domingo, 29 de julho de 2012

O lado negativo da tecnologia

O texto de hoje,  foi motivado por uma conversa que tive com meus pais recentemente sobre equipamentos tecnológicos e o avanço dos mesmos nos últimos anos. A conversa  começou por conta de um aparelho de rádio que tinhamos em casa que ganhei do meu avô quando ainda era criança. Lembro que ele era bem maior que os rádios atuais e com ele, dependendo do local da casa  em que estivessemos era  possível captarmos conversas  entre aeronaves que sobrevoavam a cidade, algo impensável para os aparelhos atuais.

Outro aparelho de rádio que tive, que tinha  sido do meu outro avô, era possivel ouvir rádios não apenas de Macaé, minha cidade, como ouvia várias  rádios de cidades vizinhas ou distantes como as da cidade  do Rio de Janeiro. o  rádio era  tão bom que era possível ouvir estações de rádio do exterior, lembro de ouvir algumas rádios dos EUA e até da Guatemala,  além é claro de raras vezes chegar a escutar a tradicionalísma BBC de Londres.

Hoje com o avanço tecnológico, não consigo mais ouvir rádios de outras cidades com tanta facilidade. Lembro que muitos anos depois disso, quando já estava na faculdade e estagiava em uma rádio do Rio, tive que fazer um  verdadeiro malabarismo no rádio de casa para que a  família  me ouvisse  na rádio. Consegui alcançar o objetivo, mas tive saudades do velho rádio do "vô Argemiro".

Esse fato mostra que ao mesmo tempo em que a tecnologia avança  no sentido de nos aproximar, da  maneira que o Teórico da Comunicação  Marshall McLuhan (1911-1980) acreditava, ela acaba por nos afastar também e a história  do rádio mostra bem essa situação, ele que nasceu como o primeiro meio de comunicação realmente de massa e com um espirito anárquico, que foi combatido até chegarem a conclusão de que o espectro radifonico deveria ser controlado pelo estado e consedido  por este aos capitalistas que demonstrem interesse em explorá-lo. Essa prática gerou verdadeiros imperíos radifônicos que  posteriormente chegaram  também as  televisões e se  espalhou pelos outros meios existentes.     


sábado, 21 de julho de 2012

A mudança que eu quero



Em 2008, começou em Macaé, um processo gradual de mudança no cenário político. A eleição do jovem petista Danilo Funke, resultou na construção de uma prática política mais moderna e arejada, que garante a real aproximação da população com seus representantes. Desde então o parlamento municipal adquiriu novas formas de fazer política, caminhando para uma rotina mais transparente. 

Danilo foi o primeiro vereador da cidade há levar para as ruas o seu gabinete, que a cada mês visitou um bairro, para conhecer melhor aquela realidade e assim buscar meios de consolidar as melhorias necessárias para cada morador da Princesinha do Atlântico. Esse pioneirismo levou a Câmara a criar a "Câmara Itinerante", onde os legisladores realizam sessões nos bairros e ouvem as demandas da população.

Continuando a caminahda rumo à transparência política, o Mandato Popular, inovou mais uma vez ao realizar prestações de contas de suas ações de forma periódica, mostrando ao povo o que foi feito e ouvindo as pessoas para saber o que ainda é necessário melhorar. Ainda seguindo esta linha, o mandato batalhou pela transmissão das sessões da Câmara, pela internet e pela televisão.

Essa última bandeira foi marcante e tão inovadora que quase custou o mandato parlamentar, mas felizmente essa batalha foi vencida e hoje Macaé, tem suas sessões trasmitidas pela web e pela televisão. São essas práticas que precisam continuar, para que a política local seja reformulada e a cidade busque os avanços necessários. Por isso, agora em 2012, a cidade precisa votar em alguém que de continuidade à essas lutas.

Macaé, não pode regredir, abrindo mão desses avanços e assim sendo, acredito que a melhor opção para o parlamento macaense é o jovem Marcel Silvano, 13333. Jornalista, com militância política e social, seja no PT ou nos movimentos sociais e religiosos, acredito que ele é o melhor nome para dar continuidade ao trabalho iniciado por Danilo, quatro anos atrás. Acredito que Marcel Silvano é a Mudança que Macaé Merece, por que sempre esteve na luta pelas conquistas já alcançadas rumo a uma prática política mais transparente.

Desta forma, no dia 7 de outubro de 2012, eu voto Marcel Silvano 13333 A Mudança que Macaé Merece!

