quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

O Brasil reconhecido no mundo


Cresci ouvindo as pessoas afirmarem que o Brasil era o país do futuro e que o reconhecimento internacional que o Brasil tinha, se resumia basicamente ao futebol, o carnaval e as nossas belas mulheres. Entretanto com o passar dos anos, fui crescendo e vendo que a situação ia mudando de forma gradativa. Vi que o reconhecimento brasileiro não se dava apenas pelo futebol, ou pelo carnaval, mas também pelo vasto e rico território, seja culturalmente, economicamente e ambientalmente, com a Amazônia. Nossa economia cresceu e vem crescendo a cada ano, 7 anos atrás eramos a 12ª maior economia do mundo, hoje somos a 8ª. Várias empresas brasileiras ganharam destaque intternacional e o governo brasileiro também. Conquistamos avanços importantes nos últimos anos nas mais diversas áreas, nossa cultura se fortaleceu com o cinema, ganhando espaço em todo o mundo, o mesmo aconteceu com a música. No esporte deixamos de ser apenas o país do futebol e passamos a ser um país mais olímpico, não apenas por conquistarmos o direito de sediar Pan Americano (2007) e a Olimpíada de 2016, mas por que conquistamos resultados importantes no vôlei, na ginástica, no atletismo e em vários outros esportes.
Mas o avanço brasileiro não ficou apenas nos campos esportivo, cultural e econômico. o Brasil avançou também na política internacional, onde vem ganhando cada vez mais destaque. A prova disso esta na presença brasileira em casos de conflitos em outros países, ou a participação em encontros importantes com as principais figuras políticas do mundo.
E agora para coroar o espaço conquistado no cenário internacional, os jornais Le Monde (França) e El País (Espanha), deram ao presidente Lula o título de Homem do Ano 2009 e as escolhas tiveram o intervalo de apenas um mês, o que mostra que o Brasil é sim reconhecido no mundo, não mais como o país do futuro, mas do presente.

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Obrigado Pé de Anjo

Quando comecei a escrever neste blog, pensei em relatar vários temas menos o esporte. Por isso, aparecem aqui poucos relatos e opiniões sobre esta paixão que nove o Brasil e também o mundo. Salvo engano o único texto publicado aqui e relacionado a esporte, foi sobre a escolha do Rio de Janeiro como sede dos Jogos Olímpicos de 2016. Mas assim como daquela vez, outro tema importante me faz escrever neste espaço sobre esporte. O tema desta vez esta ligado ao futebol e mais claramente ao Corinthians, este time que se aproxima do centenário e que desde que me entendo por gente, é sim uma de minhas maiores paixões.
Sendo mais claro, o texto na verdade é uma singela homenagem a um jogador que chegou ao Timão no início dos anos 90, vindo do Flamengo e que pelo o que jogou com a camisa alvinegra, que ele chama de "2ª pele", conquistou um lugar cativo na história do clube e também no coração da imensa Fiel. Seu nome: Marcelinho Carioca, ou simplismente Marcelinho, o "Pé de Anjo".
Poucos jogadores marcaram tanto sua passagem pelo Parque como ele, que tantas alegrias deu ao Mosqueteiro, com ele em campo o time conquistou muitas alegrias e títulos, honrando a letra do hino do clube que canta "... de tradições e glórias mil/tu és o orgulho dos desportistas do Brasil...".
Entre as alegrias da Fiel, que tiveram participação marcante do Marcelinho, estão a Copa Bandeirantes de 1994, os campeonatos paulistas de 1995, 19997, 1999 e 2001, a Copa do Brasil de 1995, o Troféu Ramón de Carranza de 1996, os Campeonatos Brasileiros de 1998/1999 e o Mundial da FIFA em 2000. Mas mais do que a importância dos títulos conquistados, estão o amor que ele sempre teve pelo clube, as belas jogadas e as cobranças de faltas venenosas, que sempre marcaram seu futebol.
Parabéns Marcelinho pela sua carreira e pela felicidade que seu futebol sempre nos proporcionou. A Fiel agradece pela sua trajetória e dedicação ao Timão, que sua trajetória sirva de exemplo para os jovens jogadores que estão surgindo, mantenham a busca pelo futebol arte e que seu amor pelo Corinthians seja inspiração para um 2010, ainda melhor do que foi 2009.
Obrigado "Pé de Anjo".

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Contradições da oposição

A oposição ao governo Lula continua a meter os pés pelas mãos e não para de ter atitudes contraditórias. A última oportunidade para isso, aconteceu na Dinamarca, durante a Conferência do Clima, onde o Brasil teve uma participação destacada e contou com uma delegação repleta de políticos, tanto da situação, quanto da oposição.
Lá na busca por alternativas para combater o aquecimento global, o governador paulista José Serra, propôs que o Brasil doe algo em torno de US$ 1 bilhão de dólares, para um fundo que seria criado para ajudar os países mais pobres a combater o grande vilão do século XXI. É uma ótima idéia e mesmo com a resistência da ministra Dilma, poderia sim ser implantado, claro que o valor a ser doado variaria conforme a riqueza/poluição do doador.
Mas mesmo com todo o benefício que a proposta do tucano, endossada pela neo oposicionista Marina Silva do PV, ela é sim uma grande contradição, afinal tempos atrás quando uma forte crise abalou as finaças mundiais, o governo Lula emprestou muito dinheiro ao Fundo Monetário Internacional, passado a ser credor do mesmo e ainda assim foi duramente criticado pela oposição e também pela imprensa.
E é ai, que se encontra a contradição do discurso oposicionista. Por que teria sido um erro emprestar dinheiro ao FMI, mas não seria algo errado emprestar dinheiro, independente de quantia para este fundo ambiental? Ao que parece, a oposição continua sofrendo com o mesma doença, que a acometeu desde 2002. A "síndrome dos dois pesos e duas medidas," ou talvés a doença seja algo mais grave, a síndrome do modismo agudo", pois infelizmente ainda é desta forma que a questão ambiental vem sendo tratada em todo o mundo, ela apenas esta na moda, quando na verdade deveria ser prioritaria para todos.

Confecom cumpriu seu objetivo

No dia 17 de dezembro a Conferência Nacional de Comunicação chegou ao fim, em Brasília. Lá centenas de delegados, representando vários setores da sociedade, debateram por 4 dias o futuro da comunicação no Brasil. Como já era esperado, muitos representantes do setor empresarial, se omitiram do debate, provavelmente por defenderem a manutenção do status quo da comunicação.
E para fazer isso, os empresários da grande mídia, usaram todo o poder que seus veículos sempre tiveram, jogando sujo, distorcendo fatos e criando inverdades. A Confecom, nunca teve como objetivo criar meios de censura, mas sim de controle social, o que é muito diferente. Os conselhos aprovados nas conferências municipais, regionais estaduais e nacional, nunca teve pretensão de cercear a liberdade de expressão, mas aumentar a participação popular na fiscalização da comunicação.
Mas como este objetivo fere os interesses, muitas vezes escusos dos "tubarões da comunicação", estes senhores preferem se omitir do processo de debates e abusam da covardia, ao emitirem notas oficiais, ou publicarem editoriais, que mostram os reais interesses dos donos da comunicação, que é utiliza-la para manter o poder, através de suas relações escusas com os políticos.
Foi para mudar o quadro atual da comunicação, que aconteceram as conferências. Nelas foram apresentadas alternativas para alterar o marco regulatório da comunicação, uma vez que o nosso é muito arcaico. mas infelizmente os empresários preferiram se esconder em um falso discurso de que as propostas atacariam a liberdade de expressão, o que é um erro.
Afirmar que iniciativas como Conselhos de Comunicação, ou Conselho Federal de Jornalismo, atacam esta liberdade é o mesmo que cair na bobagem de dizer que a função dos editores dos veículos de comunicação também sejam censores, pois faz parte da função destes jornalistas escolherem o que será publicado ou não, "censurando" assim algumas idéias.
Por isso senhores não tenham medo dos conselhos eles não funcionarão como funcionava o Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP), do Estado Novo, mas servirá apenas para fiscalizar e buscar alternativas para a melhoria da comunicação no Brasil, nos moldes do que já fazem o Observatório da Imprensa que tem em sua equipe o companheiro Alberto Dines, entre outros observatórios de mídia, ou ainda como acontece com a Folha de São Paulo, que possui o cargo de ombudsman exatamente para exercer a função de fiscalizar o que o jornal publica, sem censurar o mesmo jornal.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Carta aberta à Dom Hélder Câmara

Salve irmão Hélder. Já se vai acabando o ano de 2009, um ano especial para todos nós, pois nele relembramos teu nome e sua história ao comemorarmos o centenário de seu nascimento. Já dizia o camarada Brecht, que pobre é o país que precisa de heróis e concordo com ele, não precisamos disso, assim como não precisamos de santos, precisamos é de exemplos e é isso que você é, um exemplo.
Sua história é a prova do real cristianismo que pode sim ser sintetizado na tão falada frase dita pelo nosso Mestre: "Amai a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo." Sua trajetória de luta pelos menos favorecidos e pela valorização dos direitos básicos do ser humano, serve de incentivo para que nós que aqui estamos, continuemos a caminhada na busca pelo Reino do Pai. Muitos dirão que isso é utopia e que nunca acontecerá.
Para este incrédulos, lembro o pensamento do escritor Eduardo Galeano, de que a utopia só existe para que continuemos caminhado ao seu encontro, mesmo que nunca a alcancemos. Sua atuação frente a igreja no Brasil e no mundo, buscou retomar o sentido original do cristianismo, que buscava a aproximação entre os mais necessitados e a igreja. Seguindo esta trilha, foi assinado logo após o Concílio Vaticano II, o Pacto das Catacumbas, que teve sua participação e que apontou as necessidades sociais como o norte para o catolicismo.
Foi a partir destes acontecimentos que surgiram movimentos como a Teologia da Libertação e posteriormente o Movimento Fé e Política, que a cada novo encontro renova as esperanças de um outro mundo possível para todos, assim como o irmão sempre defendeu. Suas atividades durante os anos de chumbo, aqui no Brasil trouxe à reflexão não apenas dos brasileiros mas de todo mundo, as barbaridades cometidas pelos militares.
Além destes desmandos dos militares eles ainda tentaram lhe castigar ao não permitir, que você fosse laureado com o Nobel da Paz, que inclusive não foi entregue à ninguém em 1972. Mas os que estes senhores não sabiam é que na verdade, estavam fazendo um grande favor ao grande inimigo deles, afinal, vendo alguns dos premiados depois dos anos 80, passou a ser motivo de orgulho não receber tal premiação.
Sua humildade e exemplo mostram-se ainda hoje que não serão prêmios e condecorações, que alimentam nossos sonhos, que assim como sua história são imortais. Parabéns irmão Hélder.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

"...E o que é inviolável, não é para ser violado."

