quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Uma democracia sem povo

O texto a baixo, foi escrito por Fábio Comparato e publicado na Revista Carta Capital. Recebi o mesmo por e-mail da companheira Pâmela Grassi, de Caxias do Sul e reproduzu-o na integra neste espaço por concordar inteiramente com seu conteúdo.

Fábio Konder Comparato (Carta Capital)

Suponhamos que alguém entre em contato com um advogado para que este o represente em um processo judicial. O causídico aceita o patrocínio dos interesses do cliente, mas não informa o montante dos honorários, cujo pagamento será feito mediante a entrega de um cheque em branco ao advogado.

Disparate sem tamanho?

Sem a menor dúvida. Mas, por incrível que pareça, é dessa forma que se estabelece a fixação dos subsídios dos (mal chamados) representantes políticos do povo. Com uma diferença, porém: os eleitos pelo povo não precisam pedir a este a emissão de um cheque em branco: eles simplesmente decidem entre si o montante de sua auto-remuneração, pagando-se com os recursos públicos, isto é, com dinheiro do povo.

Imaginemos agora que o advogado em questão, sempre sem avisar o cliente, resolve confiar o patrocínio dos interesses deste a um companheiro de escritório, por ele designado, a quem entrega o cheque em branco.

Contrassenso ainda maior, não é mesmo?

Pois bem, é assim que procedem os nossos senadores, em relação aos suplentes por eles escolhidos, quando se afastam do exercício de suas funções.

Não discuto aqui o montante da remuneração percebida pelos membros do Congresso Nacional, embora esse montante não seja desprezível. Além dos subsídios mensais propriamente ditos – quinze por ano –, há toda uma série de vantagens adicionais. Por exemplo: o “auxílio-paletó” no início de cada sessão legislativa (no valor de um subsídio mensal); a verba que cada parlamentar pode gastar como bem entender no seu Estado de origem; as passagens aéreas gratuitas para o seu Estado; sem falar nas múltiplas mordomias do cargo, como moradia amplamente equipada, carro oficial e motorista etc. Segundo o noticiado na imprensa, esse total da auto-remuneração pessoal dos membros do Congresso Nacional eleva-se, hoje, à cifra (modesta, segundo eles) de R$114 mil por mês.

Ora, tendo em vista o estafante trabalho que cada deputado federal e senador realiza – eles trabalham, em média, três dias por semana –, resolveu o Congresso Nacional, por um Decreto Legislativo datado de 19 de dezembro último, elevar o montante do subsídio-base, para a próxima legislatura, em 62% (por extenso, para confirmar a correção dos algarismos: sessenta e dois por cento).

Ao mesmo tempo, consternados com o fato de perceberem remuneração superior à do presidente e vice-presidente da República, bem como à dos ministros de Estado, os parlamentares decidiram, pelo mesmo Decreto Legislativo, a equiparação geral de subsídios.

Acontece que o subsídio dos deputados federais serve de base para a fixação do subsídio dos deputados estaduais e dos vereadores, em todo o país. Como se vê, a generosidade dos membros do Congresso Nacional, com dinheiro do povo, não se limita a eles próprios.

Agora, perguntará o (indignado, espero) leitor destas linhas: – Como pôr fim a essa torpeza?

Pelo modo mais simples e direto: transformando o falso mandato político em mandato autêntico. Ou seja, instituindo entre nós um verdadeiro regime democrático, em substituição ao fraudulento que aí está. Se o povo é realmente soberano, se ele elege representantes políticos para que eles atuem, não em proveito próprio, mas em prol do bem comum do povo, então é preciso inverter a relação política: ao em vez de se submeter aos mandatários que ele próprio elegeu, o povo passa a exercer controle sobre eles.

Alguns exemplos. O povo adquire o poder de manifestar livremente a sua vontade em referendos e plebiscitos, sem precisar da autorização do Congresso Nacional para tanto, como dispõe fraudulentamente a Constituição (art. 49, inciso xv). O povo adquire o poder de destituir pelo voto aqueles que elegeu (recall), como acontece em várias unidades da federação norte-americana.

Nesse sentido, é de uma evidência palmar que a fixação do subsídio e seus acréscimos, de todos os que foram eleitos pelo voto popular, deve ser referendada pelo povo.

Para tanto, o autor destas linhas elaborou um anteprojeto de lei, apresentado pelo Conselho Federal da OAB à Comissão de Legislação Participativa da Câmara dos Deputados em 2009, instituindo o referendo obrigatório do decreto de fixação de subsídios, quer dos parlamentares, quer dos membros da cúpula do Executivo. Sabem qual foi a decisão da Comissão? Ela rejeitou o anteprojeto por unanimidade.

Confirmou-se assim, mais uma vez, o único elemento absolutamente constante em toda a nossa história política: o povo brasileiro é o grande ausente. A nossa democracia (“um lamentável mal-entendido”, como disse Sérgio Buarque de Holanda) é realmente original: logramos a proeza de fazê-la funcionar sem povo.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

E a polêmica continua

Após muitos debates e a ampla exposição das idéias dos principais jornalistas esportivos do Brasil, sobre a unificação dos títulos brasileiros pré 1971, a polêmica parece não ter acabado. O Fluminense anunciou agora que pretende recorrer na FIFA, nos mesmos moldes que aqui para ter o reconhecimento da antiga Copa Rio (vencida pelo tricolor em 1951 e pelo Palmeiiras em 1952), como sendo Campeonato Mundial.
Pois bem, tal decisão é mais complicada do que a tomada pela CBF, pois os argumentos apresentados para defender esta tese, servirão apenas para embolar ainda mais a história. muitos dirão que é justo que esses times brasileiros sejam considerados campeões do mundo, afinal venceram torneios com a participação de grandes times como Peñarol (URU), Sporting (POR) e Áustria Viena (AUT). Em 1951, quando o Palmeiras foi o campeão, a competição teve a participação de Estrela Vermelha (IUG), Sporting (POR), Áustria Viena (AUT), Juventus (ITA), Nice (FRA) e Nacional (URU). Portanto, devido a participação de grandes clubes dos dois continentes, estes torneios poderiam sim ser considerados campeonatos mundiais.
Mas se formos utilizar essa lógica, teriamos que reconhecer também outros torneios como Mundiais, entre eles o Tereza Herrera, o Ramon de Carranza, o Santiago Bernabéu, a Mini Copa do Mundo, entre tantos outros torneios que contaram com a participação de vários clubes importantes. Mas como já é difícil para a FIFA reconhecer os ganhadores do antigo mundial e da Copa Toyota como campeões do Mundo, será mais difícil ainda que ela considere tais competições como mundiais.
Caso isso aconteça, todos os clubes que ganharam títulos similares aos citados a cima, devem receber o mesmo reconhecimento. Ai sim, estaria se fazendo justiça.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Alterando o que não precisa

É hoje. A Confederação Brasileira de Futebol (CBF), anuncia hoje que finalmente vai equiparar ou unificar os títulos da Taça Brasil e do Roberto Gomes Pedrosa com os do campeonato Brasileiro, pós 1971. Isso já foi até muito discutido em todas as esferas da comunicação esportiva e todos já conhecem os argumentos favoráveis e contrários a esta decisão.
Por isso não usarei mais este espaço para discutir este tema
, já fiz isto tempos atrás. A alteração que acho necessária e defendo faz alguns anos é em relação ao calendário, que todo ano é debatida, assim como esta famigerada unificaação de títulos, mas nada é feito pelos cartolas do nosso país do futebol. Com isso, que sai perdendo são os clubes.
Caso a alteração no nosso calendário acontecesse, os clubes sairiam ganhando por vários motivos. Primeiro, em caso de unificação do calendário com o futebol europeu, nossos clubes não perderiam suas estrelas no meio da temporada como acontece hoje, afinal a famosa "janela do meio do ano" é que nos causa sérias perdas. Isso faz com que muitos torcedores, acabem perdendo o interesse, pelas competições, pois seus times já estão enfraquecidos ou desmontados.
Outra vantagem da mudança seria o fato de os grandes times poderem disoutar um amior número de grandes competições. Isso acabaria com a histórinha de que quem disputa a Libertadores, não disputa a Copa do Brasil e garante mais emoção aos torcedores e apaixonados pelo esporte bretão. Aumentando a disputa e o interesse dos torcedores, os time lucrariam mais e poderiam ter melhores condições de manterem seus craques, criando um círculo virtuoso, que só fará o nosso esporte crescer ainda mais.
Por isso, a CBF, deveria ao invés de unificar algo que para os torcedores não faz diferença alguma, fazer as mudanças necessárias para valorizar o nosso futebol, melhorando inclusive as condições para que possamos ter, além de um futebol de elite dentro dos gramados, mas também fora deles.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Umas coisas que não entendo