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Uma Revolução para ser sempre lembrada



Ilustração sobre a Revolução de 1932 (retirada do blog da jornalista Nicelle Almeida: http://nicellealmeida.blogspot.com.br)

O dia 9 de julho de 1932, ao contrário do que muitos historiadores afirmam é uma data importante não apenas para São Paulo, onde é feriado estadual, mas também para todo o Brasil. Ela marca o início de uma guerra que acabou esquecida pelo povo brasileiro, mas que teve um papel importante na formação de nosso país. A Revolução Constitucionalista de 1932, iniciada nessa data e terminada em outubro, foi uma luta contra o totalitarismo, que marcou o país nos anos 30.
O Brasil ainda estava se recuperando de uma importante transformação política, que foi o fim da chamada República Velha e sua famosa política do Café com Leite, onde paulistas e mineiros se revessavam na presidência do país. O governo provisório já durava dois anos e a nova Constituição, prometida pelos revolucionários que tomaram o poder, ainda não existia. O novo governo, além de protelar a Constituição, também atacou a autonomia dos estados, nomeado interventores para governarem as unidades federativas.
Essa atitude foi o estopim para a Revolução de 1932 quando forças de segurança e população paulista chegaram a pegar em armas para combater o governo getulista e garantir a elaboração de uma nova Constituição Federal. Neste ano, buscando acalmar os ânimos dos paulistas, Getúlio nomeia um político paulista para ser o interventor. Entretanto, a iniciativa não tem sucesso, pois não havia autonomia para governar. Com isso o povo toma as ruas e inicia a revolução.
Com a adesão do Partido Republicano Paulista e o Partido Democrático, que haviam apoiado a Revolução de 1930, São Paulo se uniu contra a ditadura getulista e por uma nova Constituição. O início da revolta se dá com a morte de cinco jovens, assassinados por partidários de Getúlio. Seus nomes hoje estão na história do estado. Martins, Miragaia, Dráusio, Camargo e Alvarenga.
Esse acontecimento fez com que diversos setores se unissem pela constitucionalização do país. Entre os combatentes paulistas, havia um grupo que defendiam a independência de São Paulo perante o restante do país, ou a criação de uma Confederação de Estados, que garantisse autonomia as unidades confederadas. Entre os defensores do separatismo podemos citar os escritores José de Alcântara Machado e Monteiro Lobato.
Em meados de setembro, com o estado de São Paulo arrasado pelo conflito e com sua economia sufocada pelo bloqueio ao porto de Santos, os paulistas sobreviviam com as contribuições em ouro feitas pelos conterrâneos e as tropas desertavam em números assustadores. Sem ter como resistir as tropas da Força Pública Paulista se entregam em 2 de outubro de 1932, na cidade de Cruzeiro. Os gaúchos voltam a ocupar a capital paulista e a maior parte dos líderes paulistas que não foram exilados depois da Revolução de 30, são exilados no fim de 1932. São Paulo passa a ter um governador militar.  
O Brasil só passa a ter uma nova Constituição dois anos depois do fim dos conflitos e a mesma tem validade somente até 1937, quando o mesmo “governo provisório” dá um novo golpe e instaura o Estado Novo, que perduraria até o fim dos anos 40.

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Carta Aberta aos Não Corinthianos

Este mês a Carta Aberta é dedicada à você torcedor, mas para o torcedor que além de torcer para uma determinada equipe, ainda arruma tempo para integrar a maior torcida do mundo os famosos anti corinthianos. É engraçado ver a reação de vocês a cada conquista do Timão. Basta que levantemos uma taça e começa o falatório, sem fundamento e permeado de teorias da conspiração. Sim nós Fiéis, Corinthianos, Maloqueiros e Sofredores, Graças a Deus, sabemos que somos invejados por muitos que se dizem torcedores de outros times.

Nossa história mostra isso. Quando nascemos há 102 anos atrás, diziam que futebol era coisa para a elite, nós popularizamos o esporte. Nascemos do povo, para o povo e com ele construímos nossa bela história. Diziam que duraríamos um ano, já são 101 de saldo. Tentaram nos boicotar impedindo nossa participação em campeonatos como em 1915, mas nós ganhamos dos times que ganharam os dois paulistas daquela época. Por isso somos os Campeões dos Campeões. Temos a hegemonia no campeonato estadual, mesmo ficando 22 anos de férias desse título.

Nossa torcida é gigante, somos mais do que a população do Canadá, da Austrália, de Portugal, dos Balcãs, dos países Nórdicos, somos a segunda maior torcida do mundo, para alguns somos a quarta maior do mundo. Somos a segunda do Brasil, a segunda da região sudeste, a maior do estado de São Paulo, a terceira de Minas, a quinta do Rio e a maior do Paraná. Por isso somos uma Nação. Somos não um, mas o Bando de Loucos, que acha que seu amor pelo time é pouco. Somos a mais apaixonada, apaixonante e Fiel torcida do Mundo.