A frase do título deste post, parece o "óbvio olulante", mas foi dito em uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), por ninguém menos que o seu presidente Gilmar Mendes. A "pérola" era o final de sua declaração, justificando o voto pela manutenção da censura prévia imposta ao jornal "O Estado de São Paulo". A argumentação de sua excelência, buscava mostrar que a honra e a intimidade do filho do presidente do Senado, estavam sendo violadas pelo jornal e que por isso, a censura deveria ser mantida.
É estranho este comportamento por parte da autoridade máxima do judiciário brasileiro, até por conta de atitudes anteriores, como por exemplo a queda da Lei de Imprensa, tida por muitos como herança da ditadura militar e incompatível com a sociedade democrática. Porém, ao cair por completo, causou um vazio jurídico que encerrou com o direito de resposta e tornou esta questão ainda mais nebulosa.
Outro caso que aponta uma séria contradição do STF ao tomar esta decisão sobre o caso do Estadão, esta no fato de que em junho, pouco tempo depois de extinguir a Lei de Imprensa, o Supremo acabou também com a obrigatoriedade do diploma, alegando que a liberdade de expressão é soberana e por isso, não havia sentido em exigir formação específica, para uma profissão classificada pelo ministro Gilmar Mendes como: "O jornalismo não é uma atividade específica" e desta forma acabou com uma profissão que existe desde o Império Romano. Tudo isso, por conta da famosa liberdade de expressão.
Entretanto, agora o mesmo STF, ainda presidido pelo ministro Gilmar Mendes decide que a honra e a intimidade de um empresário, filho e irmão de políticos famosos nacionalmente, estão sendo supostamente atacada, quando na verdade a imprensa está apenas divulgando os fatos envolvendo o nome do mesmo, em um caso de corrupção que esta sendo investigado pela Polícia Federal. Com esta decisão, o senhor Gilmar Mendes acabou por contradizer sua fala com seus atos, pois se a liberdade de expressão é inviolável, como ele declarou seis meses atrás, hoje ele acabou junto com outros membros da nobre corte, por violar o inviolável.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Juventude deixada de lado

Como já era esperado, o plenário do Fórum de Macaé, ficou lotado de jovens que deixaram seus estudos na manhã do dia 3, para acompanhar a votação das emendas orçamentárias para o ano de 2010. Entre as emendas, duas interessavam diretamente aos jovens. A primeira, garantia verbas para a conclusão das obras da "cidade" universitária, que já não oferece mais espaço adequado aos estudantes. A outra proposta de emenda visava a criação da Casa da Juventude, um centro voltado para abrigar projetos que possibilitam aos jovens, alternativas para o desenvolvimento pessoal dos mesmos.
A sessão foi tensa e serviu para mostrar mais uma vez que o governo municipal, não se preocupa com o interesse público. Macaé, que recentemente foi apontada como a 5º cidade mais violenta para jovens de 14 a 27 anos e este ano conseguiu uma melhora quase irrisória, indo para o 53º lugar, precisa de alternativas e políticas públicas que valorizem a juventude. Mas o governo municipal não enxerga tal necessidade.
Com relação a educação e a "menina dos olhos" do governo Riverton, que é o complexo universitário, é urgente a conclusão das obras, pois a cada semestre novos cursos são oferecidos e isso demanda espaço para acolher os alunos, mas como sabemos os prédios atuais, não comportam mais estudantes. Por isso, é urgente a construção de novas unidades do famoso centro universitário.
Mas a bancada governista, outra vez, mostrou pensar diferente e votou contra a emenda. O líder do governo, Luis Fernando, famoso por bradar que o Partido dos Trabalhadores, também compõe o governo, chegou a declarar que votaria contra, por que seria uma transferência de verba do PT para o PT e como ele é do PMDB, não poderia votar a favor. Os demais vereadores da bancada, então resolveram "brincar" de "Seu Mestre Mandou" e votaram com o líder. Apenas 3 vereadores foram favoráveis aos estudantes. Danilo Funke do PT, autor da emenda, Paulo Paes Filho (PSDB) e Lúcio Mauro (PTdoB).
Logo após a votação, os estudantes para manifestar seu desprezo pelo resultado deram as costas aos vereadores, o que aliás causou grande constrangimento e indignação por parte dos membros do legislativo. Após o protesto silencioso, os estudantes se retiraram do recinto e passaram a aguardar o fim a sessão no hall de entrada do plenário, onde inclusive fizeram uma rápida plenária para debater o ocorrido.
Ao final, da sessão, os vereadores deixaram o plenário sob muita manifestação dos estudantes, que continuavam a pedir mais investimentos em educação no município. Com gritos de protestos os estudantes chegaram a acompanhar os últimos vereadores que deixaram o plenário. Mesmo com os ânimos exaltados, os estudantes protestaram de forma ordeira por todo o tempo em que permaneceram no Fórum da cidade.
Infelizmente, como aliás também já era esperado, a imprensa se acovardou e distorceu os fatos, classificando o protesto como baderna e taxando os manifestantes de "massa de manobra" de um vereador, o que é um grave inverdade. Porém, como estes jornais da cidade dependem do poder público, eles realmente precisam fazer uso destes meios imorais para vender suas mentiras travestidas de verdade absolutas.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Uma leitura equivocada

Durante os dias 28 e 29 de novembro, participei do 7º Encontro Nacional do Movimento Fé e Política em Ipatinga. Onde fiz parte da plenária que debateu Mídia, Globalização e Alternativas. Pois bem, lá também adquiri o livro Diálogos da Perplexidade - Reflexões críticas sobre a mídia, de Bernardo Kucinski e Venício A. de Lima. O livro é ótimo para quem atua na área de comunicação e mídia e traz leituras interessantes sobre o comportamento da mídia em alguns casos recentes de nossa história.
Entre os temas abordados, estão o comportamento da mídia com relação aos movimentos sociais e com grupos políticos, a influência da internet na comunicação contemporânea e claro a questão da não obrigatoriedade do diploma para o exercício do jornalismo. Entre todos os temas abordados no livro, vou me ater a questão do diploma e da liberdade de expressão, que vem acirrando debates já faz tempo.
Desde o início do processo que culminou com a não obrigatoriedade da formação específica para a prática do jornalismo, muita bobagem foi dita e escrita sobre a questão. Primeiro alegaram que a liberdade de expressão, garantida na Constituição Federal de 88, fazia com que a obrigatoriedade do diploma fosse ilegal, por ferir a Carta Magna. Este argumento, mostra-se furado, por que mesmo na época em que o diploma era obrigatório, tinhamos acesso a opinião expressada por várias personalidades das mais variadas formações.
Outro ponto que mostra tal fragilidade do argumento é que mesmo com a decisão do STF, não houve a democratização da comunicação, de que adianta poder exercer o jornalismo e minha liberdade de expressão, se sou limitado por editores e donos dos veículos, que inclusive tem seu comportamento criticado no mesmo livro?
Porém, os autores, ao meu ver erram ao fazer a leitura de que ao garantir a obrigatoriedade do diploma, garantesse uma reserva de mercado, como as guildas da Idade Média, ou o caso de outras profissões citadas no livro como as manicures, que não possuem reserva de mercado, por que ninguém me tira o direito de cortar minhas próprias unhas e o mesmo acontece em relação a barbeiros e cabaleleiros.
Claro que com o avanço tecnológico e a popularização da internet, facilitou-se a criação de meios alternativos de comunicação, como blogs, sites, webrádios, entre outros meios e para o usos destas ferramentas é que acho não haver sentido na exigência do diploma, seja para qual profissão for. Já nas mídias tradicionais, defendo sim a valorização e a exigência do diploma. A leitura que faço, é basicamente a mesma na comparação da legislação entre internet e meios impressos de comunicação e a legislação de radiodifusão (rádio e televisão). Por isso, acredito que exita sim uma brecha para continuar se exigindo a formação qualificada para a profissão.
Voltando a questão das tão faladas liberdade de expressão e de imprensa, volto a citar o mesmo livro que lembra casos onde a liberdade sempre foi limitada, caso de grupos minoritários, que não tinham e não tem este direito respeitado. Um exemplo recente disso, foi um fato ocorrido recentemente em Mariana, Minas Gerais e lembrado em Ipatinga.
Lá o Bispo Dom Geraldo Lírio Rocha, impediu a circulação do jornal da Diocese, por que ele continha críticas ao governador Aécio Neves. Além de recolher os exemplares, ele ainda demitiu toda a equipe envolvida no episódio. Diante disso, ficam algumas perguntas: Onde foi parar a tão falada liberdade de expressão? Será que os prejudicados poderão recorrer ao STF, para garantir seus direitos?