Os times classificados para a Libertadores 2011, já estão definidos, incluíndo ai osque participarão da Pré Libertadores, como é o caso do Grêmio, do Corinthians e do Independiente (ARG). O campeonato criado pela Confederação Sul Americana de Futebol, para definir seu representante no Campeonato Mundial, chegará a sua quinquagésima primeira edição e aprenta pontos que eu não entendo.
O primeiro ponto que não entendo e que tem ligação direta com o segundo é a participação de times mexicanos. Não tenho nada contra o México e nem contra seu futebol, mas discordo que times de lá possam jogar competições nossas. Seus times são filiados a Concacaf, entidade que abrange os países das Américas do Norte e Central e também os do Caribe. Por isso não vejo sentido que joguem competições da América do Sul.
A própria "cartolagem" do futebol, pensa próximo disso e ai chegamos ao segundo ponto que não entendo. Os times mexicanos podem até jogar a Libertadores e até serem campeões, mas como a competição mostrou neste ano, não podem ir para o Mundial de Clubes, pois a vaga fica reservada para Sul Americanos. Prova disso, é que o Internacional, já chegou a final em 2010, sabendo que também estava classificado para o Mundial, independente do resultado final do Torneio, contra o América (MEX).
O representante da Concacaf, em nos Emirados Árabes, foi o mexicano Pachuca, que ganhou a Copa ouro e garantiu sua vaga no mundial. Isso faz com que se pense ser mais lógico, os tiems de lá disputarem os torneios de lá e não os de cá. Mas os dirigentes conseguem ver lógica na participação destes na Libertadores e então a nós cabe apenas aguentar isso.
O terceiro ponto que não entendo é o fato de que a Conmebol ter anunciado que o time vencedor da Sul America neste ano, teria vaga na principal competição do continente, sem resalvas e depois, quase no apagar das luzes definir que isso prejudicaria os classificados do país que ganhasse a Sul Americana (com o título do Independiente, a Argentina perdeu uma vaga). Acho que a Argentina, deveria ter todas as suas vagas originais e mais a do campeão da Sul Americana.
O mesmo deveria acontecer com o Brasil, caso o Goiás tivesse levantado o "caneco". Se for para sacrificar um país participante, que seja um país não confedereado, ou seja, o México.
O quarto e último ponto, envolve também os representantes mexicanos. Mesmo não sendo confederados aqui, eles não precisam disputar a chamada "Pré-Libertadores", enquato só em 2011, dois clubes que somam nove títulos do torneio, terão de disputar essa fase para poderme ter o direito de jogar a fase de grupos, onde não jogaram com os times mexicanos.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Zebra fazendo história

Muito tem se falado da derrota do Internacional para o desconhcido Mazembe, Congo pela Semi-Final do Mundial Interclubes, mas mesmo com o time gaúcho jogando pior que o africano e este ser o motivo da derrota, os comentários dos rivais acabam por esconder os reais motivos históricos deste acontecimento. Durante todo o jogo, que poderia ser classifcado com o velho clichê "Davi x Golias", o Davi africano, se mostrou melhor e merecedor do resultado.
Apesar de ser bicampeão africano, este time que é bom, ainda tem muito o que melhorar, para chegar a ter uma reputação mediana no cenário internacional. o motivo que o credenciou para jogar o mundial, não é algo que pode fazer de alguém um grande clube. Por isso, mais do que a derrota do Colorado é preciso valorizar a conquista do Mazembe.
Desde que foi criado em 1960, o Mundial era para ser decidido apenas por um time europeu e um sul americano. Mas no cinquentenário da competição o torneio saiu do roteiro e terá um africano na final. Isto sim é que deve ser valorizado. Após muitos cometários durante as Copas do Mundo, quando, desde 1990, sempre se fala que em breve veremos uma seleção africana campeã do mundo, pode ser que o mundial venha no interclubes, já que Gana "chutou para fora" sua chance na África do Sul.
Alguns poderão dizer que isto é loucura, ou delírio, mas que a possibilidade existe, ela existe. Afinal o agora senssação Mazembe, chegou ao Oriente Médio como a grande zebra e já despachou o Pachuca do México e agora o Internacional. Por isso a Internazionale de Milão tem que tomar muito cuidado caso confirme a vaga na final (o jogo com o time coreano ainda não terminou). o Mazembe mostrou que um raio pode cair duas vezes no mesmo lugar e talvéz ainda mostre que pode cair uma terceira vez.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Blá, blá, blá desnecessário

O final do ano vem chegando ao fim e a temporada do futebol brasileiro já se encerrou também. nesta época, quando normalmente as polêmicas do futebol envolvem expeculações quanto a transferências e contratações o futebol brasileiro reacende uma polêmica desnecessária. Depois de um longo tempo analisando um dossiê, elaborado por alguns dos grandes clubes do nosso futebol, a CBF parece disposta a equiparar os títulos da Taça Brasil e do Torneio Roberto Gomes Pedrosa.
Essas duas competições foram criadas pela então CBD, para definir qual equipe brasileira disputaria a recém criada taça Libertadores da América. É evidente que estas competições tem seu valor e que equivaliam ao atual Campeonato Brasileiro. Bahia, Palmeiras, Santos, Cruzeiro e Botafogo foram campeões destas competições e por isso participaram da Libertadores, mas também é claro que essas disputas precisam ser diferenciadas em relação ao Brasileirão pós 1971.
Com regulamentos diferentes e que previlegiavam os times dos grandes centros, pudemos ter campeões com poucos jogos (o vencedor que menos jogou fez quatro partidas, já o maior vencedor disputou apenas 12 jogos). E este é apenas um dos motivos que me faz ser contra a tal equiparação. Além disso, em 1967, ano em que aconteceram os dois torneios o Palmeiras "deitou e rolou" levando os dois troféus, ou seja, foi bicampeão brasileiro em um ano só e isso é no mínimo estranho.
Para mim, campeões brasileiros são aqueles que, ganharam o campeonato de 1971 até os dias atuais, período em que a competição teve o mesmo nome (ou nomes diferentes para competições que os substituiram como a Copa União 87 e a João Havelange 2000). não tenho nada contra as antigas competições, mas se querem fazer justiça equiparando essas competições, então que equiparem também a Copa do Brasil, que na verdade se parece mais com a Taça Brasil do que o Brasileirão.
Para colocar mais pimenta na discussão, o Torneio Rio-São Paulo, tinha o nome oficial de Torneio Roberto Gomes Pedrosa, que em 1967 foi ampliado e passou a abrigar times de outros estados como Rio Grande do Sul, Pernambuco, Minas, eentre outros e ficou apenas com seu nome oficial, uma vez que perdeu o carater Rio-São Paulo. Desta forma seria plausível que a CBF também equiparasse o antigo Rio-São Paulo ao Campeonato Brasileiro.
Este argumento é válido tendo em vista que o Rio-São Paulo foi o precursor do Robertão, assim como Taça Brasil e Robertão foram antecessores ao Brasileirão e assim sendo, deveria ter o mesmo tratamento. À mim não importa quantas vezes meu time foi campeão, sua história é maior do que tudo isso, mas para mim, título se ganha em campo e não na canetada. esta decisão servirá apenas para vender mais jornal e alimetar polêmicas e discussões vazias e desnecessárias, ou seja, não ajudará em nada nosso futebol.
Não importa o nome que as competições tinham de 1959 até 1970, quem as ganhou era na época o melhor time do Brasil, mas caméão brasileiro já é forçar a barra.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Prêmio Fanfarrão do Ano 2010


