quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Por que não votar em Marina Silva

Depois do acidente que vitimou o ex governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), o partido confirmou que Marina Silva será a candidata da coligação, ao Palácio do Planalto. Nunca fui eleitor da ex senadora e não será agora que votarei nela.

Nunca votei em Marina, por acreditar que ela nunca fora o que se pensava dela e agora, ao que parece, sua "máscara", começa a cair. Ela que sempre defendeu o discurso de coerência política, parece ter cansado dele ao em pouco mais de 5 anos, ter passado por PT, PV, Rede e agora PSB. Com essa prática, a tal coerência que ela pregava, caiu por terra.

Muitos lembrarão, que o Rede não existiu, à esses aviso que tal partido, que nunca se classificou como tal, ainda não existe. Entretanto, passada a eleição, seus defensores, conseguirão tirá-lo do papel e evidentemente que Marina estará entre eles, eleita ou não presidenta.

Além da continua mudança de legenda para adequar seus ideais - ou seriam interesses? - Agora Marina, juntamente com o PSB, mostram que o grupo representado por eles, representam o que de pior existe na política. Eles defendem a tomada do poder, apenas pelo poder e não para mudar nada.

Prova disso, está na configuração da chapa presidencial temos de um lado uma senhora que vive a criticar o agronegócio e os transgênicos e é uma defensora ferrenha da criminalização do aborto. Do outro lado da chapa, temos Beto Albuquerque do PSB gaúcho que tem atuado fortemente no Congresso defendendo o agronegócio, os transgênicos e a descriminalização do aborto. Assim sendo, a dupla consegue defender bandeiras antagônicas tentando agradar a gregos e troianos, para tentar alcançar a presidência.

Esse comportamento mostra que Marina Silva, que já se colocou como a mudança e a moralização da política, agora parece esquecer essas ideias, falta-lhe coerência entre os discurso e a prática de Marina. Assim sendo, fica complicado sustentar a possibilidade de votar em uma figura contraditória como dona Marina Silva. 

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Dois pesos, duas medidas


Enquanto em São Paulo a Globo alega que só entrevistará candidatos ao governo que apresentem mais de 6% das intenções de voto nas pesquisas, o que provocou protestos do PT, uma vez que Alexandre Padilha tem menos votos que o limite estabelecido, a regra parece não valer no cenário nacional.

Na bancada do Jornal Nacional, já foram entrevistados Aécio Neves (PSDB), Eduardo Campos (PSB) e hoje, 18, será a vez de Dilma Rousseff (PT). Pastor Everaldo (PSC) também será entrevistado em breve.

As escolhas globais nesses dois cenários apontam para a adoção de critérios diferenciados, uma vez que o candidato do PSC à presidência sempre variou entre 2% e 4%, das intenções de voto, independente da época e do instituto responsável pela pesquisa eleitoral.

Assim sendo, fica claro que para a Globo, assim como para muitos partidos políticos, o que vale para o cenário nacional, não serve para os cenários regionais. Ou seja, a emissora carioca continua sendo praticante assídua da velha máxima de dois pesos e duas medidas e interferindo no processo democrático, algo que aliás ela já tem histórico e tradição.

É preciso que a Globo se explique sobre essa falta de padrão na cobertura eleitoral, afinal seria muito mais lógico que as regras fossem universais e não variando conforme a realidade de cada pleito.

Para ilustrar ainda mais a diferenciação feita pela globo nessa questão, o jornal O Estado de São Paulo - tão representante da imprensa hegemônica brasileira quanto a televisão dos Marinho -, inicia hoje sua série de entrevistas com os presidenciáveis e o entrevistado será Eduardo Jorge (PV), que tem apenas 1% das intenções de voto, segundo a última pesquisa do Datafolha. Em seguida a entrevistada será Luciana Genro (PSOL), que segundo a mesma pesquisa tem 0% das intenções de voto.*


Seguem os cenários retratados pelas pesquisas realizadas até aqui, incluindo a última que já substitui a candidatura de Eduardo Campos (PSB), pela de Marina Silva (PSB), que ainda aguarda confirmação da coligação e da justiça eleitoral.

*Atualizado às 13h 39 do dia 18/08/14.