sexta-feira, 7 de maio de 2010

Bola pra frente


O Corinthians, passou pela maior frustração do ano do centenário, ao ganhar na última quarta-feira do Flamengo por 2 a 1 no Pacaembu e mais uma vez não ter sucesso no Torneio que ele mais deseja, a Libertadores da América. O tropeço, assim como aconteceu no Paulistão foi o suficiente para que os torcedores rivais exercitassem a criatividade para lembrar o centenário e a ausência do grande desejo do ano.
Mas é preciso lembrar alguns pontos importantes. O alvinegro poderá ser campeão brasileiro, pois mostrou ter força e elenco para brigar por este título. É evidente que o time do parque São Jorge, começa ocmapeonato como franco favorito, mas está sim na briga. O penta campeonato brasileiro, seria suficiente para mostrar que o time tem força e que superou bem a eleiminação no torneio continental, além de garantir mais uma vaga para a mesma competição.
Por isso, não é hora de ficar procurando culpados pela adversidade, mas sim, hora de seguir o jogo, absorver a derrota e aprender com os errros, para não mais repetí-los. Vamos com tudo para o brasileirão, sem pensar na conquista como obrigação ou obsessão, por conta do centenário. É hora da nação alvinegra lembrar da frase do técnico José Mourinho da Internazionale de Milão: "A obsessão atrapalha as conquistas". Não temos a obrigação de sermos campeões brasileiros, por motivos simples como o fato de já termos vencido a competição 4 vezes e com relação ao centenário, lembremos que times como Grêmio, Atlético-MG e Flamengo, não foram campeões no ano de seus centenários e nem por isso são menores ou menos tradicionais, que times como Vasco ou Internacional.
É preciso manter a base e o bom trabalho desenvolvido até aqui, para que possamos no final do ano do centenário gritarmos não apenas campeão, mas penta campeão e assim retornarmos à América em 2011. Caso isso se confirme, mostraremos que somos, antes de tudo um time vencedor e organizado, afinal, além de figurarmos entre os maiores campeões nacionais, manteremos uma ótima regularidade, pois este títulose juntaria a Copa do Brasil do Ano passado, ao vice da mesma no ano anterior, algo jamais visto no futebol brasileiro. Por isso é chegada a hora da nação corinthiana levantar, sacodir a poeira e dar a volta por cima e que venha o Brasileirão.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Carta Aberta ao governo Israelense


Este mês a Sessão Carta Aberta é direcionada mais uma vez para o exterior. O destinatário agora é o belicista governo Israelense, que se fia em um passado de perseguição, sofrida pelos judeus, para adotar medidas duras contra seus vizinhos.


No próximo dia 14 de maio, se completarão 62 anos da criação deste polêmico Estado. Em 1948, com ampla participação brasileira, foi assinado na Organização das Nações Unidas, o acordo que criou o estado de Israel, antigo sonho sionista e que representou a volta para casa deste povo que sempre sofreu com êxodos e perseguiições. O povo judeu pode enfim, retornar para as terras onde se localizavam cidades importantes para este povo. Mas o problema da criação do mesmo é que tal acordo, previa também a criação do Estado Palestino, que abrigaria os povos vizinhos, que não tenham ligação direta com o judaísmo e nem com o povo judeu.
Mas, essa é uma dívida que a ONU tem até os dias atuais. Milhares de palestinos morreram defendendo essa causa, a qual a Comunidade Internacional, se compromenteu a cumprir e até agora,apenas lavou as mãos. Infelizmente, o erro de Israel começou quando após conquistar seu território, partiu para um projeto expanssionista visando romper as fronteiras acordas em 1948. Talvez, baseados em uma antiga passagem do Velho Testamento, a Torá, onde Deus prometeu a Abraão que seus descendentes habitariam pelo território que vai do rio Nilo, no atual Egito até o rio Eufrates no atual Iraque.
Juntado-se a tal passagem, os judeus se apegam em sua história, onde diversos povos subjugaram os judeus transformando-os em escravos (egípicios e persas), ou os oprimiram como os babilônicos e mais recentemente os nazistas que promoveram o holocausto. estes motivos, infelizmente acabam sendo utilizados por muitos para justificar as atrocidades israelenses, nos dias atuais, essas pessoas e o prórpio governo de Israel, se esquecem de que "dois erros, não fazem um acerto".
É preciso que a Comunidade Internacional cobre com uma postura firme que Israel respeite suas fronteiras e acabem com os conflitos no Oriente Médio e que o governo de Tel-Aviv, devolva à Síria, as Colinas de Golã e todos os outros territórios ocupados pelos seus exércitos. Quanto a importância das cidades pretendidas por Israel, que as reivindica como seu território, sugiro que leiam o seguinte texto ( Mais). Assim fica aqui mais um apelo ao bom senso pela paz e algumas propostas de soluções para este comflito histórico.

