consideráveis para a humanidade. Em dezembro de 2010, a população da Tunísia, no norte da África, se revoltou contra o governo do ditador Zine El Abidini Bem Ali, e foi paras as ruas reivindica melhores condições de vida. Os protestos levaram a derrubada do ditador e acabaram se espalhando por diversos outros países da região e da Ásia.

A ação desses povos árabes foi amplamente comemorada pelos países ocidentais, que viam nas ações populares, uma forma de derrubar governantes que até pouco tempo atrás eram aliados do ocidente. A primavera se espalhou derrubando governos como no Egito e na Líbia, mas agora apresenta uma conta muito pesada. O desmanche dos Estados nesses países, expuseram a miséria e a barbárie que sempre existiu nesses países. A primavera acabou por abrir uma “caixa de pandora”, gerando o maior ciclo migratório visto no mundo desde a 2ª Guerra Mundial.

A primavera árabe vive hoje seu maior efeito colateral. Não quero aqui defender os governos tirânicos que estes países, tinham e em alguns casos continuam tendo, sejam por que os mesmos ditadores permaneçam no poder como é o caso da Síria, ou por que foram substituídos por mais do mesmo como parece ser o caso do Egito. Assim como ocorreu com diversas outras revoluções a Primavera Árabe, acabou por se perder e gerou esse enredo de tristeza e desumanidade que vemos todos os dias.


É preciso que todos os países se unam para resolver essa triste realidade que se abateu sobre a humanidade, para que não vejamos mais as cenas grotescas que se avolumam nos noticiários.

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