Estamos chegando ao final do ano e como já era de se esperar, épeoca de escolher os melhores e ou os piores do ano nas mais diversas áreas. Recentemente tivemos a escolha dos bola chei a e bola murcha deste ano e hoje foi divulgado que o Imperador Adriano foi eleito mais uma vez o pior do ano no futebol da bota. Aproveitando este embalo, o bolg O Observador, instituiu o Prêmio Fanfarrão do Ano.
E para estrear o prêmioo agraciado foi Ricardo Teixeira, o presidente da CBF se esforçou para alcançar o feito e em reconhecimento O Observador, lhe retribui com tal "honraria". Motivos para tal conquista não faltaram em 2010.
Primeiro ele se empehou arduamente para que a CBF, assinasse contratos milhonários com as mais variadas empresas e hoje, nossa seleção pode se orgulhar de ter mais patrocinadores do que a Equipe AT&T Willians F1, ou até mesmo o Corinthians. Com os cofres cheios, mas ainda querendo mais, marcou jogos preparatórios para a Copa, contra equipes fracas em locais longínquos, onde o que mais importava era o cheque que a CBF recebia. O resultado, nós pudemos ver na Copa, todos lembram.
Não satisfeito com a série de lambanças na preparação para a Copa do Mundo, agora o senhor Teixeira, fechou 2010, com a maior "fanfarronice" da história do nosso futebol. Com uma simples canetada, atendeu a pressão de alguns dos maiores clubes do país e unificou todas as conquistas nacionais até 1970, ao Brasileirão. Com isso, estes clubes, que sempre foram grandes ganharam no tapetão alguns títulos a mais - apesar de já os terem - e a lista de maiores campeões foi sériamente alterada.
Não tenho nada contra os nacionais pré 1971, mas igualá-los ao Brasileirão é nivelar por baixo o maior campeonato do nosso futebol. Por isso, nada mais justo que o senhor Ricardo Teixeira, que já foi alvo de críticas aqui no blog, que foi escrito pelo jornalista e blogueiro Flávio Gomes e reproduzido aqui neste espaço, ganhasse tal premiação.
Enquanto o senhor Teixeira pensa apenas no bolso e em agradar alguns senhores do nosso futebol, o mesmo está indo para o buraco. Por isso o Prêmio "Fanfarrão do Ano", vai para o presidente da CBF.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Preconceito não se combate com preconceito

Estava á toa na web, quando li uma matéria sobre uma associação de ateus, que contratou diversas empresas no Brasil para divulgar uma campanha, que segundo eles, servirá para combater o preconceito vivido pelos ateus. A matéria, que fala sobre o fato de muitas das empresas contratadas, romperem os contratos. Mas o que me chamou a atenção foi a ideia utilizada na propaganda.
Em algumas das peças, o famoso e perigoso maniqueísmo fica explicito e é evidente que como quem financia a mesma associação de ateus, são eles que aparecem como mocinhos e os que acreditam em Deus, lógico, são os vilões da história, afinal como diz a sabedoria popular, "quem paga a banda, escolhe a música". O problema dessa ideia é o fato de os ateus de hoje caírem no mesmo erro, que segundo eles os defensores de Deus, sempre cometeram e continuam a comenter.
Em uma das peças, o deboche chega a bizarrice de legitimar os ataques ao WTC em 11 de setembro de 2001, ou então afirmar que é melhor ser ateu do que cristão, pois Chaplin era ateu, já Hitler acreditava em Deus. Acreditar que tais propagandas sejam benéficas a alguém é ingenuidade, ou hipocrisia. Todas as propagandas pedidas pela Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos (ATEA), exalam preconceito religioso e só servem para aumentar a discriminação entre estes grupos distintos.
Sinceramente não vejo diferença alguma entre propaganda deste tipo e ações descabidas como a famosa agressão de um bispo protestante a uma imagem de Nossa Senhora Aparecida. Não se combate preconceito com mais preconcetio, mas com respeito e educação. Somente o respito entre os diferentes pode fazer com que os preconceitos sejam superados. Acredito que fé é uma questão de "foro íntimo" e portanto, não devemos alimentar situações contrangedoras entre os diferentes.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Um esclarecimento necessário

Com o fim do ano chegando, o cenário futebolístico/esportivo apresenta um quadro confuso, onde se faz necessário alguns esclarecimentos importantes. como todos sabem, no último dia 1º de setembro, o Corinthians comemorou o centenário de sua gloriosa história, mas em 2010, o time de futebol ficou devendo conquistas à sua torcida.
Tal situação foi o suficiente para que torcedores rivais e também alguns corinthianos, criticassem a diretoria alvinegra responsabilizando-a pelo "fracasso", que pode ser representado pela piada sem nexo de que 2010 foi o ano do "Sem ter Nada Corinthiano". Mas as coisas não são bem desta forma. Não quero aqui eximir a diretoria de responsabilidade pelas não conquistas futebolísticas, mas é necessário colocar os "pingos nos is".
A primeira questão a ser esclarecida é o fato de o ano do centenário corinthiano ter iniciado no último dia 1º de setembro e não no dia 1º de janeiro. Isso pode até ser visto por muitos como choro de perdedor, mas não é possível que qualquer pessoa ou instituição, complete anos no primeiro dia de cada ano, quando na realidade é preciso esperar a data de seu aniversário. Desta forma, o ano do centenário do Corinthians, ainda está apenas começando e não acabando como muitos imaginam.
Outra questão importante é que mesmo tendo o futebol como principal esporte é inegável o "DNA Olímpico" do alvinegro do Parque São Jorge e assim sendo, o Timão que inveestiu muito no futebol e também em outros esportes conquistou títulos importantes de setembro para cá. Entre estes títulos podemos citar a Copa do Mundo de Natação em Piscina Curta, vencida pelo nadador Thiago Pereira, que nada pelo Timão (3/11). Temos também as conquistas do piloto Roberval Andrade de Campeão Brasileiro e Sul Americano de Fórmula Truck, garantida no domingo (5/12). No mesmo dia, a equipe do Corinthians/São Caetano levantou a taça do Troféu Brasil de Futsal (o Brasileirão da modalidade).
É evidente que trocaria todos estes títulos pela Libertadores ou o Brasileiro deste ano, mas não posso negar tais conquistas. Muitos torcedores de outros times dirão que recorrer à eeste expediente é tentar se enganar em algum tipo de fantasia, mas eu descordo. Independente de ano importante em sua história, a grande torcida São Paulina tem todo o direito de comemorar conquistas da atleta Maurren Maggi, que hoje defende o tricolor, assim como Adhemar Ferreira da Silva, bicampeão olímpico no atletismo, quando era atleta tricolor, que o homengeou com duas estrelas em seu escudo, uma para cada medalha.
A nação rubro-negra, também poderá e deverá comemorar as conquistas de César Cielo, que nada pela equipe da Gávea, ou então as conquistas do basquete, afinal afinal tais atletas são tão flamenguistas, quanto Marcelo Lomba, Léo Moura ou Pet.
Concordo com o descontentamento da torcida corinthiana pelas frustrações de 2010, mas não aceito a falácia do "Sem ter nada". Que 2011, seja repleto de conquistas para coroar o centenário do "Campeão dos Campeões.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Uma torcida que não merece o time que tem

Acabou o Brasileirão e pelo segundo ano consecutivo o futebol carioca conquistou o título mais importante do nosso futebol. O Fluminense, após vencer o já rebaixado Guarani, conquistou o bicampeonato do Brasileirão, o primeiro foi no distante 1984. o tricampeonato ao qual seus torcedores agora se referem, incluiu na contagem a conquista do antigo Roberto Gomes Pedrosa em 1970 e que valia como se fosse o campeonato brasileiro.
É evidente que após 26 anos de espera a torcida do time das Laranjeiras tem todo direito de fazer a festa que a conquista merece, mas uma parte dos tricolores acabou por como se diz no popular "perdendo a linha". O fato aconteceu na festa de gala dos melhores do campeonato, onde muitos tricolores foram premiados e com razão. mas o fato negativo do dia, ou melhor da noite, ocorreu quando o presidente do Corinthians, adversário direto na luta pelo título, discursou após seu time ser homenageado pela CBF, em virtude de seus 100 anos.
Durante sua fala, Sanchez, que assumira a presidência do time paulista em meio a sua maior crise e que teve papel fundamental em sua reconstrução, agradeceu a homenagem e parabenizou o tricolor carioca pela conquista do campeonato. Além disso, parabenizou também os campeões das Séries B e C, além dos outros times que conquistaram as vagas para a Série A no Brasileiro do ano que vem.
Ao fazer tal comentário o mandatário alvinegro fez referências à estes times dizendo que os mesmos entram na Série A, "pela porta da frente". Estas palavras foram o suficiente para que torcedores do Fluminense sentissem o golpe e imediatamente vaiassem Sanchez, que deixou imediatamente o palco do Teatro Municipal do Rio de Janeiro.
Mesmo sem mencionar nome algum de time (s) que teria entrado na Série A, o recado ficou claro. O endereço do discurso era o clube das Laranjeiras, que em 2000, após uma série de insucessos na Série A e consequentes rebaixamentos para a Série B (dois, mas sempre anulados no tapetão), o time que caiu uma terceira seguida e no anoo seguinte ia parar na Terceirona, retornava a elite do futebol com a Copa João Havelange (Por coincidência, ex presidente do mesmo Fluminense, da CBF, então CBD e da FIFA), sem precisar jogar a antiga segundona, uma vez que em 1999, o Fluzão havia ganho a Terceirona.
Com a fala de Sanchez, a torcida mostrou que o colunista do O Globo Fernando Calazans, já não tinha mais razão em relação a mesma. Em 14/12/1999, o colunista escreveu:

"O Fluminense está bem encaminhado para ser um dos dois primeiros na terceira divisão e obter assim sua promoção, mas não foi propriamente no campo que o clube brilhou mais. Foi na arquibancada. Quer dizer: a torcida é melhor do que o time..."

