domingo, 31 de julho de 2011

Os mentirosos

Tempos atrás escrevi aqui no blog, um post entitulado - "Miopia Boleira" - nele, afirmo que nós brasileiros estamos condicionados a enxergar uma área muito restrita do nosso país. Isso também acontece no nosso futebol. Sempre focamos no eixo Rio-São Paulo, ás vezes estendemos esta visão para Minas Gerais e ou Rio Grande do Sul, mas os outros estados, sempre ficam de fora das análises.
Em maio, deste ano, quando escrevi esse texto, o Coritiba, vinha mantendo uma sequência incrível de invencibilidade, um recorde no nosso futebol e que incluia ai a conquista invicta do Paranaense com 100% de aproveitamento. Nessa mesma época, tanto Cruzeiro, quanto o santos vinham também com ótimas campanhas nos estaduais e na Libertadores. Ambos se sagrariam campeões estaduais, apenas seis dias depois da publicação do texto e o time mineiro, vinha com a melhor campanha da primeira fase da Libertadores.
Quando coloquei no texto, que para mim, naquele momento, o Coritiba era o melhor time do Brasil, recebi resposta e questionamentos diversos de por que afirmar aquilo, uma vez que tanto Santos como o Cruzeiro estavam na briga por este posto. Por isso entitulei o texto como "Miopia Boleira". Pois bem, o tempo passou o Cruzeiro caiu na Libertadores, logo nas Oitavas-de-Final e o Santos acabou campeão do torneio continental.
Veio o Brasileirão e os três times já não são mais os mesmos. O Coritiba, faz uma campanha ruim e ocupava, até o início da rodada, a 12ª posição na tabela, vindo de um empate e uma derrota nas últimas rodadas (tem agora o América-MG, pela frente, o que pode melhorar sua situação atual). Já o Santos, vem de uma vitória e uma derrota espetacular e ocupa atualmente a 17ª posição, com quatro jogos a menos e não vem apresentando um bom futebol.
Já o Cruzeiro, o melhor entre os três atulmente, está em 9º e vem de uma situação inusitada. Soma cinco vitórias, a mais recente contra o atual líder e então invicto Corinthians no Pacaembu, três empates e cinco derrotas, incluindo ai, as duas últimas rodadas, quando perdeu para o Atlético-GO, que estava até então na zona do rebaixamento. Mais recentemente o time de Joela Santana somou também uma derrota para o Botafogo de Loco Abreu, com isso, após virar a senssação do futebol nacional por parar o Corinthians, o Cruzeiro, não sabe mais o que é vencer uma partida e com isso vai se complicando no campeonato.
Os recentes desempenhos de Santos e Cruzeiro, mostram que aqueles times poderosos do início do ano, ficaram para trás e hoje os dois, não passam de times mentirosos, que não conseguem apresentar um futebol convincente, mas ficam recorrendo ao passado recente para justificar sua grandesa, que pelo o que podemos ver, ficou no passado, junto com o bom futebol destes times.



sexta-feira, 29 de julho de 2011

Abelão tá abusando!

