segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Carta Aberta à Rubens Barrichello.


A edição de agosto da sessão "Carta Aberta" é destinada ao piloto Rubens Barrichello, por um motivo muito simples. Uma semana após os brasileiros que acompanham a F1, verem o que aconteceu com Felipe Massa, lembrando em muito o que já aconteceu com o próprio Rubinho, o piloto da Willians, mostrou o que é ser piloto e também resgatou em muitos o orgulho de torcer não apenas para brasileiros, mas para a própria equipe Willians.
Olá Rubinho, confesso que por muito tempo tive o pé atrás com relação a você. Aprendi a torcer no automobilismo com o Ayrton Senna e é evidente que com a ausência dele, a pressão por quem continuasse a representar o Brasil, seria muito grande. Eu não entendi isso no começo, mas você sempre percebeu isso e trabalhou para mostrar seu valor como piloto, sem aparecer como o substituto do Cara. Sua longa carreira na Fórmula 1 já é o suficiente para mostrar suas qualidades como piloto.
Como todo torcedor que cresceu acompanhando o Senna, aprendi a gostar de corridas limpas e com belas disputas, por isso nunca aceitei episódios como o de 2002 ou o da semana passada na Alemanha. Acho que atitudes como essas, servem apenas para manchar o esporte, corrida para mim se ganha na pista, caso contrário não haveria necessidade de se correr. Para mim, campeão é quem ganha disputando e não no chamado "tapetão".
E por falar em disputa, sua ultrapassagem sobre o Schumacher na corrida do final de semana foi algo sensacional, fazia tempos que a categoria não tinha uma ultrapassagem como aquela. Mesmo com o jogo sujo do alemão, algo tão marcante na carreira dele, você mostrou ser mais você, encarou o desafio e passou por ele de forma limpa e indiscutível. Parabéns você mereceu.
Com o seu comportamento nas pistas, você acabou mudando minha opinião com relação a sua imagem. Hoje vejo em você um bom piloto, que pode sim ser campeão e que acima de tudo preza pelo prazer da corrida e da disputa. Fico feliz com sua participação no desenvolvimento da Willians, minha equipe desde pequeno, ainda que torcia para o Senna, quando o assunto era o Mundial de Pilotos. Sempre fui torcedor da equipe de Grove, por ver nela a forte presença do "DNA garagista" que tanto marcou a F1, nos bons tempos em que as montadoras não se intrometiam tanto no desenvolvimento dos carros.
É evidente que ainda é cedo para falar em título da equipe do Sir Frank Willians, mas o time com sua ampla participação está retomando o caminho que a recolocará entre as grandes equipes do circo da F1. Se futuramente a conquista vier junto com um título seu será melhor ainda. Estarei na torcida.

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