quarta-feira, 20 de julho de 2011

Carta Aberta a Marshall McLuhan



Este ano de 2011 é um ano especial para quem estuda as comunicações, pois nele celebramos o centenário de um dos maiores pensadores da comunicação contemporânea. 21 de julho completa 100 anos de nascimento de Marshal McLuhan, filósofo e educador canadense que revolucionou a comunicação com suas previsões visionárias, que se confirmam nos dias atuais.
Filho de um corretor de seguros com uma mulher cosmopolita, culta e com grande afinidade com a literatura, McLuhan nasceu em Edmonton, no Canadá e aos nove anos, mudou-se com a família para Winnipeg, onde fez o colegial e a faculdade, vindo a ser formar em 1932 e o Mestrado em 1934, pela Universidade de Manitoba. Depois, estimulado pela mãe, conseguiu uma bolsa de estudos para a Universidade de Cambrige, na Inglaterra.
Após doutorar-se em filosofia, pela Universidade de Cambridge, em 1943, lecionou em várias universidades dos Estados Unidos, de 1944 a 1946 e na Universidade de Toronto de 1946 a 1979. Nesse período publicou diversos livros como “O Meio é a Mensagem”, de 1967 e “Guerra e Paz na Aldeia Global”, publicado no ano seguinte.
Em sua obra, McLuhan introduz termos como Impacto Sensorial, Meio é a Mensagem e o mais famoso deles, a Aldeia Global, que segundo o filósofo, representa o fato de que o progresso tecnológico que vivemos, está reduzindo todo o planeta à mesma situação que ocorre em uma aldeia. Para ele o símbolo desta aldeia global era a televisão, que começava a ser integrado ao mundo todo via satélite.
Junto com o avanço da comunicação representada pela televisão, McLuhan trata em suas obras de outras tecnologias inovadoras para época como a World Wide Web, ou seja, a Internet, que diminuiu ainda mais as distâncias globalizando de maneira definitiva as comunicações. Seus estudos estimularam e continuam a estimular milhares de artistas, intelectuais e comunicadores ao redor do mundo. A revista Fortune, chegou a considerá-lo uma das maiores influências intelectuais do nosso tempo. Para alguns estudiosos, a obra de McLuhan é tão inovadora, que é comparada aos estudos sociológicos de Karl Marx e aos escritos visionários de Júlio Verne.
Sua obra é amplamente marcada pelo o que ficou conhecido como “determinismo tecnológico”, termo que apareceu pela primeira vez nos estudos sociológicos de estadunidense Thorstein Veblen (1857-1929). Este determinismo trata de um esquema lógico no qual aposta-se que um objeto, uma tecnologia ou um meio, acaba por condicionar os modos de percepção e comunicação de uma determinada pessoa e ou cultura/sociedade. Aplicando esta teoria ao trabalho do filósofo canadense, surge a interpretação de que as culturas evoluem em decorrência da forma como elas são afetas pelos meios de comunicação de forma a determinar os modos de se ser humano.
Em setembro de 1979, Marshall McLuhan sofre uma trombose, que o impediu de falar, ler ou escrever. No dia 31 de dezembro, de 1980 aos 69 anos, morre enquanto dormia.



3 comentários:

  1. Bah, interessantíssimo essa história de determinismo tecnológico, nos tempos atuais isso realmente é real, a sociedade inteira se adapta às tecnologias e não ao contrário, no ensino fundamental e médio que temos hoje, é amplamente divulgado (e recomendado) o uso de um computador para realização de trabalhos, e como complemento à educação dos jovens, coisa que há algumas décadas atrás não era nem sequer suposto.

    abraço sorte com o blog

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  2. Interessando é a primeira vez que leio sobre o assunto, um coteúdo a mais .
    ótimo blog estou seguindo e voltarei mais vezes.
    da uma passada lá no meu e leia sobre marketing sustentável.
    www.alvezdetudo.blogspot.com

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  3. A verdade é que a busca pelo progresso se dará sempre... de um jeito ou de outro.
    Faz parte de nós assim como a busca pela felicidade. É algo nato.
    Acredito antes de tudo que em muito pela necessidade.
    Abraço!

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