segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Carta Aberta ao Levy Fidelix

Na noite do domingo, 28 de setembro no penúltimo debate presidencial, antes da eleição. O senhor Levy Fidelix (PRTB) demonstrou todo seu preconceito e ignorância ao falar da questão dos direitos LGBT´s. É preciso esclarecer à esse senhor que a conquista de direito, não é sinônimo de estímulo e sim justiça. Por isso, é fundamental que essa parcela da população tenha garantido seus direitos sociais, até por que os deveres iguais eles já possuem.

Reconhecer esses direitos passa ao largo da possibilidade de reduzir a população do país, ainda mais na proporção apontada pelo candidato no debate. O "isso ai", que o senhor se referiu é um direito básico que deve ser garantido para qualquer cidadão, como inclusive já está na nossa Constituição há 26 anos, assim sendo, negar tais direitos é ao meu ver algo inconstitucional. Dessa forma, é incoerente que quem pretende ser presidente do Brasil, agir de forma contrária a nossa "Carta Magna".

Outro ponto necessário de destacar nesse debate é o péssimo comportamento de um candidato que, utiliza o espaço em rede nacional para incentivar o ódio, contra um determinado grupo, ou ainda fazer ameaças com declarações como: "Então gente, vamos ter coragem, nós somos maioria, vamos enfrentar essa minoria. Vamos enfrentar, não vamos ter medo...".

Ampliando a tristeza em relação ao comportamento do candidato, foram ditos alguns absurdos como o de que homossexualidade se resolve com tratamento psicológico, o que já foi refutado de maneira clara pelo Conselho Federal de Psicologia, quando da época do projeto inconcebível da chamada "cura gay", defendido por figuras como o Pastor Marcos Feliciano (PSC-SP), tão conservador e ignorante quanto o presidenciável.

Mas o ápice da estupidez de Fidelix, foi afirmar que "dois iguais não se reproduzem", o que chama a atenção pela obviedade da mensagem e declarar que "aparelho excretor não reproduz", o que além de óbvio e nojento, mostra a aberração que esse comportamento é. Afinal, basta uma rápida observação sobre a sociedade para entender que o "mercado do sexo", movimenta milhões de dólares no mundo todo - a ponto de algumas potências mundiais agregarem o dinheiro advindo de parte desse mercado para turbinar seus PIB´s, como ocorreu recentemente com a Inglaterra e outros países - e não tem relação alguma com o crescimento ou a diminuição populacional de nenhum lugar.  

Esse comportamento é algo como propagação de ódio e homofobia - que deveria ser criminalizada, mas pouco se tem feito nesse sentido, infelizmente -. É inconcebível que um postulante ao cargo máximo do nosso país, tenha um comportamento tão incompatível com o cargo. O que ele fez, durante o debate, não pode nem de longe, ser classificado como "liberdade de expressão" e sim a mais pura "apologia ao ódio", que infelizmente vem crescendo no país nos últimos anos.

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