Temos cinco títulos Brasileiros, o que nos faz o segundo maior vencedor desse campeonato, ficando atrás apenas de São Paulo e Flamengo. Somos tri campeões da Copa do Brasil, o que nos coloca como o segundo maior campeão dessa competição, ficando atrás somente de Grêmio e Cruzeiro. Não precisamos de equiparação de títulos para comemorar conquistas requentadas. Somos uma Nação e nos bastamos, vivemos de Corinthians e não de títulos. Não, não somos grande, somos gigantes. É rotina termos recordes de públicos e de audiência. Por que somos Corinthians e não por que somos campeões disso e ou daquilo.

Temos 102 anos de lutas conquistas e glórias. Onde estão nossos rivais da época da fundação? O São Paulo Athletic acabou, o Paulistano fechou com medo do profissionalismo do esporte, O Germânia mudou de nome e foi tentar a sorte em outros esportes abandonando o futebol. A A.A. Palmeiras sumiu na história e nós estamos aqui, continuamos aqui e sempre estaremos aqui, apoiando o Todo Poderoso Timão, seja em São Paulo ou em qualquer outro lugar, seja na 1ª ou na 2ª Divisão, de onde saímos a apenas quatro anos para chegar agora ao topo do continente. Isso é Corinthians.

Por isso, não percam seu tempo torcendo contra a gente e tentando nos secar, pois isso nos faz cada vez maior e nos dá a certeza de que sim , nós somos o seu maior pesadelo. Torçam, acompanhem e incentivem seus times a se espelharem no Corinthians para que daqui algum tempo, vocês possam ter o que nós já temos e vocês ainda estão tão longes de conseguir.  

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Qual a educação que queremos?

Me espantei com o que li no site de um grande jornal e passei a pensar na  pergunta que intitula este texto. Vivemos em uma sociedade moderna, teoricamente baseada no chamado Estado Democrático de Direito e assim sendo temos direitos fundamentais como a liberdade de escolha e a de expressão. Entretanto, essas  questões ocorrem apenas no campo teórico e frequentemente nos deparamos com ataques absurdos a   esses direitos básicos.

O texto em questão era mais uma prova do conservadorismo de parte de nossa  sociedade, que se afirma  esclarecida, mas nutrem internamente o espírito déspota, que atropela as liberdades, quando as mesmas  contrariam seus ideais tacanhos. Um professor de história com alta  qualificação  para o cargo, foi demitido de uma escola cara da zona sul paulistana, com a justificativa de que não agia de forma adequada em relação ao perfil pedagógico da  instituição. 

O educador descobriu depois que na verdade ele foi alvo de muitas críticas por parte de colegas de trabalho e também de pais de alunos, que reclamavam de seus hábitos e gostos excêntricos e perturbadores. Admirado por muitos de seus alunos, que aprenderam com ele uma forma alternativa de pensar e questionar o mundo. Suas  aulas eram permeadas de rock,  em estilos variados como The Beatles, Led Zeppelin, Mutantes, Raul Seixas, Rolling Stones,  Slayer, Sodom, Children of Bodom, Metalica e outras  bandas de havy metal.

Além da  parte musical, estimulou os estudantes a ler Jack  Kerouac, maior nome do movimento conhecido como beatinik,  biografia de Che Guevara, filosofia  grega, Ernest Hemingway, George Orwell e outros nomes que passam ao largo de obras como Harry  Potter e Crepúsculo. Segundo os críticos do educador, esse comportamento e essa metodologia de ensino não era apropriada para os filhos da  alta burguesia  paulistana e assim sendo, os mesmos pediram "a  cabeça" do professor revolucionário.

Este triste episódio levanta o importante debate para a sociedade contemporânea: Qual o verdadeiro papel da educação? Ensinar a questionar e pensar, ou adestrar e condicionar as novas gerações? Como se pode ensinar alguém, atacando de forma tão covarde princípios básicos como as  liberdades fundamentais? Estes senhores, que se apresentam  como o modelo a ser seguido, na realidade caminham na direção oposta da  educação. Preferem castrar e limitar o pensamento das novas gerações, como se o verdadeiro sentido da educação fosse utilizado para desestabilizar a sociedade, colocando em risco o estabilishiment, do qual eles  usufruem.

Nessa  triste história, o grande derrotado não foi o bravo educador, mas sim a educação e os agora  ex-alunos do mesmo professor e os detratores do historiador também não ganharam nem a batalha e muito menos a guerra. Neste lamentável embate entre conservadores e progressistas, só vemos perdedores, pois não existe espaço para os vencedores.