Já faz tempo que o futebol apresentado pelo atual campeão brasileiro, não está lá estas coisas todas, afinal desde a eliminação do Fluminense na Libertadores, pelo Libertad do Paraguai, que o time carioca não vem colhendo bons resultados, o que motivou inclusive a saída do Muricy, para o Santos. O time que está atualmente em 10º lugar no Brasileirão e não sabe o que é vencer já faz um tempo. A fase é tão ruim, que ao que parece está provocando alucinações em alguns nomes de destaque do Tricolor das Laranjeiras.
Após mais uma derrota, desta vez para o Atlético-MG, pelo placar de 1x0, o respeitado técnico Abel, falou coisas graves sobre a lisura do maior campeonato do país. Ao reclamar de uma possível irregularidade no lance que originou o gol atleticano, Abelão chegou a mencionar um possível complô contra o futebol carioca: "Os erros contra o Fluminense estão um pouco demais. Não sei se já não começa a ter uma preocupação excessiva dos outros com o fato de dois cariocas terem vencido os últimos dois Campeonatos Brasileiros" disse o treinador.
Agora, ao ler tais palavras do Abel, fico aqui me perguntando sobre o que o levou a declarar isso. Como justificar tal "complô"? Se olharmos a tabela de classificação veremos que os demais cariocas estão muito bem classificados uma vez que o Flamengo está em terceiro lugar, apenas 4 pontos do líder e na zona de classificação para a Libertadores, além do time da Gávea, tanto o Vasco, com 21 pontos em quinto lugar e o Botafogo, em sexto, com 19 pontos. Todos estão na disputa pelo campeonato e com chances de vaga na Libertadores, sendo que o Vasco já está classificado para o torneio e o Flamengo ainda briga pelo título. Portanto, acredito que é "forçar a barra", acreditar em complô contra o futebol carioca.
Ainda estamos muito longe de uma definição sobre quem será o campeão e quais serão os classificados para a Libertadores e a Sul Americana, por isso acho que o Fluminense, deve sim parar de reclamar da vida e trabalhar de forma séria para galgar degraus que o coloquem na disputa pelo título e ou vaga na Libertadores, time para isso, o Fluminense tem. Enquanto o tricolor não resolver jogar bola e ficar preocupado apenas em reclamar da arbitragem, esse comportamento, servirá apenas como chororô, algo que não representa a grandeza do atual campeão brasileiro. 

quinta-feira, 28 de julho de 2011

A farra do boi

Entre as muitas expressões populares que utilizo no dia a dia, está "A farra do boi". Basta, qualquer evento desorganizado ou feito de maneira não muito séria, que já o classifico desta maneira. Alguns amigos acham o termo engraçado, mas ele tem explicação. Porém, como o motivo deste texto não é esclarecer o motivo desta expressão, isso será deixado para um próximo texto.
Me lembrei dessa expressão para mostrar meu pensamento em relação ao atual Campeonato Brasileiro. É incrível que, o chamado país do futebol, maior celeiro de craques para o mundo, trate de maneira tão amadora a organização de seu principal campeonato. O festival de adiamento de partidas que vem acontecendo este ano mostra a falta de seriedade do campeonato. Já faz anos que se pede um maior planejamento para o nosso futebol, mas isso não acontece por que os cartolas do nosso esporte estão mais preocupados em ganhar dinheiro.
Assim como aconteceu na mudança do regulamento para a implantação do sistema de pontos corridos, é preciso que nosso futebol passe por uma nova reforma. É preciso garantir que os jogos sejam realizados nas datas marcadas, na elaboração da tabela. Sem essa de "esquecer", que tem torneio caça-níquel lá na Europa, jogo da seleção não sei onde, ou a final da Libertadores. O torcedor brasileiro precisa ser valorizado e principalmente respeitado e não é isso que vem ocorrendo este ano.
O Santos, ao que eu me lembre foi o primeiro time brasileiro a alegar a final da Libertadores como motivo para adiar uma partida, aliás adiou logo duas e não apenas uma. Agora já jogou com o América-MG, mas ainda deve a partida contra o Corinthians, que aliás eles agora querem remarcar novamente. O motivo alegado pela diretoria do time da baixada é o jogo da seleção contra a Alemanha, que será no mesmo dia e que contará com a dupla Ganso/Neymar e também com o corinthiano Ralf.
Não consigo acreditar que ninguém atentou para o jogo, já marcado há meses e solicitando uma nova data, antes desta remarcação. Agora a novidade santista é jogar essa partida no dia 28 de setembro, 10 dias depois da partida entre os dois times pelo segundo turno do campeonato. Isso é um escárnio com os torcedores, regulamento e tabela são, ou pelo menos deveriam ser vistos como um contrato e portanto precisam ser respeitados, o que não vem acontecendo por estas bandas, faz tempo.
Caso isso continue a se repetir, veremos nosso maior campeonato se tornando cada vez mais a farra do boi, onde tudo pode acontecer. Neste rítmo, em poucos anos não precisaremos nem mais de arbitrais para definir datas e ou tablelas, pois as partidas passaram a ser realizadas, quando os times quizerem ou tiverem interessem jogar, reduzindo o maior campeonato do país, na maior série anual de peladas no mundo.

