quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Carta Aberta ao Boni


Demorou, mas finalmente saiu à edição de dezembro da sessão “Cartas Abertas”, que, aliás, chega este mês ao seu aniversário de dois anos. Foi em dezembro de 2009, que com uma Carta Aberta a Dom Hélder Câmara iniciou-se tal caminhada. Neste período, diversas pessoas foram personagens da sessão e agora se definiu mais um para a coleção.
José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, ex-diretor de programação global, que recentemente lançou sua autobiografia, é a bola da vez aqui neste blog. Não, o livro não é o motivo para tal escolha, assim como sua recente confissão de manipulação feita por ele e a emissora onde trabalhou durante anos, do famoso debate entre os então candidatos a presidência da república Fernando Collor e Lula. O real motivo é a cara de pau deste senhor, ao apontar suas opiniões sobre a realidade da comunicação contemporânea.
Em recente participação em um famoso programa de entrevistas da televisão brasileira, este senhor disparou algumas críticas às redes sociais. Segundo Boni, que hoje não trabalha mais na Vênus Platinada, mas possui fortes vínculos com a emissora carioca, essas redes sociais seriam “suicídios coletivos”. “Eu não uso. Quando você fala em redes sociais, você leva um susto com a baixa qualidade do que se fala no Facebook, por exemplo.
É engraçado ler isso, vindo de quem vem e isso acontece por vários motivos. Pela função que exerceu por anos e também pela ocupação atual, Boni deveria ser alguém “antenado” com a realidade da comunicação contemporânea. Depois de anos trabalhando para os Marinhos, hoje ele é dono de um canal de TV no Vale do Paraíba, que tem a retransmissão local da Rede Globo.
Tentar desqualificar essas redes, alegando a qualidade da informação e desviar o foco do debate sobre as mesmas. E isso tem motivo. Primeiro por que, elas atacam de forma visceral a concentração da informação, elas mudam o posicionamento do cidadão, no processo de comunicação, uma vez que ele passa de mero receptor, para produtor/transmissor de informações de qualidade.
Fatos recentes demonstram a força desses meios. Entre eles podemos citar a famosa “Primavera Árabe”, a primeira série de manifestações divulgadas via Twitter e Facebook. A força dessas ferramentas já assustou e assusta os meios tradicionais, como o caso do ator americano que desafiou a poderosa CNN e a superou em popularidade e influência no microblog.
Essa força é que assusta “barões da mídia” como este senhor, afinal como todo comunicador, ele sabe que comunicação é poder. Por isso, mostrando seu pensamento retrógrado, se coloca a atacar o que pode ameaçar seu status-quo.
Outra importante questão, que precisa ser levantada é que o mesmo senhor que ataca a “qualidade” da informação desses meios, é responsável pela perpetuação de uma programação de qualidade pra lá de duvidosa. Incluindo ai, pérolas como o Big Brother Brasil, que está a 11 anos assombrando a programação da principal televisão do nosso país e que é dirigida pelo filho deste cidadão. Por isso, quem aceita programação com novelas sofríveis e o BBB, não pode criticar a qualidade da informação que circula no Facebook e ou no Twitter.
O novo ano se aproxima e com ele mudanças na grade de programação, inspiram este humilde observador a deixar um conselho a este profissional da comunicação. Quando o BBB pintar na telinha, desligue a TV e acesse as redes sociais para oxigenar seus pensamentos.

domingo, 18 de dezembro de 2011

Prêmio Fanfarrão do Ano 2011

 
Pois é, chegamos a segunda edição do Prêmio Fanfarrão do Ano e o estranho da história é que o prêmio  parece mesmo, ser feito sob medida par o nosso futebol. Vejam bem, na  primeira edição em 2010, o agraciado foi o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, que como se já  não bastasse seu vasto histórico de fanfarronices, unificou os títulos nacionais de uma maneira bem atabalhoada e polêmica. Agora o vencedor do prêmio  continua no futebol, mas não é um diregente ou jogador e sim um  clube.
Isso mesmo, me refiro aqui ao Sport Club Internacional, que após um ano mediano, quando apenas  conquistou o estadual e uma sofrida vaga na Libertadores, para a qual contou com uma forte colaboração do Vasco, que termiou a  competição  na zona de classificação para  a Libertadores e como já tinha vaga por ter vencido a Copa do Brasil  e assim, cedeu sua vaga do Brasileirão para o quinto colocado, no caso o Colorado dos Pampas.
Bastou terminar a partida envolvendo o Barcelona e o Santos, para que a diretoria do time gaúcho fosse comemorar a derrota da equipe brasileira. Em  seu site oficial, o  Inter celebra o fato de ter sido o último sul-americano a vencer o mundial, no já distante 2006, diante do mesmo Barça que hoje foi bicampeão mundial. Logo abaixo do texto - que foi retirado do ar, pouco tempo depois, era exibida a  foto da  comemoração do  gol que garantiu o troféu ao Internacional.
Utilizando um jargão já típico do futebol contemporâneo, afirmo que faltou ao time gaúcho o famoso fair play. Torcedores de outros  clubes, comemorarem a queda santista, é até entendível, mas o comportamento da  direção dos times devem ser diferenciadas em relação a dos torcedores. Basta analizarmos a temporada 2011, para percebemos que o pequeno deslize colorado, foi motivado pela chamada dor de cotovelo, tendo em vista que o alvinegro praiano, conqustou o Paulistão e a Libertadores, superando assim, os colorados.
Por isso, o papelão relâmpago da diretoria do Internacional, foi  a motivação que faltava para que tal prêmio tomasse o rumo da bela Porto Alegre e desta forma, mater a premiação ainda ligada ao esporte mais popular do nosso país.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Pensar Corinthians é pensar grande!

Corinthianos da nossa República Popular,

Dirijo-me a vocês pela última vez como Presidente do Corinthians. Saio de licença, mas deixo no meu lugar o meu vice Roberto Andrade que, se não bastassem a suas muitas qualidades, acaba de ser Campeão Brasileiro no cargo de Diretor de Futebol.

