quinta-feira, 8 de abril de 2010

Mais do mesmo

O verão já acabou, junto com o mês de março, mas ao contrário do que dizia o poeta Tom Jobim, este ano as águas de março não fecharam a estação mais quente do ano e cairam em pleno outono. O problema das chuvas torrenciais que causaram tantos transtornos a Niterói e as cidades do entorno, é que não há nada de novo, nessa história. Basta uma forte chuva e várias cidades presenciam o verdadeiro caos.
Foi assim tempos atrás com as cidades próximas a Blumenau, em Santa Catarina, também pudemos acompanhar esse enrredo, quando no final do último ano, fortes chuvas provocaram uma tragédia em Angra dos Reis e nas cidades próximas da baía da Ilha Grande. O problema é que todos sabem por que essas histórias se repetem, mas ninguém faz por onde evitá-las. A questão do urbanismo é algo que precisa ser debatido por toda a sociedade, com o máximo de urgência. É fundamental discutir essa questão para evitar novas tragédias desse tipo.
Para que isso ocorra, é necessário que os especialistas, junto com a sociedade e o poder público, apresentem soluções e as colque em prática. É preciso desenvolver novos meios para ordenar a ocupação do solo, planejando novas áreas habitacionais, com estrutura para que seus moradores não enfrentem mais problemas como deslizamentos e alagamentos. Essa é a melhor maneira de evitar a favelização dos grandes centros e a expanssão das favelas já existentes.
É preciso planejar formas de escoar as águas da chuva de maneira segura, evitando novos transtornos. Como opção, é preciso levar em conta a construção de moradias em áreas planas mais afastadasdas cidades, mas que sejam amplamente atendidas por transporte público e também por outros serviços oferecidos pelo Estado, Desta maneira, a migração para as cidades mais importantes acontecerá de forma mais ordeira e segura, possibilitando que em caso de novas ocorrências como a dos últimos dias, sejam amenizadas com certa antecedência, poupando assim muitas vidas e também muitos danos materiais.
Por isso, é urgente que o poder público apresente e execute planos que garantam uma prevenção séria e correta para casos como o que assolou o Grande Rio.

sábado, 3 de abril de 2010

Controvérsia yanke

Os estadunidenses mostram agora mais um capítulo de sua interminável história de incoerências entre seu discurso e sua prática, talvez tal comportamento seja a maior herança deixada pela sua ex metrópole Inglaterra, que ganhou o mundo espalhando a máxima "faça o que eu falo, mas não faça o que eu faço". A bola da vez volta a ser a questão energética apoiada nas bases da economia.
Dias após anunciar que vai criar sanssões para as empresas que tenham recebido créditos de bancos estadunidenses, mas continuam mantendo relações comerciais com o Irã, o alvo da vez passou a ser o etanol brasileiro.
A controvérsia entre discurso e prática, acontece exatamente ai. Todos sabem que os EUA são ferrenhos defensores do chamado "livre comércio" e que isso só é possível, sem incentivos fiscais, mas o governo de Washington, vive gastando muito dinheiro público para resgardar setores da economia, que não aguentariam a concorrência internacional. Isso já aconteceu com o algodão, com a laranja e agora acontece com o etanol. Os Estados Unidos são forte produtores de etanol, mas este combustível é feito através do milho.
Os problemas do etanol do milho é que ele é menos eficiente e polui mais do que o produzido da cana de açucar, como é o caso do brasileiro. Além disso é evidente que o etanol a base de milho, traz sim problemas relacionados ao fornecimento de alimentos, tanto é que segundo o Patrick Boyle, Presidente da Associação que representa os produtores de carne, o impacto de US$ 6 bilhões por ano sofridos pelos cofres americanos, causa prejuízos aos consumidores e aos produtores de carne, que tem que pagar mais caro pelo milho não utilizado para fazer etanol.
O protecionismo governamental neste caso, funciona da seguinte forma: Para cada galão produzido, o governo abate US$ 0,45 em impostos e o etanol produzido no Brasil, que é comercializado nas terras do Obama, paga US$ 0,54 de imposto de importação para cada galão que entra nos EUA. Os defensores do protecionismo, alegam que os EUA ainda estão se recuperando da recessão e que o fim de tais medidas colocaria em risco o emprego de 112 mil americanos, o que jogaria a economia de volta ao colapso.
É preciso que independente dos resquícios de crise, ou da importância eleitoral, que os estados produtores de milho possuem, eles passem a competir por sua conta e risco no mercado levre internacional, sem auxílio governamental. Outro comportamento questionável por parte do governo Obama em relação a energia é o fato de que o petróleo extraído de vários países hostis aos EUA, entrem no país sem taxação alguma, mas o etanol produzido no Brasil (um país democrático e aliado historico dos EUA) sofra sanssões econômicas.
Por isso, é hora do senhor Obama passar a colocar em prática os discursos que os EUA sempre defenderam.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Carta aberta a Chico Xavier


