domingo, 28 de novembro de 2010

Não haverá vencedores

MARCELO FREIXO

Pode parecer repetitivo, mas é isso: uma solução para a segurança pública do Rio terá que passar pela garantia dos direitos dos cidadãos da favela


Dezenas de jovens pobres, negros, armados de fuzis, marcham em fuga, pelo meio do mato. Não se trata de uma marcha revolucionária, como a cena poderia sugerir em outro tempo e lugar.
Eles estão com armas nas mãos e as cabeças vazias. Não defendem ideologia. Não disputam o Estado. Não há sequer expectativa de vida.
Só conhecem a barbárie. A maioria não concluiu o ensino fundamental e sabe que vai morrer ou ser presa.
As imagens aéreas na TV, em tempo real, são terríveis: exibem pessoas que tanto podem matar como se tornar cadáveres a qualquer hora. A cena ocorre após a chegada das forças policiais do Estado à Vila Cruzeiro e ao Complexo do Alemão, zona norte do Rio de Janeiro.
O ideal seria uma rendição, mas isso é difícil de acontecer. O risco de um banho de sangue, sim, é real, porque prevalece na segurança pública a lógica da guerra. O Estado cumpre, assim, o seu papel tradicional. Mas, ao final, não costuma haver vencedores.
Esse modelo de enfrentamento não parece eficaz. Prova disso é que, não faz tanto tempo assim, nesta mesma gestão do governo estadual, em 2007, no próprio Complexo do Alemão, a polícia entrou e matou 19. E eis que, agora, a polícia vê a necessidade de entrar na mesma favela de novo.
Tem sido assim no Brasil há tempos. Essa lógica da guerra prevalece no Brasil desde Canudos. E nunca proporcionou segurança de fato. Novas crises virão. E novas mortes. Até quando? Não vai ser um Dia D como esse agora anunciado que vai garantir a paz. Essa analogia à data histórica da 2ª Guerra Mundial não passa de fraude midiática.
Essa crise se explica, em parte, por uma concepção do papel da polícia que envolve o confronto armado com os bandos do varejo das drogas. Isso nunca vai acabar com o tráfico. Este existe em todo lugar, no mundo inteiro. E quem leva drogas e armas às favelas?
É preciso patrulhar a baía de Guanabara, portos, fronteiras, aeroportos clandestinos. O lucrativo negócio das armas e drogas é máfia internacional. Ingenuidade acreditar que confrontos armados nas favelas podem acabar com o crime organizado. Ter a polícia que mais mata e que mais morre no mundo não resolve.
Falta vontade política para valorizar e preparar os policiais para enfrentar o crime onde o crime se organiza -onde há poder e dinheiro. E, na origem da crise, há ainda a desigualdade. É a miséria que se apresenta como pano de fundo no zoom das câmeras de TV. Mas são os homens armados em fuga e o aparato bélico do Estado os protagonistas do impressionante espetáculo, em narrativa estruturada pelo viés maniqueísta da eterna “guerra” entre o bem e o mal.
Como o “inimigo” mora na favela, são seus moradores que sofrem os efeitos colaterais da “guerra”, enquanto a crise parece não afetar tanto assim a vida na zona sul, onde a ação da polícia se traduziu no aumento do policiamento preventivo. A violência é desigual.
É preciso construir mais do que só a solução tópica de uma crise episódica. Nem nas UPPs se providenciou ainda algo além da ação policial. Falta saúde, creche, escola, assistência social, lazer.
O poder público não recolhe o lixo nas áreas em que a polícia é instrumento de apartheid. Pode parecer repetitivo, mas é isso: uma solução para a segurança pública terá de passar pela garantia dos direitos básicos dos cidadãos da favela.
Da população das favelas, 99% são pessoas honestas que saem todo dia para trabalhar na fábrica, na rua, na nossa casa, para produzir trabalho, arte e vida. E essa gente -com as suas comunidades tornadas em praças de “guerra”- não consegue exercer sequer o direito de dormir em paz.
Quem dera houvesse, como nas favelas, só 1% de criminosos nos parlamentos e no Judiciário…


MARCELO FREIXO, professor de história, deputado estadual (PSOL-RJ), é presidente da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.

