Um navio sem norte

Desde 2002, quando Lula tomou posse para seu primeiro mandato,  os partidos que  passaram para a nova oposição se mostram perdidos. Não sabiam e ainda não apresnderam a  atuar como oposição. Claro que o bom desempenho do ex operário como presidente do Brasil, colaborou em muito para desestabilizar estes partidos, tão acostumados a serem de situação, mas sem  lastro para a oposição.

Nem os problemas enfrentados pelo governo petista, serviram para que a oposição se aprumasse e mostrasse a "cara". Os anos foram se passando e etses senhores não  perdiam  a oportunidade de "colocar os pés,  pelas mãos". Veio o fim do mandato de Lula, na Presidência e após o fracasso serrista em  2002,  eis que tiram da cartola o tal do Alckimin, então governador paulista, eleito como vice de Serra. O resultado foi o mesmo que o alcançado por seu criador. Perdeu  no segundo turno, para  Lula que ficou por mais quatro anos.

Finalmente chegamos a 2010, um ano simbólico para a oposição, ou pelo menos deveria ser, o fenômeno Lula, chegava ao fim de seu segundo mandato e não poderia vir candidato e parecia que o PT não teria um nome  forte para concorrer. Mas, eis que surge o nome de Dilma Roussef e ela vence a eleição no segundo turno, contra  o mesmo Serra, derrotado  por Lula oito anos antes. É claro que  o segundo  turno só ocorreu por estratégia dos consevadores, que se aproveitaram de fatores importantes para possibilitar  isso.

Primeiro eles já iam  para a campanha, alegando que a realização de um segundo turno era algo salutar  para a sociedade e para  a democracia, além disso, souberam tirar  proveitoda onda verde encabeçada pela Marina Silva,  que angariou muitos votos e também  souberam tirar proveito de informações distorcidas como a polêmica do aborto envolvendo o PT, sua candidata e a Igreja Católica.

Entretanto, como já diz a sabedoria popular, " o que é do homem, o bicho não come", neste caso seria mais apropriado o que é da mulher,  mas isso já é outra história, o que interessa é que Dilma venceu as eleições  e se tornou a primeira mulher presidente, ops! Presidenta do Brasil. e a oposição continuou mais perdida do que cego em tiroteio. Com o tempo, eis que surge uma oportunidade, que poderia finalmente acabar com tal  dilema. O ex  governador de Minas e atual senador Aécio  Neves faz um discurso acalorado na tribuna do Senado, querendo provar ao mundo que a oposição estaria  forte e que teria um nome para uma  futura candidatura ao palácio do Planalto.

Alguns viram  nas  palavras  do neto de Tancredo o seguinte recado: "Estamos aqui, para o que der e vier e em 2014, não esqueçam é Aécinho na cabeça". Mas como na  política nada é simples e claro, eis que surge das sombras o sociólogo e ex presidente Fernando Henrique, se colocando no jogo e falando a imprensa que gostaria de ver um novo embate eleitoral, entre ele e Lula. Será que FHC, "passará o rodo" entre os tucanos para se lançar a  Presidência novamente? Caso isso ocorra, como ficaria o Senador mineiro, que já tenta ser candidato ao cargo que teria  sido de seu avô, mas nunca teve tal chance no ninho tucano. Será que o político-galã?! Romperá com os atuais companheiros, buscando nova legenda para apostar em seu sonho? Caso isso aconteça, o cenário para 2014 ficará realmente emocionante, pois  seriam pelo menos  quatro nomes fortes para apenas uma vaga.

Esse comportamento, mostra que sim a oposição ao governo  petista está totalmente sem rumo,  como  uma embaração a deriva. Assim sendo,  deixo aqui alguns conselhos básicos para eles: Abandonar o navio; homens ao mar; mulheres e jovens primeiro; e não esqueçam nem botes e nem os coletes salva-vidas. Fortes emoções nos aguardam nos próximos  capítulos.

Uma questão preocupante

Tempos atrás, escrevi aqui neste blog minha opinião sobre os chamados times empresas. Agora retomo outra discussão, que envolve o futebol contemporâneo e que pode vir a criar raízes em terras brasileiras. Falo dos times que tem "donos". Isso mesmo, na Europa e nos EUA, muitos times não pertencem as suas respectivas torcidas, mas sim a grandes empresários e em muitos casos estes senhores não são nem do mesmo país que seus times. 

Entre os times que têm donos, podemos citar grandes clubes como é a caso da atual campeã do mundo Internazionale de Milão, que pertence ao senhor Máximo Moratti, o Milan, grande rival da Inter, é do polêmico Primeiro-Ministro italiano Silvio Berlusconi, a Juventus é controlada pelo Grupo Fiat, Na Inglaterra, paraíso dos times pertencentes a milionários, o Manchester, que já foi do milionário Murdoch, hoje pertence a Malcon Glazer, o Aston Vila é propriedade de Randy Lerner, Ellis Short é o proprietário do Sunderland, o Liverpool, que já foi de Tom Hicks, que já teve o Texas Rangers e foi parceiro do Corinthians com a Hicks Muse Tate Fusrt e passou as mãos de George Gillets, foi vendido ao grupo Fenway Sports, de Jonh W. Henry. Ainda na Inglaterra, temos também o Chelsea de Abramovic e o Arsenal que agora pertence ao americano Stan Kroenke.