Com o comportamento de ontem, a torcida mostrou que o glorioso Fluminense Football Clube é muito melhor do que sua torcida. Muitos dirão que o dirigente paulista teria provocado e como diz a sabedoria popular, "quem fala o que quer, ouve o que não quer". Sim e eu concordo com o dito popular, mas seguindo a mesma linha, entendo que Sanchez, assim como todo corinthiano, passou a reta finaldo campeonato, ouvindo comentários de que o time teria comprado o Brasileirão para garantir um título no centenário e que o guarani havia recebido "mala branca" para jogar sério contra o Flu e assim, poder ajudar o Timão na conquista.
Pois bem, Sanchez, não provocou ninguém, apenas afirmou o que se pode comprovar (o mesmo já não pode ser dito sobre malas brancas e compra de campeonatos). Por isso não vejo a declaração, ainda que polêmica como algo provocativo, mas sim realista, afinal "quem fala o que quer, ouve o que não quer". E foi isso que aconteceu. Infelizmente o comportamento de parte de sua belíssima torcida durante a festa, serviu apenas para manchar a história do clube e sua recente conquista, por isso a mesma não merece o time que tem.



sábado, 4 de dezembro de 2010

Carta Aberta ao Presidente Lula


Estamos chegando ao fim de 2010 e com o final do ano, termina também o segundo mandato do presidente Lula. Como já era esperado desde 2002, quando ele venceu as eleições, muitas críticas foram feitas a este governo que mesmo com estas dificuldades e com os problemas financeiros encontrados no início de 2003, Lula conseguiu fazer um governo histórico. Foram muitos avanços nas áreas sociais sem descuidar da parte econômica. Seu goveno fez a imagem do país mudar no exterior, o Brasil ganhou espaço no cenário internacional e mostrou sua força, principalmente durante a crise econômica, que foi maior até do que a de 1929, um dos principais motivos para a II Guerra Mundial. Nesta crise de 2008/09, o Brasil foi o último a entrar e o primeiro a sair. Muitos dos críticos dirão que isso não pe mérito do Governo Lula, pois na verdade ele continua a rezar em uma cartilha muito parecida com a de seu antecessor. Entretanto, esta afirmação é uma inverdade, pois durante estes quase oito anos de Governo Lula, além de se fortalecer enconômicamente o país também ampliou o número de parceiros comerciais, fazendo com que o país tivesse mais países interessados em nossos produtos e desta forma, poderiamos vender mais, sem se preocupar com quem estava atravessando problemas econômicos.
Também é evidente que ainda há muito o que avançar, é preciso continuar melhorando a saúde, a educação, a infra-estrutura do país e gerar ainda mais justiça social, olhando de maneira especial para movimentos sociais como os Sem-Terra e os Sem-Teto. Para sanar os problemas de infra-estrutura é fundamental se fazer a reforma urbana e agrária, pois isso evitará a migração de famílias para as cidades, o que aumenta a pobreza e a favelização das grandes metrópoles.
É claro que não se pode resolver todos os problemas em oito anos, ou em 16, mas o impportante é que seu governo colocou o Brasil no caminho do desenvolvimento sustentável e que continuará transformando o país.
Ainda é preciso também vencer algumas barreiras importantes para a consolidação do Estado Democrático de Direito e uma destas barreiras e ser vencida é o novo marco regulatório da comunicação. É preciso que o Brasil discuta e defina isso o quanto antes.

domingo, 28 de novembro de 2010

Não haverá vencedores

MARCELO FREIXO

Pode parecer repetitivo, mas é isso: uma solução para a segurança pública do Rio terá que passar pela garantia dos direitos dos cidadãos da favela


Dezenas de jovens pobres, negros, armados de fuzis, marcham em fuga, pelo meio do mato. Não se trata de uma marcha revolucionária, como a cena poderia sugerir em outro tempo e lugar.
Eles estão com armas nas mãos e as cabeças vazias. Não defendem ideologia. Não disputam o Estado. Não há sequer expectativa de vida.
Só conhecem a barbárie. A maioria não concluiu o ensino fundamental e sabe que vai morrer ou ser presa.
As imagens aéreas na TV, em tempo real, são terríveis: exibem pessoas que tanto podem matar como se tornar cadáveres a qualquer hora. A cena ocorre após a chegada das forças policiais do Estado à Vila Cruzeiro e ao Complexo do Alemão, zona norte do Rio de Janeiro.
O ideal seria uma rendição, mas isso é difícil de acontecer. O risco de um banho de sangue, sim, é real, porque prevalece na segurança pública a lógica da guerra. O Estado cumpre, assim, o seu papel tradicional. Mas, ao final, não costuma haver vencedores.
Esse modelo de enfrentamento não parece eficaz. Prova disso é que, não faz tanto tempo assim, nesta mesma gestão do governo estadual, em 2007, no próprio Complexo do Alemão, a polícia entrou e matou 19. E eis que, agora, a polícia vê a necessidade de entrar na mesma favela de novo.
Tem sido assim no Brasil há tempos. Essa lógica da guerra prevalece no Brasil desde Canudos. E nunca proporcionou segurança de fato. Novas crises virão. E novas mortes. Até quando? Não vai ser um Dia D como esse agora anunciado que vai garantir a paz. Essa analogia à data histórica da 2ª Guerra Mundial não passa de fraude midiática.
Essa crise se explica, em parte, por uma concepção do papel da polícia que envolve o confronto armado com os bandos do varejo das drogas. Isso nunca vai acabar com o tráfico. Este existe em todo lugar, no mundo inteiro. E quem leva drogas e armas às favelas?
É preciso patrulhar a baía de Guanabara, portos, fronteiras, aeroportos clandestinos. O lucrativo negócio das armas e drogas é máfia internacional. Ingenuidade acreditar que confrontos armados nas favelas podem acabar com o crime organizado. Ter a polícia que mais mata e que mais morre no mundo não resolve.
Falta vontade política para valorizar e preparar os policiais para enfrentar o crime onde o crime se organiza -onde há poder e dinheiro. E, na origem da crise, há ainda a desigualdade. É a miséria que se apresenta como pano de fundo no zoom das câmeras de TV. Mas são os homens armados em fuga e o aparato bélico do Estado os protagonistas do impressionante espetáculo, em narrativa estruturada pelo viés maniqueísta da eterna “guerra” entre o bem e o mal.
Como o “inimigo” mora na favela, são seus moradores que sofrem os efeitos colaterais da “guerra”, enquanto a crise parece não afetar tanto assim a vida na zona sul, onde a ação da polícia se traduziu no aumento do policiamento preventivo. A violência é desigual.
É preciso construir mais do que só a solução tópica de uma crise episódica. Nem nas UPPs se providenciou ainda algo além da ação policial. Falta saúde, creche, escola, assistência social, lazer.
O poder público não recolhe o lixo nas áreas em que a polícia é instrumento de apartheid. Pode parecer repetitivo, mas é isso: uma solução para a segurança pública terá de passar pela garantia dos direitos básicos dos cidadãos da favela.
Da população das favelas, 99% são pessoas honestas que saem todo dia para trabalhar na fábrica, na rua, na nossa casa, para produzir trabalho, arte e vida. E essa gente -com as suas comunidades tornadas em praças de “guerra”- não consegue exercer sequer o direito de dormir em paz.
Quem dera houvesse, como nas favelas, só 1% de criminosos nos parlamentos e no Judiciário…


MARCELO FREIXO, professor de história, deputado estadual (PSOL-RJ), é presidente da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.

Nota do Blog: A lucidez de Freixo é eloquente.

E note que, até agora, nenhum político foi preso pela operação policial.