Nota do Blog: A lucidez de Freixo é eloquente.

E note que, até agora, nenhum político foi preso pela operação policial.

Nem mesmo nenhum integrante das milícias que dominam os morros.

E o governador do Rio também não consegue dar uma explicação razoável para a mansão que possui.

Imaginar que o problema esteja naqueles pés-rapados que vimos em fuga é abusar da nossa ignorância.

Texto reproduzido do Blog do Juca Kfouri
http://blogdojuca.uol.com.br

Falam demais

A temporada 2010 de F1, já acabou e como todos sabem, Vettel em uma surpreendente virada conquistou o mundial de pilotos e a Red Bull, delitou e rolou dominado a temporada e ganhando de maneira limpa a competição entre as equipes. Agora o que importa é quem vai correr a onde na temporada 2011 e algumas especulações ainda pairam no ar. Mas mesmo entre os que já tem vaga garantida para 2011, é comum ouvir muito falatório, como é o caso de Felipe Massa/Ferrari.
O piloto brasileiro tem ocntrato com a equipe de Maranello, até 2012, mas já se especulam algumas coisas que podem mudar este cenário. Stefano Domenicali, em entrevista ao Corriere della Sera, afirmou que Massa terá que mostrar resultados para permanecer em um carro vermelho pois bem, alguns pontos precisam ser esclarecidos após esta infeliz declaração: Massa disputou o título de 2008 até depois do fim da última prova e só não foi campeão por azar, ou imprudência da Ferrari, que com suas já clássicas "trapalhadas" contribuiu para a conquista da dupla Hamilton/McLaren.
Em 2009, Massa não teve um carro que pudesse disputar com os carros da Red Bull e da finada Brawn GP, que dominaram a categoria. Um fato que pode comprovar a inferioridade ferrarista, é que Massa sempre andou atrás de Barrichello (para muitos brasileiros o primeiro é muito melhor que o segundo). Outro fato determinante para 2009, ser um ano paraser esquecido por Felipe foi seu grave acidente na Hungria, que o tirou da metade do campeonato. Evidente que com isso, seria impossível fazer com que o brasileiro disputasse algo.
Já neste anos de 2010, o fator carro não foi problema para a Ferrari e Massa, mas a qestão ai era um conjunto de fatores preocupantes para o brasileiro. Seu companheiro Fernando Alonso, bicampeão do mundo e um excelente piloto, além do curriculo tinha a simpatia da própria Ferrari, além de ter levado o principal patrocinador da equipe nesta temporada. Ou seja o espanhol tinha talento, simpatia da equipe e do patrocinador, assim era invitável que ele fosse o piloto nº 1 desta forma, as coisas se complicaram para Massa e a temporada mostrou isso.
Na etapa alemã, a equipe protagonizou a maior vergonha do ano e mandou que Felipe deixasse o compaheiro ultrapasá-lo. Uma corrida onde Massa tinha chance de vencer e manter as chances de título, a equipe, que agora lhe cobra resultados não deixou, preferiu que o queridinho levasse a bandeirada quadriculada. Assim, a Ferrari só mostra que baseada em sua tradição, fica apenas falando demais e trabalhando e respitando os outros de menos. Quem sabe se Massa tiver o respito que a Ferrari deveria disoensá-lo, ele não apresente ótimos resultados.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

E agora Palmeiras?