Ode ao bairrismo

Apesar de jornalistas, professores estudantes e críticos de comunicação de comunicação, viverem adotado o discurso de que a imprensa deve ser imparcial, podemos facilmente perceber que isso fica apenas no campo teórico e que na prática, vivemos nos deparando com publicações carregadas de bairrismos. Podemos notar isso principalmente nas notícias esportivas e agora podemos presenciar de maneira clara tal comportamento da imprensa esportiva.
Na noite de quarta-feira, tivemos um clássico pelo Brasileirão 2011, onde se enfrentaram Santos e Flamengo. Além da história dos dois times, que já dispenssam comentários, tivemos outros ingredientes que prometiam apimentar o duelo na "vila famosa". De um lado, jogadores como Neymar, Ganso, Rafael, Elano, Léo, além do técnico Muricy Ramalho, do outro Ronaldinho Gaúcho, Thiago Neves, Léo Moura, Renato Abreu e o técnico Wanderley Luxemburgo. De um lado o atual campeão carioca, do outro o atual campeão paulista e da Libertadores. O jogo prometia mesmo.
Com a vitória rubro-negra, a imprensa fluminense, esqueceu que era imprensa e o papo de que deve preservar a imparcialidade e publicou manchetes senssacionalistas como é o caso do jornal Meia Hora, que estampou uma frase de baixo calão em referência a Neymar, para exalatar a bela atuação do Flamengo (como se tal desempenho não fosse digno de elogios). Capa do jornal carioca
Outro jornal que seguiu a mesma trilha, foi o Marca, que apesar de ser espanhol é publicado no Brasil pelo mesmo grupo que o Meia Hora (ambos são do Grupo O DIA). Não quero aqui, desmerecer a bela atuação do Flamengo ontem, que soube se superar para vencer, mas acho descabido qualquer comparação com o Barcelona - até por que assisti ontem a final da Copa Audi entre o time catalão e o Bayern de Munique e posso dizer que ontem, o jogo do Flamengo foi muito superior ao do Barça. Por isso discordo de manchetes tipo "Flacerlona" que pode ser vista aqui.
Tudo bem que o Flamengo jogou muito ontem na partida que foi sem dúvida a malhor do campeonato até aqui e quem sabe, a melhor do ano até agora mas nao há nescessidade de tanto sensacionalismo como ficam flagrantes com estas capas. É evidente, que estas capas circulam apenas no estado do Rio de Janeiro, mostrando que muitas vezes, como é o caso de agora, o bairrismo acaba atrapalhando o bom jornalismo.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Carta Aberta a Marshall McLuhan