Nem mesmo nenhum integrante das milícias que dominam os morros.

E o governador do Rio também não consegue dar uma explicação razoável para a mansão que possui.

Imaginar que o problema esteja naqueles pés-rapados que vimos em fuga é abusar da nossa ignorância.

Texto reproduzido do Blog do Juca Kfouri
http://blogdojuca.uol.com.br

Falam demais

A temporada 2010 de F1, já acabou e como todos sabem, Vettel em uma surpreendente virada conquistou o mundial de pilotos e a Red Bull, delitou e rolou dominado a temporada e ganhando de maneira limpa a competição entre as equipes. Agora o que importa é quem vai correr a onde na temporada 2011 e algumas especulações ainda pairam no ar. Mas mesmo entre os que já tem vaga garantida para 2011, é comum ouvir muito falatório, como é o caso de Felipe Massa/Ferrari.
O piloto brasileiro tem ocntrato com a equipe de Maranello, até 2012, mas já se especulam algumas coisas que podem mudar este cenário. Stefano Domenicali, em entrevista ao Corriere della Sera, afirmou que Massa terá que mostrar resultados para permanecer em um carro vermelho pois bem, alguns pontos precisam ser esclarecidos após esta infeliz declaração: Massa disputou o título de 2008 até depois do fim da última prova e só não foi campeão por azar, ou imprudência da Ferrari, que com suas já clássicas "trapalhadas" contribuiu para a conquista da dupla Hamilton/McLaren.
Em 2009, Massa não teve um carro que pudesse disputar com os carros da Red Bull e da finada Brawn GP, que dominaram a categoria. Um fato que pode comprovar a inferioridade ferrarista, é que Massa sempre andou atrás de Barrichello (para muitos brasileiros o primeiro é muito melhor que o segundo). Outro fato determinante para 2009, ser um ano paraser esquecido por Felipe foi seu grave acidente na Hungria, que o tirou da metade do campeonato. Evidente que com isso, seria impossível fazer com que o brasileiro disputasse algo.
Já neste anos de 2010, o fator carro não foi problema para a Ferrari e Massa, mas a qestão ai era um conjunto de fatores preocupantes para o brasileiro. Seu companheiro Fernando Alonso, bicampeão do mundo e um excelente piloto, além do curriculo tinha a simpatia da própria Ferrari, além de ter levado o principal patrocinador da equipe nesta temporada. Ou seja o espanhol tinha talento, simpatia da equipe e do patrocinador, assim era invitável que ele fosse o piloto nº 1 desta forma, as coisas se complicaram para Massa e a temporada mostrou isso.
Na etapa alemã, a equipe protagonizou a maior vergonha do ano e mandou que Felipe deixasse o compaheiro ultrapasá-lo. Uma corrida onde Massa tinha chance de vencer e manter as chances de título, a equipe, que agora lhe cobra resultados não deixou, preferiu que o queridinho levasse a bandeirada quadriculada. Assim, a Ferrari só mostra que baseada em sua tradição, fica apenas falando demais e trabalhando e respitando os outros de menos. Quem sabe se Massa tiver o respito que a Ferrari deveria disoensá-lo, ele não apresente ótimos resultados.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

E agora Palmeiras?

Na noite de 24 de novembro, o Palmeiras, jogava em casa contra o Goiás. Um empate era o suficiente para que o time do Parque Antárctica chegasse a final e assim mantivesse o sonho de ir para a Libertadores em 2011. Entretanto, o alviverde goiano surpreendeu a todos e venceu por 2 a 1, eliminando o time paulista. O fraco desempenho do antigo Palestra no Brasileirão, fez com que todos vissem o torneio continental como a "tábua de salvação" do alviverde este ano. Mas o Goiás botou muita água no vinho da italianada.
Ficou claro, que não há mais o que fazer para que o Verdão, tenha sucesso no Brasileirão e assim salve 2010. Claro que este resultado pífio é culpa da direção e não do bom técnico Felipão (que a essa hora deve estar arrependido de não ter voltado para a seleção). Mas como acontece a cada tropeço de um grande time, principalmente quando se junta com a proximidade de eleições internas, o cargo de Felipão não está garantido para o ano que vem.
Além de desrrespeito com a história do técnico, este comportamento ainda levanta outro problema. Felipão voltou para o Palestra durante a Copa de 2010 e com a saída do Dunga, ele, por motivos óbvios foi cotado para substituir o capitão do tetra. Claro que os outros postulantes também tinham e tem competência para ser técnico do Brasil, mas o fato de já ter sido campeão do mundo com a amarelinha, fazia de Felipão um forte candidato.
Mas a diretoria palmeirense, frisou que o contrato dele com o time era de longo prazo e por isso ele não poderia sair, salvo se a CBF pagasse uma pesada multa recisória. A mesma história foi ouvida nas Laranjeiras com relação ao Muricy. Por isso, Mano Menezes chegou na seleção. Essa mudança acabou afetando o desempenho do time dirigido por Mano Meneses, que ficou sete jogos sem vitória e com isso a classificação foi alterada. O time do Muricy, que já disputava o título desde aquela época, assumiu a liderança e hoje está com uma mão na taça.
Claro que não vou afirmar aqui que essa "dança dos bancos" foi decisiva para o resultado final do campeonato, mas influenciou sim. E agora? Sem garantia de continuidade em seu trabalho no Palmeiras, como fica o Felipão? Ele poderia estarno lugar do Mano e fazer um trabalho tão bom quanto ele, mas a diretoria não deixou para dispensá-lo seis meses depois? Isso não se faz Palmeiras, nem em time de várzea, se sacaneia um profissional do nipe do Felipão como vocês já pensam em fazer.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Respeito a tradição

2010 vem chegando ao fim. Mas 2011 nos guarda muitas emoções, entre elas a corrida que por motivos óbvios já é considerada a corrida mais importante da história. O mítico circuito de Indianápolis receberá a 100ª edição das 500 milhas. Sim a mais famosa corrida do mundo chegara ao centenário em 2011. É evidente que para a maioria dos brasileiros, isso não quer dizer muita coisa, afinal fomos acostumados a entender que corrida que "presta" é a F1, o resto é nada mais do que isso, a sobra.
No mais recente post do Blog do Victal, do jornalista Victor Martins, ( http://colunistas.ig.com.br/victormartins/2010/11/23/indy-e-os-precos/ ) ele relata a importância, a organização e a melhor maneira de continuar atraindo o fiel público que a cada ano lota o famoso autódromo. Para a edição centenária, a organização colocou preços irisórios nos ingressos, o mais barato sai por US$ 5,00 (R$ 8,61) e o mais caro, o da corrida, sai à US$ 35,00 (R$ 60,29). É iniveital a comparação que o mesmo jornalista faz, enquanto a famosa Indy 500, custa só isso a corrida da Indy em terras paulistanas varia entre R$ 180,00 à R$ 350,00.
A discrepância entre os preços mostra a diferença do nível entre os organizadores, a prova de lá, muito mais famosa e tradicional em sua edição especial fica assustadoramente mais barato que a corrida no novo percurso de rua. É claro, que pelo fato de o brasileiro não estar habituado com a Indy, provocou comentários engraçados e sem nexo, sobre a "reclamação" do jornalista.
Por mais que não se gostem de corridas onde "só se vira o volante para um lado", é preciso respeitar a história e a importância desta que é sim a corrida mais famosa da história, ao menos entre os fórmulas. Ao invés de criticar o dono do Blog, os brasileiros deveriam aprender com os estadunidenses e garantir muita emoção, conforto e segurança a preços quase que irrisórios. Não é preciso tentar diminuir o mito da Indy 500, mas sim trabalhar para melhorar os eventos em terras tupiniquins. Como já diz o dito popular: Respeito é bom e todo mundo gosta. E no caso do Indianápolis Motor Speedway e da Indy 500, eles gostam e merecem sim.

domingo, 21 de novembro de 2010

Brasileirão 2010, uma conquista maculada?

