quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Uma ditadura agonizando

Não é de hoje que o Egito chama a atenção da humanidade, desde os tempos dos Faraós, que aquela região é olhada e estudada com atenção pelo resto do mundo. Mas agora não são as pirâmides ou múmias que atraem as atenções para o país do rio Nilo. A cerca de um mês, a sociedade civil nos países árabes do norte do continente africano começaram a passar por uma séria convulsão social, provocada pela luta por democracia incialmente na Tunísia e se espalhando-se por todos os países vizinhos, chegando ao Egito, onde se tornou algo insustentável.
A realidade egípicia é a seguinte. O país vive a 30 anos, sob uma ditadura que já mudou de direção com o passar dos anos. Quando o ditador Mubarak assumiu o poder no país, o governo chegou a acenar uma aproximação com a antiga União Soviética, ainda durante a jádistante Guerra Fria, mas desde o encerramento da mesma, Mubarak "virou a casaca" e passou a ser um importante aliado dos EUA.
Assim como na Tunísia, a população capitaneada pela juventude acabou por tomar as ruas pedindo democracia, liberdade e claro a renúncia do ditador, a praça Tharir, foi palco de cenas que lembravam a praça da Paz Celestial, na China um dos palcos mais famosos de manifestações por reformas e democracia. Com o acirramento dos ânimos, os egípicios e a Comunidade Internacional, ficaram no aguardo do pronunciamento de Hosni Mubarak, na expectativa de que o mesmo renuncia-se.
Mas para decepção de todos, o ditador afirmou que não sairá até setembro quando haverá novas eleições (das quais ele não participará), até lá o Egito viverá os últimos momentos desta ditadura, que sempre contou com a conivência das potências mundiais. Mubarak anunciou algumas poucas alterações na Constituição e ficou nisso.

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