segunda-feira, 30 de abril de 2012

Há males que vem para o bem.


O resultado do encontro de Tática Eleitoral de Macaé foi inusitado. Quando todos esperavam um amplo debate entre o PT governista, que defenderia a manutenção do partido como um vassalo dos feudalistas do PMDB e o PT de oposição, defensor de um partido voltado para sua história e suas raízes, lutando por um partido independente e comprometido com a mudança de Macaé, eis que surge uma terceira via.

Articulada pela chapa que elegeu o maior número de delegados, a tese de candidatura própria saiu vitoriosa do encontro. Alguns pontos chamam a atenção para essa opção do partido. O nome indicado é de um neo petista, que chegou inclusive a participar de uma patética perseguição ao único vereador petista que Macaé, possuía quando o mesmo ainda estava no PPS.

A escolha daquele triste dia, foi mais uma ação antropofágica, do PT macaense. Alimentaram  alguém, que não  tem identificação com  o  partido, que sempre pensou  no  PT como um trampolim  político. O  pior é que o domingo acabou por  mostrar  aos governistas a verdadeira face do monstro que eles criaram. Agora sem máscaras, ele pôde agir como queria e pisou nos seus  aliados que tanto defenderam sua entrada no partido.

A "Cara Nova" tão falada durante esse processo, de nova não tem nada. É a mesma  que sempre defendeu  bandeiras com as quais  seu atual partido nunca levantou. Além de não terem cara nova e nem renovada, esse grupo mostrou que mais importante do que cara, eles também não possuem práticas novas e se construíram baseados nas traições que infelizmente vem se tornando  prática comum também no PT. 

Agora, com a decisão tomada, aconteceu algo estranho. Quem acha que ganhou, na verdade perdeu e quem parece que perdeu, na verdade ganhou. Eu explico: Com a decisão pela candidatura própria, será necessário que o partido rompa com o governo e assim sendo, muitos “petistas” se verão obrigados a largar o barco governista o quanto antes e assim a fonte que alimenta acordões secará desidratando esses seres.

Com isso, os petistas que lutam por um partido mais voltado para a valorização de sua história, saem vitoriosos do processo eleitoral interno. Com o atual cenário, dificilmente o partido não encolherá no parlamento, além de não ter ligação com o executivo. Assim, sendo começou no dia 29 de abril de 2012, o processo de depuração do partido, que resgatará a militância histórica do PT, onde a militância se sobrepõe aos cargos e ou questões financeiras.

Por tudo isso, aquele domingo serviu para confirmar a sabedoria popular. Sim, “há males que vem para o bem”. O encontro matou o PT. É hora  de trabalhar para ressuscitá-lo e fazer com  que ele volte mais forte, assim como  no mito da  Phenix.

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