sexta-feira, 10 de abril de 2015

Joseph Pulitzer, ícone do jornalismo estadunidense

Nascido na Hungria, na pequena cidade de Makó,em 10 de abril de 1847, Joseph Pulitzer, de origem judaica, estudou em Budapeste e com 17 anos decidiu pela vida militar, tentando ingressar nos exércitos austríaco e britânico, entretanto, não teve sucesso nas empreitadas. O motivo era seu fraco estado de saúde, além da visão debilitada.

Em 1864, ele emigrou para os Estados Unidos, onde serviu no exército, em um regimento de cavalaria. Lutou na Guerra da Secessão. Apesar de ter dificuldades com o inglês, Pulitzer era poliglota, fluente em alemão, francês e húngaro. Depois da guerra foi morar em Saint Louis, onde trabalhou como carregador, bagageiro e empregado de mesma.

Neste período, conciliou o trabalho com os estudos de inglês e de direito, que fazia na biblioteca. Passou também a atuar na política, chegando a ser membro da legislatura do Missouri em 1869.

Em 1866, passou a trabalhar como repórter no Westliche Post, um jornal alemão e cinco anos depois adquiriu parte do jornal. Aos 25 anos passa a ser editor e, em 1874 vai para Washington D. C., onde passa a trabalhar como correspondente para o New York Sun. Em 1878, funda em Saint Louis o Post-Dispatchs, tornando-se uma figura proeminente na cena jornalística. O jornal é fundado a partir da fusão de dois outros já existentes, o Dispatch e o Evening Post. No mesmo ano, casa-se com Kate Davis e adquire um maior reconhecimento social.

Em 1883, já em Nova York, Pulitzer compra o jornal The World, que se tornou um dos jornais mais importantes da época. Como editor, começa a se destacar implantando técnicas revolucionárias, admiradas por muitos e criticadas por outros tantos. Pulitzer praticou um jornalismo rigoroso, que gerou muitos seguidores e também muitos críticos. Denunciou a corrupção e foi um defensor e porta-voz da democracia. Lutou junto aos operários por melhores condições de trabalho e também a redução da jornada de trabalho. Atacou grandes companhias e monopólios laborais, defendeu a luta por melhores condições de vida para os mais pobres.

Sua luta, o colocou com um dos grandes responsáveis pela legislação antitruste e pela regulação das companhias de seguro industriais. Foi acusado de jornalismo sensacionalista, passou a utilizar em seus jornais, elementos como o cartoon, além de dedicar  uma página aos esportes e outras ás mulheres, além de sessões voltadas para matérias policiais. Sempre utilizou recursos inovadores como imagens, gráficos, cor e publicidade, além de títulos em letras garrafais.

No ano de 1903, Pulitzer doa para a Universidade de Colúmbia, a quantia de um milhão de dólares, com o objetivo de se criar uma escola de Jornalismo, que começou a ser construída em 1912, nove meses após sua morte. Em 1917, a universidade instituiu o “Prêmio Pulitzer”, agraciando anualmente personalidade do jornalismo e da literatura que tenham se destacado pelo seu trabalho.

Em 1909, o jornal The World publica reportagem sobre um pagamento fraudulento de US$ 40 milhões feito pelos Estados Unidos para a Companhia Francesa do Canal do Panamá. A atuação e resistência de Pulitzer neste caso, se transformou em uma grande vitória para a liberdade de imprensa.

Anos antes, em um texto escrito para a revista The North American Review, o jornalista expôs sua convicção: “Nossa república e sua imprensa vão subir ou cair juntos (...) o poder de moldar o futuro da República estará nas mãos dos jornalistas das gerações futuras”. Pulitzer faleceu em 29 de outubro de 1911, em Charleston, nos Estados Unidos.

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