domingo, 14 de dezembro de 2014

2014 um ano atípico para o nosso esporte

No início deste ano, a expectativa era que o Brasil conseguisse bons resultados em alguns esportes e fosse campeão dos torneios mais importantes disputado nessa temporada, principalmente, nas competições onde o nome do país já está consolidado. Mas contrariando todas as expectativas e prognósticos, o Brasil se saiu melhor em competições esportivas, onde nossos atletas e equipes não tem tanta tradição.

Depois de em 2013, nossa seleção feminina de handebol, ter conseguido a conquista inédita do Mundial, a torcida era para que os tradicionais, vôlei e futebol, nos desse a alegria das conquistas, o que não aconteceu. No vôlei, o Brasil não conseguiu ser campeão, nem entre as mulheres, que além de serem as atuais bi campeãs olímpicas, são as atuais campeãs do Grand Prix (A Liga Mundial delas) e um torneio com menos expressão que o mundial. Assim como aconteceu com as mulheres, os homens, também não tiveram sucesso no Mundial, perdendo a final para a surpreendente Polônia, que vem se consolidando como uma nova força do esporte.

No futebol, o Brasil, que sediou a Copa também fez feio. Após chegar as semifinais aos trancos e barrancos, jogando contra adversários teoricamente mais fracos do que o que se esperava, a seleção passou a maior vergonha de sua história no jogo do Mineirão, diante dos alemães, que atropelaram o Brasil, no caminho para o tetra deles. E como se não bastasse, a equipe ainda perdeu para os holandeses a disputa do terceiro lugar na competição.

Entretanto, o ano não teve só derrotas para o esporte brasileiro. Fomos surpreendidos em dois esportes onde o nome do Brasil, não se sobressai apesar dos talentos individuais que o país tem nesses esportes. Me refiro ao surf e a natação. Apesar de nomes reconhecidos internacionalmente nesses dois esportes, o Brasil nunca havia conquistado um campeonato mundial nesses esportes, até que nesse ano, as coisas mudaram. Em Doha no Catar, a equipe brasileira conquistou o Mundial de piscina curta, com nomes como Felipe França, César Cielo e Etiene Medeiros, que além de se tornar a primeira brasileira campeã mundial de natação, conseguiu o recorde mundial, nos 50 m costas. 

Outro destaque do mundial, foi o nadador Felipe França, que conquistou 5 medalhas, todas de ouro e mostrou que está recuperado do período turbulento que viveu a partir das Olimpíadas de Londres, dois anos atrás.

No surf, o grande destaque é o garoto Gabriel Medina, que aos 20 anos, disputa de igual para igual o título do ASP, o Mundial da Associação de Surfistas Profissionais, com nomes consagrados do esporte como o estadunidense Kelly Slater, 11 vezes campeão mundial e o australiano Mick Fanning, tri campeão do mundo. Medina precisa apenas de se classificar para a final, para se tornar o primeiro brasileiro campeão do mundo na modalidade.

Esses resultados, mostram que o país precisa consolidar uma política esportiva, que garanta fomento e estrutura para nossos atletas e equipes, garantindo o desenvolvimento esportivo no Brasil e assim se tornar uma futura potência esportiva.

Nenhum comentário:

Postar um comentário