Também na Espanha e na Holanda temos times que pertencem a empresários ou grandes empresas e ao que parece esta é uma prática que cada vez mais dominará o mundo da bola. Tenho sérias restrições à este modelo de gestão do futebol, ainda prefiro a gestão com ampla participação dos sócios-torcedores, como acontecem com Real Madrid e Barcelona, que vem mostrando nos últimos anos estarem em uma rota mais segura do que as equipes que pertecem a empresários e que não vem apresentando bons resultados dentro de campo.

Torço para que essa "moda" não pegue em campos tupiniquins, Claro que existem outras alternativas de gestão que entendo se encaixar melhor na realidade brasileira. Já faz tempo que os clubes precisam fazer uma profissionalização maior nas suas gestões e que alguns clubes nacionais até vem atuando neste sentido, mas ainda de maneira muito vagarosa. Não gostaria de ver meu time, ou nenhum dos quais tenho simpatia pertencendo a empresas, acredito que as mesmas podem ser decisivas na melhoria da gestão, mas limitando-se ao papel de parceiras como já aconteceu com o Palmeiras nos anos 90, com a Parmalat. 

Outra questão que acho preocupante neste caso é a origem dos recursos destes milionários, alguns dos nomes já citados não tem como explicar a origem de suas fortunas, ou seja, utilizam os clubes, para provavelmente lavar dinheiro, o que seria preocupante para o nosso futebol.

Embalo português

O Porto vem mostrando um ótimo futebol na temporada 2009/10. Após vencer com  facilidade o time do Spartak Moscou com uma sonora goleada, em jogo válido pela "ida" das quartas-de-final da Liga Europa, o alvianil lusitano, chegou  também ao  título do português com uma vitória contra o rival Benfica, em plena casa  do adversário. Para abrilhantar a conquista, o Porto foi campeão invicto, feito alcançado apenas pelo Benfica, uma única vez lá nos já distantes anos 70.

Embalado com a conquista  nacional, o Porto embarcou para a fria Moscou, visando um jogo relativamente fácil contra o mesmo Spartak, na "volta" das quartas-de-final do torneio europeu. A partida  prometia uma certa facilidade para os lusitanos, devido a goleada na primeira partida e mesmo com o apoio da  torcida e do frio  moscovita,  que já derrubou  imponetes exércitos, o time russo não seria um grande obstáculo para os  campeões lusitanos.

Entretanto, mesmo o mais fanático dos torcedores do time azul e branco, achava que a partida  teria  o desfecho que ocorreu. Jogando em casa, o Spartak, não teve um time aguerrido em campo. Mas quem apostasse em uma nova goleada portuguesa, quebraria qualquer banca. Os 5x2, que selaram o passaporte portuense foi sim um resultado anormal.Com gols de Hulk, Rodríguez, Falcao, Guarín e Ruben Micael, o Porto mostrou força  no  torneio continental e mostrou que se estivesse  classificado para a Champions,  poderia sim estar  nas Semi-Finais da competição.

                     Falcao, Hulk e Guarín comemoram o terceiro gol do Porto em Moscou (Foto: AFP)

Com o resultado  o time português jogará contra o Villareal que também venceu o Twente da Holanda e quem vencer este confronto chegará a final a Liga Europa, contra o vencedor do confronto entre o Braga e o Benfica, ambos de Portugal e com isso as chances de um novo duelo entre os gigantes lusitanos se mostram bem grandes.

Carta Aberta ao Macaé Sports

Esta semana, após a derrota para o Vôlei Futuro, chegou ao fim a jornada macaense na Superliga feminina 2010/2011. Mesmo sendo adverso o resultado coroou um belo trabalho feito pelo time que tão  bem representou a cidade na elite do vôlei nacional. Com isso, o Macaé Sports mostrou sua força e terminou o campeonato como a sexta  melhor equipe do país, claro que muitos se mostrarão insatisfeiro com esta colocação, pois vivemos em um país com a cultura de que "o segundo  é o primeiro a perder" e desta  forma, ficar em sexto seria uma vergonha.

Mas quem acompanha o vôlei no Brasil sabe que as coisas não podem ser vistas de maneira  tão  rasa  como essa frase presupõe. Temos times com grandes  estruturas e jogadoras experientes, que já defenderam a seleção e conquistaram títulos importantes, seja  pelos seus clubes ou pela seleção.  No Macaé,  temos  uma estrutura  acanhada  em relação a muitos dos nossos adversários e também não  temos a tradição dos mesmos. O time  da  cidade é formado por jogadoras  novas, que mostraram ter um belo futuro pela frente, mas ainda falta estrada para que elas cheguem ao topo do esporte.

Acompanho o Macaé  Sports desde seu início, quando ele tinha a participação de grandes medalhões como Márcia Fú e Isabel, sei da luta que era e continua sendo para  manter este time que chegou a ter suas atividades paralizadas, na elite do  esporte. Atualmente somos a  segunda força no estado e a sexta no país. Em ambos os casos, isso é motivo de orgulho para a  cidade.  vejo que o time esta no caminho certo para  alçar vôos  mais altos e dar ainda  mais alegria  para a  nossa  cidade, parabéns as atletas pelo resultado e que na próxima  temporada o time consiga ir mais longe ainda  tanto no estadual,  quanto na Superliga, talento para isso  essas atletas possuem.

Torço também, para  que a torcida  volte a ter maior participação nas partidas como acontecia antigamente, quando ainda no Juquinha lotávamos as arquibancadas, sendo muitas vezes um fator importante na  vitória  da  equipe da casa, espero que agora no ginásio municipal, possamos lotar as arquibancadas para  fazer uma pressão ainda  maior nas adversárias,  criando um verdadeiro "caldeirão", empurrando o time para novas conquistas.