Devo iniciar dizendo que, nesses pouco mais de quatro anos de gestão, vivi os momentos de maior honra e de maiores responsabilidades da minha vida. Serei eternamente grato ao Corinthians e aos Corinthianos.

Saio com a convicção de haver comandado uma gestão de muitos êxitos. Saio orgulhoso.

Assumi um clube com a autoestima em baixa. A equipe de futebol logo seria deslocada para série B. O ex-presidente, que já estava há 14 anos no poder, renunciara ao mandato em meio a um processo de impeachment, envolvido em acusações de práticas criminosas. As receitas do ano seguinte estavam comprometidas. O então patrocinador de camisas queria renovar o contrato pela metade dos valores.

Era preciso um choque.

A administração que eu e toda Diretoria decidimos implantar tinha por lema o seguinte pensamento: o Corinthians é muito grande! Deve ser tratado como tal! Devemos sempre buscar o melhor possível, sem nos contentarmos com pouco!

E assim se fez.

Queríamos um Estatuto novo, que devolvesse a democracia ao clube. Lutamos, então, pelo mais democrático Estatuto entre todos os clubes do país, com eleições diretas e proibição de reeleição. Hoje, os donos do Corinthians são os associados. Pensamos Corinthians. Pensamos nos associados.

Para crescer, o primeiro passo era aumentar nossas receitas. Contávamos com nossa marca e nossa Fiel Torcida. Investimos em marketing. Apostamos na paixão incomparável do Corinthiano. Resultado: ganhamos parceiros; aumentamos nossos patrocínios; multiplicamos os produtos licenciados; combatemos a pirataria; criamos as lojas Poderoso Timão para facilitar o acesso do torcedor a produtos oficiais. Nossa marca, hoje, é a mais valorizada. Nossa receita, a maior entre clubes de futebol do país. Pensamos grande.

O parque social carecia de profundas reformas e melhorias. Cuidamos com carinho da Praça Central e acessos; das quadras de tênis; da academia; das churrasqueiras; do Miniginásio; dos campos e vestiários do Canindé; da enfermaria; das quadras; do parque aquático. O clube é nosso. Pensamos na gente.

Era preciso facilitar a vida da nossa torcida para acompanhar o time no estádio. Criamos o programa Fiel Torcedor, evitando filas e assegurando praticidade e comodidade na aquisição de ingressos. Pensamos Corinthians. Pensamos na Fiel.

Queríamos um craque do futebol. Trouxemos o maior. O atleta três vezes eleito melhor do mundo. Maior artilheiro das Copas do Mundo. Um Fenômeno, enfim. Pensamos com ousadia.

Almejamos um time vencedor. Construímos uma base forte. Montamos o time que mais fez pontos nos últimos três campeonatos brasileiros somados. Pela primeira vez na história, disputaremos a Taça Libertadores pela terceira vez consecutiva. Foram duas finais de Copa do Brasil, com uma conquista. Foram duas finas de Paulista, com uma conquista. Sempre soubemos que um grande time se faz em médio prazo, com paciência, perseverando. Como recompensa, destaco o recém-conquistado Campeonato Brasileiro de 2011. Pensamos Corinthians.  

Decidimos investir no Futsal; na Natação; nas Artes Marciais. Trouxemos, então, o treinador Campeão do Mundo (PC de Oliveira); uma atleta Campeã Mundial (Poliana Okimoto) e o atleta brasileiro mais vencedor dos Jogos Pan-americanos (Thiago Pereira); o maior lutador da história (Anderson Silva). Pensamos positivo.

Elegemos como prioridade a construção de um Centro de Treinamento para o time de futebol. Construímos, então, o mais bem estruturado do país. Pensamos alto. Fizemos o melhor de todos.

Desejávamos realizar o sonho do Estádio. Estamos construindo um dos mais modernos do mundo, onde se realizará a partida de abertura da Copa do Mundo. Pensamos Corinthians. Pensamos no Corinthiano.

Em razão desses exemplos e de outras atitudes positivas, não tenho dúvidas de que a autoestima do Corinthiano foi recuperada. O gigante levantou-se, a espinha ereta, o queixo erguido, e, olhando pra frente, voltou a caminhar na estrada certa.

Equívocos, claro, podem ter acontecido nesse período. Sempre digo que jamais almejei a perfeição. E que, pelo menos, saibamos aprender com a lição.

Mas os acertos, que foram em grande maioria, devem-se à compreensão de que para administrar o Corinthians é preciso pensar Corinthians. E pensar Corinthians é pensar grande.

Como Corinthiano, torço para continuarmos crescendo.

Afinal, aqui é Corinthians!

Andrés Navarro Sanchez

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Comemore o Penta Corinthiano...

...Mas não esqueça do mais importante: Corinthiano não vive de títulos, vive de Corinthians! Vai Corinthians!

