sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Prêmio Fanfarrão do Ano 2012

Chegamos a dezembro e o último mês do ano trás pelo terceiro ano consecutivo o "Prêmio Fanfarrão do Ano", desta vez com algumas alterações em relação aos anos anteriores. Neste anos, deixamos o futebol de lado e pela primeira vez dividimos o prêmio em dois. 

Um dos ganhadores deste ano foram o Senado brasileiro, que após a divulgação de que os senadores não pagavam o imposto referente aos 14º e 15º salários, que podem ser extintos em breve. Após a revelação desse "benefício", os senadores decidiram que mesmo com a cobrança feita pela Receita Federal, essa "despesa" não saíra dos bolsos dos senadores, mas sim dos cofres do Senado, ou seja, do dinheiro público.

É lamentável que em uma época de tanta mudança no comportamento da sociedade e dos poderes da república,  mais uma vez, quando os senhores senadores poderiam dar um grande exmplo de transprência, honestidade e respeito ao bem público, dão uma bola fora deste tamanho.

Por esse comportamento, o Senado Federal acumula mais uma mancha para seu histórico e agora é agraciado com o "Prêmio Fanfarrão do Ano 2012".

O outro premiado, na realidade a outra premiada é a famosa Revista Veja, que este ano acumulou casos suficientes para alça-la a disputa do Fanfarrão do Ano. Incialmente, em uma investigação da Polícia Federal, um jornalista, que ocupa um importante cargo na revista foi pego em conversas suspeitas com um contraventor que se encontra preso atualmente. A conversa foi descoberta por que o contraventor teve seu telefone grampeado, com autorização judicial.

Outro caso que voltou a colocar a revista na briga pelo prêmio, foi a publicação em seu site de um texto, de um jornalista que também trabalha para a revista, onde o mesmo fazia alusões a expeculações sobre a vida pessoal de pessoas ligadas ao governo, com a utilização até de uma foto, que comprovaria o que o texto mostrava. 

Entretanto, poucos dias depois o autor do texto foi a público se desculpar e explicar que a foto da matéria seria uma montagem, mostrando inclusive a fotografia original. Para encerrar o ano e a galeria de "gafes", a Veja publica em seu site um artigo de outro importante jornalista da revista, onde o mesmo citava a morte do arquiteto Oscar Niemeyer (1907-2012), onde o jornalista resalta que o arquiteto era um gênio, mas como pessoa Neimeyer seria despresível. Para ele isso acontecia por que o arquiteto era comunista e como ele não é comunista, ele desprezava Niemeyer.

Ainda que não fosse contraditório um jornalista desprezar alguém somente por causa das ideias que defende, o que por si só ataca as liberdades de expressão e imprensa [fundamentais para o exercício do ofício], este senhor precisa entender que Niemeyer foi alguém em que o profissional superou o pessoal, não foi pelas convicções políticas que ele se tornou o que é, mas sim pela sua arquitetura e por isso chegou onde chegou, sem precisar desprezar ninguém. Por isso, foi reconhecido em todo o mundo, coisa para poucos.

Por esses fatos a Revista Veja, este ano divide com o Senado Federal, o prêmio "Fanfarrão do Ano".

Nenhum comentário:

Postar um comentário