quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Partilhar é injusto!




Quinta-feira (10), milhares de cariocas e fluminenses tomaram as ruas da capital do estado para manifestar contra a proposta de partilha dos royalties do petróleo. Não participei do ato, mas defendo a bandeira levantada por tais manifestantes. Não é correto que tal divisão aconteça, afinal quem mora e ou conhece as cidades produtoras desta riqueza, conhece também as mazelas que essa indústria provoca e por isso, é correto que exista essa compensação aos produtores.
Não é possível aceitar que os recursos gerados pelo petróleo sejam repartidos de maneira igualitária entre todos os estados, independente de os mesmos serem produtores ou não do chamado ouro negro. Caso esse roubo institucionalizado que é a proposta que está em votação no Congresso, seja validado, os danos sofridos pelos produtores, poderão chegar a níveis alarmantes e por isso é preciso evitar essa proposta de partilha.
Não acho correto que as riquezas geradas pelas unidades federativas sejam partilhadas entre todas elas. Não quero que meu estado tenha "direito" aos recursos gerados pela mineração que movimenta a economia de estados como Minas Gerais e o Pará, assim como não acho correto que outros estados queiram um quinhão, dos recursos petrolíferos, gerados principalmente pelos estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo e São Paulo, que ainda vão aumentar exponencialmente suas produções com o advento do Pré-Sal.
A indústria petrolífera gera muitos problemas sociais, econômicos e principalmente ambientais, que afetam a zona produtora e por isso, não pode ser considerado honesto que ela ganhe os mesmos recursos, que qualquer estado da federação, baseado apenas no argumento de que vivemos em uma federação. Existem outros exemplos de federalismo, onde tal proposta seria inconcebível, como é o caso dos Estados Unidos. Tenho sérias dúvidas se lá os 50 estados recebem os recursos gerados pelo petróleo produzidos principalmente no Golfo do México, no Texas e no Alasca. Lá é garantido que os estados banhados pelo golfo e também o Alasca ganhem mais royalties do que estados como Virgínia, Utah ou Oregon e nem por isso, exista lá movimentações políticas como esta que estão querendo fazer aqui no Brasil. 

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