domingo, 2 de maio de 2010

Por um Fio


O Santos, que começou o ano como o time mais encantador do futebol brasileiro, aquele que goleava com frequência, finalmente pode confirmar sua boa temporada sagrando-se campeão paulista pela 18ª vez. Mas algo de estranho acontece com este time que rapidamente voltou a ser chamado de "Santástico". O time da Vila chegou a incrível marca de 100 gols na temporada, que se aproxima de sua metade. Porém já são duas derrotas consecutivas. O time de Neymar e Robinho, já não ganha a duas partidas, após vencer o Santo André por 3 a 2 no Pacaembu, dia 24 de maio, perdeu para o Atlético-MG pelo mesmo placar e agora levou o revés diante do time do ABC. Ou seja, campeão por um gol.
Está certo que pelo fato de ter tido a melhor campanha, a ombinação de resultadosda final, garantiram o "caneco" para o Peixe, mas para um time tido como o grande time do ano, ficar duas partidas sem vencer é algo preocupante. Apenas para comparação, o Corinthians de 2009, que tinha um futebol eficiente, mas longe de ser bonito como o santista, neste mesmo período ainda não havia alcançado o centésimo gol, mas já havia conquistado o Paulistão de forma invicta e perdido apenas uma partida (para o Atlético-PR, na Copa do Brasil).
É provável que o aperto sofrido pelo time praiano, seja creditado ao bom futebol do Santo André, o que seria justo, mas incorreto, até por que o favoritismo na mesma final era alvinegro. Pode ser também que mesmo com o título paulista, o time não tenha vida longa na Copa do Brasil, afinal mesmo jogando em casa contra o Galo, não há garatias de reversão do placar, até por que o time mineiro vem empolgado com a conquista do estadual. Com a possível eliminação no torneio nacional, pode ser decretado o fim do grande time, afinal como todos sabem, com a abertura da janela de transferência para a europa, muitos poderão deixar a Vila, ainda que digam desejarem permanecer, ai talvés aainda teremos que esperar um bom tempo para vermos outro time fantástico nos campos brasileiros.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Que liberdade de expressão queremos?