Este ano de 2011 é um ano especial para quem estuda as comunicações, pois nele celebramos o centenário de um dos maiores pensadores da comunicação contemporânea. 21 de julho completa 100 anos de nascimento de Marshal McLuhan, filósofo e educador canadense que revolucionou a comunicação com suas previsões visionárias, que se confirmam nos dias atuais.
Filho de um corretor de seguros com uma mulher cosmopolita, culta e com grande afinidade com a literatura, McLuhan nasceu em Edmonton, no Canadá e aos nove anos, mudou-se com a família para Winnipeg, onde fez o colegial e a faculdade, vindo a ser formar em 1932 e o Mestrado em 1934, pela Universidade de Manitoba. Depois, estimulado pela mãe, conseguiu uma bolsa de estudos para a Universidade de Cambrige, na Inglaterra.
Após doutorar-se em filosofia, pela Universidade de Cambridge, em 1943, lecionou em várias universidades dos Estados Unidos, de 1944 a 1946 e na Universidade de Toronto de 1946 a 1979. Nesse período publicou diversos livros como “O Meio é a Mensagem”, de 1967 e “Guerra e Paz na Aldeia Global”, publicado no ano seguinte.
Em sua obra, McLuhan introduz termos como Impacto Sensorial, Meio é a Mensagem e o mais famoso deles, a Aldeia Global, que segundo o filósofo, representa o fato de que o progresso tecnológico que vivemos, está reduzindo todo o planeta à mesma situação que ocorre em uma aldeia. Para ele o símbolo desta aldeia global era a televisão, que começava a ser integrado ao mundo todo via satélite.
Junto com o avanço da comunicação representada pela televisão, McLuhan trata em suas obras de outras tecnologias inovadoras para época como a World Wide Web, ou seja, a Internet, que diminuiu ainda mais as distâncias globalizando de maneira definitiva as comunicações. Seus estudos estimularam e continuam a estimular milhares de artistas, intelectuais e comunicadores ao redor do mundo. A revista Fortune, chegou a considerá-lo uma das maiores influências intelectuais do nosso tempo. Para alguns estudiosos, a obra de McLuhan é tão inovadora, que é comparada aos estudos sociológicos de Karl Marx e aos escritos visionários de Júlio Verne.
Sua obra é amplamente marcada pelo o que ficou conhecido como “determinismo tecnológico”, termo que apareceu pela primeira vez nos estudos sociológicos de estadunidense Thorstein Veblen (1857-1929). Este determinismo trata de um esquema lógico no qual aposta-se que um objeto, uma tecnologia ou um meio, acaba por condicionar os modos de percepção e comunicação de uma determinada pessoa e ou cultura/sociedade. Aplicando esta teoria ao trabalho do filósofo canadense, surge a interpretação de que as culturas evoluem em decorrência da forma como elas são afetas pelos meios de comunicação de forma a determinar os modos de se ser humano.
Em setembro de 1979, Marshall McLuhan sofre uma trombose, que o impediu de falar, ler ou escrever. No dia 31 de dezembro, de 1980 aos 69 anos, morre enquanto dormia.



terça-feira, 19 de julho de 2011

E quando chegar a Olimpíada?

O título deste post, é uma pergunta corriqueira, aqui no Brasil, desde que foi anunciada a escolha do Rio de Janeiro para ser a sede dos Jogos Olímpicos em 2016. Basta acontecer qualquer coisa fora do normal e logo aparece alguém com essa pergunta. Quando não fazer essa indagação, mudam apenas os Jogos Olímpicos, colocando no lugar a Copa do Mundo que acontecerá dois anos antes. Mas este texto não irá falar sobre a Copa de 2014 e nem sobre a Olímpiada de 2016.
Na verdade a motivação do texto é sim a Olimpiada, mas a de 2012, que acontecerá na cidade de Londres. Os críticos da ideia de o Brasil sediar um evento do porte dos Jogos Olímpicos vivem a utilizar a organização da capital inglesa, para comparar com a capital carioca e assim, apontar diferenças suficientes que comprovem a tese de que nós, tupiniquins, não poderiamos ser escolhido, para assumir tal responsabilidade. Pois bem, ontem em uma rápida olhada na internet, fui surpreendido com uma notícia triste e preocupante.
Um jovem brasileiro, que morava lá no "Primeiro Mundo" fazia dois anos foi morto ao sair da boate onde trabalhava.
Segundo informações preliminares, o crime teria sido motivado por ciúmes. É preocupante que uma cidade tida como exemplo para todo o mundo não garanta a segurança  básica para seus residentes. Se os moradores de Londres não tem segurança para transitar pelas ruas de forma segura, imagine então os atletas, que lá estão em 2016.
Não é de hoje que o fator segurança é algo preocupante na terra da rainha. Depois de solucionar os problemas referentes ao Exército Republicano Irlandês (IRA), o país passou a ter problemas com a Al Qaeda, que praticou até atentado terrorista na cidade da próxima Olimpíada. Na quele triste episódio, a renomada Scotland Yard teve uma de suas piores atuações, que escancaram a falta de preparo dos famosos policiais londrinos, pois estes acabram por matar um cidadão que nada tinha com os fatos ocorridos.
Diante disso tudo aqui exposto, fica a dúvida: Será que Londres está realmente preparada parasediar uma Olimpíada de novo? O problema deles é que falta pouco mais de um ao para a abertura do evento. Estaremos aqui na torcida para que nada de errado.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

