sexta-feira, 29 de março de 2013

Alhos com bugalhos

A imprensa brasileira nos últimos anos, vive a tentar criar factóides para mostrar uma realidade que reflita seus interesses. É cada vez mais comum, vermos, ouvirmos ou lermos verdadeiros festivais de lenga lenga para justificar o injustificável, interpretam a realidade de forma distorcida moldando-a conforme seus interesses. Recentemente, tivemos mais uma prova disso com o texto publicado pelo jornalista Nelson Motta, no jornal estado de São Paulo e republicado no blog Besta Fubana.

No texto, Nelson que é ótimo crítico de música, mas vem escorregando com frequência, quando resolve sair de sua zona de conforto, mistura partes de diversos temas para  produzir uma analise rasa da questão  que se diz proposto a tratar. Motta esquece, ou ignora que a  imprensa  que vive a dizer ser perseguida pelo  governo, se fartou de publicar assuntos espinhosos ao governo incluindo ai, principalmente o caso do Mensalão. Então fica aqui a pergunta: Que censor é esse que vive tendo seus erros expostos pela imprensa, sem fazer nada para impedi-la?

A liberdade de expressão e de imprensa, existem e devem ser mantidas e defendidas, por toda  a sociedade, mas infelizmente a  imprensa preferiu por pensar apenas na liberdade de "empresa",  quando  na questão da obrigação do diploma de jornalista, para o exercício da profissão, optou por ignorar a Constituição Federal de 1988 e defendeu a desregulamentação da profissão, para defender o bolso dos barões da mídia.

Ai caíram na  primeira contradição: A obrigatoriedade do diploma não fere a  liberdade nem de expressão e nem a de imprensa, a internet com seus blogs está ai para garantir á qualquer cidadão que tenha uma blog e ou site, jogando por terra o argumento tão utilizado por estes senhoras. Com relação ao argumento de que os políticos não deveriam ter veículos de comunicação, eu concordo, mas fico em dúvida se os barões da mídia concordam afinal, são eles que garantem aos políticos esses veículos.

O "Controle Social", que deve ser defendido é o que garante uma maior fiscalização sobre a atuação do jornalista como acontece com muitas outras profissões,  como médicos, enfermeiros, advogados, juízes e tantos outros, que em caso de falhas enfrenta  problemas não apenas na esfera jurídica, mas também na profissional.

É preciso que as partes interessadas em  discutir temas importantes como esse, deixem as paixões de lado e vejam as  coisas como elas realmente são sem ficar misturando alhos com bugalhos.




Nenhum comentário:

Postar um comentário