sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Desculpas não aceitas

A polícia do estado de São Paulo, cometeu um ato falho, muito grave em vários aspectos. Um recente treinamento acompanhado pela imprensa, preparava os políciais para atuarem em uma ação rápida em casos de abordagem e prisão de assaltantes. Até ai, nada de mais, ao contrário, este e o trabalho das polícias e é fundamental que as mesmas estajm treinadas para atuar na garantia da segurança pública.
O problema se deu de maneira muito sutil e até de forma quase subliminar. O problema causador da polêmica no treinamento se deu na reprodução de um esteriótipo preconceituoso, que marca a história do estado e principalmente da capital, já faz muitos anos. Quem acompanha o futebol paulista, sabe as origens de seus clubes e negar que o São Paulo é um clube identificado com as elites paulistanas, é sim algo tão surreal, quanto negar as ligações do Corinthians com as classes mais populares e ou da Portuguesa com a colônia lusitânia. Pois bem, é dai que surge a polêmica que originou este texto.
Segundo a polícia paulista, o fato de a "vítima" estar no treinamento com a camisa do Tricolor paulista, era por acaso. Da mesma maneira que o meliante vestia a camisa do Corinthians. A divulgação das imagens para todo o estado de São Paulo, foi o estopim da bomba para mais uma celeuma, envovendo torcidas organizadas. Por motivos óbvios, a Nação Corinthiana, se sentiu ofendida e manifestou seu protesto em uma Carta Aberta ao governador Geraldo Alkmin (PSDB).
Prontamente, a Polícia Militar se manifestou reconhecendo o erro e divulgou outra Nota Oficial, onde se retrata com os corinthianos afirmando o seguinte:

NOTA OFICIAL DA POLÍCIA DE SÃO PAULO:

"A Polícia Militar lastrea seus treinamento calcada no respeito integral aos direitos fundamentais do cidadão, não fazendo e não admitindo nehum tipo de discriminação. O episódio foi ocasional e pontual, não havendo intenção em macular a imagem de quem quer que seja. Lamentamos o ocorrido e nos desculpamos publicamente, e esclarecemos que a Instituição já orientou as unidades escolas a tomarem cuidado em eventuais alusões nos momentos de teatralizações". 
 
Mesmo com a retratação e a publicação da nota com o pedido de desculpas, deixo aqui o posicionamento de como corinthiano, não aceitar o pedido de desculpas da Polícia Militar do estado onde nasci. É lamentável que o Estado continue a reproduzir estereótipos distorcidos, principalmente em uma sociedade que ainda se mostra convervadora, apesar de muitos avanços progressitas nos últimos anos.
Sou corinthiano, maloqueiro e sofredor, graças a Deus, como diz um dos gritos que ecoa nas arquibancadas durantes os jogos do Timão e me sinto ultrajado com comportamentos reacionários como este. Sim, o Corinthians é um símbolo das classes mais populares, mesmo não sendo hunanimidade entre elas, mas a ligação é inevitável devido sua história centenária, que não se faz necessário, repetí-la aqui neste espaço.
Entretanto, popular e criminoso, não são sinônimos e isso é preciso que fique bem claro, coisa para a qual tais imagem não contribuem, por isso não me sinto a vontade para aceitar tais desculpas, apenas lamento o episódio ocorrido e fico na torcida para "enganos" como este não se repitam mais.


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