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Lutando pela história

Jornalistas da cidade de Campos, no Rio de Janeiro estão em uma luta heróica. No último dia 15 de novembro, a direção dos Diários Associados, que já foi o maior grupo de mídia do Brasil, anunciou o fechamento do jornal O Monitor Campista, um dos três jornais mais antigos do país. A justificativa da empresa, como não poderia deixar de ser, é que o Monitor vinha dando prejuizo faz tempo.
Como já era esperado, os jornalistas da cidade, não apenas os que trabalhavam lá, se uniram para manter este símbolo da história da região vivo e já estudam formalizar uma proposta de compra do título do mesmo, fazendo com que os funcionários assumam o controle do jornal, algo parecido com o que ocorreu na Fórmula 1, com a Honda, que acabou virando Brawn e hoje é Mercedes GP. Segundo a Associação de Imprensa Campista (AIC), ainda não existe informações sobre a possível venda do jornal para outro grupo, mas a idéia, de os jornalistas do Monitor comparem o jornal vem sendo bastante trabalhada.
Que os campistas tenham exito nesta jornada para preservar a história da região e também do jornalismo brasileiro. E que o próximo passo, seja uma maior caminhada para uma comunicação mais popular e verdadeira. Que o exemplo campista seja seguido em outras cidades, por jornalistas que tenham mais preocupação com a informação e menos com o bolso.

domingo, 15 de novembro de 2009

Um divã forçado para a esquerda

Alguns fatos recentes acbaram por provocar uma forte análise sobre o passado das idéias da esquerda mundial. Infelizmente, tal análise não é feita de maneira séria e imparcial. Entre os fatores que provocaram tal comportamento, principalmente entre os opositores das idéias socialistas, podemos citar a tentativa de reabilitação da imagem do Czar Nicolau Romanov II e sua família, além é claro da queda do Muro de Berlim, que para muitos desavisados, foi o marco do fim do socialismo.
É preciso muito cuidado e imparcialidade na hora de se fazer este tipo de análise, afinal, qualquer detalhe mau interpretado, pode gerar resultados completamente equivocados. Mas como é sabido, faz parte da natureza humana, a busca por "erros" do passado para justificar "a vitória" dos atuais e é isso, que muitos defensores do capitalismo continuam a defender. Mas devido a análise carregada de ideologias, é fácil encontrar enganos nestas leituras.
O primeiro erro, esta na tentativa de se reabilitar toda a família Romanov, que governou a Rússia por muitos anos, até que os revolucionários comunistas, não apenas os destituíram, como também mataram todos seus membros. Estes senhores feudais da Rússia, mantinham o país e o povo em um grande atraso, quando comparamos o país com outros europeus, além é claro de manter o povo russo na miséria, o que acabou sim por fomentar o sentimento revolucionário por uma nova Rússia.
Por isso, é estranho que os liberais de hoje, que de liberais tem apenas o discurso, defendam uma das dinastias mais absolutistas da história européia, aponto inclusive de os tradicionalistas cristãos ortodoxos, terem canonizado Nicolau II, o último Czar do império russo. É inegável que o regime que sucedeu o governo czarista teve sim graves erros, principalmente após a ascenssão de Stálin ao poder, mas também é notório, que o governo comunista teve sim, grandes avanços.
Com relação ao Muro de Berlim, tido por muitos como o muro da vergonha, os comentários dos "liberais" vão no sentido de classificar sua queda como o fim do comunismo/socialismo, o que é sim uma inverdade, afinal o que desmoronou com o muro foi o comunismo stalinista, não o socialismo que se modernizou e conquistou muitos avanços sociais em vários países como a França, a Espanha, o Reino Unido, a Itália (por um período curto) entre outros, além é claro das experiêncais mais recentes do Brasil e da Grécia.
Os chamados governos Sociais Democratas e Trabalhistas, são sim frutos do ideário marxista e o Estado de Bem Estar Social é um exemplo de Estado forte que valoriza seu povo, que mesmo não sendo o socialismo perfeito é o melhor caminho para se chegar nele.

sábado, 14 de novembro de 2009

Nossa torre de Babel

Reza uma das lendas mais famosas da cultura judaico cristã ocidental, que o grande número de idiomas que temos no mundo, teve origem na tentativa dos humanos de construir uma torre que chegasse aos céus. Vendo isso, Deus teria ficado irritado e passou a agir para impedir tal construção e a forma encontrada por ele, foi fazer com que os homens passassem a falar várias línguas e assim não teriam mais como se comunicar e isso acabou por inviabilizar a empreitada.
A referência a esta história do Velho Testamento, para os cristãos e da Torá para os judeus, parece com o que acontece agora com a comunicação no Brasil e na América Latina. Recentemente, a Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP), se reuniu em Buenos Aires e teve na pauta da reunião, a questão da liberdade de imprensa, que segundo a mesma vem sendo fortemente atacada em vários países do continente.
Um dos motivos apresentados por seus participantes esta na não obrigatoriedade do diploma para o exercício da profissão, algo que já faz alguns meses, vigora em todo o continente, uma vez que o STF decidiu por isso em julho, fazendo o Brasil ser o último país a não aceitar a obrigatoriedade do diploma. O estranho da história e ai começa a relação com a famosa Torre de Babel, está no fato de tal argumento ser apresentado no encontro da SIP, por entidades como ANJ e Abert, que desde 2003, sempre foram e continuam sendo favoráveis a não obrigatoriedade do mesmo.
E ao final do evento, ainda que "nossos" representantes tenham "defendido" o diploma, a SIP acabou aprovando uma moção que recomenda a não obrigatoriedade do diploma para o jornalismo. Enquanto isso, o Brasil se prepara para a 1ª Conferência Nacional de Comunicação, onde o tema deve voltar a ganhar força e que assim como nas municipais/regionais ou nas estaduais, os mesmos senhores que dizem defender o dilpoma (ao menos quando estão no exterior), vão mais uma vez se omitir do debate.
Mas, a confusão não termina por ai. Após a decisão do STF e a reação de parte dos jornalistas, duas propostas de leis para voltar com a obrigação do diploma e a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, já deu parecer favoral, a lei, mostrando que a exigência do diploma para o exercício da profissão de jornalista, não é algo incosntitucional como o Supremo havia alegado. Agora o Projeto de Lei foi encaminhado para o Senado e caso ele seja aprovado nesta casa, bastará a sanssão presidencial para que o diploma volte a ter seu valor. Agora fica a dúvida: Quem entende mais de Constituição? O STF, ou o CCJ da Câmara?
Enquanto não sai esta decisão, o jornalismo brasileiro continua passando por uma grande crise de valor e identidade e muitos dos envolvidos na Comunicação, ficam como os construtores da torre que tinha como objetivo alcançar o céu.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

A hipocrisia continua

Em nota divulgada no último dia 20 de setembro deste ano, a Associação Nacional de Jornais (ANJ), entidade patronal que teve ampla participação no fim da exigência do diploma para o exercício do jornalismo reafirmou mais uma vez seu posicionamento hipócrita sobre o conceito de liberdade de expressão.
No texto a entidade afirma que esta exigência fere sim o princípio de liberdade de expressão e que ela seria algo tão sem sentido, quanto exigir de alguém, uma formação especial para escrever um livro. Ela ainda afirma que os defensores do diploma querem a volta da exigência e que já que a lei não permitiu esta manutenção, que a Constituição garanta tal direito, ainda que de forma a distorcer a Carta Magna.
Este discurso se apresenta claramente hipócrita, por que ela que invoca para si a bandeira de defesa da liberdade de expressão, sem mantém omissa, ou as vezes até contrária ao verdadeiro processo de liberdade de expressão que passa invariavelmente pela criação de rádios, canais de televisão, jornais, revistas e sites que atuem de forma comunitária e ou popular.
Qual o posicionamento da ANJ, na questão da liberdade de expressão, quando a ANATEL (Agência Nacional de Telecomunicação), junto com a Polícia Federal, fecha diversas rádios comunitárias em várias cidades do país, alegando que as mesmas não possuem licença do Estado para funcionar e ainda interferem na comunicação das aeronaves?
Por qual motivo será, que os engravatados da ANJ, não defendem as rádios comunitárias? Por que será que estes senhores defendem a obrigatoriedade da licença de concessão para estes veículos comunitários? Onde esta a tão propagada liberdade de expressão? Qual seria a alegação desta entidade para atuar com o famoso “dois pesos e duas medidas”?
É evidente que os motivos que levam entidades como ANJ, Abert (Associação Brasileira de Rádio e Televisão) a defenderem o fim do diploma e a manutenção das concessões públicas para a radiodifusão, esta na parte do corpo onde eles mais sentem: o bolso. Estes barões da comunicação defendem o fim do diploma, para que aconteça de forma mais rápida e ampla a precarização da profissão e provocando assim uma queda nos custos.
Entretanto, estes senhores feudais ficam a defender a burocratização do processo comunicacional, para desta forma, manter seus latifúndios midiáticos, que permitem a eles fazerem barganhas políticas defendendo seus interesses escusos e destruírem os sonhos de liberdade de expressão que levarão a humanidade para uma sociedade, mais justa, democrática e verdadeira.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Um fantasma ronda o Brasil

