terça-feira, 30 de agosto de 2011

Carta Aberta ao Corinthians

Não é de hoje que escuto rumores sobre uma possível saída do técnico Tite, do comando do Corinthians e resolvi agora atrvés desta  carta  expor minha opinião sobre o caso. Li que para ele o jogo contra o Grêmio, é fundamental, uma vez que em caso de novo tropeço do time, a demissão seria inevitável. Sempre discordei desta política tão praticada no nosso futebol. Prefiro casos como os que são corriqueiros na  Europa, onde resultados ruins, não são tão determinantes nos destinos dos técnicos em seus times.
Lá no velho mundo, não nos faltam exemplos de grandes times que mantém seus técnicos, mesmo com  campanhas insatisfatórias, ou equipes que mantém conquistas regulares e mesmo assim não trocam o comando técnico. No futebol inglês, temos exemplos destes dois casos. Vejamos a história recente do Arsenal, que não sabe o que é ser campeão, já  faz algum tempo  - seu último título foi a Copa da  Inglaterra, na temporada 2004/05 e seu último inglês foi uma temporada antes - Entretanto, Arsène Wenger, é técnico da equipe londrina, já faz 15 anos e ainda  tem contrato por mais três temporadas. 
Nesta mesma semana em que Tite se vê ameaçado de demissão aqui, chegou a se cogitar a demissão de Wenger lá. Afinal mesmo em início de temporada lá, o Arsenal se encontra em 17º, uma posição acima  da zona da degola e com apenas  três rodadas disputadas, foram apenas um empate e duas derrotas. Na estreia do campeonato ficou no zero a zero com o Newcastle,  jogando na casa do adversário e depois perdeu para o Liverpool (0x2) e Manchester United (8x2).
Citei aqui o caso do Arsenal e de seu treinador, para mostrar que não há motivos para desespero no Parque São Jorge, afinal nesta temporada, o Corinthians tem uma das melhores campanhas do futebol brasileiro sendo até agora, 43 partidas, 24 vitórias, 11 empates e 9 derrotas. O aproveitamento no ano, chega a  marca de 64, 34%, o time foi ainda finalista do Paulistão e terminou o primeiro turno do Brasileirão. Alguns críticos dirão que Tite, não  soube segurar o título  do Brasileiro do ano passado e à eles eu respondo: Tite chegou para sanar uma crise  surgida no período de Adilson Batista à frente do time, quando  perdemos ali os pontos necessários para a conquista.
Outros lembrarão o pífio desempenho na Libertadores deste ano e eu afirmo: O prazo para  demití-lo por esta falha já prescreveu faz tempos. Esse argumento tinha valor naquela época, hoje não. Além disso, temos ainda hoje, o mesmo problema  daquele tempo: Quem viría para o lugar de Tite? Para mim, não há nomes disponíveis no mercado, assim como naquela vez. Por isso tudo, continuo dando meu voto de confiança ao professor Antenor. Lógico que o time tem que melhorar para ser campeão, mas demitr  o técnico não é a melhor saída agora, até por que, temos  casos aqui mesmo no Brasil, de técnicos que foram demitidos de seus clubes e hoje estão bem melhor do que antes.
Isso é o que pode ser dito sobre o Atlético-MG, que para mudar e melhorar o desempenho e assi mse salvar da queda, mandou o Dorival embora e hoje o Galo está na zona de rebaixamento -  vice lanterna - e Dorival  treina o Internacional, já sendo inclusive campeão pelo time gaúcho. Desta forma, cabe agora a  diretoria  do Timão, buscar outros meios de melhorar o time e não causar  factóides que podem causar mais turbulências no time.