Este ano, celebramos 100 anos de seu nascimento e por obra do destino, já que o a caso não existe, seu aniversário é celebrado bem próximo da Páscoa. É válido lembrar tal fato, pois a festa cristã celebra a ressureição de Cristo e como o senhor é o maior nome do espiritísmo em nosso país, é impossível deixar este fato passar em branco.
Sua trajetória e seu nome lembram os reais objetivos da construção do verdadeiro Reino de Deus, afinal seus atos levaram conforto e alegria aos necessitados, mantendo-se fiel aos preceitos espíritas. Hoje sua obra é difundida por todo o país e também no exterior e uma prova desse reconhecimento é a escolha do seu nome como sendo o "Mineiro do Século XX", superando nomes que marcaram a história brasileira como Alberto santos Dumont e Juscelino Kubitschek.
Sua história nos mostra a importância de buscar sempre ajudar ao próximo e de sempre buscar a justiça, tanto é que sua trajetória e respeitada e lembrada pelas mais variadas pessoas com as mais diversas formações. Que este ano de 2010, que ao mesmo tempo nos serve para celebrarmos sua memória, também acaba por lamentarmos estes oito anos de ausência, em uma sociedade cada vez mais conturbada e necessitada de mentes bilhantes como a sua.
Que 2010 seja repleto de homenagens ao seu nome, mas que a maior delas seja o firme propósito de colocar em prática os ensinamentos tão divulgado por você, pois desta forma ficaremos mais próximos do Pai e de seu Reino tão propagado pelas mais diversas teologias, que mesmo seguindo caminhos diversos nos levam para o mesmo lugar, que é um mundo mais justo e igualitário.

sábado, 27 de março de 2010

Análise equivocada

Recentemente o presidente Lula, voltou a criticar a imprensa ao afirmar que ela age de má fé. Essa declaração, como já era de se esperar, causou polêmica e serviu para que muitos opositores do governo, voltassem a classificar o presidente como censor ou defensor da censura. O renomado jornalista e professor da USP, Eugênio Bucci, autor de vários livros sobre comunicação e jornalismo, escreveu que tal declaração era infeliz e só servia para mostrar que Lula promove uma caampanha contra a imprensa, o que é uma grande inverdade. Bucci lamentou ainda que o presidente dirija ataques á toda imprensa.
Na verdade, as duas análises tem equivocos. Por parte do presidente o erro acontece por que não é toda a imprensa que age de má fé. existe sim, uma minoria de veíiculos que não pautam seus trabalhos pelo jornalismo senssacionalista, ou marrom. Mas infelizmente, é verdade sim que os grandes jornalões e veículos de imprensa tenham como marca, uma forte desqualificação da notícia em si, tornando as vazias e priorizando os temas senssacionalistas que garatem maior audiência ou vendagem.
Quanto a leitura do jornalista é correta também pelos mesmos motivos apresentados em relação ao pensamento do presidente, com o diferencial de que cada vez menos, o jornalismo tem se mantido de maneira imparcial, como deveriam. Hoje, o jornalismo infelizmente atua como porta voz de interesses políticos e econômicos, que passam diretamente pela questão eleitoral e por isso nos anos eleitorais eles voltam suas baterias para criticar governos e ou políticos que destoem das idéias defendidas por eles, por isso, acabam agindo com má fé
Infelizmente, nessa eterna batalha de poderes e interesses não existem mocinhos ou vilões e caso realmente existam, a cada dia é mais dificil de reconhecê-los.

quinta-feira, 25 de março de 2010

É como "reaprender" a andar de bicicleta


Finalmente, depois de muito tempo tive meu primeiro contato com uma moto, mas não foi um contato qualquer. Pela primeira vez tive aula para tirar a desejada carteira de moto. Quem me conhece a tempos, sabe que desde pequeno tive predileção pelas duas rodas. Claro, que tinha vontade de dirigir automóveis, mas sempre afimei que em caso de opção, ficaria sempre com as duas rodas. Talvés tal predileção tenha surgido ainda muito novo, quando na infância sempre tive preferência pela "magrela" e nunca amprendi a andar nem de patins e nem de skate.

Era engraçado também por que ao conversar com amigos sobre motores sempre deixei evidente a escolha. Quando o assunto era os grandes pilotos brasileiros, incluia sempre o nome de Alexandre Barros, na lista em que não poderia faltar nomes como Piquet, Senna, Fittipaldi e tantos outros do automobilismo. Muitos afirmavam que aquilo era loucura, uma vez que os pilotos de carro, tinham grandes títulos, incluindo o mundial de F1, já o Barros, nunca foi campeão nem na motovelocidade e nem na Superbike. Na resposta sempre lembrava que o Barros esta para o nosso motociclismo, assim como o Fittipaldi, pois foi sim um desbravador e sem ele o esporte no Brasil teria outra realidade ainda pior.

Com a chegada da idade para se tirar a carteira, as conversas se intensificaram e muitos amigos e parentes, lembravam que a motocicleta é algo perigoso, pois, não existe proteção em caso de colisão. Outro ponto lembrado pelos críticos é com relação a chuva, mas nunca fui convencido por tais argumentos e sempre alimentei este objetivo. Por vários motivos adiei essa empreitada e agora pude realizá-la.