A moda Bangu

Desde pequeno escuto que quando algo é feito de qualquer maneira, ou seja sem organização, é "a moda Bangu" e pelo o que vejo hoje tenho a impressão de que o Brasileirão 2011, foi feito desta forma. Estou impressionado com o fato de mesmo com reuniões prévias que decidem, regulamento, tabelas e datas para as competições, o Brasileirão acabou por ignorar esta prática simples e lógica. Afirmo isso por que, chega a espantar o grande número de partidas adiadas a pedido de clubes, CBF, ou televisão.
Primeiro o Santos, alegando que disputaria a final da Libertadores, solicitou o adiamento da partida contra o Corinthians. Pronto, pedido feito e aceito, começamos a bangunça na tabela. Essa foi a primeira vez, ao menos que eu me lembre que um time pediu alteração de data, com tal alegação. Depois, o mesmo Santos, utlizou-se do mesmo argumento para mudar o dia da partida contra o América-MG, afinal era muito perto do jogo decisivo do campeonato continental. Esse pedido também foi aceito e os times se enfrentaram, dias depois, com vitória dos mineiros.
Agora, a onda mais recente de mudanças de datas, envolveu a seleção brasileira e a Copa América. Como se não soubessem da disputa do torneio este ano, clubes e CBF, marcaram jogos para um dia em que a seleção poderia jogar e ao perceberem o ato falho, mudaram novamente a tabela, fazendo com que três partidas fossem transferidas de domingo (17/07), para quarta-feira (20).
Com este festival de mudanças de datas, o campeonato fica a cada dia mais bagunçado. Tem time que está devendo partida da 5ª rodada, mas já atuou pela 12ª, é o caso do Corinthians que está na liderança, mas deve a partida contra o Santos, mas já jogou contra o Internacional. A alegação do time gaúcho para a mudança da data é que o Colorado irá disputar um torneio internacional (típico caça-níqueis) e para não desgastar o elenco, antecipou o jogo. O Santos continua sendo o rei dos jogos adiados, ainda deve a partida contra o Fluminense pela 8ª rodada e que será realizado depois de mais de um mês em relação a data original.
Agora a última alteração na tabela é referente as partidas que já haviam sido alteradas por conta do jogo da seleção na Copa América, depois de jogar do dia 18 para o dia 20, essas partidas também mudaram de horário. Como a seleção não se classificou, as partidas envolvendo times que disputam a liderança como é o caso de Palmeiras e Flamengo que se enfrentam na luta direta por posições no G4 e ainda o jogo do Corinthians, contra o Botafogo, sofreram nova alteração. Deixam de ser ás 19h30 e passam para ás 21h 50. Desta forma podem ser encaixada na grade de programação das televisões, sem que causem grandes transtornos às emissoras.
É lamentável que um país com história e tradição no futebol e que irá em breve sediar sua 2ª Copa do Mundo, ainda trate de forma tão amadora a organização de seus campeonatos, a começar pelo seu mais importante torneio, que é o Brasileirão. A tocar neste rítmo, em breve poderemos ter campeonatos decididos em anos posteriores, apenas para atender o interesse dos clubes, CBF e ou televisão. É hora de começar a tratar o esporte com um pouco mais de seriedade.