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Uma notícia estranha

Muitos leitores deste blog podem até não saber, mas sou jornalista formado pela Universidade Cândido Mendes, campus Niterói, onde aliás fiz ótimos amigos e aprendi bastante tanto no lado profissional, como no lado cultural e hoje sou surpreendido por uma notícia no mínimo estranha. Por questões ideológicas, principalmente no campo da comunicação, sempre acompanhei o trabalho desenvolvido pelo pessoal do Jornal Fazendo Média, que para mim é um dos maiores exemplos de mídia alternativa e pensante, que existe no país.
Entretanto, hoje (26), fui pego de surpresa por um comunicado do pessoal do Fazendo Média, que me preocupa, a última edição do jornal impresso deles foi impedida de circular em um campi da UCAM, que também tem o curso de jornalismo. A censura e não há outro termo para classificar esta ação aconteceu na Cândido da Tijuca, onde na minha época estudou muita gente boa, tanto profissionalmente, quanto pessoalmente. Entre estas pessoas posso citar aqui a jornalista Nádia Haddad, hoje na Band e que foi parceira de estágio na Rádio Carioca 710 AM, no programa Comunicação em Ação produzido pelos alunos da UCAM, tanto de Niterói, quanto da Tijuca.
É lamentável que isso tenha acontecido neste campi e na visão deste observador, é mais do que necessário que a direção da instituição, reveja seus conceitos como também se desculpe pelo ato falho. Não se pode aceitar que uma instituição de ensino, que tenha como objetivo formar profissionais da comunicação, pratique algo tão maléfico ao jornalismo como a censura. Por isso a direção do campi se pronuncie sobre o ocorrido e desfaça este embaraço.
Quanto a justificativa de que o jornal faça o apoio ao mandato de um parlamentar, sinceramente não vejo problemas afinal tal apoio é exposto no expediente e não nos textos das matérias, onde aliás não se pode ter tal prática em momento algum. Por isso é preciso que a universidade reconheça sua falha e volte atrás de sua decisão. O processo democrático só é possível, quando feito através da exposição do maior número de ideias diversas e assim sendo é um direito tanto do Fazendo Média, quanto dos alunos da instituição de expor/ter conhecimento dessas ideias. 
Já a universidade, pode e deve expor suas opiniões e ideias nos muitos jornais produzidos pela instituição. Como jornalista, cidadão e ex aluno da UCAM espero que este episódio se resolva o quanto antes para que não se torne uma mancha na bela história desta instituição que não apenas diz, mas tem um diploma de valor desde 1902.
Para ler o texto do Fazendo Média leia aqui

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Dois anos, muitas palavras


Mais um ano vai se completando e a “brincadeira” iniciada com o incentivo de alguns amigos e conhecidos foi ganhando forma e força. Já vamos para o segundo ano do Blog O Observador, afinal foi em 19 de agosto de 2009, que com um texto que tratava sobre a questão do sistema penitenciário brasileiro, comecei minha caminhada pela blogosfera de maneira mais séria. Já tive outros blogs e escrevi para sites variados, mas não com a frequência com que escrevo as “observações”.
O nome do blog, como já escrevi para um blogueiro que me perguntou sobre isso, surgiu por conta de alguns veículos de comunicação que admiro, como é o caso do Observatório da Imprensa do jornalista Alberto Dines. Outro jornal que influenciou o nome do blog, foi o tradicional jornal inglês The Observer, publicado aos domingos e associado ao The Guardian, ambos considerados standard quality paper em oposição aos jornais tablóides sensacionalistas daquele país, como é o caso do tablóide The Sun.
Além da questão de jornalismo de qualidade, representada pelos jornais The Guardian e The Observer, ainda tem a questão do posicionamento político-ideológico, os dois apresentam o viés de centro-esquerda, que é a ideologia com a qual mais me identifico.
Aliás, gostaria até que a frequência fosse maior do que a atual, mas a falta de tempo, inspiração ou pauta que considere valer a pena, acabam atrapalhando esse objetivo. Neste tempo, escrevi observações sobre variados temas. De política a esporte, passando por cultura e ao contrário do que eu imaginava, acabei tendo um retorno melhor do que o esperado. Quando iniciei essa jornada, pensava em um espaço, onde pudesse escrever minhas opiniões sobre determinados temas e assim expor as mesmas aos parentes e amigos mais próximos.
Felizmente o blog acabou indo além e hoje, ele já foi acessado por mais de cinco mil acessos em países tão diferentes como Austrália e Eslovênia, que são apenas dois dos vinte e sete países onde O Observador, já foi lido, chegando a todos os continentes. A ideia é continuar a buscar pautas e temas interessantes que aumentem o número de leitores e também o debate que os textos provoquem.
A sessão Carta Aberta, maior marca do blog, continuará a existir com uma edição mensal, sem data certa para ser publicada e com edições extras, quando for necessário. Ela que já foi endereçada a personalidades variadas como Hugo Chavez e Obama, Dunga e Marshall McLuhan, continuará buscando novos personagens sempre com referências ao um fato ligado ao mês da publicação.
Outra ideia apresentada no blog e que terá continuidade é o Prêmio “Fanfarrão do Ano”, instituído no ano passado e dado ao senhor Ricardo Teixeira, pela unificação dos títulos da Taça Brasil, Robertão e Brasileirão, além é claro, pelo conjunto da obra realizada a frente da CBF.
Ao que parece, a edição deste ano promete muita disputa, uma vez que a cada mês aparecem novos fortes concorrentes a este importante prêmio, mas o resultado é algo que só será divulgado no último mês do ano, por tanto ainda será preciso esperar, para saber quem será o vencedor, este ano.
Claro que outras ideias planejadas para esse ano, serão implantadas a partir de 2012, pois não foi possível fazer isso este ano. Fico também no aguardo de sugestões vindas dos leitores deste blog, para novas sessões, prêmios ou coisas do gênero. No mais é festejar a data e continuar buscando repeti-la mais e mais vezes.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Contradições da Globalização

Os recentes acontecimentos na Europa, primeiro o atentado ocorrido na até então pacífica Noruega e os distúrbios que vem acontecendo na Inglaterra. Todos motivados por preconceitos raciais e também por xenofobia me lembrou um texto que publiquei aqui em março deste ano e que tem muita ligação com o momento atual. Por isso, o republico aqui novamente.

