quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Quando o dinheiro fala a verdade se cala

O título do texto é um antigo ditado russo, do tempos dos Czares e que apesar de mesmo depois de tantos anos - já se vão quase 95 anos da Revolução Bolchevique que os destronou - a frase continua atual. A cada dia, vemos provas de que por dinheiro e em nome dele, vale tudo. Recentemente pudemos acompanhar a atualidade deste ditado, observando o comportamento da imprensa intenacional, que na busca incessante pelo tilintar mais forte de suas caixas registradoras, atropela a ética, flerta com a ilegalidade e traveste a libertinagem com roupas de uma suposta "Liberdade de Expressão e ou de Imprensa".

Eu explico: Neste mês já tivemos uma revista francesa, que publicou fotos da Duquesa de Cambridge e o Príncipe da Inglaterra, onde os mesmos aparecem de maneira bastante descontraídas, curtindo férias na França. A Duquesa chega a aparecer apenas com a parte de baixo do biquini, o que me desculpem, deveria ser normal, afinal a mesma estava em uma propriedade privada e por isso deveria ter sua intimidade preservada, anormal foi o comportamento do fotógrafo e da revista, que serão processados pela família real inglesa. 

A justificativa dos profissionais da notícia é de que o fato é notícia e que por isso sua divulgação se justifica. Para esse observador, tal argumentação é fraca demais para se sustentar aos olhos da lei de qualquer país democrático que queira se levar a sério. O caso é um evidente atentado a privacidade de uma celebridade e o ocorrido é um deserviço ao trabalho jornalístico. Na realidade o que aconteceu ali, foi que como tais fotos seriam uma ótima fonte de renda, uma vez que nossa sociedade, está a cada dia mais superficial e ávida por factóiodes, tanto fotógrafo, quanto os veículos que publicaram as mesmas pensaram apenas no faturamento, mostrando a verdade e a atualidade do ditado russo.

O mesmo pode se dizer do vídeo produzido nos Estados Unidos, com ofensas a fé islâmica e também as charges ofensivas ao profeta Maomé, publicadas na Europa. A imprensa e a comunicação em si não deveriam ser utilizdas como ferramenta de ódio, esse não é o papel que lhe cabe na sociedade contemporânea. Infelizmente, uma árvore jamais poderá esconder o arvoredo e a cada repetição de fatos como estes, fica evidente que em nome do dinheiro a imprensa e os comunicadores, não pensam duas vezes em lançar mão do lado negativo da comunicação, somente para juntar, mais e mais riquezas, mesmo que tal objetico desencadeie reações extremas e tão injustificáveis como os protestos que vem acontecnedo nos páises de maioria islâmica.

Estes casos me lembram, de uma história que ouvi, quando ainda estava na faculdade. Um jornalista alemão, correspondente de uma das maiores revistas daquele país e que atuava no Rio de Janeiro, contou a seguinte história para as dezenas de alunos que o assistiam na Associação Brasileira de Imprensa (ABI).

Você, sendo jornalista é informado de que um politico envolvido em escândalos, está hospedado em um hotel de sua cidade, vai para o mesmo afim de coneguir uma entrevista com o ele. Você chega ao hotel e fica esperando o possível entrevistado no sagão. Algum tempo depois, desconfiado da falta de notícias sobre o mesmo e vendo que ele não sai do quarto, você tem oportunidade de chegar ao andar do quarto e bater à porta: Lá dentro ninguém responde. O que você faz? Arromba a porta? Desiste da entrevista? Conseguindo entra na suite você se depara com o cadáver do político. O que você faz? Publica o "furo", ou deixa passar a "oportunidade"?

Para quem leu até aqui e ficou a primeira resposta, deixo aqui a mesma resposta dada pelo repórter alemão. Vocês, não trabalhariam naquela revista. Ao ser perguntado do porque do veto, o senhor respondeu: Por mais importante que seja o fato, ele não pode se sobrepor as questões éticas da profissão. Infelizmente, ao que vemos a lição dada pela revista germânica, não é seguida pelas co-irmãs da Europa e dos EUA.

