quarta-feira, 6 de julho de 2011

Ser pequeno tem suas vantagens

Sempre tive respeito e admiração por times pequenos do nosso futebol. Desde criança, quando já sabia que tinha nascido torcendo para um dos maiores times do mundo, sempre fiquei feliz com a evolução de agremiações medianas e ou pequenas como são os casos dos tradicionais, Juventus da Mooca, Nacional e claro, a Portuguesa de Desportos. Quando me mudei para o estado do Rio, inclui nesta lista os tradicionais América, Madureira e Bangu, além é claro do novato Macaé Esporte, time da minha cidade. O mesmo acontece no futebol mineiro onde, tenho simpatia pelo América, por influência do meu avô, que era torcedor do coelho.
É evidente que estes times alcançaram alguns ótimos resultados, mas os mesmos ainda são insuficientes para colocá-los entre os grandes do nosso futebol. Como esquecer o célebre decacampeonato mineiro do time americano, ou ainda os vice campeonatos do Brasilero em 85 (Bangu) e 96 (Portuguesa). Entretanto, eles ainda são sim, nanicos. E por isso, estes  times tem algumas vantagens em relação aos grandes. Vejamos o caso do futebol paulista, enquanto a  classe política e a esportiva se arrastam para definir o  futuro do estádio em Itaquera, o que pode comprometer a participação paulista na Copa de 2014, a Portuguesa  continua utilizando seu estádio, sem maiores dores de cabeça.
Eu explico. A celeuma, que se dá sobre o estádio de Itaquera acontece pelo seguinte: já  ficou mais do que claro que, sem os benefícios financeiros que a  prefeitura poderá conseder, ele não ficará  pronto até 2014, o que tira a cidade da Copa  daquele ano.  O Corinthians, dono do estádio, já avisou que tem recursos para o estádio, mas com capacidade inferior ao exigido pela  FIFA, para que a cidade possa sediar a abertura do evento. Os  políticos  paulistanos, alegam que não seria  correto a prefeitura deixar de arrecar tantos recursos, para que o bairro tenha  um estádio, quando o o bairro e a região precisam  ter escolas, hospitais e outros parelhos públicos mais necessários ao  desenvolvimento do bairro. Por isso, o parlamento paulistano demorou  tanto para aprovar tal medida, que agora segue para a sanssão do prefeito.
Por outro lado, na mesma cidade, nós vemos a situação do terreno onde fica localizado o tradicional estádio do Canindé, na  Marginal e que pertence a gloriosa Lusa. A área  foi cedida ao  time da  colônia lusitana em 1996, pela então prefeita Luiza Erundina, na época no PT  sem concorrência pública. A cessão aconteceu sem que a Portuguesa de Desportos, gastasse um  tostão por isso. Pois  bem, o tempo passou Luiza Erundina, não é mais prefeita - e nem petista - e a área continua sob as mesmas condições. Porém, o Ministério Público Estadual, agora está com ação na justiça cobrando que tanto a Prefeitura, quanto o time devolvam aos cofres públicos a quantia referente ao aluguel da área, desde 1996, até os dias atuais, o que segundo o MPE, chega ao valor de R$ 9,8 milhões.
Taí uma vantagem de ser pequeno, pois é só comparar as reações da população, do poder público e da imprensa para se desconfiar que sim, somos movidos pela velha máxima dos dois pesos e duas medidas. Vai ver a justificativa para tal  compportamento seja exatamente essa: Não há como comparar os dois times e por isso, o menor tem que levar algum tipo de vantagem. 

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