domingo, 1 de fevereiro de 2015

Em defesa dos direitos civis no mundo árabe



 Asmaa Mahfouz participou ativamente dos protestos no Egito

Tempos atrás, li na internet uma relação de mulheres com atuação social importante que tiveram ou tem pouco reconhecimento pela história e a sociedade. Entre esses nomes, está Asmaa Mahfouz. Nascida em 1 de fevereiro de 1985, no Egito, é ativista e fundadora do Movimento de Juventude 6 de abril, Mahfouz estudou na Universidade do Cairo.

Assim como o movimento que ela fundou, Asmaa Mahfoz teve papel destacado na RevoluçãoEgípcia de 2011, que resultou na queda do governo, Hosni Mubarak e que foi uma das revoltas conhecidas como “Primavera Árabe”, que se alastrou por diversos países do norte da África e do Oriente Médio, onde o povo buscava ampliar seus direitos democráticos. Mahfouz se destacou entre os manifestantes, utilizando seu videoblog convocando a população a protestar contra o governo.

Os principais motivos que levaram as manifestações da população egípcia foram a violência policial, as leis de estado de exceção, o desemprego, a luta pelo aumento do salário mínimo, moradia, más condições de vida. Os manifestantes defendiam também o direito a liberdade de expressão e lutavam contra a corrupção e a inflação. 

Mahfouz também se destaca como membro da Coligação da Juventude para a Revolução, que tem uma forte atuação na revolução egípcia. Em fevereiro de 2011, após a queda do governo Mubarak que durou 30 anos, é detida pelo governo militar, sob a acusação de difamação, por ser referir ao mesmo como sendo um “conselho de cães”. Seu julgamento chamou a atenção da sociedade egípcia e os então candidatos a presidência, Mohamed ElBaradei e Ayman Nour a protestarem contra o julgamento de Mahfouz, pela justiça militar. 

Asmaa Mafouz é libertada após o pagamento de fiança de 20.000 libras egípcias, tempos depois o Conselho Supremo das Forças Armadas retirou as acusações. Ainda em 2011, Mahfouz é agraciada com o Prêmio Sakharov.

Nenhum comentário:

Postar um comentário