Foi pra você Doutor Sócrates

O Campeonato Brasileiro de 2011, chegou ao seu final e o Corinthians finalmente pode comemorar seu quinto título e talvez o que teve mais identificação com sua história. Honrando as palavras de seu presidente mais famoso, o Corinthians foi campeão só quando o jogo terminou. Era  para  ser um dia feliz e provavelmente seria, o mais feliz  do ano, que colocaria a última  pá de cal em um período de acontecimentos pouco felizes para a Nação Corinthiana.
Esse período teve início no final do último ano, quando o time chegou a derradeira rodada do Brasileirão como líder e saiu do campeonato apenas com a terceira  colocação, passou pela eliminação precoce contra o Tolima  da Colômbia, na Libertadores da América e a despedida de Ronaldo, Jucilei e Roberto Carlos. O último saiu de forma  traumática do Parque São Jorge. Somou-se a isso o vice campeonato paulista e as turbulências geradas por estes acontecimentos.
Mas como diz  a  sabedoria popular: Nada como um dia após o outro e o alvinegro se superou e com um time sem estrelas surpreendeu no início do Brasileirão, sempre se mantendo entre os classificados para  a Libertadores, conquistando marcas históricas e se mantendo na liderança na maior parte da competição. Entretanto, nada disso teria valor se o Corinthians não chegasse ao penta campeonato e isso quase se confirmou nas últimas rodadas, quando o time se manteve na ponta, mais por conta da  raça do que por jogar o futebol que encantou o país no início do campeonato.
Poderia ter sido campeão em Floripa, onde aliás o então técnico do adversário bradou que o time paulista não levaria o título - suas palavras foram  confirmadas, mais por méritos de terceiros do que de seu time - , mas quis o destino que a  confirmação viesse apenas no dia 4 de dezembro, última rodada no Pacaembu, diante do maior rival o Palmeiras e tudo apontava para que essa fosse a data mais feliz do time no ano, mas não foi bem assim.
Para a tristezada Nação o país acordou naquele dia  com uma  notícia triste. Naquela madrugada  falecera, o  ex jogador e eterno ídolo corinthiano, Sócrates. De certa  forma, a notícia que caiu como uma bomba sobre todos os corinthianos e também os amantes do futebol arte, a morte do doutor  Sócrates, acabou sendo  uma  motivação para a conquista. Era preciso ganhar o penta para dedicá-lo ao grande líder da Democracia  Corinthiana, que revolucionou  nosso futebol.
O relógio apontava 17 horas, o Pacaembu estava lotado e a Fiel prestava suas últimas homenagens ao etrno camisa 8. Faixas, bandeiras e muitos cartazes lembravam o ídolo e já avisavam o título seria para homenagear  Sócrates. Durante o um minuto de silêncio antes da partida, os jogadores e também os torcedores ergueram os punhos direito para homenagear o ex jogador, lembrando sua comemoração característica.
O jogo foi sofrido e equilibrado com o Palmeiras dominando o primeiro tempo, mas esbarrando na forte defesa corinthiana, no segundo  tempo a lógica se inverteu e o Corinthians passou a abusar do direito de perder gols. Jogou grande parte do segundo tempo com um a mais, mas não  soube aproveitar a vantagem numérica. mas não era  necessário vencer para ser campeão. 
Naquele dia, não vencer  já era goleada e foi isso que aconteceu. O empate foi o suficiente para a conquista de mais um campeonato que abre agora  uma nova fase na história corinthiana e também homenageia da melhor forma possível, o Doutor  Sócrates, que  tempos atrás em uma entrevista  comentou que gostaria de morrer em um domingo de futebol com o Corinthians sendo campeão, como nada é perfeito o doutor só morreu na hora errada, mas certamente festejou muito lá do céu, ao lado de São Jorge, mais um título para o time do povo e da democracia, que ele tanto amou e respeitou. Valeu Doutor, essa conquista também é sua.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

O que é ser grande no futebol?

Já ouvi muitas teorias sobre o que é preciso para ser um dos grandes do futebol. Os critérios vão desde torcida, o que particularmente discordo até a ter seu próprio estádio, o que discordo absolutamente. O mais comum é ouvir com o argumento para isso a história e as conquistas alcançadas pelo time. Essa é a justificativa com a que mais me identifico, porém, tenho ainda uma resalva com relação a este critério. 
Acredito que não basta ter multidões de torcedores, enormes galerias de títulos e estádios de alto nível, para ser um dos grandes do futebol. Alguns times que considero grandes, não tem torcidas tão numerosas, mas possuem história, tradição, conquistas e estádio. Para outros faltam estádios, mas possuem os outros fatores. Vejamos por exemplo: Quem é maior, o Manchester United, ou o Flamengo? O primeiro tem mais títulos, movimenta mais dinheiro, tem estádio, mas não tem uma legião tão grande de torcedores como o rubro-negro carioca, que não tem seu próprio estádio. 
O mesmo comparativo pode ser feito entre Corinthians e Milan, sendo que nenhum deles tem "casa própria", mas o primeiro tem mais torcida e o segundo mais conquistas. Por isso, não levo fé nesses fatores como sendo algo decisivo para taxar alguém como grande ou pequeno. Vejamos outro exemplo: A Inter de Milão - atual campeã do mundo, não possui estádio, já o Chelsea tem seu campo, mas não tem as conquistas histórias e a tradição do time italiano.
Acho que para ser considerado um grande clube, o time precisa estar lutando por conquistas a cada competição e de preferencia ganhando algumas em espaços curto de tempo. Assim sendo é claro que a grandeza não é algo definitivo e ou estático, no futebol, mas sim algo sazonal. Muitos dos times que hoje são tidos como gigantes, foram até pouco tempo atrás, times pequenos e ou medianos. O próprio Manchester United é exemplo disso, até a chegada de Sir Alex Ferguson, para ser técnico do time, ele era mais um time inglês com uma bela história e um presente mediano, hoje 25 anos depois é novamente a principal força do futebol na terra da rainha e um dos gigantes da Europa.
Assim, sendo acho que o importante é que jogadores, comissões técnicas, dirigentes e torcedores fiquem de olho no desempenho atual de sua equipe, afinal ele é fundamental para afirmar se o time ainda é grande ou não, futebol não vive de história por mais que ela deva ser respeitada, mas não adianta querer estar ligado a um clube que já teve muitas glórias, porém atualmente anda tão em baixa que é esquecido pelas pessoas. Não adianta ter história e radição se não se consegue honrrá-las, não basta ter sido grande um dia é preciso ser grande a cada dia.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Falta pouco

Não é de hoje, que o Corinthians vem jogando um futebol abaixo do esperado. A cada rodada o time entra em campo com uma esclação diferente, por motivos diversos como suspenssão, contussão e até a ideia de poupar alguns jogadores, que já não tem mais o preparo de tempos atrás. Não veremos mais aquele futebol que o Corinthians apresntou no início do Brasileirão quando se consolidou na liderança se mantendo invicto por várias rodadas e que assustou a todos, torcedores do Corinthains ou não.
O time não precisa mais de ser quela máquina que atropelava os adversários no primeiro turno, onde aliás fomos os campeões simbólicos. Porém, o time não precisa jogar da forma como vem atuando. Só faltam três rodadas para o término do campeonato e teremos jogos complicados até lá. 
O Atlético-MG é o próximo adversário e como ainda tem chance de parar na zona da "degola", deverá complicar a situação corinthiana, além dele, teremos ainda o Figueirense, desta vez lá em Floripa - Quando jogamos em São Paulo, perdemos três pontos importantes - e como os catarinenses brgiam por vaga na Libertadores, a partida promete fortes emoções. Para fechar os trabalhos jogaremos contra o Palmeiras em um jogo que poderá valer apenas a rivalidade, pois existe a possibilidade de já entrarmos em campo com o penta assegurado.
É preciso que o time não atue de forma apática como foi contra o Ceará no primeiro tempo e que os jogadores se doem mais ao clube. Não se pode "dormr em campo" como teve jogador dormindo contra o Ceará. Estamos na reta final da competição e cada ponto ganho ou perdido poderá definir o campeão. Depois dessa última vitória, já nos garantimos na Libertadores da América, pelo terceiro ano seguido, mas além da vaga na Liberta, eu quero é mais nós torcedores queremos o título e para isso é preciso um pouco mais de dedicação dos homens que vestem nosso manto sagrado.
Por isso, não se pode mais vacilar é jogar com raça e pensar que cada a partir de agora o Timão terá três finais consecutivas e por isso é preciso ganhar esse jogos. Não podemos ficar outra vez com o grito de campeão entalado na garganta novamente. Agora é a hora de ir para cima dos adversários e jogar com a "faca nos dentes", só assim poderemos gritar que somos pentacampeões.
Não quero mais acompanhar jogos do Corinthians com um mixto de sentimentos, sendo horas de emoção e horas de apreensão. Agora é a hora de botar a cabeça no lugar e manter o foco para daqui a poucos dias podermos comemorar mais um título para o todo poderoso.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Dez fatos que a "grande" imprensa esconde da sociedade*

 * Originalmente publicado no site da Carta Maior

As entidades que reúnem as grandes empresas de comunicação no Brasil usam e abusam da palavra "censura" para demonizar o debate sobre a regulação da mídia. No entanto, são os seus veículos que praticam diariamente a censura escondendo da população as práticas de regulação adotadas há anos em países apontados como modelos de democracia. Conheça dez dessas regras que não são mencionadas pelos veículos da chamada "grande" imprensa brasileira.

O debate sobre regulação do setor de comunicação social no Brasil, ou regulação da mídia, como preferem alguns, está povoado por fantasmas, gosta de dizer o ex-ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência da República, Franklin Martins. O fantasma da censura é o frequentador mais habitual, assombrando os setores da sociedade que defendem a regulamentação do setor, conforme foi estabelecido pela Constituição de 1988.

Regulamentar para quê? – indagam os que enxergam na proposta uma tentativa disfarçada de censura. A mera pergunta já é reveladora da natureza do problema. Como assim, para quê? Por que a comunicação deveria ser um território livre de regras e normas, como acontece com as demais atividades humanas? Por que a palavra “regulação” causa tanta reação entre os empresários brasileiros do setor?

O que pouca gente sabe, em boa parte por responsabilidade dos próprios meios de comunicação que não costumam divulgar esse tema, é que a existência de regras e normas no setor da comunicação é uma prática comum naqueles países apontados por esses empresários como modelos de democracia a serem seguidos.

O seminário internacional Comunicações Eletrônicas e Convergências de Mídias, realizado em Brasília, em novembro de 2010, reuniu representantes das agências reguladoras desses países que relataram diversos casos que, no Brasil, seriam certamente objeto de uma veemente nota da Associação Nacional de Jornais (ANJ) e da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (ABERT) denunciando a tentativa de implantar a censura e o totalitarismo no Brasil.

Ao esconder a existências dessas regras e o modo funcionamento da mídia em outros países, essas entidades empresariais é que estão praticando censura e manifestando a visão autoritária que tem sobre o tema. O acesso à informação de qualidade é um direito. Aqui estão dez regras adotadas em outros países que os barões da mídia brasileira escondem da população:

1. A lei inglesa prevê um padrão ético nas transmissões de rádio e TV, que é controlado a partir de uma mescla da atuação da autorregulação dos meios de comunicação ao lado da ação do órgão regulador, o Officee of communications (Ofcom). A Ofcom não monitora o trabalho dos profissionais de mídia, porém, atua se houver queixas contra determinada cobertura ou programa de entretenimento. A agência colhe a íntegra da transmissão e verifica se houve algum problema com relação ao enfoque ou se um dos lados da notícia não recebeu tratamento igual. Após a análise do material, a Ofcom pode punir a emissora com a obrigação de transmitir um direito de resposta, fazer um pedido formal de desculpas no ar ou multa.

2. O representante da Ofcom contou o seguinte exemplo de atuação da agência: o caso de um programa de auditório com sorteios de prêmios para quem telefonasse à emissora. Uma investigação descobriu que o premiado já estava escolhido e muitos ligavam sem chance alguma de vencer. Além disso, as ligações eram cobradas de forma abusiva. A emissora foi investigada, multada e esse tipo de programação foi reduzida de forma geral em todas as outras TVs.

3. Na Espanha, de 1978 até 2010, foram aprovadas várias leis para regular o setor audiovisual, de acordo com as necessidades que surgiam. Entre elas, a titularidade (pública ou privada); área de cobertura (se em todo o Estado espanhol ou nas comunidades autônomas, no âmbito local ou municipa); em função dos meios, das infraestruturas (cabo, o satélite, e as ondas hertzianas); ou pela tecnologia (analógica ou digital).

4. Zelar para o pluralismo das expressões. Esta é uma das mais importantes funções do Conselho Superior para o Audiovisual (CSA) na França. O órgão é especializado no acompanhamento do conteúdo das emissões televisivas e radiofônicas, mesmo as que se utilizam de plataformas digitais. Uma das missões suplementares e mais importantes do CSA é zelar para que haja sempre uma pluralidade de discursos presentes no audiovisual francês. Para isso, o conselho conta com uma equipe de cerca de 300 pessoas, com diversos perfis, para acompanhar, analisar e propor ações, quando constatada alguma irregularidade.

5. A equipe do CSA acompanha cada um dos canais de televisão e rádio para ver se existe um equilíbrio de posições entre diferentes partidos políticos. Um dos princípios dessa ação é observar se há igualdade de oportunidades de exposição de posições tanto por parte do grupo político majoritário quanto por parte da oposição.

6. A CSA é responsável também pelo cumprimento das leis que tornam obrigatórias a difusão de, pelo menos, 40% de filmes de origem francesa e 50% de origem européia; zelar pela proteção da infância e quantidade máxima de inserção de publicidade e distribuição de concessões para emissoras de rádio e TV.

7. A regulação das comunicações em Portugal conta com duas agências: a Entidade reguladora para Comunicação Social (ERC) – cuida da qualidade do conteúdo – e a Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom), que distribui o espectro de rádio entre as emissoras de radiodifussão e as empresas de telecomunicações. “A Anacom defende os interesses das pessoas como consumidoras e como cidadãos.

8. Uma das funções da ERC é fazer regulamentos e diretivas, por meio de consultas públicas com a sociedade e o setor. Medidas impositivas, como obrigar que 25% das canções nas rádios sejam portuguesas, só podem ser tomadas por lei. Outra função é servir de ouvidoria da imprensa, a partir da queixa gratuita apresentada por meio de um formulário no site da entidade. As reclamações podem ser feitas por pessoas ou por meio de representações coletivas.

9. A União Européia tem, desde março passado, novas regras para regulamentar o conteúdo audiovisual transmitido também pelos chamados sistemas não lineares, como a Internet e os aparelhos de telecomunicação móvel (aqueles em que o usuário demanda e escolhe o que quer assistir). Segundo as novas regras, esses produtos também estão sujeitos a limites quantitativos e qualitativos para os conteúdos veiculados. Antes, apenas meios lineares, como a televisão tradicional e o rádio, tinham sua utilização definida por lei.

10. Uma das regras mais importantes adotadas recentemente pela União Europeia é a que coloca um limite de 12 minutos ou 20% de publicidade para cada hora de transmissão. Além disso, as publicidades da indústria do tabaco e farmacêutica foram totalmente banidas. A da indústria do álcool são extremamente restritas e existe, ainda, a previsão de direitos de resposta e regras de acessibilidade.

Todas essas informações estão disponíveis ao público na página do Seminário Internacional Comunicações Eletrônicas e Convergências de Mídias. Note-se que a relação não menciona nenhuma das regras adotadas recentemente na Argentina, que vem sendo demonizadas nos editoriais da imprensa brasileira. A omissão é proposital. As regras adotadas acima são tão ou mais "duras" que as argentinas, mas sobre elas reina o silêncio, pois vêm de países apontados como "exemplos a serem seguidos" Dificilmente, você ouvirá falar dessas regras em algum dos veículos da chamada grande imprensa brasileira. É ela, na verdade, quem pratica censura em larga escala hoje no Brasil.

domingo, 13 de novembro de 2011

Moção de repúdio*


* Retirado do Blog Escrivinhador do Jornalista Rodrigo Vianna  


Nós, estudantes de Comunicações e Artes da ECA/USP, viemos explicitar o nosso repúdio à maneira como a imprensa hegemônica tem exposto os acontecimentos recentes no campus da USP.
Estamos constrangidos com a maneira preguiçosa e irresponsável como a imprensa e a televisão têm feito seu trabalho, limitando-se a vender o espetáculo originário de uma cobertura superficial e pautada no senso comum.
Entendemos as comunicações e as artes como agentes essenciais na conscientização e na transformação da sociedade. Para isso, o jornalismo não pode ser um mero reprodutor de discursos circulantes, mas sim um instigador de debates e inquietações.
O que assistimos recentemente foi uma reprodução incansável de estereótipos, que só serviram para manipular a opinião pública contra as lutas que são primordiais dentro do campus.
Como estudantes de universidade pública, é também nosso papel questionar a maneira como a mídia trata os movimentos sociais, principalmente como ela tem tratado o movimento estudantil. Buscar entender as raízes do problema exige apuração minuciosa, princípio básico do jornalismo. Posições existem, mas elas não podem ocultar ou distorcer fatos.
O nome do que está sendo praticado é antijornalismo. A sociedade não financia a nossa formação para sermos profissionais como esses.
Escola de Comunicações e Artes
Assembleia Geral dos estudantes da ECA

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Infidelidade partidária assombra Macaé