Na noite de 24 de novembro, o Palmeiras, jogava em casa contra o Goiás. Um empate era o suficiente para que o time do Parque Antárctica chegasse a final e assim mantivesse o sonho de ir para a Libertadores em 2011. Entretanto, o alviverde goiano surpreendeu a todos e venceu por 2 a 1, eliminando o time paulista. O fraco desempenho do antigo Palestra no Brasileirão, fez com que todos vissem o torneio continental como a "tábua de salvação" do alviverde este ano. Mas o Goiás botou muita água no vinho da italianada.
Ficou claro, que não há mais o que fazer para que o Verdão, tenha sucesso no Brasileirão e assim salve 2010. Claro que este resultado pífio é culpa da direção e não do bom técnico Felipão (que a essa hora deve estar arrependido de não ter voltado para a seleção). Mas como acontece a cada tropeço de um grande time, principalmente quando se junta com a proximidade de eleições internas, o cargo de Felipão não está garantido para o ano que vem.
Além de desrrespeito com a história do técnico, este comportamento ainda levanta outro problema. Felipão voltou para o Palestra durante a Copa de 2010 e com a saída do Dunga, ele, por motivos óbvios foi cotado para substituir o capitão do tetra. Claro que os outros postulantes também tinham e tem competência para ser técnico do Brasil, mas o fato de já ter sido campeão do mundo com a amarelinha, fazia de Felipão um forte candidato.
Mas a diretoria palmeirense, frisou que o contrato dele com o time era de longo prazo e por isso ele não poderia sair, salvo se a CBF pagasse uma pesada multa recisória. A mesma história foi ouvida nas Laranjeiras com relação ao Muricy. Por isso, Mano Menezes chegou na seleção. Essa mudança acabou afetando o desempenho do time dirigido por Mano Meneses, que ficou sete jogos sem vitória e com isso a classificação foi alterada. O time do Muricy, que já disputava o título desde aquela época, assumiu a liderança e hoje está com uma mão na taça.
Claro que não vou afirmar aqui que essa "dança dos bancos" foi decisiva para o resultado final do campeonato, mas influenciou sim. E agora? Sem garantia de continuidade em seu trabalho no Palmeiras, como fica o Felipão? Ele poderia estarno lugar do Mano e fazer um trabalho tão bom quanto ele, mas a diretoria não deixou para dispensá-lo seis meses depois? Isso não se faz Palmeiras, nem em time de várzea, se sacaneia um profissional do nipe do Felipão como vocês já pensam em fazer.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Respeito a tradição

2010 vem chegando ao fim. Mas 2011 nos guarda muitas emoções, entre elas a corrida que por motivos óbvios já é considerada a corrida mais importante da história. O mítico circuito de Indianápolis receberá a 100ª edição das 500 milhas. Sim a mais famosa corrida do mundo chegara ao centenário em 2011. É evidente que para a maioria dos brasileiros, isso não quer dizer muita coisa, afinal fomos acostumados a entender que corrida que "presta" é a F1, o resto é nada mais do que isso, a sobra.
No mais recente post do Blog do Victal, do jornalista Victor Martins, ( http://colunistas.ig.com.br/victormartins/2010/11/23/indy-e-os-precos/ ) ele relata a importância, a organização e a melhor maneira de continuar atraindo o fiel público que a cada ano lota o famoso autódromo. Para a edição centenária, a organização colocou preços irisórios nos ingressos, o mais barato sai por US$ 5,00 (R$ 8,61) e o mais caro, o da corrida, sai à US$ 35,00 (R$ 60,29). É iniveital a comparação que o mesmo jornalista faz, enquanto a famosa Indy 500, custa só isso a corrida da Indy em terras paulistanas varia entre R$ 180,00 à R$ 350,00.
A discrepância entre os preços mostra a diferença do nível entre os organizadores, a prova de lá, muito mais famosa e tradicional em sua edição especial fica assustadoramente mais barato que a corrida no novo percurso de rua. É claro, que pelo fato de o brasileiro não estar habituado com a Indy, provocou comentários engraçados e sem nexo, sobre a "reclamação" do jornalista.
Por mais que não se gostem de corridas onde "só se vira o volante para um lado", é preciso respeitar a história e a importância desta que é sim a corrida mais famosa da história, ao menos entre os fórmulas. Ao invés de criticar o dono do Blog, os brasileiros deveriam aprender com os estadunidenses e garantir muita emoção, conforto e segurança a preços quase que irrisórios. Não é preciso tentar diminuir o mito da Indy 500, mas sim trabalhar para melhorar os eventos em terras tupiniquins. Como já diz o dito popular: Respeito é bom e todo mundo gosta. E no caso do Indianápolis Motor Speedway e da Indy 500, eles gostam e merecem sim.

domingo, 21 de novembro de 2010

Brasileirão 2010, uma conquista maculada?