Faltam duas rodadas para o final do campeonato interclubes, mais difícil do mundo e como não poderia deixar de ser, a polêmcia é um ingrediente que vem ganhando força a cada dia. Depois de muita polêmica na rodada passada, por conta de arbitragens que estariam supostamente favorecendo um determinado time, a rodada deste final de semana, acabou "botando mais lenha na fogueira".
Muito se falou de armações para se ter o cmapeão deste ano. O primeiro argumento foi tão ridículo, que rapidamente foi esquecido. Para os adversários o time que vem sendo beneficiado, precisa ser campeão para não passar o ano em branco, mas outros grandes clubes comemoraram o centenário sem ser campeões do Brasileirão. Por isso, tal idéia foi abandonada.
Em seguida lembraram que o presidente deste clube, foi o chefe da delegação brasileira, na Copa da África e por isso a CBF, estaria "ajudando" a equipe a ser campeã. É estranho tal argumento, pois em 1994, o clube presidido pelo então chefe da delegação do Brasil nos EUA, ficou com o vice-campeonato do Brasileirão. Portanto, esta ideia não tem muita consistência.
aos que alegam um número excessivo de erros de arbitragem, "favorecendo tal agremiação", lembro que também ocorreram muitos erros que prejudicaram o mesmo time e que normalmente, quem reclama da arbitragem, faz isso para esconder a incompetência para alcançar seus objetivos.
Assim sendo, fica muito complicado acreditar em qualquer uma dessas justificativas, para se alegar que o campeonato já estaria comprometido, até por que o atual presidente da CBF, que organiza a competição foi dirigente de outro clube que também está na disputa e seria muito ilógico ele atuar para prejudicar o seu clube e favorecer o de um "amigo".
Porém, o que chamou a atenção nesta última rodada foi o fato de que em um dos jogos chaves, o comportamento do adversário de um dos líderes, ter jogado como se estivesse em rítmo de treino, além de se mostrar muito displicente em campo. Talvez isso tenha acontecido para atender a um pedido da sua própria torcida, que estendeu uma faixa com a palavra "entrega".
Fica aqui a dúvida, quem será o campeão do Brasileirão 2010? O time que supostamente está sendo favorecido pela cartolagem, ou o time que supostamente está sendo ajudado pelos adversários que resolveram entregar suas partidas? Caso essas perguntas sejam respondidas com a confirmação de qualquer uma destas suposições, ficará uma certeza sobre o Brasileirão 2010. O campeonato deste ano ficou manchado sim.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Nosso Anti-Herói Cinematográfico

O sucesso de Tropa de Elite 2 - O inimigo agora é outro, nos trás muitos debates importantes para a sociedade brasileira contemporânea. Não vou aqui ficar debatendo sobre a questão da segurança pública e da política brasileira muito bem dissecada nos dois filmes estrelado pelo Capitão/Coronel Nascimento. Meu objetivo aqui é outro, faço neste espaço um questionamento comportamental do fictício comandante do BOPE e sua repercussão perante a sociedade.
É evidente que o comportamento e o pensamento do Nascimento mudou com o tempo - muitos anos separam o Capitão do Coronel -, mas mesmo me considerando um grande fã dos filmes e dá história, não posso concordar com o pensamento predominante sobre este policial. Sei que ele é o personagem principal nos dois filmes e que isso naturalmente fa com que se classifique o mesmo como herói.
Mas por questão de coerência com meus principios, não posso embarcar na onda que o pinta como grande herói - a Veja de algumas semanas atrás o chama de primeiro super-herói brasileiro. Eu discordo desta análise e motivos não me faltam para tanto. Ainda tenho comigo aa visão romântica e infantil de que heróis não falham e Nascimento falha e muito.
Quando ainda era Capitão ele não pensava duas vezes para utilizar meios incorretos para conseguir o que pretendia, Nascimento abusou de torturas físicas e pscicológicas, para cumprir suas missões. Era comum que ele apelasse para o sufocamento ou a ameaça, para conseguir confissões. No Tropa 1, mesmo colocando em evidência o filósofo francês Michel Foucalt (1926-1984), Nascimento personificou Maquiavel, pois para ele os fins (combater o crime), justificavam os meios (torturas).
Infelizmente no Tropa 2, mesmo sendo agora um Coronel mais ético do que o antigo capitão, ele ainda conserva alguns resquícios do mesmo. O Coronel, não se opõe a meios ilícitos para combater seus inimigos, o que mostra que ao contrário do que diz a maioria de "seus fãs", ele não é incorruptível.
O filme na realidade mostra que o Coronel Nascimento na verdade é um anti-herói, talves só comparável no cinema brasileiro com Macunaíma. Digo isto pelo seguinte, assim como o personagem vivido no cinema pelo finado Grande Otelo, Nascimento pratica justiça, não por questões altruístas e com métodos questionáveis, assim como o famoso João de Santo Cristo, que comete vários absurdos na música Faroeste Caboclo, mas mesmo assim vira herói no final da história.
Não quero aqui diminuir a importância e o bom trabalho representado pela equipe do filme ou o belo traballho de Wagner Moura como Nascimento, apenas esponho aqui os motivos que me fazem não considerá-lo herói.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Factóide literário

O Prêmio Jabuti, o maior da literatura brasileira deste ano vem causando polêmica. Critérios estranhos levaram a um resultado classificado como atípico, uma vez que o livro "O Leite Derramado", de Chico Buarque, mesmo não levando o prêmio em sua categoria, abocanhou o prêmio principal. O resultado foi o suficiente para que se criassem polêmica. Muitos escritores e profissionais do mercado literário, passaram a questionar tal premiação.
O estrnaho desta história é que mesmo com critérios "estranhos", os que agora criticam o Jabuti, parecem mais com aquele torcedor, que prefere inventar mil desculpas, do que aceitar a superioridade do seu oponente. Já utilizaram os mais variados argumentos para desqualificar o autor de O Leite Derramado. O principal, como aliás já era de se esperar é que como estamos em ano eleitoral e o Chico Buarque, sempre teve ligações com o PT e fez abertamente campanha para Dilma, só teria vencido este prêmio, como uma espéciie de compensação pela atuação na campanha eleitoral.
Acreditar nesta falácia, é assinar ainda que involuntáriamente uma espécie de "atestado de insanidade mental". Digo isso pelo seguinte. Não sou fã do escritor Chico Buarque, mas sim do compositor e cantor. Já tentei lê-lo, mas não consegui concluir tal empreitada. e não, o livro não era qualquer um, mas sim o premiado Budapeste - que também ganhou o Jabuti. Mas dizer que Chico Buarque e tantos outros artistas e intelectuais que viveram a ditadura e seus problemas, vivem apenas de aparências e politicagens é mentira e falta de respeito.
Não aceitar que Chico tenha dito ser favorável a candidatura Dilma, por ela representar um Brasil que não fala grosso com a Bolívia e fino com os EUA, é tão ridículo, quanto não aceitar que Caetano Veloso, que também passou pelos mesmos problemas de Chico durante a Ditadura, tenha o direito de dizer que votou em Marina, por que Lula era ignorante. Ambos tem o direito de falar o que pensam, goste-mos ou não.
O problema do povo brasssileiro é que a maioria dele não sabe ver os fatos de forma imparcial e sempre acha que tem alguma maracutaia, quando existe algo que não concorda. Dizem que Chico leveou o Jabuti por ter mais mídia? Como assim? Edney Silvestre, que não conheço como autor, mas é um ótimo jornalista, trabalha na Rede Globo a maior empresa de mídia da América Latina. Assim sendo, como podem afirmar que ele não tem mídia.
Alguns lembrarão que Silvestre só tem espaço midiático como jornalista e não como escritor. Chico só tem espaço como cantor e compositor, ou seja, no frigir dos ovos, eles empatam nesta questão. Para mim, este chororô, serve apenas para criar um factoide para divulgar ainda mais os envolvidos, além é claro de ser trololó, dos simpatizantes das candidaturas Marina/Serra, que se viram derrotados nas urnas pela turma do Lula e da Dilma.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Nada Anormal

Hoje o mundo assistiu um dos maiores clássicos do futebol mundial. De um lado o Brasil de Mano Menezes, Ronaldinho, Neymar e Robinho. Do outro, a Argentina de Messi, Di Maria, Tevez e Higuain. Grandes seleções com ótimos jogadores e situações bem distintas. Enquanto o Brasil vem desenvolvendo um trabalho de remodelagem da seleção, visando as Olimpíadas de 2012 e a Copa de 2014, a Argentina vive um momento diferente. Sua seleção já é estruturada e experiente - a base de hoje, jogou e bem, a Copa na África- .
Como diz o dito popular, mesmo sendo o primeiro teste de fogo da equipe de Mano, qualquer resultado era esperado, afinal clássico é imprevisível. Mas mesmo com a grande diferença entre os elencos e a derrota para os hermanos, o Brasil não fez feio. Perder para um time como o argentino, que vem entrosado e com jogadores de destaque não é algo para se lamentar. Ainda mais, quando se consegue segurar um empate até o final da partida.
Nada está perdido para a seleção de Mano, o trabalho que vem sendo feito está bem encaminhado e perder é algo que faz parte do jogo. Por isso não há motivos para tristeza e ou decepção. Agora é bola para frente e que venham novos jogos e campeonatos.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Quebrando a banca