Seu carro é japonês
Seu combustível é inglês
Sua pizza é italiana
Sua batata é irlandesa
Sua cerveja é alemã
Seu vinho é chileno
Sua democracia é grega
Seu café é colombiano
Seu chocolate é francês
Sua música é brasileira
Seu relógio é suíço
Sua camisa é indiana
Seu jeans é americano
Seus sapatos são tailandeses
Seu eletrônicos são chineses
Seu computador é coreano
Seu celular é finlandês
Seu vodka é russa
Seu energético é austríaco
Seu whisky é escocês
Sua carne é argentina

E você reclama que seu vizinho é um imigrante?
Controle-se e reveja seus conceitos.


terça-feira, 9 de agosto de 2011

Colocando os pingos nos is.

Nos últimos dias, com a saída de Nélson Jobim e a nomeação de Celso Amorim,  para a pasta da defesa, a sociedade brasileira se vê diante de um debate requentado e distorcido. Amorim, foi chanceler nos governos Itamar Franco e Lula e ao que parece, até os dias atuais foi incompreendido em um dos pontos mais polêmicos, que enfrentou quando esteve a frente do Ministério de Relações Exteriores: "A  questão da energia nuclear".
O posicionamento de Amorim e do então  presidente Lula, sempre foi claro e por incrível que pareça, de fácil compreensão. Ambos defenderam, que todo país  tem o direito de desenvolver tecnologia para produzir energia nuclear, porém, tal ideia, sempre foi vista de maneira  deturpada por muitos  brasileiros, por motivos não esclarecidos. A justificativa mais corriqueira foi o fato de que países como o Irã, que há anos vive sob  uma forte ditadura  civil-religiosa e tem avanços na questão nuclear, poderia a qualquer momento desenvolver bombas atômicas, o que colocaria em risco muitos aliados dos EUA.
Sim, a  preocupação é latente, mas não  pode servir de cortina de fumaça para  impedir que o Irã siga com seu programa nuclear. Nada garante e nem garantirá, que um dia eles produzirão bombas atômicas, assim como nada garante que países mais "confiáveis", como  França e EUA, por exemplo, não produzirão  tais artefatos. É preciso que a  humanidade "desmilitarize" a energia atômica e passe a encará-la  como uma  alternativa as outras  fontes energéticas, portanto, algo que deve sim ser buscado por qualquer país, independente de regimes  vigentes e ou questões ideológicas.
Por isso, embarcar no discurso vazio de que apoiar tal tese é cortejar ditadores sanguinários é algo inconcebível,  até  por que não é preciso ser necessariamente  um ditador sanguinário para  provocar guerras intermináveis e a  história  nos apresenta alguns exemplos que podem muito bem ilustrar  tal pensamento. Assim sendo fica dificil fazer coro  com os que combatem o atual ministro da defesa, nesta questão.  

