quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Depósitos de presos

Esta é a melhor forma de definir o sistema carcerário brasileiro. Prisões superlotadas, que são palcos constantes de rebeliões e tensões para presos e familiares. Segundo a CPI do sistema carcerário, o pior presídio do Brasil é o Central de Porto Alegre, que tem capacidade para três mil presos, mas atualmente abriga cinco mil. As condições dos presídios vem se deterirando a cada dia e isso só serve de pretexto para novas rebeliões que acabam agravando a situação.
É preciso que aconteceça uma reforma prisional ampla no país, que garanta uma estrutura mínima para que os presídios ofereçam formas de recuperar os detentos. O sistema prisional tem que oferecer qualificação básica para os presos, pois hoje 80% dos presos não estudam enquanto estão cumprindo pena. É necessário também que se ofereça meios para que o detento tenha condições de trabalho dentro do sistema prisional, para que através dele, gere renda para se manter e também tenha o benefício de redução de pena, a cada três dias trabalhados ele reduz a pena em um dia.
Tais medidas gerariam benefícios ao Estado, que teria redução de custos na manutenção dos presídios, além de garantire oportunidades para que o preso não retorne para o cárcere após o cumprimento da pena. É preciso que a sociedade perceba que o único direito a que o preso tem que perder ao ser condenado é o da liberdade, mas o demais devem ser mantidos. Esta mudança faria com que os presídos deixassem de ser depósitos de presos apra serem verdadeiros reformatórios de cidadãos que erram, mas querem ser recuperados. Enquanto a sociedade brasileira não avançar neste snetido, continuaremos a produzir novos bandidos que continuarão a criar mais problemas para o Estado.

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