sábado, 7 de dezembro de 2013

Veta Haddad

Um fantasma ronda São Paulo, o espectro do conservadorismo fascista a cada dia se consolida nesse estado com práticas e com propostas que mostram o retrocesso vivido pelos paulistanos e também pelos paulistas. Não é a primeira vez que escrevo sobre esse preocupante quadro de intolerância e desrespeito aos direitos básicos do cidadão, por parte do Estado que é quem deveria primar por isso.

Depois de colecionarem casos estapafúrdios de intolerância e preconceito na questão educacional, agora os vereadores de São Paulo, aproveitam para embarcar nessa onda propondo a proibição da realização de bailes funk em espaços públicos. O projeto, de autoria dos vereadores Conte Lopes (PTB) e Coronel Camilo (PSD), ainda estende a proibição aos espaços privados de livre acesso ao público. O não cumprimento dessa lei será punido com multa e apreensão do carro.

Para esses senhores, a ideia (reacionária) se justifica, pois os bailes estimulam o consumo de bebidas alcoólicas e drogas atrapalha o trânsito, prejudicando moradores com o som alto. – como se fosse só o funk –.

É evidente que esse projeto não pode ser sancionado pelo prefeito. E isso não pode ocorrer exatamente pelo lado preconceituoso e discriminatório do mesmo. Por que só bailes funk? Quer dizer que se o carro estiver com o som alto, mas tocando outro estilo, a bagunça está liberada?

O foco dessa questão não deve ser o gênero musical, mas sim o volume exagerado desses carros, o que ao que parece já existe legislação que trata disso, faltando apenas regulamentar a fiscalização da mesma. Por isso, é fundamental que o Haddad vete esse absurdo, travestido de ordenação. É preciso bom senso para tratar dessa questão e reconhecer o funk como uma manifestação cultural, assim como já acontece com vários outros estilos musicais.

 Somente com atitudes como o veto a uma proposta como essa pode levar os paulistas e paulistanos a tomarem um novo rumo em direção ao futuro, se libertando do entulho fascista que assombra São Paulo há anos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário