sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Como meninos mimados

Desde que veio a público os casos de corrupção que colocaram a Petrobras em sua pior crise institucional e financeira, o mercado vem cobrando mudanças na diretoria da estatal. Para forçar a situação, ficaram por muito tempo explorando o caso de maneira que as ações da petrolífera chegassem a valores irrisórios.

Esta semana, após uma longa queda de braço com o governo, o mercado até pensou que ganharia esta disputa, com a saída de Graça Foster e a cotação de nomes intimamente ligados ao mercado, o novo “Deus pós-moderno”. Entre os cotados, estiveram figuras como Meirelles, economista, que presidiu o Banco Central, no governo Lula, a lista tinha ainda o ex presidente da Vale, Roger Agnelli e Luciano Coutinho, presidente do BNDES.

Com a queda de Graça Foster, depois de um período de quedas nos valores das ações da Petrobras, os papéis da petrolífera tiveram altas históricas. Era um sinal de que o mercado esperava a nomeação de um nome ligado ao mercado.

Entretanto, isso não aconteceu. Dilma escolheu um executivo sem ligações partidárias e com ampla experiência administrativa. O escolhido por Dilma atende pelo nome de Aldemir Bandine, funcionário de carreira do Banco do Brasil que depois de passar por todos os cargos de diretoria do banco estatal, assumiu a presidência do mesmo em 2009 e fez do banco, a maior instituição financeira da América Latina.

Foi o suficiente para que o mercado, diante da confirmação que não teria atendida a sua demanda, começou a fazer “birra” e as ações da Petrobras, desvalorizaram 6,9% e as do Banco do Brasil também caíram, mas apenas 3,9%. É lamentável que o mercado dê sinais deste tipo para ações como a troca da presidência de uma importante empresa nacional, apenas para fazer chantagem. Agem como meninos mimados que adoram fazer pirraça, quando tem seus desejos contrariados.

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