sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

"O povo derrubou o regime"

O povo festeja nas ruas a queda de Mubarak (Crédito:AFP)

A frase a cima foi gritada por milhares de egípicios que festejavam o fim da era Mubarak no país. Após 30 anos no poder, o ditador de 82 anos deixa o governo. A renúncia foi o último capítulo da revolta que tomou conta do país, nos últimos dias. Após uma série de manifestações populares, que iniciaram na Tunísia, onde a população também derrubou o ditador, o mundo árabe passou por um tsunami de convulsões sociais, que varreu o norte da África e chegou ao Iêmen, no Oriente Médio.
Mesmo com o início das manifestações na Tunísia, o centro das atenções sempre foi o Egito, pois não é de hoje que o país vivia uma ditadura controlada com mão de ferro por parte de Hosni Mubarak, que no dia 11 de fevereiro, um dia após ensaiar sua renúcia e frustrar a todos com o pronunciamento de que ficaria até setembro no poder, finalmente caiu em si e deixou o governo do país.
Mas a renúncia do ditador, muitas vezes tido como presidente, tanto pela Comunidade Internacional, quanto pela imprensa hegemônica mundial, infelizmente não é garantia de dias melhores para a população do país, afinal a princípio a transição até as próximas eleições em setembro, o país será governado pelas Forças Armadas, deixando assim a possibilidade de um novo golpe ainda viva.
Os últimos acontecimentos mostram que o povo egípicio tem poder para tomar em suas mãos o destino do país e buscar dias melhores, mas é preciso ficar atento aos atos futuros até o final do ano, quando finalmente o país terá a oportunidade de consolidar a democracia na terra dos faraós.

Um comentário:

  1. Todo povo deveria ter a consciência de que pode tomar o poder em suas mãos. Espero que o fundamentalismo islâmico também recue, e que venha a tolerância que sempre foi uma característica dos árabes (vide a Toledo islâmica, na Espanha dos anos 1400).

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