Faltando menos de um ano para a próxima eleição, um número referente a Câmara Municipal de Macaé me chamou a atenção na última semana. Com a ida do vereador Julinho do Aeroporto para o recém criado Partido Pátria Livre (PPL), já são cinco os parlamentares que se elegeram por um partido e agora estão de "casa nova".  O número de vereadores mutantes, já chegou a 41% dos membros deste parlamento, o que é sim um número  considerável de mudança.
Entre os que migraram podemos citar o vereador licenciado e atual secretário de manutenção Chico Machado, que teria sido expulso do Partido Popular Socialista (PPS) e ingressou no Partido da República (PR) (Leia aqui), Pouco tempo depois, foi a vez do jovem vereador Igor Sardinha se desligar do mesmo PPS, para entrar no Partido dos Trabalhadores (PT) . Aliás o PPS foi o mais prejudicado pelas alterações no cenário político macaense, afinal o até então único vereador do partido, Carlos Emir Mussi Jr., mudou-se para o Partido Democrático Trabalhista (PDT).
Recentemente, foi a vez do vereador Lúcio Mauro, se desvincular do Partido Trabalhista do Brasil (PTdoB), que o elegeu para aderir ao Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), partido do atual prefeito e com maioria na Câmara Municipal. Em seguida foi a vez do vereador Julinho do Aeroporto deixar o mesmo PMDB e ingressar no PPL, encerrando assim, ao menos temporariamente essas mudanças.
O estranho dessa história é que segundo resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) (Aqui), que vigora desde 2007, essas mudanças só podem acontecer nas seguintes situações: Incorporação ou fusão do partido, criação de novo partido - o que garante Julinho como vereador -, mudança do programa partidário, descriminação pessoal que motive expulsões - esse acaba protegendo o vereador licenciado Chico Machado.
Em todos os outros casos de mudança de partido, a lei prevê que os políticos percam seus cargos, bastando para isso que as agremiações políticas reclamem o mesmo na justiça eleitoral e isso não aconteceu em nossa cidade, por motivos que não foram esclarecidos e que ao meu ver essa é uma questão onde a sociedade precisa ser esclarecida, afinal os eleitores destes senhores precisam de tais esclarecimentos.
A história também, levanta um importante debate, uma vez que há tempos sempre que se avizinha uma eleição, ganha força o debate sobre a reforma política, que nossa sociedade precisa e com estes acontecimentos, ficam aqui umas dúvidas: Qual é a real função do partido político? Qual o grau de interferência do mesmo na eleição de um político? Como garantir que partidos e políticos mantenham coerência e fidelidade aos chamados programas partidários? São episódios como esses que mostram a urgência das reformas que nosso país tanto necessita.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Partilhar é injusto!




Quinta-feira (10), milhares de cariocas e fluminenses tomaram as ruas da capital do estado para manifestar contra a proposta de partilha dos royalties do petróleo. Não participei do ato, mas defendo a bandeira levantada por tais manifestantes. Não é correto que tal divisão aconteça, afinal quem mora e ou conhece as cidades produtoras desta riqueza, conhece também as mazelas que essa indústria provoca e por isso, é correto que exista essa compensação aos produtores.
Não é possível aceitar que os recursos gerados pelo petróleo sejam repartidos de maneira igualitária entre todos os estados, independente de os mesmos serem produtores ou não do chamado ouro negro. Caso esse roubo institucionalizado que é a proposta que está em votação no Congresso, seja validado, os danos sofridos pelos produtores, poderão chegar a níveis alarmantes e por isso é preciso evitar essa proposta de partilha.
Não acho correto que as riquezas geradas pelas unidades federativas sejam partilhadas entre todas elas. Não quero que meu estado tenha "direito" aos recursos gerados pela mineração que movimenta a economia de estados como Minas Gerais e o Pará, assim como não acho correto que outros estados queiram um quinhão, dos recursos petrolíferos, gerados principalmente pelos estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo e São Paulo, que ainda vão aumentar exponencialmente suas produções com o advento do Pré-Sal.
A indústria petrolífera gera muitos problemas sociais, econômicos e principalmente ambientais, que afetam a zona produtora e por isso, não pode ser considerado honesto que ela ganhe os mesmos recursos, que qualquer estado da federação, baseado apenas no argumento de que vivemos em uma federação. Existem outros exemplos de federalismo, onde tal proposta seria inconcebível, como é o caso dos Estados Unidos. Tenho sérias dúvidas se lá os 50 estados recebem os recursos gerados pelo petróleo produzidos principalmente no Golfo do México, no Texas e no Alasca. Lá é garantido que os estados banhados pelo golfo e também o Alasca ganhem mais royalties do que estados como Virgínia, Utah ou Oregon e nem por isso, exista lá movimentações políticas como esta que estão querendo fazer aqui no Brasil. 

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Carta Aberta à Portuguesa


Pois é, dos meus 30 anos já se vão pelo menos 25 acompanhando futebol. Nasci em São Paulo e me descobri corinthiano. Entretanto, sempre tive carinho pelos times menos famosos do estado. Tenho respeito por nomes como Nacional, Juventus e claro a Portuguesa, o maior entre os times menos populares do estado. Torci para que em 1996, a famosa Lusa fosse a campeã brasileira, sobre o imortal Grêmio. Infelizmente tal conquista bateu na trave. Fiquei chateado com a queda da Portuguesa para a Série B, afinal se até a queda do Palmeiras, me entristeceu, por que não ficar tirste com o tropeço verde e vermelho.
Entretanto, no último dia 8 de novembro, a situação mudou de forma definitiva. Após empatar com o Sport, a equipe do Canindé, finalmente regressou a elite do futebol brasileiro, como paulista fiqeui feliz de ver que em 2012, teremos mais um time entre os 20 melhores do futebol brasileiro. Ainda aguardo o retorno da Ponte Preta e do Guarani. A Ponte também deverá voltar em 2012, mas ainda é preciso aguardar, para se ter a confirmação da volta. Já o Guarani, não vem bem faz muito tempo e ainda vai demorar para voltar a elite nacional.
A campanha realizada pela Lusa neste Brasileiro da Série B, foi uma campanha digna da elite e pelo o que podemos ver, eles não devem em nada para muitos dos gigantes do nosso futebol. Continuo na torcida para que o planejamento que resultou no retorno e também na conquista do caneco, sabor que a torcida lusitana não lembrava faz tempo (desde o paulista de 1973), tenha continuidade e que ano que vem, o time do Canindé consiga alçar vôos mais altos para resgatar a história da Portuguesa, que tantas alegias deu para a sua torcida.
É evidente que a conquista da Série B, não é sinônimo de bom desempenho na Série A, mas fico aqui na torcida para que a Portuguesa fique cada vez mais acostumada a festejar por motivos como os desta semana. Vai Lusa!