No universo das casas de aposta, a expressão "quebrar a banca" é utilizada quando um apostador investe no resultado mais improvável e ainda assim acaba sendo premiado com o prêmio máximo. Foi isso que acabou acontecendo na temporada de Fórmula 1 deste ano. Sebatian Vettel, que chegou aos Emirados Árabes como a maior zebra entre os que disputavam o título. Já no começo dos treinos, ainda na quinta o alemão mostrou que vinha disposto a cumprir eesta missão que era quase impossível. No sábado, no treino classificatório a história começou a mudar. O tedesco fez a pole, sua décima no ano. Já Alonso, da Ferrari e Weber, companheiro de Vetel na Red Bull, ficaram mais para trás. O espanhol largou em terceiro e o australiano em quinto, praticamente colocando uma pá de cal no sonho do título para a Austrália. Com as posições da largada, Alonso se tornaria tricampeão, aos 29 anos superando Ayrton Senna. Mas seguindo a lógica de que o campeonato só acaba quando termina, a corrida ainda aguardava muita emoção. Na largada Vetel manteve a liderança e Alonso caiu para quarto, sendo ultrapassado por Button. Weber continuou lá trás e tudo indicava que a Espanha ganharia mais um mundial de F1. Mas um acidente envolvendo Schumacher e Sutil, fez com que o Safety Car, entrasse na pista, o que possibilitou aos pilotos irem para os boxes e assim mudaram algumas estratégias de equipes.
A Ferrari cochilou nesta hora e quando percebeu o erro, mandou Alonso para o pit stop, mas acabou jogando fora a corrida do bicampeão mundial. Enquanto isso, Vettel continuava na ponta e via suas chances de título crescerem. Após o erro da equipe italiana na parada de Alonso, o piloto, que disputava o título ficou apenas em sétimo, quando precisava ficar em quatro para ser campeão de novo.

Para Vettel foi só conduzir o carro de forma tranquila até completar a prova ganhando a corrida e de quebra levando o campeonato mundial. Parabéns à Red Bull pelo cmapeonato de construtures, conquista em Interlagos e também ao jovem Vettel, pelo seu primeiro título mundial, que venham mais conquaitas por ai, afinal carro e talento para isso ele tem.

domingo, 14 de novembro de 2010

Começou o chororô

O Campeonato Brasileiro se aproxima do fim. Faltam 3 jogos para sabermos se Corinthians, Fluminense ou Cruzeiro, um deles será o campeão. Com os resultados do ínício desta última rodada, o Corinthians tem a liderança provisoria - tem um jogo a mais que o Fluminense, que joga em casa contra o vice-lanterna Goiás, neste domingo -. Com a derrota para o time paulista, o Cruzeiro fica mais distante da conquista.
Com o centenário do Timão, um fantasma começou a rondar o clube e vem inspirando muitas teorias da conspiração, para favorecer o alvinegro. Seria ótimo, que ele fosse campeão neste ano, mas até agora nada e o Brasileirão seria a última chance - mas há controvérsias - . A controvérsia se dá pelo fato de com o aniversário em setembro, o Corinthians teria até setembro de 2011, para conquistar um título no ano do centenário.
Mas o que importa é que este factóide vem servindo combustível para alimentar a história de conspirações pró Timão e agora com a liderança, os boatos voltaram a ganhar força. Após o jogo no Pacaembu, muita gente do Cruzeiro afirmou que a arbitragem atou para favorecer o time da casa, afinal aos 43 minutos do segundo tempo, o juiz marcou pênalti para o Corinthians e Ronaldo Fenômeno marcou o gol da vitória.
Polêmica a parte, vi o lance do pênalti, por mais de uma vez e vi também uma foto do momento do lance. Não tenho dúvida de que foi pênalti e por isso, não vejo motivo para tanto chororô, seja pelos cruzeirenses ou pelos tricolores das Laranjeiras.

Foto da Agência Estadão/Ricardo Trida na hora do pênalti. Se isso não é falta, então não sei o que é.

A polêmica chegou ao ponto de lembrarem o famoso pênalti, tão claro quanto este, não marcado a favor do Inter, na reta final do Brasileirão de 2005 e que teria acabado favorecendo o Timão na conquista daquela competição. O que não lembram é que no mesmo 2005, o Souza que hoje está no Timão, marcou um gol impedido na última rodada, contra o time do Parque São Jorge quando jogava pelo Goiás e que este gol tirou a vitória do time paulista. Caso o visitante ganhasse aquela partida no Serra Dourada, não haveria como ser alcançado pelo Internacional.
Com muita emoção e polêmica, o Campeonato vem se afunilando e ganhando contornos dramáticos. A tendência e o chororô aumentar e servir de desculpa ainda que esfarrapada para justificar os próprios erros ou azar.

sábado, 6 de novembro de 2010

Pedra não voa

Recentemente voltei a ler o livro Asas da Loucura, de autoria do jornalista estadunidense Paul Hoffman e que é segundo a publicação a biografia mais completa de Alberto Santos Dumont. Me interessei pelo livro exatamente por isso, sempre admirei a história deste mineiro que com o dinherio do pai cafeicultor, foi para Paris onde trabalhou incansavelmente até conseguir realizar seu grande sonho: Fazer o homem voar.
Entretanto, assim como muita gente por ai, o jornalista/autor acaba por cometer uma séria gafe, que tenta diminuir a história de Santos Dumont. Hoffman vai no embalo do pensmanto predominante e afirma que o avião não é uma invenção franco-brasileria, mas sim uma criação estadunidense, talvéz resquício do patriotismo megalomaníaco dos senhores do norte. Para o escritor, os irmãos Wirgth seriam os verdadeiros criadores do avião.
O erro do pensamento yanke se dá pela seguinte questão; segundo o dicionário Michaelis, voar tem entre seus muitos significados o seguinte: "Elevar-se nos ares; mover-se ou sustentar-se no ar por meios mecânicos", ou seja, é preciso que a aeronave seja movida por motores que impulsione sua decolagem e mantenha a mesma no ar durante o vôo. Assim sendo, o veículo aéreo criado pelos irmãos Wirgth não pode ser taxado de aeronave, o que torna a história de que os mesmos foram os primeiros a criar uma avião e voar nele, uma grande falácia.
Sim Alberto Santos Dumont foi o primeiro a voar em uma aeronave motorizada, o que nada mais era do que um avião pioneiro
. E basta entender um pouco de aeronáutica para saber que essa é a verdade. Caso a versão apresentanda por Hoffman fosse verdadeira, o título deste texto estaria errada, pois bastaria colocarmos uma pedra em um estilingue, ou atiradeira para fazer com que ela voasse. Mas todos sabem que pedra não voa e aeronave que precisa de mecanismo para alçar voo, que não seja seu próprio motor, não pode ser classificada como sendo uma avião.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Bye Pontiac



No último domingo, dia 31 de outubro o mundo automobilístico recebeu uma triste notícia que já era aguardada há tempos. A General Motors, anunciou de maneira oficial o encerramento definitivo das atividades da Pontiac. A mítica marca de carros super esportivos vinha enfrentando graves problemas financeiros que acabaram levando-a a falência. A situação se tornou insustentável, após o pedido de concordata da GM, devido a última grande crise financeira mundial, que colocou a gigante nas cordas.
Para quem acompanha o mundo automobilístico e que gosta de marcas poderosas, essa é uma triste notícia. A fabricante de mitos dos asfalto como o GTO, ou o Firebird não existe mais. Agora só será possível honrar sua história em miniaturas - como as da Hothells -. Após 84 anos de história a Pontiac, hoje é apenas uma ótima lembrança para os amantes da velocidade e dos muscle-cars, que inclusive foi umaconceito inventado pela marca ao desenvolver o famoso Pontiac GTO, que segundo seu criador, o engenheiro Jonh Delorean tinha a missão de superar a Ferrari GT e por isso o modelo americano recebeu a sigla que o deixou famoso.

