quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Contradição oposicionista

Ainda vivendo um arroubo de moralidade tardia, iniciada com a história do mensalão, a oposição mais uma vez mostra-se seletiva, na hora de cobrar explicações dos atores políticos. Vivem ainda a lembrar o escândalo do mensalão, erradamente classificado como o maior escândalo de corrupção de nossa história e ainda fazem cobranças vazias sobre temas nos quais querem criar cortinas de fumaça, para distrair a opinião pública.

Temos o exemplo do caso do cartel dos trens e metrô de São Paulo, onde só vemos mobilização desses senhores, cobrando explicações do ministro da justiça, que apenas está fazendo seu trabalho. Entretanto, não se vê nenhuma dessas figuras pedindo investigações mais profundas sobre o caso, até por que, pelo o que já é sabido por todos, muitos desses defensores da moralidade estão envolvidos na historia.


O mesmo se dá em relação ao caso do helicóptero da empresa que o deputado estadual Gustavo Perrella (SDD-MG) é sócio e que foi apreendido na fazenda do Senador Zezé Perrella (PDT), pai do deputado. A apreensão aconteceu depois que a Polícia Federal encontrou 455 quilos de cocaína dentro da aeronave. Pouco ou quase nada se fala dessa história tão estranha. O veículo é da empresa do deputado e o piloto é funcionário da empresa dona do veículo, além de ser assessor parlamentar do deputado. O combustível do helicóptero é pago pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais e ainda querem insistir na balela de que a carga não é de responsabilidade do parlamentar?


É preciso que esses senhores se expliquem e que quem fica no parlamento dizendo defender a moralidade precisa cobrar essas explicações, assim como fazem em relação a empresa que administra o hotel em Brasília, que ofereceu emprego à José Dirceu, condenado pelo mensalão. É preciso que a oposição afine seu discurso com suas práticas, para poderem ser exemplos de alguma coisa para alguém, caso contrário continuarão sendo como macacos que sentam nos rabos pra falar mal do rabo dos outros.

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