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Desculpas não aceitas

A polícia do estado de São Paulo, cometeu um ato falho, muito grave em vários aspectos. Um recente treinamento acompanhado pela imprensa, preparava os políciais para atuarem em uma ação rápida em casos de abordagem e prisão de assaltantes. Até ai, nada de mais, ao contrário, este e o trabalho das polícias e é fundamental que as mesmas estajm treinadas para atuar na garantia da segurança pública.
O problema se deu de maneira muito sutil e até de forma quase subliminar. O problema causador da polêmica no treinamento se deu na reprodução de um esteriótipo preconceituoso, que marca a história do estado e principalmente da capital, já faz muitos anos. Quem acompanha o futebol paulista, sabe as origens de seus clubes e negar que o São Paulo é um clube identificado com as elites paulistanas, é sim algo tão surreal, quanto negar as ligações do Corinthians com as classes mais populares e ou da Portuguesa com a colônia lusitânia. Pois bem, é dai que surge a polêmica que originou este texto.
Segundo a polícia paulista, o fato de a "vítima" estar no treinamento com a camisa do Tricolor paulista, era por acaso. Da mesma maneira que o meliante vestia a camisa do Corinthians. A divulgação das imagens para todo o estado de São Paulo, foi o estopim da bomba para mais uma celeuma, envovendo torcidas organizadas. Por motivos óbvios, a Nação Corinthiana, se sentiu ofendida e manifestou seu protesto em uma Carta Aberta ao governador Geraldo Alkmin (PSDB).
Prontamente, a Polícia Militar se manifestou reconhecendo o erro e divulgou outra Nota Oficial, onde se retrata com os corinthianos afirmando o seguinte:

NOTA OFICIAL DA POLÍCIA DE SÃO PAULO:

"A Polícia Militar lastrea seus treinamento calcada no respeito integral aos direitos fundamentais do cidadão, não fazendo e não admitindo nehum tipo de discriminação. O episódio foi ocasional e pontual, não havendo intenção em macular a imagem de quem quer que seja. Lamentamos o ocorrido e nos desculpamos publicamente, e esclarecemos que a Instituição já orientou as unidades escolas a tomarem cuidado em eventuais alusões nos momentos de teatralizações". 
 
Mesmo com a retratação e a publicação da nota com o pedido de desculpas, deixo aqui o posicionamento de como corinthiano, não aceitar o pedido de desculpas da Polícia Militar do estado onde nasci. É lamentável que o Estado continue a reproduzir estereótipos distorcidos, principalmente em uma sociedade que ainda se mostra convervadora, apesar de muitos avanços progressitas nos últimos anos.
Sou corinthiano, maloqueiro e sofredor, graças a Deus, como diz um dos gritos que ecoa nas arquibancadas durantes os jogos do Timão e me sinto ultrajado com comportamentos reacionários como este. Sim, o Corinthians é um símbolo das classes mais populares, mesmo não sendo hunanimidade entre elas, mas a ligação é inevitável devido sua história centenária, que não se faz necessário, repetí-la aqui neste espaço.
Entretanto, popular e criminoso, não são sinônimos e isso é preciso que fique bem claro, coisa para a qual tais imagem não contribuem, por isso não me sinto a vontade para aceitar tais desculpas, apenas lamento o episódio ocorrido e fico na torcida para "enganos" como este não se repitam mais.


quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Descalabro esportivo

Os Jogos Pan Americanos começaram e o Brasil vem mostrando um ótimo desempenho. Em 4 dias foram 30 medalhas, sendo 10 de ouro, nove de prata e 11 de bronze. Mas até agora o que mais chamou a atenção, quando o assutno foi medalha brasileira, se refere ao nadador Leo de Deus que ganhou e deposi perdeu, recuperando em seguida a sua medalha dourada na prova dos 200 metros, estilo borboleta.
E por incrível que pareça, a polêmica se deu por questões referentes ao patrocinador do atleta. Segundo a organização dos Jogos Pan Americanos, o espaço ocupado pelo patrocinador na touca do nadador era superior aos míseros 6 cm₂.  No seu equipamento, o tamanho da marca do fabricante deve cobrir até 10% da superfície, com o máximo de 60cm². Os uniformes formais ou informais só podem exibir a marca de um fabricante por peça e deve ter no máximo 20cm².
O que convenhamos é insuficiente para que qualquer patrocinador exponha sua marca, o que acaba por afugentar investidores no esporte. 
Tal comportamento é tão absurdo que pode em um caso extremo, por em risco a realização do mesmo, uma vez que sem investidores, não é possível financiar a participação dos competidores. O caso, aponta alguns fatos importantes que precisam ser expostos e debatidos, para se evitar que, fatos inusitados como esse se repitam. O primeiro é o fato de que se é proibido, tal prática, a organização deveria ter impedido o atleta de competir, mas isso não aconteceu. Como ele competiu e ganhou a prova, é justo que o mesmo seja declarado campeão e fique com a medalha que lhe cabe, no caso o ouro.
Alguns críticos dirão, como já fizeram, que a organização colocou avisos sobre a questão e por isso, tal punição seria cabível. Entretanto, ao meu ver tal argumento é fraco demais, uma vez que os mesmos são em inglês e espanhol apenas, quando deveriam ser nos idiomas falados em todo o continente. 
 Cartaz avisando proibição - Gustavo Rotisten/Globoesporte.com

Outro fato que derruba tal alegação é que vários atletas foram fotografados, com equipamentos tidos como irregulares, nas instalações do Pan e não houve o mesmo comportamento, ao menos isso não foi divulgado. Portanto, não há como manter este posicionamento.

Atletas circulam pela Vila Pan Americana com propaganda irregular - Gustavo Rotisten/Globoesporte.com

Segundo fator que torna o fato inusitado em um descalabro esportivo. Cada vez mais, os atletas de alto nível, precisam de seus patrocinadores para manter seus treinamentos e as participações nas principais competições. Assim sendo, é lógico que as logomarcas dos mesmos, sejam exibidas pelos atletas e de maneira visível, principalmente durante as provas, que foi o que realmente aconteceu.
É lamentável que a organização do maior evento esportivo do continente e tido por muitos como o segundo do mundo, se preocupe com muidezas como essa, quando deveriam priorizar outras questões como a falta de água, denunciada por um atleta brasileiro via rede social e/ou então as condições das áreas de competição, uma vez que uma medalhista brasileira, após a competição disparou uma serie de críticas ao local onde competiu e deixou claro que essas deficiencias, mesmo sendo sérias, não interferiram no resultado da competição.



terça-feira, 11 de outubro de 2011

Crítica sobre o Rock in Rio 2011*


*Passado o bafafá provocado pelo Rock in Rio 2011, republico aqui a análise de ninguém menos que Tony Belloto dos Titãs sobre o festival. O texto foi originalmente no site da Revista Veja e está republicado aqui por que  concordo plenamente com o autor.

