terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Caro Rica Perrone

Li seu texto sobre as viradas de mesa no futebol brasileiro e gostei, entretanto é preciso apontar alguns esclarecimentos sobre o tratado. Para iniciar o debate cito aqui suas próprias palavras no texto "... Santos e Corinthians terminaram nas duas últimas posições em 87. Não caíram. Não era previsto rebaixamento, como também não era previsto o confronto Sport x Flamengo.  Num dos casos, o regulamento não previsto foi aplicado. ..."


Santos e Corinthians não caíram naquele ano por que como você mesmo coloca, não havia previsão de rebaixamento aos lanternas da competição, assim como ocorreu na Copa João Havelange em 2000, com o mesmo Corinthians que terminou a competição em 24º e penúltimo colocado, mas não foi rebaixado pois o regulamento não fazia tal previsão. Assim sendo não há razão plausível para classificar a permanência do Timão como uma "virada de mesa", o regulamento não mudou no decorrer da competição, como acontecerá em relação ao jogo entre os vencedores dos dois módulos em 1987.


Sobre o Brasileirão de 2005, também existe inverdades ao relacionar o resultado a "viradas de mesa". Naquele ano o campeonato fora marcado pelo escândalo da anulação de algumas partidas apitadas pelo agora ex árbitro Edilson Pereira de Carvalho. A decisão do STJD naquele ano foi inédita, histórica e fundamental, para que acreditava e ainda acredita que é possível moralizar o futebol brasileiro. 


Quanto aos resultados das partidas remarcadas, acho estranho afirmarem que eles beneficiaram mais o Corinthians do que os demais clubes e também estranho o comportamento do Internacional nessa questão. O time gaúcho ganhou sua partida independente do Edilson Pereira, afinal venceu as duas partidas contra o Coritiba. O Botafogo teve que jogar de novo e perdeu sua partida e nem por isso ficou reclamando, o mesmo aconteceu com a Ponte Preta que vencerá o São Paulo no primeiro jogo por 1 a 0 e na partida remarcada, ampliou o placar para 2 a 0. Naquele ano o Corinthians ganhou o campeonato no campo e na bola, sem tapetão e ou virada de mesa. 


A polêmica daquele campeonato seria e foi o pênalti descarado do Fábio Santos no Tinga, naquela partida entre Corinthians e Internacional que daria a vitória aos colorados e que o juiz de maneira irresponsável ignorou. Entretanto, erro de arbitragem por erro de arbitragem,é hora de ressaltar que erros de arbitragem sempre ajudam algum time e atrapalham outros de forma a não dar o direito ao torcedor de ficar de chororô por causa do apito.


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