Faltam duas rodadas para o final do campeonato interclubes, mais difícil do mundo e como não poderia deixar de ser, a polêmcia é um ingrediente que vem ganhando força a cada dia. Depois de muita polêmica na rodada passada, por conta de arbitragens que estariam supostamente favorecendo um determinado time, a rodada deste final de semana, acabou "botando mais lenha na fogueira".
Muito se falou de armações para se ter o cmapeão deste ano. O primeiro argumento foi tão ridículo, que rapidamente foi esquecido. Para os adversários o time que vem sendo beneficiado, precisa ser campeão para não passar o ano em branco, mas outros grandes clubes comemoraram o centenário sem ser campeões do Brasileirão. Por isso, tal idéia foi abandonada.
Em seguida lembraram que o presidente deste clube, foi o chefe da delegação brasileira, na Copa da África e por isso a CBF, estaria "ajudando" a equipe a ser campeã. É estranho tal argumento, pois em 1994, o clube presidido pelo então chefe da delegação do Brasil nos EUA, ficou com o vice-campeonato do Brasileirão. Portanto, esta ideia não tem muita consistência.
aos que alegam um número excessivo de erros de arbitragem, "favorecendo tal agremiação", lembro que também ocorreram muitos erros que prejudicaram o mesmo time e que normalmente, quem reclama da arbitragem, faz isso para esconder a incompetência para alcançar seus objetivos.
Assim sendo, fica muito complicado acreditar em qualquer uma dessas justificativas, para se alegar que o campeonato já estaria comprometido, até por que o atual presidente da CBF, que organiza a competição foi dirigente de outro clube que também está na disputa e seria muito ilógico ele atuar para prejudicar o seu clube e favorecer o de um "amigo".
Porém, o que chamou a atenção nesta última rodada foi o fato de que em um dos jogos chaves, o comportamento do adversário de um dos líderes, ter jogado como se estivesse em rítmo de treino, além de se mostrar muito displicente em campo. Talvez isso tenha acontecido para atender a um pedido da sua própria torcida, que estendeu uma faixa com a palavra "entrega".
Fica aqui a dúvida, quem será o campeão do Brasileirão 2010? O time que supostamente está sendo favorecido pela cartolagem, ou o time que supostamente está sendo ajudado pelos adversários que resolveram entregar suas partidas? Caso essas perguntas sejam respondidas com a confirmação de qualquer uma destas suposições, ficará uma certeza sobre o Brasileirão 2010. O campeonato deste ano ficou manchado sim.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Nosso Anti-Herói Cinematográfico