Por Tony Bellotto 

The dream is over, o sonho acabou, apregoava John Lennon ao fim dos delírios do Flower Power e dos movimentos hippies que ousaram acreditar que mudariam o mundo nos anos 60 e 70 do século passado. O sonho acabou, reverberou Gilberto Gil do lado de baixo do Equador, e foi pesado o sono para quem não sonhou (quem não dormiu no sleeping bag nem sequer sonhou).

Hoje acordo com uma ressaca literal e figurada, depois de duas semanas em que um tufão chamado Rock in Rio varreu a minha rotina. Há zilhões de coisas a se falar sobre o evento, da importância dele na afirmação do show business brasileiro, em seu papel determinante na preparação do Brasil – e do Rio em particular – para os grandes eventos vindouros, Copa do Mundo e Olímpiadas etc etc. Os críticos se encarregarão de analisar as performances dos artistas e sua relevância e importância no panorama da música pop atual e…será? Tenho minhas dúvidas. Se tem uma coisa que deixou a desejar nesse Rock in Rio, foi a crítica musical.
Cadê a renovação? Cadê o tesão? A ousadia? A inspiração? Todas aquelas coisas que eles vivem a cobrar de nós, artistas? O que se vê, se ouve e se lê, é a falta de objetividade da crítica. Subjetividade escorrendo pelo ladrão, opiniõezinhas próprias, recalques, ressentimentos, raivinhas e comodismo contagiante. E, por outro lado, conclusões precipitadas, falta de informação, imposição de gosto pessoal, preguiça e muita babação de ovo. Burrice pura e simples, em muitos casos. É só comparar as críticas de diferentes jornais para comprovar o que digo. Aliás, a ombudsman (que palavra horrível!) da Folha de São Paulo, na edição de domingo passado, dia 2 de outubro, observou muito bem o fato, apresentando vários e surpreendentes exemplos. Bem, há as exceções, claro (embora não haja nenhum Stevie Wonder da crítica). Mas no geral a crítica foi pífia nesse Rock in Rio. Agora que somos um país emergente, com grandes eventos de música, em que as bandas e artistas nacionais reafirmam sua competência e importância, busquemos uma crítica à altura da música, dos shows e dos discos que produzimos.

Carta Aberta à Adrian Neway

No último final de semana, com o terceiro lugar em Suzuka, no GP do Japão, Sebastian Vetetl sagrou-se bicampeão de Fórmula  1 e se consolidou  como um dos destaques da  história do automobilismo mundial. O feito é sim para ser comemorado,  como foi, mas justiça seja feita, Vetel, que é sim  fora de série, não  ganhou nada sozinho. Adrian Neway, projetista da Red Bull, teve participação fundamental nas conquistas do alemão.
O engenheiro inglês, que largou a Força Aérea da Inglaterra (RAF), para se dedicar aos bólidos da F1,  é tido por boa parte da imprensa como o melhor projestista da história da categoria. Neway, com a recente  conquista do jovem alemão,  chegou a incrível marca de oito títulos no mundial de pilotos. Sua lista de títulos aumenta ainda mais com as conquistas dos mundiais de equipe. São sete títulos entre as montadoras. Pilotos como Mansell (92), Prost (93), Hill (96), Villeneuve (97), Hakkinen (98/99) e Vettel  (10/11),  conquistaram seus troféus pilotando máquinas que surgiram da prancheta de Neway.
Entre as equipes o inglês foi campeão na Willians (92/93 e 96/97), McLaren (98/99) e Red Bull (10) e ainda pode ser campeão em 2011 com os taurinos, que tem tudo para  levarem mais este caneco. Por isso, em reconhecimento a genialidade deste inglês que a edição do Cartas Abertas deste mês é endereçada a ele. Infelizmente Neway não trabalha  mais na equipe para a qual eu torço. Fico aqui na torcida  para que um dia eele retorne.


quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Jobs complementou McLuhan

Este é um ano marcante para a comunicação. Isso por que em 2011, celebrou-se o centenário de nascimento do pensador canadense Marshall McLuhan (1911-1980) e apenas três meses após esta importante lembrança, morreu Steve Jobs (1955-2011). Para quem estuda comunicação e acompanha os avanços da informática é impossível não relacionar as obras destes dois visionários.
O primeiro foi um dos maiores estudiosos e visionários do século XX, no que se refere ao processo comunicativo.  Suas previsões visionárias, mundialmente conhecidas como o conceito de “Aldeia Global”, onde os avanços da comunicação encurtariam distâncias e possibilitariam a democratização da comunicação/informação, acabaram se confirmando no final do século XX e início do século XXI.
O principal nome da revolução que concretizou as teorias de McLuhan, foi o americano Steve Jobs, que colocou  em prática o determinismo tecnológico tão presente nas teorias de McLuhan,  criando aparelhos que revolucionaram e possibilitaram a consolidação  dos meios de comunicação como extensão do  homem, afinal os computadores  pessoais e os outros aparelhos desenvolvidos por Jobs e a sua Apple, abriram novos horizontes para que a informática avançasse seguindo a trilha iniciada por McLuhan.
Graças aos avanços tecnológicos desenvolvidos por Jobs, hoje a Aldeia global é algo real e de uma maneira muito mais marcante do que a forma como previa McLuhan, quando do advento da televisão, por isso a obra do americano acaba por complementar e consolidar o pensamento do canadense. Que o pensamento de Steve Jobs continue ativo, assim como o de McLuhan, para que informática  e comunicação, continuem  cada vez mais próximas.