sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Confecom cumpriu seu objetivo

No dia 17 de dezembro a Conferência Nacional de Comunicação chegou ao fim, em Brasília. Lá centenas de delegados, representando vários setores da sociedade, debateram por 4 dias o futuro da comunicação no Brasil. Como já era esperado, muitos representantes do setor empresarial, se omitiram do debate, provavelmente por defenderem a manutenção do status quo da comunicação.
E para fazer isso, os empresários da grande mídia, usaram todo o poder que seus veículos sempre tiveram, jogando sujo, distorcendo fatos e criando inverdades. A Confecom, nunca teve como objetivo criar meios de censura, mas sim de controle social, o que é muito diferente. Os conselhos aprovados nas conferências municipais, regionais estaduais e nacional, nunca teve pretensão de cercear a liberdade de expressão, mas aumentar a participação popular na fiscalização da comunicação.
Mas como este objetivo fere os interesses, muitas vezes escusos dos "tubarões da comunicação", estes senhores preferem se omitir do processo de debates e abusam da covardia, ao emitirem notas oficiais, ou publicarem editoriais, que mostram os reais interesses dos donos da comunicação, que é utiliza-la para manter o poder, através de suas relações escusas com os políticos.
Foi para mudar o quadro atual da comunicação, que aconteceram as conferências. Nelas foram apresentadas alternativas para alterar o marco regulatório da comunicação, uma vez que o nosso é muito arcaico. mas infelizmente os empresários preferiram se esconder em um falso discurso de que as propostas atacariam a liberdade de expressão, o que é um erro.
Afirmar que iniciativas como Conselhos de Comunicação, ou Conselho Federal de Jornalismo, atacam esta liberdade é o mesmo que cair na bobagem de dizer que a função dos editores dos veículos de comunicação também sejam censores, pois faz parte da função destes jornalistas escolherem o que será publicado ou não, "censurando" assim algumas idéias.
Por isso senhores não tenham medo dos conselhos eles não funcionarão como funcionava o Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP), do Estado Novo, mas servirá apenas para fiscalizar e buscar alternativas para a melhoria da comunicação no Brasil, nos moldes do que já fazem o Observatório da Imprensa que tem em sua equipe o companheiro Alberto Dines, entre outros observatórios de mídia, ou ainda como acontece com a Folha de São Paulo, que possui o cargo de ombudsman exatamente para exercer a função de fiscalizar o que o jornal publica, sem censurar o mesmo jornal.

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