quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Sem nacionalismo midiático

Amanhã, tem tudo para ser o dia mais importante dos 103 anos da Ponte Preta. Jogando na Argentina, a Macaca, precisa de uma vitória simples para levar a Copa Sul Americana e finalmente inaugurar sua sala de troféus, além de assegurar a participação na Libertadores do próximo ano. Pela campanha que fez na competição, acredito que não será surpresa se a Macaca fizer a festa na casa do adversário, afinal ela eliminou tanto o Velez, como o São Paulo, atual campeão da Sul Americana, vencendo com autoridade a partida em território adverso.


Entretanto, não é isso que me motiva a escrever esse texto. Cresci ouvindo a imprensa esportiva com surtos nacionalistas a cada confirmação de times brasileiros nas finais internacionais. A cada nova competição era sabido que se ouviriam coisas do tipo: "O Cruzeiro é o Brasil", "O Grêmio é o Brasil", "O São Paulo é o Brasil", entre tantos outros times que disputaram e ganharam títulos importantes nos últimos 20 anos.


Confesso que nunca fui e continuo não sendo fã desse nacionalismo distorcido e barato, que serve apenas para atrair maior audiência para as transmissões. Não acho que o time represente seu país na competição e também não acredito que o fato de um time brasileiro estar em uma final internacional, seja garantia de que os brasileiros torçam por ele. Porém, confesso que estranhei o fato de agora não ver mais essas declarações quando o assunto é a final da Sul Americana com a Ponte Preta e o mesmo acontece em relação ao Atlético-MG, no Mundial Interclubes.


No caso da final da Sul Americana, ainda acho estranho o fato de a maior emissora do país, que é quem detém os direitos de transmissão das partidas dos times brasileiros não transmitir nenhuma das partidas. Ao que sei, apenas em 2008, quando Internacional ganhou a competição e ano passado quando do título do São Paulo, os jogos foram transmitidos. Mas ainda acho que as partidas dariam mais audiência do que os filmes exibidos na programação.

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