A Pontiac foi a primeira marca a fazer os famosos muscle-cars ao por inciativa de Delorean, colocar um motor V8 (paixão dos estadunidenses), em carros aparentementes comuns. Dessa idéia, que parecia absurda no começo, surgiram outros mitos como os Chevrolet Impala, Corvette e tantos outros modelos da GM e também de outras montadoras.
Os amantes dos motores V8, estão de luto com o fim das atividades da Pontiac. É lamentável que as trapalhadas financeiras da GM tenham resultado neste fim.

Carta Aberta à Dilma Rousseff

Mais um importante passo foi dado na consolidação da democracia brasileira. O povo escolheu agora uma mulherpara dirigir o país nos próximos quatro anos. A escolhida é sobre tudo uma guerreira, que desde nova sempre participou da vida política do país, seja na luta contra a ditadura, ou seja nos governos por onde passou e adquiriu experiência para chegar neste importante momento do país.
Como resultado do pleito de 2010, o Brasil passa a ser o 11º país das Américas, a ser governado por uma mulher, sendo também o 8º a eleger uma presidente. A peleja para chegar até aqui não foi fácil. Tanto Dilma, quanto o partido passaram por momentos delicados, que hoje só servem de exemplo e de motivo para comemorar esta expressiva votação.
Há cinco anos atrás, devido a erros cometidos ppor figurões do PT, o partido se viu em uma crise sem precedentes. Era exatamente o que a oposição queria, essa situação colocaria em risco a credibilidade do governo Lula e do PT e ai eles teriam como, através das urnas retomar o projeto de poder, que desmontou o país, entre 1994 e 2002. Mas o governo Lula mostrou força e assim como o partido, renasceu das cinzas, para conquistar pelo voto mais quatro anos dde governo e consolidar conquistas importantes para o país.
No embalo destas conquistaso Brasil foi mudando e passou a ser mais respeitado no exterior, mostrou força econômica e enfrentou a maior crise financeira, desde 1929, como se fosse uma breve intempérie e assim, se tornou o último país a entrar na crise e o primeiro asair dela. Com issom chegamos as eleições de 2010 e a força do governo provocou desespero entre os opositores, que em muitos momentos agiram como baratas tontas, inventando factóides, que não surtiram efeitos.
Agora é preciso iniciar o processo de transição e consolidar os avanços sociais e econômicos que o Brasil vem conquistando. É preciso ainda avançar em muitas áreas como a reforma política, a reforma agrária, a democratização da comunicação, continuar melhorando a educação e a infra-estrura do país para termos um país melhor a cada dia.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

O falso moralismo e o desespero.

Tempos atrás, aliado a setores conservadores da igreja católica, o senhor José Serra e seus correligionários/eleitores, espalharam mensagens falsas com supostas declarações de sua adversária, sobre temas polêmicos como o aborto, a discriminalização das drogas e a união civil entre pessoas do mesmo sexo. Pois bem, a farsa estava montada. A jogada eleitoral e midiática, serviria para alavancar uma candidatura que perigava naufragar de maneira vexatória.
O maniqueismo político-eleitoral estava garantido. De um lado (a direita), o representante da moral e dos bons costumes, o conservador José Serra. De outro, (a esquerda) a candidata que supostamente defenderia o aborto, o fim da família com a união civil entre pessoas do mesmo sexo. Era o jogo que a direita queria. Com esse discurso, ficaria "fácil" decidir em quem votar, quem é "do bem", votaria no candidato, que fosse "do mal", votaria na candidata sinistra.
Entretanto a estratégia se mostrou forte como um tigre de papel e os movimentos progressistas das igrejas estão conseguindo reverter tal situação exdrúxula. Agora, com o constante crescimento da candidata nas pesquisas eleitorais, o desespero vem tomando conta da campanha tucana. A última pérola do candidato Serra, expõe todo o machismo presente neste triste senhor: "Se você é uma menina bonita, tem que conseguir 15 votos. Pegue a "lista de pretendentes" e mande um e-mail. Fale que quem votar em mim, tem mais chance com você".
Em outras palavras, a mensagem do candidato é bem simples para as mulheres do Brasil: "Se você é bonita, me ajude. Se prostitua para me fazer presidente da República." Com isso, o ex governador, que mais uma vez não cumpriu todo o seu mandato, deixou sua máscara cair e mostrou sua verdadeira face. Assim como a direita, José Serra é machista e não se importa com os outros, mas sim com seus objetivos.
É lamentável que em pleno século XXI, ainda ouvimos apelos absurdos como este. É preciso que toda a sociedade brasileira combata toda forma de preconceito e o machismo é um deles. Com tal afirmação, o candidato mostrou-se mais uma vez seu despreparo para ocupar o cargo máximo da nação. Alguém precisa ensinar para este senhor, que nosso país deve ser governado para todos e por quem sabe respeitar as muitas diferenças que ajudam a formar o mosaico cultural da nossa sociedade.
Pode ser, que no próximo domingo dia 31, a sociedade brasileira mostre à este senhor e aos seus eleitores, que querem avançar nas conquistas sociais pela igualdade entre todos e ao meu ver, a melhor resposta para esta declaração absurda é eleger Dilma Roussef 13, a primeira mulher presidente do Brasil. Ela sim uma mulher guerreira de verdade e preparada para ocupar este importante cargo.
O senhor José Serra, vem nos últimos dias mostrando-se cada vez mais desesperado e este desespero não pode se alastrar pelo país. É a hora da força da mulher vencer o conservadorismo machista.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Novamente voto Dilma 13


Ao contrário do que muita gente pensou, a eleição deste ano não foi decidida no primeiro turno. Por isso, no domingo dia 31, vamos novamente às urnas escolher o projeto de país que queremos. Assim como no primeiro turno, voto mais uma vez na companheira Dilma. Vejo na sua eleição um passo importante para continuarmos a maior revolução que o Brasil viveu em toda sua história.
O governo Lula, desapontou muita gente, que dizia ter medo de um governo petista. Nesses quase oito anos, Lula e o PT mostraram que não há o que temer. Vivemos hoje em um país melhor. Os problemas econômicos vividos até os anos 90 e tidos como crônicos, não existem mais. Na política internacional o país vem adotando um comportamento diferenciado e com isso tem ganhado espaço e respito da Comunidade Internacional.
Se na economia, nem a maior crise econômica desde 1929, foi capaz de nocautear o Brasil, na área social também tivemos grandes avanços. Milhares de pessoas puderam ascender socialmente, deixando para trás a famigerada "linha da pobreza", hoje vivemos em um país de maioria na chamada classe média. Áreas como a educação, que até pouco tempo atrás era tratada com descaso pelo poder público, agora vem ganhando investimetnos e é utilizada como a principal ferramenta de transformação social no país.
Dilma é a continuidade desta caminhada, por isso acho importante que ela seja eleita a primeira presidente do Brasil. Os críticos buscarão, como estão buscando, motivos para tentar desqualificá-la. Já lembraram seu passaso guerrilheiro, como se isso fosse um desabono à ela. Vejo por uma outra ótica. Dilma pegou em armas para defender a democracia, algo que deveria ser louvado pelo povo brasileiro, principalmente por aqueles que assim como eu não tiveram que se arriscar para terem o direito de escolher seus representantes.
Aos que afirmam que Dilma é despreparada para o cargo por não ter experiência em cargos eletivos, cito aqui dois contra argumentos. O primeiro é o fato de que Lula, o melhor presidente que o país já teve, antes de ser presidente, só foi deputado constituinte. O segundo argumento que apresento é o fato de que Dilma, ocupou cargos chaves nas administrações da prefeitura de Porto Alegre, onde foi secretária de Fazenda, depois foi secretária de energia do estado do Rio Grande do Sul e depois foi ministra de Minas e energia do governo Lula e em seguida assumiu a Casa Civil e o Conselho Administrativo da Petrobras.
Para mim, tal curriculo é mais do que suficiente para se chegar a Presidência da República. Por isso voto Dilma 13. Dilma coordenou todos os grandes projetos do governo Lula, como o Luz para Todos, o Minha Casa Minha Vida e o PAC. também teve atuação preponderante na melhoria da educação e no aumento da oferta de vagas no ensino superior, seja através do ProUni, que colocou milhares de jovens na universidade ou na aampliação do número de universidades - foram 14 em 8 anos -. Dilma e o governo Lula também não esqueceram do ensino técnico construiram 214 novas escolas técnicas, um número superior ao número de escolas técnicass existentes em 2002.
Por estes motivos, não vejo outra possibilidade que não seja votar em Dilma no próximo domingo. Quero que o país continue mudando e crescendo, para que esta terra gigante pela própria natureza continue snedo a pátria adorada destes milhões de brasileiros.