Vem se aproximando o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, que é celebrado todo dia 3 de maio e como já é sabido por todos essa tal liberdade vem sendo debatida há anos no Brasil. É importante lembrar que esse debate ganhou força, quando ainda no governo Fernando Henrique, a Federação Nacional dos Jornalistas, órgão máximo da categoria, em conjunto com um grupo de parlamentares, apresentou um projeto de lei, que propunha a criação do Conselho Federal de Jornalismo, órgão semelhante a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), ou Conselho Federal de Medicina (CFM).
Tal medida foi o suficiente para que os grupos mais conservadores da sociedade e principalmente da imprensa, se mostrassem contrário e o taxassem como censura. Além deste episódio, que foi revivido no início do governo Lula, acumula-se ao debate a questão da obrigatoriedade do diploma, que por decisão do Supremo, acabou não existindo mais. Para apimentar ainda mais a discussão, após a realização das Conferências de Comunicação, no ano passado e que foram esvaziadas pela grande mídia, os mesmos "donos da mídia" organizaram em março, um evento interno, que foi utilizado como meio para contrapor as propostas populares apoiadas pelo governo.
Com tais acontecimentos o debate sobre a liberdade de expressão vem sendo apresentado como uma luta de classes, no mais claro sentido apresentado por Marx e seguido anos mais tarde por Gransci. Projetos antagônicos de mídia se contrapõem. O primeiro, dos movimentos sociais, busca uma real liberdade de expressão e também de imprensa, com garantia para meios populares como jornais, rádios e tevês populares, que mostrem a realidade segundo a ótica das comunidades, afinal de nada adianta ter liberdade de expressão sem ter condições iguais de expressá-las.
Já o projeto de mídia dos grupos donos da grande imprensa é deturpar ainda mais o jornalismo. Primeiro eles atacaram o diploma, aumentando a precarização das condições de trabalho. Agora eles, ainda querem acabar com o princípio básico da imparcialidade jornalística. Com isso eles atropelam os ensinamentos primários do bom jornalismo, que difere textos opinativos baseados na redação argumentativa e, de textos dissertativos que primam pela imparcialidade, sem buscar convencer o leitor. Atuando desta forma, estes senhores, querem reduzir o papel do jornalismo a simples função de porta voz das idéias do mesmo grupo, manipulando a opinião pública e mantendo o status quo.
Na situação atual, a idéia destes tubarões é defender não a liberdade de imprensa ou de expressão, mas sim a liberdade de empresa, onde só se pode difundir as idéias de seus donos. Sendo assim, eles na mais fazem do que colocar em prática a famosa frase de Assis Chateubriand, que afirmava: "Quem quiser defender suas idéias, que monte seu jornal, pois nos meus eu defendo as minhas".
Mas ainda assim não deixam de apontar suas próprias contradições. Isso por que, ao mesmo tempo que praticam tal fala, se articulam para evitar que movimentos populares tenham seus próprios meios de comunicação, sempre classificando-os como "piratas", ou seja, ilegais e qualquer tentativa de legalização dos mesmos é amplamente combatida pelos mesmos senhores. Por isso, é necessário que toda a sociedade entre de vez neste importante debate para nossos país que já tem suas instituições democráticas consolidadas. E como todos sabem, democracia não existe sem liberdade.

domingo, 18 de abril de 2010

O Brasil é laranja


Hoje, depois de um bom tempo, assisti a uma partida de vôlei, esporte este que desde 92, com o ouro masculino em Barcelona, começei a admirar e acompanhar. Durante um bom tempo, fui assistir a jogos no ginásio, sempre acompanhando os jogos da equipe feminina do Macaé, que é minha cidade, por opção. Infelizmente, após contar com grandes jogadoras, como Isabel e Márcia Fú, o time teve suas atividades encerradas alguns anos atrás, após várias trocas de patrocínio. Felizmente, novamente com o patrocínio da prefeitura, o time voltou a competir este ano, retornando inclusive a disputar a Superliga. Mas como dizia no início do texto, assisti hoje a um jogo especial. A partida, realizada no ginásio do Ibirapuera, foi entre as duas melhores equipes do país e que há anos dominam o cenário do esporte no Brasil. Sollys/Osasco e Unilever/Rio de Janeiro, fizeram um jogo como a muito tempo não se via. Por conta do histórico das equipes, a rivalidade marcou o confronto, as equipes se encontram nas finais da Superliga, já faz seis anos e nos últimos quatro a equipe carioca, comandada por Bernardinho, tinha levado a melhor. outro motivo que chamou a atenção para a final é o fato de que no inícioda temporada, o time de Osasco, perdeu seu patrocinador principal e chegou a ser extinto, mas pouco antes do começo do torneio, o time foi resgatado pelo atual patrocinador. Com essa história, o então grande Finasa/Osasco, que já havia se tornado grande, quando ainda era BCN/Osasco, deixava de existir e como todos sabem, seria bastante compllicado para o agora Sollys, conseguir um bom desepenho, afinal o susto havia sido muito grande. Mas, não foi isso que aconteceu. O time da Grande São Paulo, manteve a sua base, consguiu alguns reforços e fez uma ótima campanha chegando a final e conquistando a competição. O jogo foi disputado até o final e como acontece em todo clássico, chegou ao tie-break. Com ótima atuação, o time paulista levou o primeiro set, com um resultado bastante apertado. No segundo set, o time de Bernardinho, cresceu na partida e levou a disputa. A história se repetiu no terceiro set e o Unilever, ficou a um set do título, que lhe garantiria, o pentacampeonato consecutivo. Mas no quarto set, as comandadas de Luiziomar de Moura, mostraram superação e garantiram a disputa do tie-break. Com ótima atuação, principalmente da oposto Natália, que marcou 29 pontos e foi eleita a melhor jagora da final o Sollys conseguiu vencer a partida e suas jogadoras puderam enfim, soltar a emoção e o grito de campeã, festejando com a torcida que lotou o Ibirapuera, pintando o ginásio de laranja, cor que aliás tomou o país após o apito final.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Confirmando um ano especial