Enquanto várias entidades da sociedade civil organizada luta por melhorias reais nas condições de vida dos nossos jovens, nossos parlamentares mostram caminhar no sentido oposto e vestidos de grande reacionarismo, articulam a redução da idade penal de 18, para 16 anos. Nas vésperas da Pastoral da Juventude do Brasil, comemorar mais uma edição do Dia Nacional da Juventude e que este ano trata diretamente do debate sobre as ações para combater o extermínio da juventude, nosso Congresso Nacional esta próximo de votar, já no Senado, o Projeto de Lei, que prevê tal alteração.
A justificativa utilizada pelos seus defensores, como é o caso dos senadores Tasso Jereissati (PSDB-CE), Magno Malta (PR-ES), ACM Júnior (DEM-BA) e Demóstenes Torres (DEM-GO), é de que com a redução da idade, a violência diminuirá, pois seria alta a taxa de participação de jovens em atos criminosos. Entretanto, um dos muitos argumentos apresentados pela Conferência Naonal dos Bispos do Brasil (CNBB), mostra justamente o contrário. Apenas 10% dos crimes praticados tem a participação de jovens.
É preciso mudar este cenário, não com a redução da idade penal, mas com ações concretas e políticas públicas que garantam a juventude, o direito ao pleno desenvolvimento dos jovens, possibilitando à eles oportunidades e afastando os mesmos da criminalidade. A redução da idade penal, será inútil, pois não resolverá o problema nem a curto prazo e muito menos a longo prazo.
Pelo contrário, esta medida servirá apenas para amplificar um outro problema: a população carcerária, aumentará assustadoramente e como nosso sistema penitenciário, já passa por sérios problemas de superlotação e ineficiência na questão de recuperar o preso, a medida de reduzir a idade penal, não só não vai ajudar a segurança pública, como vai piorá-la ainda mais.
É evidente que os defensores de medidas radicais como esta de reduzir a idade penal, ou a adoção de pena de morte e prisão perpétua, apenas as defendem para que elas sejam medidas para exterminar os pobres e as classes menos favorecidas.
É hora de toda a sociedade se mobilizar para barrar esta tentativa de "limpeza social", que os setores mais concervadores querem implantar em nosso pais.

sábado, 10 de outubro de 2009

O poder da mocidade

Desde que o governo Zelaya foi abruptamente interrompido através do golpe orquestrado pelas elites hondurenhas, que o país ganhou espaço, nunca antes alcançado na mídia mundial. E como não poderia deixar de ser, o ciberespaço tem uma participação muito forte nesta divulgação dos fatos, ocorridos naquele país. Recentemente, a internet passou a divulgar um emocionante discurso em um dos muitos atos contra o governo golpista de Honduras.
O detalhe do vídeo, é que o discurso não é feito por um militante "calejado" de lutas revolucionárias, pró socialismo. As palavras, de improviso vem da "alma" de um garoto de apenas 10 anos. Seu nome, Oscar David Montesinos. Suas palavras ganham força diante da multidão e mostram o poder da juventude. Sim o pequeno revolucionário, mostra clareza, discernimento e força ao proferir duras críticas ao governo de Micheletti, ironicamente chamado de Goriletti-Micheletti, em uma clara referência a truculência do mesmo.
Como já era esperado, o guri começa criticando a imprensa, que apoiou o golpe e ainda lembra a hipocrisia dos poderosos ao afirmar que estes senhores deveriam ter vergonha na cara e assumirem-se golpistas e assassinos. "...sim, nós somos golpistas e matamos nossos companheiros...". As duras palavras do menino parecem surtir efeito na multidão que o assiste falar de improviso. Suas críticas atingem ainda as Forças Armadas, protagonistas do Golpe e até a Igreja Católica, que conservadora, como sempre foi na América Central, apoiou de longe o golpe.
Para encerrar, ele pede que Micheletti não mate mais companheiros e que o povo continue lutando com todas as forças, contra os golpistas e para uma sociedade revolucionária e socialista. Estas imagens do ato pró Zelaya, as palavras ácidas de Oscar e a reação dos opositores ao golpe, mostram a verdadeira força que a juventude tem. Que momentos como este, sirvam para reavivar a força revolucionária da juventude. E que com brasas como estas a juventude se coloque como protagonista da história buscando transformar a realidade, para se chegar ao outro mundo tão sonhado, um mundo mais justo e igualitário.
Para que isso aconteça é preciso que a juventude ocupe seus espaços e mostre suas caras e sua indgnação com os poderosos que mantém o controle social. Que ninguém e principalmente os jovens duvidem mais da força que a juventude tem. Lembrando as palavras do Comandante Che "O alicerce do nosso trabalho é a juventude" e o companheiro dizia isso, por que é a juventude o grande estopim da bomba que mudará o mundo.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Uma piada sem graça

Na manhã do dia nove de outubro, foi anunciado o ganhado do Prêmio Nobel da Paz do ano de 2009. O vencedor foi para muitos uma grande surpresa, para outros uma piada de mau gosto,afinal poucos esperavam que Barack Obama viesse a ser laureado. O estranho da história é que a justificativa, amplamente alardeada pela mídia mundial, para que o presidente dos EUA, levasse o prêmio é que ele tem se dedicado a luta pelo desarmamento nuclear, através da via democrática.
Entretanto, é muito estranho que um senhor, que não apenas mantém tropas de seu país em outros países, como também aumenta tais contingentes, ganhe um prêmio tão importante ligado a questão da paz, tome atitudes tão contrárias a paz mundial. Que paz é esta que diz lutar pelo desarmamento nuclear, mas restringe esta atividades a outros países, principalmente aos país com os quais os EUA, não tem boas relações a tempos, como nos casos do Irã e da Coréia do Norte.
Por que o senhor Obama, não dá "pitacos" no programa nuclear de países como a Índia, a China, o Paquistão e muitos outros de seus aliados que possuem arsenais nucleares? Que paz é esta pela qual ele luta? Com certeza não é a mesma pela qual a maioria da humanidade luta. É por causa de decisões como esta, que o Nobel da Paz vem perdendo credibilidade e sendo por várias vezes motivo de chacota.
Como personagens como Bush e Obama, que invadem países, atropelam o direito básico de auto determinação dos povos, instalando bases militares em vários países, podem ser agraciados com um prêmio destes. Sei que muitos lembrarão que nomes como Mandela, que já foi participante da luta armada na África do Sul e Arafat, que lutou durante toda a sua vida, pela causa palestina também levaram o prêmio.
Entretanto, tanto Mandela, como Arafat, tidos por muitos como terroristas, lutaram pela libertação de seus povos e mesmo tendo participação em ações que podem ser classificadas como terroristas, estes sim, utilizaram da diplomacia para alcançar seus objetivos, ao contrário dos governantes dos EUA, que sempre fizeram uso do poderio militar para impor suas vontades geopolíticas.
Por isso, a decisão de conceder ao Obama o Prêmio Nobel da Paz soa sim como uma piada sem graça, principalmente com os povos que sofrem com a ingerência dos EUA.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

MST e a hipocrisia na questão rural


Na última semana, mais uma ação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, chamou a atenção da sociedade brasileira. Uma invasão de membros do movimento a uma fazenda no interior de São Paulo, causou muita polêmica e como já era esperado, a grande imprensa brasileira voltou a fazer uma cobertura capenga do caso. Como já era esperado, para os barões da mídia, o movimento seria criminoso, ao invadir terras produtivas, que garantem muitos lucros aos seus proprietários.

O que a imprensa não mostra e também a sociedade finge que não vê, é que, no caso da fazenda invadida na última semana, não há inocentes na história. O MST, errou ao invadir e destruir parte da plantação de laranja, pertencente a uma multinacional sócia da Coca-Cola. A empresa, "dona" das terras, erra por que antes da fazenda ser invadida pelo MST, ela já havia sido alvo de invasão, por parte da empresa dona da fazenda que invadiu a área e demarcou a fazenda. O INCRA, erra quando não toma providência, para reaver as terras e a justiça erra também, ao ficar levando o caso em banho-maria.

O fato ocorrido no interior paulista parece ter trazido a tona, um velho sonho das oligarquias rurais brasileiras. Seus representantes no Congresso, querem instalar uma CPI para investigar o MST. O estranho deste desejo dos ruralistas conservadores, que mostram força com seus tentáculos infilitrados no legislativo federal é que os mesmos, querem sempre fazer uma CPI para investigar apenas os movimentos sociais ligados a questão rural e não o cipoal que envolve a reforma agrária.

Seria bom e lógico, que estes reprentantes do povo brasileiro, superassem o lobie do poder agropecuário e instalasse uma investigação não apenas sobre o MST, mas também sobre as grandes propriedades de terra, muitas delas em áreas devolutas e que por isso, pertencem a União, fazendo destes fazendeiros tão invasores quanto os camponeses do MST que invadem fazendas para forçar a agilização da reforma agrária.

É preciso que toda a sociedade se mobilize para uma ampla averiguação destas questões, punindo todos os personagens desta história, que andem à margem da lei, seja ele o MST, o grande latifundiário, que não produz de forma condizente com a extenssão de sua propriedade, o grilheiro, que ocupa terras, para trabalhar para estes grandes fazendeiros, ou até para depois repassar as mesmas para estes senhores, além é claro dos grandes proprietários de terra, que as utilizam para lavar dinheiro, que eles ganham com atividades ilícitas.

Será que os nobres senhores do Parlamento brasileiro teriam coragem de abraçar uma causa como esta? Ou será que eles continuariam agindo de forma hipócrita, atacando quem atrapalha os interesses de seus financiadores?

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Chegou a nossa vez


Após algumas tentativas frustradas de sediar o maior evento esportivo do mundo, finalmente o Brasil entrou para o seleto grupo de países que conquistaram o direito de sediar uma Olimpíada. Depois de muitas emoções, a cidade do Rio de Janeiro garantiu seu lugar ao sol, vencendo as cidades de Madrid, Tóquio e Chicago. O resultado foi uma grande conquista da cidade, que já havia perdido este direito em duas outras oportunidades.