sábado, 16 de julho de 2011

Eu não desculpo

Pensei que não iria escrever sobre este assunto, mas não tive como fugir. O episódio do escândalo envolvendo dois dos principais tablóides ingleses é uma enorme mancha para o jornalismo no mundo todo e como jornalista só tenho a lamentar sobre o ocorrido. Desde antes dos tempos de faculdade, já tinha sérias restrições ao comportamento do senhor Rupert Murdoch. Os motivos vão desde a criação de um amplo império midiático, que se estende por quase todo mundo e chega no tradicional comportamento dos famosos tablóides ingleses, famosos pelo "jornalismo marrom", conhecido lá como yellow press.
Como já era esperado, foi exatamente a sede senssacionalista dos tablóides que colocou em xeque este poderoso grupo. O escândalo de escutas ilegais para alimentar matérias, que faziam referências a famosos, nobres, políticos e cidadãos comuns, entre para a história como uma verdadeira aula do péssimo "jornalismo". Sim, a palavra jornalismo esta destacada por que tal comportamento, não pode ou pelo menos não deveria ser classificado como tal. As preocupações com a vendagem e ou audiência, jamais devem se sobrepor aos principíos básicos da ética jornalista, que norteia os bons profissionais.
Escutas ilegais configuram, invasão de privacidade e portanto são crimes. Aprendi isso, não nos bancos das escolas, mas em casa, que é onde se forma o carater de qualquer cidadão. Para isso tive ótimos exemplos como é o caso do senhor Nahor Teixeira Monteiro, que além de meu avô foi também jornalista e uma forte influência em minha formação.
Pedir perdão pelos danos causados, como este senhor mesmo escreveu em seu pedido de desculpa, que o jornalista/blogueiro aqui, de pronto o recusa, não basta. Agora os danos já aconteceram e não serão palavras que resolverão a questão, tanto é que o mesmo cidadão, reconhece no mesmo pedido que pedir perdão não é suficiente. Acredito que o caso é para punições mais severas do que o simples fechamento dos jornais, envolvidos. Não acredito que o senhor realmente não soubesse o que se passava em seus jornais e por isso, acho que é cumplice nesta questão. 
Acho que o correto, não era apenas o que já aconteceu, mas sim o fechamento de todo o grupo, afinal como já diz a sabedoria popular: "Uma maçã podre, acaba por estaragar as outras maçãs" e neste cesto não faltam nem "maçãs" e muito menos "maçãs podres". Por isso, acho que todo o grupo deveria ser fechado e o senhor deveria ser preso, isso para ficar nas punições diretamente ligadas ao jornalismo, pois se ampliarmos para questões políticas, as punições sobrariam até para o atual Primeiro-Ministro inglês, afinal assim como não é possível acreditar que o senhor Murdoch, não tinha conhecimento dos fatos, não se pode acreditar que o político não sabia do envolvimento de seu porta voz nesta celeuma toda.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Para Deitar e Rolar

Hoje é dia de celebrar o rítmo mais popular de todos os tempos, o Rock and Roll. O estilo musical que surgiu da miscelânea cultural efervecente nos Estados Unidos, dos anos 50, em pouco tempo se espalhou por todo o planeta. Com nomes como Bill Haley, Chuck Berry e mais tarde o mito Elvis Presley, o rock passou a ser mais do que um simples rítmo musical, mas sim um estilo de vida, marcado fortemente pelas coreografias quase eróticas que chocaram os mais conservadores da época e anos depois também pelo teor de contestação presente nas letras das músicas.
A origem do termo faz referência a gíria deitar e rolar, com forte teor erótico. O rock surgiu em uma época complicada para a sociedade dos Estados Unidos, fortemente marcada pela segregação racial e a música acabou servindo para mostrar que seria um forte instrumento para romper as barreiras sociais da época. Nos anos 60, o rock já estava consolidado na terra do Tio Sam com nomes como o do gutiarrista Jimi Hendrix, agora o estilo vivia a chamada "Invasão Britânica", com o surgimento de bandas como The Beatles e Rolling Stones.
Além de influenciar no estilo de vida, moda, atitudes e linguagem a música serviu também como propulsora da causa dos direitos civis e deu origem a outros estilos como o Rock progressivo, o punk, o heavy metal e o alternativo, entre outros. Com o passar do tempo, outros grandes nomes do rock surgiram como U2, Pink Floyd e o aclamado álbum "The Dark Side of The Moon", Oásis, Red Hot Chilli Pepers, Europe, Guns n´ Roses e muitos outros.
Assim como os grandes nomes do estilo musical surgiram também os grandes festivais como o lendário Woodstock, com o solgan "3 dias de Paz e Música", ou então eventos mais recentes como o Live Aid,  feito para angariar fundos para combater a fome e a miséria no continente africano e que acabou por institur o dia 13 de julho como o Dia Internacional do Rock, ou ainda os famosos Rock in Rio, que ganhará mais uma edição este ano.
O festival carioca que teve seu início ainda nos anos 80, serviu para consolidar o estilo em terras brasileiras, que já ocntava com grandes bandas, formadas por jovens que viam na música a maneira para extravassar seus anseios e angustias. Nesta época surgem bandas como a Legião Urbana, o Barão Vermelho, os Paralamas do Sucesso e o Kid Abelha que já naqueles anos formavam o chamado "Quarteto Sagrado do Rock Brasieiro" e que abriu espaço para muitas outras grandes bandas do nosso rock nacional.