O sucesso de Tropa de Elite 2 - O inimigo agora é outro, nos trás muitos debates importantes para a sociedade brasileira contemporânea. Não vou aqui ficar debatendo sobre a questão da segurança pública e da política brasileira muito bem dissecada nos dois filmes estrelado pelo Capitão/Coronel Nascimento. Meu objetivo aqui é outro, faço neste espaço um questionamento comportamental do fictício comandante do BOPE e sua repercussão perante a sociedade.
É evidente que o comportamento e o pensamento do Nascimento mudou com o tempo - muitos anos separam o Capitão do Coronel -, mas mesmo me considerando um grande fã dos filmes e dá história, não posso concordar com o pensamento predominante sobre este policial. Sei que ele é o personagem principal nos dois filmes e que isso naturalmente fa com que se classifique o mesmo como herói.
Mas por questão de coerência com meus principios, não posso embarcar na onda que o pinta como grande herói - a Veja de algumas semanas atrás o chama de primeiro super-herói brasileiro. Eu discordo desta análise e motivos não me faltam para tanto. Ainda tenho comigo aa visão romântica e infantil de que heróis não falham e Nascimento falha e muito.
Quando ainda era Capitão ele não pensava duas vezes para utilizar meios incorretos para conseguir o que pretendia, Nascimento abusou de torturas físicas e pscicológicas, para cumprir suas missões. Era comum que ele apelasse para o sufocamento ou a ameaça, para conseguir confissões. No Tropa 1, mesmo colocando em evidência o filósofo francês Michel Foucalt (1926-1984), Nascimento personificou Maquiavel, pois para ele os fins (combater o crime), justificavam os meios (torturas).
Infelizmente no Tropa 2, mesmo sendo agora um Coronel mais ético do que o antigo capitão, ele ainda conserva alguns resquícios do mesmo. O Coronel, não se opõe a meios ilícitos para combater seus inimigos, o que mostra que ao contrário do que diz a maioria de "seus fãs", ele não é incorruptível.
O filme na realidade mostra que o Coronel Nascimento na verdade é um anti-herói, talves só comparável no cinema brasileiro com Macunaíma. Digo isto pelo seguinte, assim como o personagem vivido no cinema pelo finado Grande Otelo, Nascimento pratica justiça, não por questões altruístas e com métodos questionáveis, assim como o famoso João de Santo Cristo, que comete vários absurdos na música Faroeste Caboclo, mas mesmo assim vira herói no final da história.
Não quero aqui diminuir a importância e o bom trabalho representado pela equipe do filme ou o belo traballho de Wagner Moura como Nascimento, apenas esponho aqui os motivos que me fazem não considerá-lo herói.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Factóide literário

O Prêmio Jabuti, o maior da literatura brasileira deste ano vem causando polêmica. Critérios estranhos levaram a um resultado classificado como atípico, uma vez que o livro "O Leite Derramado", de Chico Buarque, mesmo não levando o prêmio em sua categoria, abocanhou o prêmio principal. O resultado foi o suficiente para que se criassem polêmica. Muitos escritores e profissionais do mercado literário, passaram a questionar tal premiação.
O estrnaho desta história é que mesmo com critérios "estranhos", os que agora criticam o Jabuti, parecem mais com aquele torcedor, que prefere inventar mil desculpas, do que aceitar a superioridade do seu oponente. Já utilizaram os mais variados argumentos para desqualificar o autor de O Leite Derramado. O principal, como aliás já era de se esperar é que como estamos em ano eleitoral e o Chico Buarque, sempre teve ligações com o PT e fez abertamente campanha para Dilma, só teria vencido este prêmio, como uma espéciie de compensação pela atuação na campanha eleitoral.
Acreditar nesta falácia, é assinar ainda que involuntáriamente uma espécie de "atestado de insanidade mental". Digo isso pelo seguinte. Não sou fã do escritor Chico Buarque, mas sim do compositor e cantor. Já tentei lê-lo, mas não consegui concluir tal empreitada. e não, o livro não era qualquer um, mas sim o premiado Budapeste - que também ganhou o Jabuti. Mas dizer que Chico Buarque e tantos outros artistas e intelectuais que viveram a ditadura e seus problemas, vivem apenas de aparências e politicagens é mentira e falta de respeito.
Não aceitar que Chico tenha dito ser favorável a candidatura Dilma, por ela representar um Brasil que não fala grosso com a Bolívia e fino com os EUA, é tão ridículo, quanto não aceitar que Caetano Veloso, que também passou pelos mesmos problemas de Chico durante a Ditadura, tenha o direito de dizer que votou em Marina, por que Lula era ignorante. Ambos tem o direito de falar o que pensam, goste-mos ou não.
O problema do povo brasssileiro é que a maioria dele não sabe ver os fatos de forma imparcial e sempre acha que tem alguma maracutaia, quando existe algo que não concorda. Dizem que Chico leveou o Jabuti por ter mais mídia? Como assim? Edney Silvestre, que não conheço como autor, mas é um ótimo jornalista, trabalha na Rede Globo a maior empresa de mídia da América Latina. Assim sendo, como podem afirmar que ele não tem mídia.
Alguns lembrarão que Silvestre só tem espaço midiático como jornalista e não como escritor. Chico só tem espaço como cantor e compositor, ou seja, no frigir dos ovos, eles empatam nesta questão. Para mim, este chororô, serve apenas para criar um factoide para divulgar ainda mais os envolvidos, além é claro de ser trololó, dos simpatizantes das candidaturas Marina/Serra, que se viram derrotados nas urnas pela turma do Lula e da Dilma.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Nada Anormal