É o ano do centenário, aquele time que começou em uma esquina do bairro do Bom Retiro, formado por operários, que enfrentou muitas dificuldades por sua origem e ainda hoje sofre dificuldades por seu tamanho e história, chegou a este ano histórico, infelizmente, ou felizmente seus opositores não conseguiram glórias parecidas. Como era de se esperar, ainda é comum ouvirmos pelas ruas comentários, que tentam manchar essa bela história.
No início de 2010, a imprensa esportiva falava aos quatro ventos que este ano seria decisivo para o Corinthians, afinal é o esperado centenário e como parte do planejamento, neste ano time voltaria a disputar a Libertadores, seu grande sonho e objeto de desejo, título ainda não conquistado e motivo de piada para os torcedores rivais. Muitos lembravam que o Corinthians não tem tradição na competição, que os brasileiros e argentinos que disputam a Libertadores têm mais tradição nela, afinal todos já foram campeões e o Timão ainda esta na fila.
Pois bem, o tempo passou, o campeonato começou e o Timão manteve-se invicto e líder de seu grupo, não satisfeito com o resultado em relação aos adversários diretos, o time do Parque São Jorge é hoje, o time de melhor campanha na competição. A imprensa dita especialista afirmava que o alvinegro, não iria longe mesmo estando em um grupo relativamente fraco, mas mais uma vez o time paulista mostrou seu poder de superação e alcançou, ainda que de forma provisória, o topo da América.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

*Nota de esclarecimento*

Nós, moradores de favelas de Niterói, fomos duramente atingidos por uma tragédia de grandes dimensões. Essa tragédia, mais do que resultado das chuvas, foi causada pela omissão do poder público. A prefeitura de Niterói investe em obras milionárias para enfeitar a cidade e não faz as obras de infra-estrutura que poderiam salvar vidas. As comunidades de Niterói estão abandonadas à sua própria sorte.

Enquanto isso, com a conivência do poder público, a especulação imobiliária depreda o meio ambiente, ocupa o solo urbano de modo desordenado e submete toda a população à sua ganância. Quando ainda escavamos a terra com nossas mãos para retirarmos os corpos das dezenas de mortos nos deslizamentos, ouvimos o prefeito Jorge Roberto Silveira, o secretário de obras Mocarzel, o governador Sérgio Cabral e o presidente Lula colocarem em nossas costas a culpa pela tragédia.
Estamos
indignados, revoltados e recusamos essa culpa. Nossa dor está sendo usada para legitimar os projetos de remoção e retirar o nosso direito à cidade. Nós, favelados, somos parte da cidade e a construímos com nossas mãos e nosso suor. Não podemos ser culpados por sofrermos com décadas de abandono, por sermos vítimas da brutal desigualdade social brasileira e de um modelo urbano excludente. Os que nos culpam, justamente no momento em que mais precisamos de apoio e solidariedade, jamais souberam o que é perder sua casa, seus pertences, sua vida e sua história em situações como a que vivemos agora.

Nossa indignação é ainda maior que nossa tristeza e, em respeito à nossa dor, exigimos o retratamento imediato das autoridades públicas. Ao invés de declarações que culpam a chuva ou os mortos, queremos o compromisso com políticas públicas que nos respeitem como cidadãos e seres humanos.

*Comitê de Mobilização e Solidariedade das Favelas de Niterói*

Associação de Moradores do Morro do Estado

Associação de Moradores do Morro da Chácara

SINDSPREV/RJ

SEPE – Niterói

SINTUFF

DCE-UFF

Mandato do vereador Renatinho (PSOL)

Mandato do deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL)

Associação dos Profissionais e Amigos do Funk (APAFUNK)

Movimento Direito pra Quem

Coletivo do Curso de Formação de Agentes Culturais Populares