quarta-feira, 6 de julho de 2011

Ser pequeno tem suas vantagens

Sempre tive respeito e admiração por times pequenos do nosso futebol. Desde criança, quando já sabia que tinha nascido torcendo para um dos maiores times do mundo, sempre fiquei feliz com a evolução de agremiações medianas e ou pequenas como são os casos dos tradicionais, Juventus da Mooca, Nacional e claro, a Portuguesa de Desportos. Quando me mudei para o estado do Rio, inclui nesta lista os tradicionais América, Madureira e Bangu, além é claro do novato Macaé Esporte, time da minha cidade. O mesmo acontece no futebol mineiro onde, tenho simpatia pelo América, por influência do meu avô, que era torcedor do coelho.
É evidente que estes times alcançaram alguns ótimos resultados, mas os mesmos ainda são insuficientes para colocá-los entre os grandes do nosso futebol. Como esquecer o célebre decacampeonato mineiro do time americano, ou ainda os vice campeonatos do Brasilero em 85 (Bangu) e 96 (Portuguesa). Entretanto, eles ainda são sim, nanicos. E por isso, estes  times tem algumas vantagens em relação aos grandes. Vejamos o caso do futebol paulista, enquanto a  classe política e a esportiva se arrastam para definir o  futuro do estádio em Itaquera, o que pode comprometer a participação paulista na Copa de 2014, a Portuguesa  continua utilizando seu estádio, sem maiores dores de cabeça.
Eu explico. A celeuma, que se dá sobre o estádio de Itaquera acontece pelo seguinte: já  ficou mais do que claro que, sem os benefícios financeiros que a  prefeitura poderá conseder, ele não ficará  pronto até 2014, o que tira a cidade da Copa  daquele ano.  O Corinthians, dono do estádio, já avisou que tem recursos para o estádio, mas com capacidade inferior ao exigido pela  FIFA, para que a cidade possa sediar a abertura do evento. Os  políticos  paulistanos, alegam que não seria  correto a prefeitura deixar de arrecar tantos recursos, para que o bairro tenha  um estádio, quando o o bairro e a região precisam  ter escolas, hospitais e outros parelhos públicos mais necessários ao  desenvolvimento do bairro. Por isso, o parlamento paulistano demorou  tanto para aprovar tal medida, que agora segue para a sanssão do prefeito.
Por outro lado, na mesma cidade, nós vemos a situação do terreno onde fica localizado o tradicional estádio do Canindé, na  Marginal e que pertence a gloriosa Lusa. A área  foi cedida ao  time da  colônia lusitana em 1996, pela então prefeita Luiza Erundina, na época no PT  sem concorrência pública. A cessão aconteceu sem que a Portuguesa de Desportos, gastasse um  tostão por isso. Pois  bem, o tempo passou Luiza Erundina, não é mais prefeita - e nem petista - e a área continua sob as mesmas condições. Porém, o Ministério Público Estadual, agora está com ação na justiça cobrando que tanto a Prefeitura, quanto o time devolvam aos cofres públicos a quantia referente ao aluguel da área, desde 1996, até os dias atuais, o que segundo o MPE, chega ao valor de R$ 9,8 milhões.
Taí uma vantagem de ser pequeno, pois é só comparar as reações da população, do poder público e da imprensa para se desconfiar que sim, somos movidos pela velha máxima dos dois pesos e duas medidas. Vai ver a justificativa para tal  compportamento seja exatamente essa: Não há como comparar os dois times e por isso, o menor tem que levar algum tipo de vantagem.