Com o anúncio, o Rio passa a ser a primeira cidade a abrigar os jogos. Muito do que foi conquistado com este anúncio, só pode acontecer devido ao Pan de 2007, na mesma cidade, que deixou uma ótima estrutura para o esporte, além é claro de ter contado também a organização do evento de dois anos atrás. Mas como nem tudo é festa, ainda é preciso trabalhar muito para consolidar de fato esta conquista.

É preciso garantir melhorias na estrutura da cidade, melhorando o transporte, aumentando a oferta de leitos na rede hoteleira, investindo em ações sociais que visem combater a desigualdade social, para desta forma diminuir a violência e consequentemente aumentar a segurança oferecida aos participantes do evento e também aos turistas que vierem para o Rio.

Ainda temos cinco anos para trabalharmos nestes últimos ajustes para garantir em terras brasileiras uma grande edição do maior evento esportivo do mundo.

Que sejam bem vindos os Jogos de 2016, que colocarão o país no caminho certo para o desenvolvimento do esporte e consequentemente no desenvolvimento social do país. Já sediamos com sucesso o Pan de 2007, alvo de duras críticas até a sua realização, por vários brasileiros, incluindo neste grupo o autor deste blog. Outra mostra do avanço que o Brasil vem tendo no esporte, é que dentro de cinco anos, sediaremos também a Copa do Mundo e agora, decidiu-se que seremos sede também da Olimpíada.

Fica aqui, a torcida para que a realização de todos estes eventos façam com que o país leve mais a sério suas políticas esportivas, utilizando-as para gerar desenvolvimento não apenas no esporte, mas também na área social.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Ao arrepio da lei


Já faz tempo que o debate sobre a aumento dos parlamentos municipais, vem ganhando força na sociedade brasileira. Como já era esperado, o debate acabou gerando a chamada PEC (Projeto de Emenda Constitucional), que permite o aumento de vagas nas Câmaras Municipais. Com a recente aprovação da mesma no Congresso, o debate ganhou mais força e a cada dia, vemos mais pessoas se posicionado contrárias ou favoráveis a mudança. Muitos defendem que a medida já valha a parir deste ano, dando aos vereadores mais votados entre os que não foram eleitos o direito a uma cadeira de vereador.
Os defensores da PEC, alegam que com o aumento de vereadores, o trabalho do legislador ficará mais completo pois a medida distribuirá melhor o atendimento da população por parte dos vereadores. Estes alegam também que a mudança, não causará prejuízo aos cofres públicos, pois o orçamento das casas será mantido. Quem é contrário, afirma que é impossível aumentar o número de vereadores e também de assessores, sem mexer no caixa do legislativo, aumentando os gastos com os mesmos.
Caso a PEC seja aprovada e considerada legal, vai aparecer muito "vereador", que ficou no quase na última eleição e que pleiteará a posse imediata, arrepiando a legislação e atrapalhando o andamento dos trabalhos dos legislativos.
Outro problema relacionado a idéia de implantação da mudança, logo após a sua aprovação está no fato de que a lei eleitoral, só permite que mudanças como estas passem a valer para o próximo pleito, ou seja, neste caso o inchaço das Câmaras, só acontecerá em 2012. Querer fazer valer a mudança agora é tentar mudar a regra do jogo, no decorrer do mesmo.
Os defensores da PEC, querem agora repetir o erro do governo FHC, que alterou a lei eleitoral e instituiu a reeleição para os cargos do executivo, permitindo que os então ocupantes do mesmo concorressem a reeleição. Isso é imoral e cheira a "golpe branco". O presidente do TSE, Ministro Carlos Ayres Brito, já declarou que esta medida só valerá para a próxima eleição, a OAB já se posicionou mostrando que caso algum parlamento municipal insistir em dar posse à estes "novos" vereadores, a entidade entrará com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin), no Supremo Tribunal Federal, questionando a constitucionalidade da mesma.
Se a mudança realmente acontecer, aparecerão vários "candidatos eleitos" querendo a posse imediata, o que acabará atrapalhando o trabalho dos legislativos e também os trabalhos do judiciário, uma vez que muitos dos pretendentes a candidatos, que não puderam se lançar no último pleito, também acionarem a justiça, questionando a medida em benefício destes mais de sete mil "novos eleitos".

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

O AI 5 caribenho

Já faz cerca de 90 dias que o presidente de Honduras, eleito democraticamente foi deposto por uma junta militar com a colaboração e ou conivência da justiça daquele país. A justificativa, era o fato de Manuel Zelaya, tantar realizar uma consulta popular, para decidir se mudaria a legislação eleitoral, permitindo a reeleição. Pois bem, como tal medida seria inconstitucional, já que a Carta Magna daquele país não permite que se estabeleça a reeleição, os militares deram um Golpe de Estado, to maram poder e colocaram o presidente do parlamento como chefe de Estado biônico.
Esta medida foi claramente criticada por diversos membros da Comunidade Internacional, que não reconheceram o "novo governo". Claro, que com o golpe, começaram a acontecer tensionamentos que desestabilizaram e ainda desestabilizam o país. Após ser deposto, preso e deportado para a vizinha Costa Rica, Manuel Zelaya retornou para seu país e se abrigou na embaixada brasileira, naquele país.
Ao perceber que não tinha o apoio de grande parte, se não de toda a Comunidade Internacional, Micheleti, ocupante do posto de "Presidente" de Honduras, resolveu tirar a máscara e endurecer o "jogo". Decretou Estado de Sítio, suspendeu direitos básicos como o de ir e vir, as liberdades de imprensa e expressão, fechou veículos de comunicação com linhas editoriais contrárias ao seu "governo", colocou o Exército nas ruas para garantir a ordem (sic) e tirou do papel um triste episódio que vários países latino americanos já viveram em um passado não tão distante.
Micheletti, estabeleceu seu AI 5, em uma tentativa desesperada de tentar mostrar ao menos para o povo hondurenho que, naquele país, ele personifica a velha e famosa frase atribuída a Luiz XV, o "Rei Sol", "O Estado sou eu". Com isso, ao menso por hora, ele e a junta militar que o colocou no lugar de Zelaya, colocam uma pá de cal na tentativa de reestabelecer naquele país, o Estado Democrático de Direito, que os países do continente lutaram tanto para consolidar nas Américas.
Infelizmente, alguns países que condenaram a deposição de Zelaya, no calor dos acontecimentos, agora parecem rever seus conceitos e ao que parece, rumam em outra direção. O governo dos EUA, que condenou o golpe em Honduras meses atrás, agora parece fugir do debate sobre o caso, o que é lamentável devido a importância que o assunto tem para o continente.
Após criticar o Brasil , por levar o tema para ser debatido no Conselho de Segurança da ONU, o governo Obama, agora classifica de "irresponsável e tola", a volta de Zelaya ao seu país. A OEA, que já suspendeu Honduras de seus quadros, logo após o golpe, agora fica apenas exigindo "respeito à inviolabilidade" das embaixadas diplomáticas no país.
É preciso que não apenas o Brasil, mas também a OEA, que inclusive recentemente se colocou contrária ao retorno de Cuba aos seus quadros alegando que a ilha seria governada por uma ditadura, intervenham no conflito, mediando uma negociação pacífica entre as partes e caso seja nescessário, a ONU, também deveria atuar para solucionar a questão.
É lamentável, ver que após tantas lutas pelo fim de regimes totalitários não apenas nas Américas Central de do Sul, ainda aconteça fatos lamentáveis como os que vem acontecendo em Honduras.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Viva a diversidade racial


Já vai longe o tempo em que a sociedade debate a exisência ou não das raças. Diversos pesquisadores questionam a existência de raças alegando que a única raça existente seria a raça humana. faz tempo que tal afirmação, virou uma espécie de mantra entre vários estudiosos da área. Para muitos biólogos, a idéia de raças não existem e vários cientistas sociais também seria errado dividir a humanidade entre raças.

Entretanto, ainda é uma idéia equivocada negar a existência de raças. Basta uma rápida consulta aos dicionários para ver que não é correto esgotar o debate ao classificar a humanidade como sendo apenas uma raça. Segundo o dicionário Aurélio, a palavra humano significa algo relativo a espécie e não a raça. Segundo o mesmo dicionário, a definição de espécie é a seguinte: unidade básica de classificação científica. Já a palavra raça, tem como definição no mesmo dicionário da seguinte forma: Grupo de indivíduos cujo os caracteres biológicos são constantes e passam de uma a outra geração: raça branca, raça negra, raça amarela, raça vermelha./ História natural, Subdivisão de uma espécie: raças humanas.

Portanto, como podemos ver é falsa a idéia de raça única, somos sim das mais diferentes raças e por isso, não há como esconder estas diferenças raciais. Negar a existência de raças para desta forma negar o racismo é apenas um subterfúgio para esconder este grande mau que sempre assolou a humanidade. O que deve ser mudado, não é o concito de raça, como muitos estudiosos de diversas áreas vem defendendo, mas sim valorizar esta diversidade sem torná-la algo para suprimir direitos.

