sábado, 3 de abril de 2010

Controvérsia yanke

Os estadunidenses mostram agora mais um capítulo de sua interminável história de incoerências entre seu discurso e sua prática, talvez tal comportamento seja a maior herança deixada pela sua ex metrópole Inglaterra, que ganhou o mundo espalhando a máxima "faça o que eu falo, mas não faça o que eu faço". A bola da vez volta a ser a questão energética apoiada nas bases da economia.
Dias após anunciar que vai criar sanssões para as empresas que tenham recebido créditos de bancos estadunidenses, mas continuam mantendo relações comerciais com o Irã, o alvo da vez passou a ser o etanol brasileiro.
A controvérsia entre discurso e prática, acontece exatamente ai. Todos sabem que os EUA são ferrenhos defensores do chamado "livre comércio" e que isso só é possível, sem incentivos fiscais, mas o governo de Washington, vive gastando muito dinheiro público para resgardar setores da economia, que não aguentariam a concorrência internacional. Isso já aconteceu com o algodão, com a laranja e agora acontece com o etanol. Os Estados Unidos são forte produtores de etanol, mas este combustível é feito através do milho.
Os problemas do etanol do milho é que ele é menos eficiente e polui mais do que o produzido da cana de açucar, como é o caso do brasileiro. Além disso é evidente que o etanol a base de milho, traz sim problemas relacionados ao fornecimento de alimentos, tanto é que segundo o Patrick Boyle, Presidente da Associação que representa os produtores de carne, o impacto de US$ 6 bilhões por ano sofridos pelos cofres americanos, causa prejuízos aos consumidores e aos produtores de carne, que tem que pagar mais caro pelo milho não utilizado para fazer etanol.
O protecionismo governamental neste caso, funciona da seguinte forma: Para cada galão produzido, o governo abate US$ 0,45 em impostos e o etanol produzido no Brasil, que é comercializado nas terras do Obama, paga US$ 0,54 de imposto de importação para cada galão que entra nos EUA. Os defensores do protecionismo, alegam que os EUA ainda estão se recuperando da recessão e que o fim de tais medidas colocaria em risco o emprego de 112 mil americanos, o que jogaria a economia de volta ao colapso.
É preciso que independente dos resquícios de crise, ou da importância eleitoral, que os estados produtores de milho possuem, eles passem a competir por sua conta e risco no mercado levre internacional, sem auxílio governamental. Outro comportamento questionável por parte do governo Obama em relação a energia é o fato de que o petróleo extraído de vários países hostis aos EUA, entrem no país sem taxação alguma, mas o etanol produzido no Brasil (um país democrático e aliado historico dos EUA) sofra sanssões econômicas.
Por isso, é hora do senhor Obama passar a colocar em prática os discursos que os EUA sempre defenderam.

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