Hoje o mundo assistiu um dos maiores clássicos do futebol mundial. De um lado o Brasil de Mano Menezes, Ronaldinho, Neymar e Robinho. Do outro, a Argentina de Messi, Di Maria, Tevez e Higuain. Grandes seleções com ótimos jogadores e situações bem distintas. Enquanto o Brasil vem desenvolvendo um trabalho de remodelagem da seleção, visando as Olimpíadas de 2012 e a Copa de 2014, a Argentina vive um momento diferente. Sua seleção já é estruturada e experiente - a base de hoje, jogou e bem, a Copa na África- .
Como diz o dito popular, mesmo sendo o primeiro teste de fogo da equipe de Mano, qualquer resultado era esperado, afinal clássico é imprevisível. Mas mesmo com a grande diferença entre os elencos e a derrota para os hermanos, o Brasil não fez feio. Perder para um time como o argentino, que vem entrosado e com jogadores de destaque não é algo para se lamentar. Ainda mais, quando se consegue segurar um empate até o final da partida.
Nada está perdido para a seleção de Mano, o trabalho que vem sendo feito está bem encaminhado e perder é algo que faz parte do jogo. Por isso não há motivos para tristeza e ou decepção. Agora é bola para frente e que venham novos jogos e campeonatos.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Quebrando a banca


No universo das casas de aposta, a expressão "quebrar a banca" é utilizada quando um apostador investe no resultado mais improvável e ainda assim acaba sendo premiado com o prêmio máximo. Foi isso que acabou acontecendo na temporada de Fórmula 1 deste ano. Sebatian Vettel, que chegou aos Emirados Árabes como a maior zebra entre os que disputavam o título. Já no começo dos treinos, ainda na quinta o alemão mostrou que vinha disposto a cumprir eesta missão que era quase impossível. No sábado, no treino classificatório a história começou a mudar. O tedesco fez a pole, sua décima no ano. Já Alonso, da Ferrari e Weber, companheiro de Vetel na Red Bull, ficaram mais para trás. O espanhol largou em terceiro e o australiano em quinto, praticamente colocando uma pá de cal no sonho do título para a Austrália. Com as posições da largada, Alonso se tornaria tricampeão, aos 29 anos superando Ayrton Senna. Mas seguindo a lógica de que o campeonato só acaba quando termina, a corrida ainda aguardava muita emoção. Na largada Vetel manteve a liderança e Alonso caiu para quarto, sendo ultrapassado por Button. Weber continuou lá trás e tudo indicava que a Espanha ganharia mais um mundial de F1. Mas um acidente envolvendo Schumacher e Sutil, fez com que o Safety Car, entrasse na pista, o que possibilitou aos pilotos irem para os boxes e assim mudaram algumas estratégias de equipes.
A Ferrari cochilou nesta hora e quando percebeu o erro, mandou Alonso para o pit stop, mas acabou jogando fora a corrida do bicampeão mundial. Enquanto isso, Vettel continuava na ponta e via suas chances de título crescerem. Após o erro da equipe italiana na parada de Alonso, o piloto, que disputava o título ficou apenas em sétimo, quando precisava ficar em quatro para ser campeão de novo.

Para Vettel foi só conduzir o carro de forma tranquila até completar a prova ganhando a corrida e de quebra levando o campeonato mundial. Parabéns à Red Bull pelo cmapeonato de construtures, conquista em Interlagos e também ao jovem Vettel, pelo seu primeiro título mundial, que venham mais conquaitas por ai, afinal carro e talento para isso ele tem.

