domingo, 16 de janeiro de 2011

Recordar é viver II

Dando prosseguimento ao tema do último post, contarei aqui a história da noite que marcou ainda mais minha paixão pelo glorioso Corinthians Paulista. Como escrevi no texto anterior moro no litoral do Rio de Janeiro, mas como nasci em São Paulo e lá aprendi a gostar do esporte bretão, o time que escolhi foi de lá e não daqui. Desde os cinco anos sou mais um no "bando de loucos", que consideram o Timão, sua história, sua vida e seu amor.
Essa escolha durante muito tempo me fez alvo de uma pergunta que sempre vi com resalvas e cansei de respondê-la: Se você mora no Rio desde novo, por que torce para um time paulista? Como futebol é paixão e o Corinthians foi para mim paixão a primeira vista, não tive opções. Sou corinthiano e pronto. Por conta a distância geográfica, nunca tive chances de ver da arquibancada uma partida dele, ou melhor tive sim uma única chance e claro a aproveitei.
O ano era 1994, estavamos em julho e como de costume tinha ido passar as férias em São Paulo na casa de uma tia. Lá acompanhei o Brasil ser tetra em um dia inesquecível para mim, afinal além do tetra, naquele dia comemorei em família o aniversário da minha mãe. Além da Copa recém terminada, estava rolando a Copa Bandeirantes e o Timão buscava mais um troféu para a sua sala.
Dia 21 de julho, estou acompanhando o notíciário esportivo, quando derrepente descubro que haveria naquela noite, o jogo São Paulo x Corinthians pela Copa Bandeirantes. Era a minha chance de ver o Poderoso Timão em campo. Na hora pensei em convencer minha mãe, também coritnhiana a ir pro jogo comigo, como ela havia saído com meus tios fiquei esperando que ela voltasse.
Foi só ela voltar para que eu falasse do jogo e claro, como quem não quer nada deixar no ar, que eu pretendia estar lá para assistir nas arquibancadas. Seria difícil, mas não custava tentar. Pois bem, bastou eu falar que queria ir e ela se animou e decidiu que iriamos, mas como nada é perfeito, meus irmãos e meu primo também queriam ir. O problema estava exatamente na ida deles.
Assim como a imenssa maioria da minha família paulista eles torcem para o São Paulo, somente eu e minha mãe somos coritnhianos. Agora como fazer para que fossemos todos para o Morumbi? Assistiriamos a partida todos entre a nação corinthiana? Ou na torcida tricolor? Talvés pudessemos nos separar lá no estádio com o lógico corinthianos de um lado e sãopaulinos para o outro, mas a pouca idade deles (o mais velho tinha apenas 15 anos), impedia que isso acontecesse.
Logo a solução foi a seguinte: Como a ideia foi minha iriamos eu me minha mãe e eles ficariam em casa. Pois bem isto decidido, saímos de casa e rumamos para o estádio, tivemos que pegar dois ônibus. Quando esperavamos o segundo, comecei a ouvir cantos da torcida corinthiana ainda muito baixos e que iam aumentando com o tempo, até que nosso ônibus chegou e para a minha alegria ele estava lotado de corinthianos de várias organizadas, a festa começava ali.
Chegamos ao estádio e compramos lá mesmo nossos ingressos. Entramos e para a alegria daquele jovem coritnhiano, ele pode ficar entre as organizadas Gaviões da Fiel e Camisa 12, algo até então surreal para ele. A festa não tinha previsão de término, quando os jogadores entraram em campo para o aquecimento, pude reconhecer vários deles como Ronaldo, Rivaldo, Henrique que era um zagueirão, Souza, Marques, Zé Elias e claro o Marcelinho "Pé de Anjo".
O jogo foi ótimo, o Timão foi superior durante toda a partida e venceu com justiça por 1x4. Foi a realização de um sonho e que teve um final bem feliz, lembro até hoje que voltei para casa emplogado com a noite e com o time, foi a noite que confirmou minha paixãopor este time que como já dizo famoso jargão popular "Só me da alegrias."

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