sexta-feira, 15 de abril de 2011

Uma questão preocupante

Tempos atrás, escrevi aqui neste blog minha opinião sobre os chamados times empresas. Agora retomo outra discussão, que envolve o futebol contemporâneo e que pode vir a criar raízes em terras brasileiras. Falo dos times que tem "donos". Isso mesmo, na Europa e nos EUA, muitos times não pertencem as suas respectivas torcidas, mas sim a grandes empresários e em muitos casos estes senhores não são nem do mesmo país que seus times. 
Entre os times que têm donos, podemos citar grandes clubes como é a caso da atual campeã do mundo Internazionale de Milão, que pertence ao senhor Máximo Moratti, o Milan, grande rival da Inter, é do polêmico Primeiro-Ministro italiano Silvio Berlusconi, a Juventus é controlada pelo Grupo Fiat, Na Inglaterra, paraíso dos times pertencentes a milionários, o Manchester, que já foi do milionário Murdoch, hoje pertence a Malcon Glazer, o Aston Vila é propriedade de Randy Lerner, Ellis Short é o proprietário do Sunderland, o Liverpool, que já foi de Tom Hicks, que já teve o Texas Rangers e foi parceiro do Corinthians com a Hicks Muse Tate Fusrt e passou as mãos de George Gillets, foi vendido ao grupo Fenway Sports, de Jonh W. Henry. Ainda na Inglaterra, temos também o Chelsea de Abramovic e o Arsenal que agora pertence ao americano Stan Kroenke.
Também na Espanha e na Holanda temos times que pertencem a empresários ou grandes empresas e ao que parece esta é uma prática que cada vez mais dominará o mundo da bola. Tenho sérias restrições à este modelo de gestão do futebol, ainda prefiro a gestão com ampla participação dos sócios-torcedores, como acontecem com Real Madrid e Barcelona, que vem mostrando nos últimos anos estarem em uma rota mais segura do que as equipes que pertecem a empresários e que não vem apresentando bons resultados dentro de campo.
Torço para que essa "moda" não pegue em campos tupiniquins, Claro que existem outras alternativas de gestão que entendo se encaixar melhor na realidade brasileira. Já faz tempo que os clubes precisam fazer uma profissionalização maior nas suas gestões e que alguns clubes nacionais até vem atuando neste sentido, mas ainda de maneira muito vagarosa. Não gostaria de ver meu time, ou nenhum dos quais tenho simpatia pertencendo a empresas, acredito que as mesmas podem ser decisivas na melhoria da gestão, mas limitando-se ao papel de parceiras como já aconteceu com o Palmeiras nos anos 90, com a Parmalat. 
Outra questão que acho preocupante neste caso é a origem dos recursos destes milionários, alguns dos nomes já citados não tem como explicar a origem de suas fortunas, ou seja, utilizam os clubes, para provavelmente lavar dinheiro, o que seria preocupante para o nosso futebol.

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