domingo, 14 de novembro de 2010

Começou o chororô

O Campeonato Brasileiro se aproxima do fim. Faltam 3 jogos para sabermos se Corinthians, Fluminense ou Cruzeiro, um deles será o campeão. Com os resultados do ínício desta última rodada, o Corinthians tem a liderança provisoria - tem um jogo a mais que o Fluminense, que joga em casa contra o vice-lanterna Goiás, neste domingo -. Com a derrota para o time paulista, o Cruzeiro fica mais distante da conquista.
Com o centenário do Timão, um fantasma começou a rondar o clube e vem inspirando muitas teorias da conspiração, para favorecer o alvinegro. Seria ótimo, que ele fosse campeão neste ano, mas até agora nada e o Brasileirão seria a última chance - mas há controvérsias - . A controvérsia se dá pelo fato de com o aniversário em setembro, o Corinthians teria até setembro de 2011, para conquistar um título no ano do centenário.
Mas o que importa é que este factóide vem servindo combustível para alimentar a história de conspirações pró Timão e agora com a liderança, os boatos voltaram a ganhar força. Após o jogo no Pacaembu, muita gente do Cruzeiro afirmou que a arbitragem atou para favorecer o time da casa, afinal aos 43 minutos do segundo tempo, o juiz marcou pênalti para o Corinthians e Ronaldo Fenômeno marcou o gol da vitória.
Polêmica a parte, vi o lance do pênalti, por mais de uma vez e vi também uma foto do momento do lance. Não tenho dúvida de que foi pênalti e por isso, não vejo motivo para tanto chororô, seja pelos cruzeirenses ou pelos tricolores das Laranjeiras.

Foto da Agência Estadão/Ricardo Trida na hora do pênalti. Se isso não é falta, então não sei o que é.

A polêmica chegou ao ponto de lembrarem o famoso pênalti, tão claro quanto este, não marcado a favor do Inter, na reta final do Brasileirão de 2005 e que teria acabado favorecendo o Timão na conquista daquela competição. O que não lembram é que no mesmo 2005, o Souza que hoje está no Timão, marcou um gol impedido na última rodada, contra o time do Parque São Jorge quando jogava pelo Goiás e que este gol tirou a vitória do time paulista. Caso o visitante ganhasse aquela partida no Serra Dourada, não haveria como ser alcançado pelo Internacional.
Com muita emoção e polêmica, o Campeonato vem se afunilando e ganhando contornos dramáticos. A tendência e o chororô aumentar e servir de desculpa ainda que esfarrapada para justificar os próprios erros ou azar.

sábado, 6 de novembro de 2010

Pedra não voa

Recentemente voltei a ler o livro Asas da Loucura, de autoria do jornalista estadunidense Paul Hoffman e que é segundo a publicação a biografia mais completa de Alberto Santos Dumont. Me interessei pelo livro exatamente por isso, sempre admirei a história deste mineiro que com o dinherio do pai cafeicultor, foi para Paris onde trabalhou incansavelmente até conseguir realizar seu grande sonho: Fazer o homem voar.
Entretanto, assim como muita gente por ai, o jornalista/autor acaba por cometer uma séria gafe, que tenta diminuir a história de Santos Dumont. Hoffman vai no embalo do pensmanto predominante e afirma que o avião não é uma invenção franco-brasileria, mas sim uma criação estadunidense, talvéz resquício do patriotismo megalomaníaco dos senhores do norte. Para o escritor, os irmãos Wirgth seriam os verdadeiros criadores do avião.
O erro do pensamento yanke se dá pela seguinte questão; segundo o dicionário Michaelis, voar tem entre seus muitos significados o seguinte: "Elevar-se nos ares; mover-se ou sustentar-se no ar por meios mecânicos", ou seja, é preciso que a aeronave seja movida por motores que impulsione sua decolagem e mantenha a mesma no ar durante o vôo. Assim sendo, o veículo aéreo criado pelos irmãos Wirgth não pode ser taxado de aeronave, o que torna a história de que os mesmos foram os primeiros a criar uma avião e voar nele, uma grande falácia.
Sim Alberto Santos Dumont foi o primeiro a voar em uma aeronave motorizada, o que nada mais era do que um avião pioneiro
. E basta entender um pouco de aeronáutica para saber que essa é a verdade. Caso a versão apresentanda por Hoffman fosse verdadeira, o título deste texto estaria errada, pois bastaria colocarmos uma pedra em um estilingue, ou atiradeira para fazer com que ela voasse. Mas todos sabem que pedra não voa e aeronave que precisa de mecanismo para alçar voo, que não seja seu próprio motor, não pode ser classificada como sendo uma avião.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Bye Pontiac