Já na primeira aula, pude confirmar o que sempre ouvi, é como andar de bicicleta, claro que com a diferença de não precisar pedalar e o peso do veículo. Agora tenho mais um mê de aulas até poder fazer a prova e chegar ao sonho de criança, comprar um moto e andar por ai, sem se preocupar com engarrafamentos, sem gastar tanto quanto gastaria com um carro, afinal a manutenção, o consumo de combustível e o pedágio, sempre sai mais em conta.

sábado, 13 de março de 2010

Carta aberta ao Guga


Dando continuidade a série "Cartas Abertas", a edição de março é direcionada ao ex tenista Gustavo Kurten, o Guga. Este ano, completa-se uma década que aquele garoto conquistava em Lisboa o Master Cup e se consolidava como o melhor tenista do mundo. Obrigado Guga, por sua garra e determinação, tão valorizada não apenas por nós brasileiros, mas também por todo o mundo, quando anos atrás, aquele rapaz franzino e então desconhecido, nascido em Floripa, assombrava o mundo com sua excelente trajetória em Roland Garros e que deu início a sua caaminhada rumo a coroa de "Rei do Saibro". Lembro o espanto que foi, quando você venceu esse renomado torneio, muitos pensavam: "mas logo um brasileiro?". O espanto se justificava, pois durante anos e ainda hoje é comum ouvirmos que nosso país é o país do futebol, mesmo com conquistas importantes em outros esportes. Mas seu feito assombrou sim o mundo, afinal o último grande nome do tênis que o Brasil teve, foi a Maria Ester Bueno, muitos anos antes e como o Brasil, nunca teve e ainda não tem uma política de desenvolvimento esportivo ampla e estruturada, seu feito foi sim uma grata surpresa. Ali, no saibro de Paris você começava sua caminhada rumo ao topo e que culminou com a conquista em terras portuguesas 10 anos atrás, quando chegou ao topo do ranking mundial, feito até então inédito, uma vez que na época da Maria Ester Bueno ele ainda não existia. Suas conquistas serviram para difundir o tênis e fazer com que outros atletas também conquistassem bons resultados, como foi o caso do Meligeni, que levou o ouro no Pan do Rio.
Sua caminhada, ao lado do técnico Lari Passos, abriu caminhos para que hoje, o Brasil tenha uma certa caminhada no tênis e ela já vem dando frutos, como a recente conquista do Aberto da Austrália, na categoria juvenil, por um tenista que treina com o Lari. Nós brasileiros reconhecemos a sua importância para o tênis e torcemos que este esporte, tão popularizado na época de suas conquistas, continue dando alegrias ao nosso povo. Parabéns Guga.

quarta-feira, 3 de março de 2010

É preciso separar o joio do trigo


A votação da chamada emenda Ibsen Pinheiro, que prevê a partilha do dinheiro referente aos royalties do petróleo e que será votada na quarta-feira dia 10, tem alimentado muitos debates sobre o destino desses recursos. é claro que a classe política da região produtora de petróleo é contra a proposta do parlamentar do PMDB e por isso, nos últimos dias mobilizou centenas de pessoas para se manifestarem contra essa divisão.
Porém, o foco da questão não vem sendo debatido da forma como deveria. Pois os políticos que se mobilizaram em "defesa" dos royalties, querem a sua manutenção, são os mesmos responsáveis por sua má aplicação. É evidente que esse dinheiro deve ser aplicado nas cidades produtoras para compensar e financiar seu crescimento, através de obras de infra-estrutura e também na qualificação da mão de obra local para trabalhar na área. E isso, todos os moradores da região sabem que não acontece.
Essa é uma bandeira justa, os royalties devem sim permanecer nessas cidades, mas para serem gastos na construção de moradias, escolas, unidades de saúde, rede de esgoto, transporte e segurança pública e isso não acontece nessas cidades. O objetivo dos políticos que foram às ruas é manter esse recurso para continuar ganhando mais dinheiro e para poder se perpetuar no poder, através de assistencialismo barato, inchando a máquina pública para trocar empregos por votos.
Essa é a real mudança que deve acontecer.
É preciso que a população saiba separar o joio do trigo e que a população não seja punida por causa do descaso e ou incompetência de seus governantes. Caso a emenda seja aprovada e sancionada, as cidades produtoras deixaram de receber muito dinheiro e é ai, que está o grande erro dos "torcedores" pela aprovação da mesma, pois se com o dinheiro, essas cidades não investem no que precisam, imaginem então sem esse recurso. Caso isso aconteça, a medida serviria de desculpa, ainda que esfarrapada, para que os políticos continuem não investindo onde deveriam.
Sobre a argumentação de que caso, as cidades percam esse dinheiro, os políticos não teriam como desviar verbas, ou desviariam menos dinheiro, esse argumento esta errado, pois eles sempre encontram um meio de manter suas mordomias e maracutaias e mais uma vez quem pagará a conta, será a população.