Negar as diferenças raciais é fazer vista grossa as lutas de pessoas como Nélson Mandela e Martin Luther King, que sempre lutarm não apenas em seus países, mas ganharam também renome internacional, na luta pelos direitos civis dos negros. Por isso, em memória dos homens que lutaram contra o apartheid racial, que vigorou durante anos na África do Sul e também as outras pessoas que sempre lutaram pelos direitos civis, sem distinção de raça, credo ou gênero é que a humanidade precisa valorizar sim, as diferenças raciais e étnicas que erriquecem culturalmente toda a humanidade.

sábado, 19 de setembro de 2009

Fazem tudo por dinheiro

Nos anos 80 e 90, existia um programa de televisão que chamava "Topa Tudo por Dinheiro". Pois bem, nele os participantes realizavam diversas atividades das mais estranhas para ganhar algum trocado. Agora, parece que a moda voltou só que de uma forma invertida. Ao invés do telespectador ir participar dos programas de televisão, para poder ganhar algum dinheiro, os programas é que estão focando em meios "alternativos" de faturar.
Já faz tempo que os programas de televisão, não satisfeitos em baixar o nível da programação, deteriorando a qualidade para aumentar a popularidade e consequentemente a audiência, agora eles querem que para participar, as pessoas tem que ligar para a produção e é claro que esta ligação não é gratuita e portanto, saem ganhando a emissora de televisão e a operadora de telefonia.
Para elas, não basta faturar com a publicidade dos intervalos comerciais, é preciso utilizar todos os meios possíveis para encher o cofre. O estranho detsa situação é que enquanto a tecnologia se aprimora e a internet ganha cada vez mais espaço, inclusive com a popularização do acesso a ela, muitas vezes até de maneira gratuita. Estes empresários que só ouvem o tilintar das moedas entrando nas contas bancárias, adotam meios onde o telespectador é obrigado a pagar para poder interagir com o programa.
Este comportamento acaba sendo contraditório, pois os programas insistem em remar contra a maré e também afastam o telespectador afetando a audiência, pois sem a possibilidade de interação, ou ainda que se tenha uma pequena interação muitos acabam perdendo o interesse e migrando para os concorrentes e assim a audiência cai, os anunciantes se afastam e o ciclo vicioso fica armado.
É preciso que as produções revejam seus conceitos e desenvolvam alternativas de atrair mais o público, pois assim com a audiência garantida, os anunciantes continuam investindo e o programa terá vida longa. Por isso, é preciso se ampliar as formas de interatividade garantindo que as pessoas continuem acompanhando e particiapando deles.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Vá de bicilcleta. Deixe seu carro em casa.



No dia 22 de setembro, próxima terça-feira, acontecerá mais uma edição do "Dia Mundial Sem Carro". A idéia começou a partir de um movimento surgido em algumas cidades européias e já há alguns anos, a cada nova edição o número de cidades que aderem ao movimento aumenta. No Brasil, cidades como São Paulo, Curitiba e Belo Horizonte, Niterói e Rio de Janeiro, já realizam atividades para comemorar o dia. A idéia dos organizadores é fazer uma reflexão sobre os danos causados pela emissão de poluentes provocada pelo grande número de veículos que circulam pelas cidades.
Por isso, a idéia do movimento é apresentar alternativas para a locomoção, seja através de bicicletas, do incentivo ao transporte público e trás também para o debate, outras alternativas para se reduzir o caos que é o trânsito em nossas cidades. Algumas cidades européias acabaram por incentivar o uso das bikes, como é o caso de Amsterdam, na Holanda, que possui uma malha cicloviária por toda a cidade.

Outra alternativa é fazer com que em algumas áreas da cidade só se permita o trânsito de veículos, mediante o pagamento de pedágio. Isso já uma prática comum em capitais européias como Londres, que cobra o pedágio de 5 libras, o que equivale a R$ 15,00. Caso a pessoa circule pela região, terá que pagar multa de 80 libras, o que equivale a R$ 250,00. Claro que para a realidade de nossas cidades e também de nossa legislação, tais medidas enfrentariam problemas, mas são medidas a serem debatidas.

Claro que para medidas como estas serem tomadas é preciso que o poder público invista na cosntrução de quilômetros e quilômetros de ciclovias, melhorar o transporte público aumentando inclusive as alternativas de transporte, com trens, metrôs, entre outras. Mas esta é uma pauta cujo o debate se faz urgente.

Os motivos para se levantar esta bandeira, são vários como por exemplo, a questão do aquecimento global, o tempo que se perde nos congestionamentos que vivem a quebrar novos recordes a cada dia. Portanto, para que se conquiste estas melhorias é preciso que a sociedade se mobilize e mostre a adesão as alterantivas como esta campanha.

Portanto, no próximo dia 22, vá de bicleta, bonde, trem, a pé, mas deixe os veículos motorizados em casa. Ajude o planeta e também o trânsito de sua cidade.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Um debate que rompe fronteiras


Enquanto a população brasileira se agita no país inteiro para organizar e participar das conferências municipais e estaduais de comunicação, visando a Conferência Nacional de Comunicação que acontecerá em Brasília nos dias 1, 2 e 3 de dezembro. O tema também foi debatido na Argentina. Na quinta-feira, dia 17, o parlamento argentino votou o novo marco regulatório para as concessões de televisão e rádio, naquele país.

O projeto do governo Kirchner, preve que as concessões de rádio e televisão, sejam divididas de maneira tripartite, ou seja 1/3 para a iniciativa privada, 1/3 para o poder público e 1/3 para a sociedade civil organizada. Com relação a tv a cabo, o governo poderá regular as tarifas e poderá ainda repassar as licenças das televisões privadas para as televisões públicas. canais de rádio e de televisão, terão cotas para a transmissão de produções nacionais.

Com relação a cobertura dos veículos, sejam rádios ou televisões, elas poderão alcançar no máximo 35% da população, somente os canais estatais, poderão ter cobertura em todo o país. Sobre as rádios, cada grupo mídiático poderá ter até 10 concessões.

Com isso, o goveno argentino pretende combater os monopólios e oligopólios que controlam a comunicação no país, algo não muito diferente do que acontece do lado de cá da fronteira. Por isso, seria um grande avanço que o marco regulatório seja alterado aqui também e siga os moldes de Buenos Aires, democratizando mais a comunicação e dando mais voz aos grupos sociais, resgatando o verdadeiro caráter da comunicação.

Como já era esperado, a reação, não apenas da imprensa argentina, mas também de muitos veículos brasileiros, foi classificar a medida como uma manobra para que o Estado aumente seu controle sobre os meios de comunicação. Entretanto, tal visão é equivocada, uma vez que mesmo aumentando sua participação nos meios de comunicação, o governo garante ainda que não apenas empresários, mas também a sociedade civil tenha, o mesmo espaço que o poder estatal, na produção, gestão e veiculação da informação que é um direito básico do ser humano, garantido pela Declaração Universal dos Direitos Humanos.

É preciso que também aqui no Brasil, a sociedade se mobilize e aproveite a realização das conferências municipais e regionais que estão acontecendo para assim, garantir mudanças e avanços na estrutura da comunicação no país, quebrando o oligopólio existente, onde apenas 5 famílias controlam a maioria dos veículos de comunicação. Para mudar este quadro, é preciso que se apoie o fortalecimento das mídias alternativas e populares, como as rádios comunitárias e os jornais de bairro, entre tantos outros modelos de mídias alternativas que podem fazer sucesso, na caminhada pela real democratização da comunicação.




terça-feira, 15 de setembro de 2009

E o jogo continua

Visando a eleição do ano que vem para o governo do estado, o Democratas já começou a veicular propaganda enaltecendo obras da "gestão César Maia" na prefeitura da capital. E claro, como não poderia deixar de ser, valorizou as obras do Pan, que como todos sabem e o próprio César Maia resalta na propaganda, são peças chaves na campanha pelos Jogos Olímpicos de 2016.
O que César Maia não fala e por motivos óbivios é que estas mesmas obras apresentadas como exemplo da gestão do DEM, só aconteceram por que o o Governo Federal (do PT), foi o principal financiador. E nem da parte administrativa, a prefeitura do Rio, teria do que se orgulhar, afinal o orçamento para as obras do Pan estouraram e foi preciso passar o pires lá no Planalto para que as contas fechassem.
Outro ponto negativo relacionado as obras citadas, está no fato de a maioria, ou talvez todas não serem administradas pelo poder público, seja ele a prefeitura, o governo do estado ou a União. Vejamos: O Engenhão é administrado pelo Botafogo, a Arena Multiuso é na verdade Arena HSBC, já que o banco multinacional arrendou-a, o Parque Aquático Maria Lenk e o Velódromo, ambos citados na propaganda, fazem com que, provavelmente, apenas 50% das obras, feitas amplamente com o dinheiro público, sejam administradas pelo poder público.
Independente de coloração político ideológica, é preciso lembrar que caso o Rio de Janeiro, seja confirmado no próximo dia 2 de outubro como a cidade sede das Olimpíadas de 2016, as obras para o Pan de 2007, foram importantes sim, mas sem a mobilização do governo federal, este sonho não seria realidade.
Neste ponto, o govenro Lula, pode sim, garantir mais uma vez seu espaço na história, afinal foram suas garantias financeiras que asseguraram a realização do Pan dois anos atrás, onde inclusive o próprio Lula foi vaiado na abertura. Foi este mesmo governo que garantiu o país como a sede da Copa de 2014, 64 anos após a realização da primeira Copa no Brasil e será ele também, devido a seu papel fundamental nesta campanha, que poderá garantir a cidade do Rio o direito de sediar as Olímpíadas daqui a 7 anos.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

A média que a mídia faz


Hoje, tomei emprestado o slogan de um famoso veículo de comunicação alternativa do estado do Rio de Janeiro, o Fazendo Média, de estudantes de comunicação da Universidade Federal Fluminense, para mostrar os famosos jogos de cena que a grande imprensa faz. Exemplos não faltam. Recentemente em uma ação de reintegração de posse no Rio Grande do Sul, políciais da Brigada Militar mataram um membro do MST, pelas costas e a grande mídia tratou da questão como se o ocorrido fosse algo normal e que o policial não deveria ser punido.