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Uma justa homenagem


Como todos sabem, a cada Copa do Mundo, as bolas oficiais do maior campeonato de futebol do mundo ganham nomes, o mesmo vale também para as pelotas utilizadas no torneio olímpico. Dificilmente esqueceremos da afamada "Jabulani", que tanto marcou a Copa da África do Sul, ano passado e já tem gente no aguardo da bola Albert, que rolará nos gramados ingleses durante os Jogos Olímpicos de Londres no ano que vem.
Porém, já pensando na Copa de 2014, um grupo de torcedores/internautas, lançou uma bela campanha para batizar a bola que será utilizada no Brasil, daqui a três anos. O nome sugerido: "Gorduchinha" e surgiu em uma homenagem a um dos maiores locutores esportivos do Brasil. Quem nasceu nos anos 80, não esquece do famoso bordão do radialista Osmar Santos "Pimba na Gorduchinha". E inspirado nisso, o grupo lançou a campanha para que a Adidas batize a bola como Gorduchinha. Uma bela e justa homenagem à este que é ainda hoje, mesmo impedido de radiar partidas, por conta do acidente de carro sofrido anos atrás, continua sendo um dos maiores nomes da imprensa esportiva nacional.
Para os mais novos que podem não saber quem é Osmar Santos, ele atuou como locutor esportivo em vários veículos de comunicação como as rádios Jovem Pan, Record e Globo, além de trabalhar também na televisão onde narrou jogos pela Globo, Record e a finada Manchete, na Copa de 1986, no México atuou como primeiro locutor na TV Globo, como primeiro locutor, ao lado de Galvão Bueno e Luiz Alfredo. Quatro anos depois voltou a narrar jogos de uma Copa, desta vez na Itália, onde trabalhou na TV Manchete, ao lado de Zagallo, que ficou nos comentários das partidas. Também trabalhou ao lado de Fauto Silva, o Faustão e de Juarez Soares. 
Osmar Santos também teve atuação importante na campanha das Diretas Já!, chegando inclusive a receber propostas para se candidatar a cargos eletivos, porém nunca aceitou tais convites. Além do famoso bordão "Pimba na Gorduchinha", é autor de outros clássicos da locução, como "Ripa na Chulipa", além da expressão "Animal", que marcou a carreira do ex jogador e atual cometarista Edmundo
A idéia partiu de um publicitário e começou a ganhar corpo na última semana, quando Osmar Santos completou 62 anos. A campanha já possui perfis em redes sociais bastante populares como o twitter - @Goduchinha2014 - e o facebook - Gorduchinha Copa 2014-. Portanto, entre para esta campanha/homenagem você também e divulgue a mesma. Possívemente o nome da bola da Copa 2014, será escolhida através de votação pela internet, assim como aconteceu com a Jabulani e com a Albert, portanto, a campanha deverá se estender até 2013, quando deve acontecer o anúncio da escolha, até lá apoie a causa, o homenageado merece.

Alerta amarelo

A última rodada do campeonato Brasileiro, serviu para dar ainda mais emoção ao torneio. Os resultados confirmam que ainda é muito cedo para qualquer tipo de prognóstico e que a emoção será um ingrediente que acompanhará as rodadas até o final. Dos times que estão atualmente no G4, dois perderam e dois ganharam suas partidas nesta rodada. Flamengo (2º) e Palmeiras (4º) venceram seus jogos contra Grêmio (16º) e Atlético-MG (14º), respectivamente.
Já São Paulo e Corinthians, perderam seus jogos contra Vasco (5º) e Avaí (18º) e com isso, o topo da tabela de classificação está a cada dia mais embolado. A diferença entre o líder Corinthians e o Palmeiras que está em quarto lugar, já é de 3 pontos, ou seja, apenas uma vitória separam os dois rivais. A derrota para o Avaí, na Ressacada, serve para que o Corinthians, ligue o alerta, pois se quiser continuar não apenas na liderança, mas também na briga pelo título, é preciso ter mais atenção e voltar a jogar o futebol apresentado até recentemente.
O fato de o time estar com desfalques importantes, não serve de justificativa para a queda de rendimento. contra o Cruzeiro, o time paulista jogou bem e acabou perdendo a partida em uma lance individual que indiscutivelmente, somou talento e sorte, com uma quantia maior do primeiro. Porém, no jogo de ontem (31), o time comandado por Tite, jogou bem apenas no primeiro tempo e deu a impressão de que ao abrir o placar, se acomodou como resultado, tentando jogar recuado, o que não funcionou, pois o time se perdeu em campo e abriu espaço para a bela reação do time catarinense.
O time não soube se organizar em campo no segundo tempo, principalmente após o primeiro gol do Avaí e a defesa que já estava desorganizada, se perdeu de vez após este lance. Para piorar a situação corinthiana, Danilo, que vinha fazendo uma boa partida, acabou sendo substituído, em uma tentativa de preservá-lo de uma possível contusão. Com a saída do meia, o que já estava ruim, ficou pior. Com a Alex em campo, o time não soube render o necessário para buscar a vitória.
O resultado foi justo, pois o Avaí mereceu ganhar a partida e ao Corinthians cabe agora, botar a cabeça no lugar e se recuperar contra o América-MG, no Pacaembu, em uma partida que se tornou decisiva para o time do Parque São Jorge, pois em caso de tropeço, a liderança estará perdida, ou seja a luz amarela está acesa no Corinthians e qualquer desatenção agora será extremamente prejudicial ao time. Portanto, na quarta-feira (03), apenas a vitória interessa ao Timão. Até por que, no próximo final de semana tem o tão aguardado clássico contra o Santos na Vila e a sequência de vitórias é fundamental para a recuperação do time.  
Não acho que seja a hora de caça as bruxas no Corinthians e nem de pedir a cabeça de técnico e ou de jogadores. É evidente que ninguém conseguiria ser Campeão Brasileiro invicto e que as derrotas viriam de uma hora para outra. Portanto é hora de arrumar a casa e recuperar o futebol que levou o time à liderança e torcer é claro para que, os desfalques, se recuperem o quanto antes e retomem suas posições, mudando o alerta de amarelo para verde.