No último domingo, dia 31 de outubro o mundo automobilístico recebeu uma triste notícia que já era aguardada há tempos. A General Motors, anunciou de maneira oficial o encerramento definitivo das atividades da Pontiac. A mítica marca de carros super esportivos vinha enfrentando graves problemas financeiros que acabaram levando-a a falência. A situação se tornou insustentável, após o pedido de concordata da GM, devido a última grande crise financeira mundial, que colocou a gigante nas cordas.
Para quem acompanha o mundo automobilístico e que gosta de marcas poderosas, essa é uma triste notícia. A fabricante de mitos dos asfalto como o GTO, ou o Firebird não existe mais. Agora só será possível honrar sua história em miniaturas - como as da Hothells -. Após 84 anos de história a Pontiac, hoje é apenas uma ótima lembrança para os amantes da velocidade e dos muscle-cars, que inclusive foi umaconceito inventado pela marca ao desenvolver o famoso Pontiac GTO, que segundo seu criador, o engenheiro Jonh Delorean tinha a missão de superar a Ferrari GT e por isso o modelo americano recebeu a sigla que o deixou famoso.

A Pontiac foi a primeira marca a fazer os famosos muscle-cars ao por inciativa de Delorean, colocar um motor V8 (paixão dos estadunidenses), em carros aparentementes comuns. Dessa idéia, que parecia absurda no começo, surgiram outros mitos como os Chevrolet Impala, Corvette e tantos outros modelos da GM e também de outras montadoras.
Os amantes dos motores V8, estão de luto com o fim das atividades da Pontiac. É lamentável que as trapalhadas financeiras da GM tenham resultado neste fim.

Carta Aberta à Dilma Rousseff

Mais um importante passo foi dado na consolidação da democracia brasileira. O povo escolheu agora uma mulherpara dirigir o país nos próximos quatro anos. A escolhida é sobre tudo uma guerreira, que desde nova sempre participou da vida política do país, seja na luta contra a ditadura, ou seja nos governos por onde passou e adquiriu experiência para chegar neste importante momento do país.
Como resultado do pleito de 2010, o Brasil passa a ser o 11º país das Américas, a ser governado por uma mulher, sendo também o 8º a eleger uma presidente. A peleja para chegar até aqui não foi fácil. Tanto Dilma, quanto o partido passaram por momentos delicados, que hoje só servem de exemplo e de motivo para comemorar esta expressiva votação.
Há cinco anos atrás, devido a erros cometidos ppor figurões do PT, o partido se viu em uma crise sem precedentes. Era exatamente o que a oposição queria, essa situação colocaria em risco a credibilidade do governo Lula e do PT e ai eles teriam como, através das urnas retomar o projeto de poder, que desmontou o país, entre 1994 e 2002. Mas o governo Lula mostrou força e assim como o partido, renasceu das cinzas, para conquistar pelo voto mais quatro anos dde governo e consolidar conquistas importantes para o país.
No embalo destas conquistaso Brasil foi mudando e passou a ser mais respeitado no exterior, mostrou força econômica e enfrentou a maior crise financeira, desde 1929, como se fosse uma breve intempérie e assim, se tornou o último país a entrar na crise e o primeiro asair dela. Com issom chegamos as eleições de 2010 e a força do governo provocou desespero entre os opositores, que em muitos momentos agiram como baratas tontas, inventando factóides, que não surtiram efeitos.
Agora é preciso iniciar o processo de transição e consolidar os avanços sociais e econômicos que o Brasil vem conquistando. É preciso ainda avançar em muitas áreas como a reforma política, a reforma agrária, a democratização da comunicação, continuar melhorando a educação e a infra-estrura do país para termos um país melhor a cada dia.