Outro exemplo claro da falta de imparcialidade da nossa mídia, pode ser visto no dia 13 de setembro, quando durante um evento oficial com a participação do presidente Lula, em Roraima, arrozeiros instatisfeitos com as demarcações de terras indgenas no estado, partiram para a ignorância e agrediram os veículos da comitiva oficial, que acompanhava o presidente e ainda tinha o prefeito da capital e o governador do estado.

Ao cobrir o ocorrido, a nossa grande imprensa deu pouco destaque ao fato, ao menos na internet, onde apenas dois grandesa veículos noticiaram o fato, mas sem apontar os manifestantes como se fossem criminosos, o que não acontece quando as manifestações são realizadas pelo MST. Comportamentos como este só vem corroborar com a idéia de que a imparcilaidade não existe na imprensa e que mesmo defendendo esta idéia, a grande mídia tem lado e defende as idéias dos grandes empresários.

Outro exemplo recente e claro deste posicionamento é o comportamento da mídia, com relação a compra de mísseis feita pelo presidente Hugo Chávez da Venezuela, como se esta m obilização fosse o grande perigo para o continente, quando na verdade o grande perigo militar é a presença de tropas militares dos EUA, no território colombiano, ainda que com o aval do presidente Uribe. Porém, para a grande mídia, financiada pelo capital internacional, principalmente dos EUA e por isso, as falsas liberdades de imprensa e de expressão, as empresas midiáticas, acabam se calando.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Ah! Seus hipócritas!


O título do post foi inspirado na famosa matéria "Ah, seus covardes: O segundo julgamento de Dreyfus", esta matéria escrita por J. E. Dillon e publicada na edição de 11 de setembro de 1899 do jornal Daily Telegraph. O texto trata do segundo julgamento do então Capitão Alfred Dreyfus, que já havia sido condenado a prisão e degradação no primeiro julgamento. Dreyfus era acusado de passar segredos militares aos alemães. Segundo Dillon, o comportamento covarde dos "atores" do segundo julgamento mantiveram a condenação e o réu só acabou sendo perdoado em 1906.


O texto fez tanto sucesso que entrou para a história do jornalismo literário, ou "New Jornalism", que entrou para a obra "O Grande Livro do Jornalismo", que reúne outras 54 reportagens do gênero e que foi editado por Jon E. Lewis. No Brasil, o livro foi publicado pela José Olympo Editora.


Lembrei-me do livro e da reportagem de Dillon, por vários motivos. O primeiro pela proximidade que vejo entre covardia e hipocrisia, o segundo pela data, já que também estamos em um 11 de setembro. O terceiro motivo é a minha participação em um debate pela internet sobre a tão sonhada e nunca alcançada liberdade de expressão.


O 11 de setembro é um dia importante para se falar em liberdade, afinal nesta mesma data, no ano de 1973, o Chile sofreu um duro golpe militar que tirou do poder o governo marxista de Salvador Allende e o substituiu por Pinochet, vilipendiando duramente as liberdades do povo chileno. Com relação a proximidade que vejo entre covardia e hipocrisia, lembro dos "fanfarões", que vivem a gritar por liberdade, mas que quando lhes interessa, são os primeiros a atacá-la, como vemos claramente com vários veículos de comunicação e também com muitas entidades ligadas ao jornalismo.


O debate a que me referi, tratava sobre um jornalista brasileiro que além de trabalhar no Congresso Nacional, participa também do Conselho Editorial da Telesur, um canal de televisão que pretende integrar a América Latina e que foi idealizado pelo presidente da Venezuela Hugo Chávez. Esta aproximação entre o jornalista brasileiro e a televisão sonhada pelo Chávez, foi claramente atacada por vários jornalistas e também por algumas entidades patronais.


Como já era esperado, Chávez foi taxado como ditador (mesmo tendo sido eleito e reeleito pelo povo venezuelano), choveram crírticas à ele, por que seu governo mandou fechar vários veículos de comunicação, o que é claro foi um erro. Mas o que estrahei e classifico como hipocrisia é que os brasileiros que o criticam, se calam diante do comportamento de vários veículos que atrelam os fatos noticiados aos seus intereses econômicos.


Por que não criticar os veículos que noticiaram a morte do militante do MST, como sendo apenas mais uma morte de um baderneiro, quando na verdade o polícial o matou pelas costas, ou seja, de maneira covarde? Por que não criticar as polícias fascistas dos governos do Rio e de São Paulo, que entram nas comunidades carentes atirando a esmo e muitas vezes mantando moradores inocentes, como se a polícia tivesse "licença para matar", nos moldes do James Bond, mais ocnhecido como 007? Por que não cobrar da mídia que ela critique este comportamento da polícia?


Isso, nem a imprensa e nem a sociedade fazem,porque são coniventes com estes absurdos, mesmo dizendo-se claramente defensores dos direitos humanos e da liberdade de expressão se colocam de forma cínica a defender os interesses financeiros dos grandes empresários, incluido ai os da comunicação, que atuam como "vendilhões do templo", comercializando a notícia conforme o interesse de quem pagar mais.


Agindo desta forma, os cínicos defensores da liberdade de expressão, apenas perpetuam o ideal de pensamento único. Ou as pessoas pensam e agem conforme o status-quo, ou então são marginalizadas e criminalizadas pela classe dominante da sociedade, ferindo assim, não apenas as liberdades de imprensa e de expressão, mas também e principalmente a democracia.


segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Em defesa da vida e pela mobilização popular


Com o tema "Vida em Primeiro Lugar" e o lema "A força da transformação está na organização popular", o grito dos excluídos se espalhou pelo Brasil, por mais um ano. Em várias cidades, diversos movimentos sociais participaram do Grito dos Excluídos, uma atividade que começou após a mobilização da CNBB, 15 anos atrás e que surgiu de uma Campanha da Fraternidade.

Em Macaé, cerca de 50 pessoas ligadas a diversas organizações e bandeiras populares, da cidade e região, se reuniram na praça central da Virgem Santa e na capela de Nossa Senhora Aparecida para celebrar a data e mobilizar a população e fortalecer a luta por melhorias não apenas naquele bairro, mas em toda a cidade.

O evento teve início as 9 horas com músicas de acolhida, onde os participantes também se apresentavam e diziam qual o grito que levaram para o ato. Após este primeiro momento, os participantes do grito iniciaram uma pequena caminhada pelo entorno da praça e realizaram o plantio de mudas de árvores. Cada muda representava uma necessidade da população, mais carente.

A primeira árvore plantada representou a luta por moradias dignas e foi plantada em um canteiro da praça. Em seguida, a caminhada se dirigiu para o lado oposto da mesma praça e em outro canteiro, foi plantada outra muda, essa representava o transporte público, deficitário em toda a cidade, porém mais sentido nos bairros mais afastados da região central.

A terceira e última muda foi plantada em frente a praça, próximo da igrejinha. Ela representou a bandeira de uma das mais urgentes e básicas da maioria da população brasileira: O Saneamento Básico. O simbolismo do plantio das árvores representando estas demandas é para que elas lembrem a população, não apenas da valorização da vida, mas também a necessidade de persistir na luta por melhorias na sociedade.

Terminada a caminhada, os participantes do ato, foram para a capela de Nossa Senhora Aparecida. Lá aconteceu a celebração da palavra feita por um Pastor da Igreja Batista. Após a partilha da palavra, as pessoas partilharam experiências relacionadas ao Evangelho do dia. Em seguida, aconteceu a partilha do pão e de frutas que simbolizaram a vida.

sábado, 5 de setembro de 2009

As vozes dos esquecidos

Além dos já tradicionais festejos em comemoração ao dia da independência do Brasil, que conta com desfiles cívicos e outras atividades oficiais. Um outro grupo de brasileiros celebram o sete de setembro de uma forma diferente. Nesta data acontece em várias cidades do país o Grito dos Excluídos, que busca dar voz e vez aos grupos que históricamente foram alijados das decisões sobre os rumos da nação.
O grito já acontece a 12 anos e junta diversas entidades sociais e religiosas que acreditam que um outro mundo é possível sim. A cada ano, a atividade tem como tema uma questão importante para a sociedade brasileira e este ano o tema é "Vida em Primeiro Lugar". O lema do grito deste ano é "A força da transformação está na organização popular".
A atividade é para que os excluídos, mostrem aos nossos governantes, o que é preciso ser feito para transformar este mundo aproximando-o de uma sociedade mais justa e igualitária. Por isso a participação popular é fundamental, para que cada vez mais o grito ganhe forças e ecoe a cada dia mais longe, convocando cada vez mais pessoas para esta caminhada.
Se você souber que acontecerá uma atividade do grito na sua cidade ou em uma cidade vizinha, comapreça e fortaleça este cordão, que busca conscientizar a população da importância da participação popular nas decisões sobre o país. Leve sua bandeira e sua reivindicação, não fique apenas na teoria por uma outra sociedade. Vá ás ruas, solte o verbo.
Se você mora em Macaé ou nas cidades do entorno, compareça no dia 7,a Praça Central da Virgem Santa, ás 9 horas para o ato celebrativo do Grito dos Excluídos.

Medo e ignorância estrelar


O Ministério Público Federal do Acre, recomendou que o governo daquele estado mude a pintura do helicóptero comprado recentemente. O problema seria a estrela vermelha pintada na lataria da aeronave. Segundo o órgão de justiça, a estrela seria uma alusão direta ao partido do gevernador do estado, o Partido dos Trabalhadores (PT). Entretanto a mesma pintura mostra ainda, partes do helicóptero pintadas em verde e amarelo. Desta forma o estado estaria representado na pintura pelas cores e desenhos da bandeira do Acre.
Este comportamento levantou algumas suspeitas. Afinal, será que o senhor Ricardo Gralha não se atentou para as cores e desenhos da bandeira acriana? Será que o mesmo esqueceu dos ensinamentos para advogar e partiu para o jogo do poder atrelando justiça e política, sem salvar nenhuma das duas.
A Bandeira do Acre sempre teve as cores verde e amarela e a estrela vermelha, desde a época em que Galvéz se dirigiu para lá, com a ideia de comandar a colonização da região. Por isso afirmar que a estrela faz alusão direta ao partido do governador é no mínimo ignorância. Como a pintura apresenta além do alvo da polêmica, ela também é composta por partes verde e amarela, em uma referência óbvia a bandeira do estado.
A outra dúvida levantada neste caso é a de que alguns políticos estejam com um medo exagerado de não conquistrem o poder através do voto no próximo ano e para isso, utilizam subterfúgios escusos como este, para tentar ganhar espaço na mídia. É lamentável que o Poder Judiciário que se diz tão defensor da independência entre os poderes, atue de maneira tão suspeita como se estivesse tutelado por membros do cenário político em busca de poder.
Segundo o MPF-AC, a decisão tem 15 dias para ser cumprida. Mas o estado alega não existir motívos pláusiveis para essa ação. Segundo o Estado do Acre, não houve irregularidades na pintura do equipamento.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Livre para balançar

Após surgir como expressão cultural que retrata a realidade das comunidades carentes do Rio de Janeiro, o Funk foi estigmatizado como algo diretamente ligado ao crime organizado e por isso, sempre existiu um forte preconceito contra ele. Entretanto, a situação agora, começa a mudar. No último dia 1º de setembro, os deputados estaduais do Rio, aprovaram duas leis que reconhecem o movimento funk como movimento cultural e assim sendo o “pancadão” esta livre para balançar a galera.
A aprovação das leis de autoria dos deputados Marcelo Freixo (PSOL) e Wagner Montes (PDT), acabaram também com a lei do ex deputado Álvaro Lins que obrigava os organizadores de bailes e de reaves a solicitar autorização da Secretaria de Segurança Pública para a realização dos mesmos e com a antecedência de pelo menos um mês.
Com a decisão do legislativo fluminense, o funk ganha nova força para invadir as pistas, gerar centenas de empregos e movimentar muito dinheiro, além é claro de ser uma ferramenta de transformação da realidade social vivida por muitos dos jovens que vivem a realidade retratada nas músicas.
As leis aprovadas no início do mês, ainda precisam ser sancionadas pelo governador Sérgio Cabral (PMDB), que tem até o dia 15 do mesmo mês para resolver a questão. É preciso que a sociedade continue se mobilizando para que o governo decida pelo reconhecimento do funk como fator cultural. Até por que, mesmo com todo o preconceito que existe contra o ritmo, uma das frases mais verdadeiras sobre o estilo é parte de uma música da dupla Amilcar e Chocolate: "É som de preto, de favelado, mas quando toca, ninguém fica parado...".

terça-feira, 1 de setembro de 2009

O Pré Sal é brasileiro


Desde a descoberta das reservas petrolíferas feitas pela Petrobras na chamada camada Pré-Sal, que o debate em relação aos rumos do dinheiro oriundo da produção de petróleo vem ganhando espaço na sociedade brasileira. Diversos políticos e uma boa parte da sociedade civil, vem debatendo incessantemente esta questão. O governo Lula defende que o dinheiro gerado através da exploração das novas reservas, seja utilizado para investiementos em educação, infra-estrutura e desenvolvimento tecnológico.

O dinheiro que virá do Pré-Sal, já desperta o interesse de vários empresários e políticos do mundo inteiro. Os EUA, querem uma parceria com o Brasil, na exploração das reservas e em troca, nós ficariamos com armamento de útlima geração produzido por eles. Os políticos brasileiros que estão na oposição ao atual governo já se comportam como abutres sobre a carniça.

Estes senhores que quando eram governo, além de "privatizar" entregando diversas de nossas riquesas, como a Vale, o sistema Telebras e alguns outros, agora já acenam para a possibilidade de caso eles voltem a governar nosso país, a decisão do atual governo sobre o Pré-Sal poderá cair por terra. Este comportamento mostra que os mesmos continuam defendendo o entreguismo de nossas riquezas e recursos naturais.

É preciso que o Brasil, aproveite a "onda do Pré-Sal" para se transformar em uma verdadeira potência econômica e social. Nosso país não pode repetir agora o erro que foi forçado a cometer, quando ainda eramos colônia de Portugal e foi o grande produtor de ouro e pedras precisosas, que geraram riquezas para outros países e não o Brasil. Agora é a hora de o Brasil mostrar sua soberania e sua força para crescer de maneira forte e sustentável.

O govenro Lula acertou em garantir que o petróleo existente nas novas reservas seja explorado apenas pela Petrobras, até por que ela é a única empresa que já possui tecnologia para esta empreitada. Que agora com esta decisão governamental as riquezas extraídas aqui no Brasil, sejam investidas em nosso país, nas tantas áreas que passam por sérias carências, como a saúde, a educação, o desenvolvimento tecnológico, que levará o Brasil a um patamar elevado de desenvovimento, gerando cada vez mais emprego e renda digna para a população deste país.

domingo, 30 de agosto de 2009

Mais um partido híbrido

Muito antes da crise que assola o cenário político brasileiro, ganhar as manchetes e provocar mais um debate sobre a coerência dos partidos com as ideologias que os criaram, já era comum vermos partidos que podem ser classificados como híbridos, ou como esta na moda ultimamente "totalflex". Era e continua sendo comum, vermos partidos pequenos, muitas vezes classificados também como partidos de aluguel, atuando de forma híbrida, ou seja, mudava de rumo se adaptando a situação do momento.
Mas, além de vários partidos pequenos nesta situação temos também alguns grandes como é o caso do PMDB, que sempre esteve no poder desde a redemocratização, independente da linha política do partido que "encabeçou" o governo. Talvez o mais novo exemplo de partido híbrido seja o Partido Verde, afinal o PV do deputado Gabeira, famoso por lutar contra ditadura ao lado da esquerda brasileira, hoje se aproxima de partidos como PSDB, PP, DEM, PR entre outros.
O Partido, que surgiu com a bandeira da ecologia e do desenvolvimento sustentável, já foi próximo até do governador do Mato Grosso, Blairo Maggi, "premiado" pelo Greenpeace com a "Motosserra de Ouro". Isso mostra como o comportamento do partido do deputado Gabeira, que afirma lutar pela moralização e coerência na política, esquece o discurso em nome do poder.
O mais lamentável desta história é que a senadora Marina Silva ex Ministra do Meio Ambiente tenha deixado o partido que fundou para entrar neste partido flex. Afinal, Marina deixou o ministério por discordar da aproximação que o governo vinha fazendo com os grandes produtores rurais, deixando de lado a causa ambiental.
Já que outro assunto em voga no cenário político é a reforma eleitoral, é preciso que todos os partidos façam antes uma reforma interna, aproximando mais os ideais que fundaram os mesmos das práticas atuais, deixando assim, claro para o eleitor e o filiado, quem é quem. Caso contrário, de nada adiantará fazer uma reforma política, pois a classe política e os partidos continuarão desacreditados.

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Relembrando os velhos tempos

Recentemente, após uma reunião com vários colegas de profissão para tratar da I Conferência Regional de Comunicação do Norte Fluminense, eu e mais três amigos jornalistas acabamos relembrando os anos 80, quando a maioria de nós éramos apenas crianças que se divertiam de uma forma mais saudável que as atuais.
Não isso não é saudosismo, mas sim uma triste constatação. Lembramos de alguns símbolos dos famosos anos 80. A primeira lembrança citada foi o famoso personagem Topogigio, que além de ter um seriado era também um boneco, que fez sucesso entre a garotada. Outros sucessos relembrados foram o jogo eletrônico Gênius, baseado em uma seqüência de som e luzes.
A rápida conversa foi evoluindo até chegarmos ao famoso e pioneiro vídeo game Atari e o jogo baseado no desenho Os Smurfs, que também fez sucesso naquela década. Outro brinquedo que marcou época e foi citado no bate papo foi o Pogoball um brinquedo formado por uma bola de borracha e uma base de plástico, onde as pessoas pisavam na base de plástico para se locomover pulando.
Quando citamos o Atari e alguns de seus jogos como o Enduro, primeiro jogo eletrônico de corrida e que como não poderia deixar de ser devido à tecnologia da época podia ser considerado bem “tosco”, lembramos também de outro vídeo game de sucesso na época o Master System.
Ao sair da reunião fiquei com estas lembranças na cabeça e foi inevitável migra-la para a música, tão marcada, seja por causa do Rock Brasil, que lançou tantas bandas de sucesso como Paralamas, Legião, RPM, Titãs e tantas outras, ou pelas músicas voltadas para o público mais infantil cantadas por grupos como Balão Mágico.
Elas até voltaram a fazer sucesso recentemente com a chamada Festa Ploc que só toca estas músicas e tem este nome em uma referência ao famoso chiclete, que era sucesso entre a criançada. Lembrei também de outra conversa recente que tive com outros amigos sobre os desenhos que marcaram aquela década e que hoje não existem mais.
Nesta conversa sobre os desenhos, foram lembrados clássicos como Thundercats, Comandos em Ação, Caverna do Dragão, entre outros que já não existem mais e que foram substituídos por outros, principalmente japoneses, que possuem uma qualidade duvidosa.
Devido á proximidade que tenho com jovens desta geração atual, lamento que a qualidade e o chamado discurso dos atuais desenhos e também das músicas tenham perdido tanta qualidade é impossível não lembrar o quanto era feliz, ainda que sem saber.