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Carta Aberta à Ana de Hollanda

A Carta Aberta de setembro é endereçada a cantora e ex ministra da Cultura, Ana de Hollanda que anunciou hoje seu desligamento da pasta. Parabenizo  aqui a coragem dela de criticar de maneira tão clara  a  atual situação da Cultura em nosso país, algo deixado de lado há  tempos pelo poder público brasileiro e que acaba  por afastar investimentos maiores da iniciativa privada. Já passou da hora de nossos governantes avaliarem a questão cultural como prioridade, afinal os ganhos que tal comportamento  trariam  ao  país são incalculáveis, além de garantir um maior destaque ao Brasil no cenário internacional.

Infelizmente essa situação não é a  nossa realidade, pois falta um maior investimetno por parte da  classe política. Basta um rápido giro pelas nossas cidades para descobrirmos pontos de interesse histórico cultural, que estão em completo estado de abandono. Faltam  incentivos nas  mais variadas formas culturais, mesmo na chamada cultura popular, a ação dos gestores culturais deixaaa desejar. Isso acontece por que o orçamento anual da  pasta é limitado a apenas 0,06% do orçamento da União. Não precisa ser especializado em economia e ou em administração para chegar a conclusão de que esse dinheiro é insuficiente, para se tratar a cultura  com o devido respeito. Assim, quem perde é o país.

É hora de o Governo Federal, juntamente com estados, municípios e profissionais do setor discutam meios para mudar essa triste realidade. Vejamos exemplos de outros países, emergente ou não que utilizam  suas  produções culturais como propaganda dos mesmos. Como pensar em cinema e não lembrar de Estados Unidos, na  França, na  Itália e até na Índia. Em relação a música clássica, podemos citar a Alemanha, a Áustria,  a Rússia e alguns outros países, que resurgiram após o fim da União Soviética, o mesmo acontece com a dança. É  necessário que o Brasil incentive a cultura nacional e consolide a mesma como identidade nacional propagando a pelo mundo.

Para que isso aconteça é preciso uma ação mais ampla do Ministério e não é trocando a ocupante da pasta  que chegaremos a alguma solução. É preciso reformular por completo as práticas do mesmo, caso contrário a troca  não terá resultado efetivo, fazendo do Ministério apenas um local para negociações políticas eleitorais.

sábado, 25 de agosto de 2012

Farewell Kodak


O ano era 1881 e o cenário era a cidade de Rochester, etaado de Nova York o jovem bancário George Eastman e seu sócio Henry Strong, protagonizaram uma verdadeira revolução na história da fotografia e deu início a história da fotografia  moderna. Assim nascia a Eastman Kodak Company. A Kodak transformou a fotografia ao criar o filme fotográfico e o negativo. Em 1888 é lançada a primeira  câmera da  marca., ela  era portátil, de fácil manejo e barata, pois custava apenas US$ 25.

As criações da Kodak  forma  fundamentais para  modernização e popularização da fotografia em todo o  mundo. Inicialmente o filme Kodak permitia 100 fotos por rolo e o consumidor/fotógrafo enviava a  máquina para sede da Kodak, que retirava o filme, revelava  as  fotos e repunha um novo filme. Tudo isso  saia por US$ 10 e era feito por reembolso  postal.
 
Essas iniciativas popularizaram a  marca que foi  alcançando outras  inovações que  consolidarama Kodak  como garantia  de qualidade em fotografia. Produziu o primeiro filme comercial do mundo em 1908 e durante a Primeira Guerra Mundial desenvolveu câmeras para fotos aéreas e treinou fotógrafos para a  aeronaútica dos Estados Unidos.

Em 1969, a Kodak faz história novamente ao mandar para a Lua,  juntamente com os astronautas Aldrin  e Armstrong. em 1980, a Kodak entra no setor de diagnóstico médico com o filme Kodak  Ekatachem. Quatro anos  mais tarde lançou o Kodakvision, entrando no  mercado de vídeos. No início dos  anos 2000, a Kodak  inova  outra  vez lançando as câmeras digitais. As inovações e a  diversificação dos setores onde atuava, fez  da empresa um gigante e também um dos símbolos do capitalismo estadunidense.

Entretanto, a situação mudou por completo nos últimos anos e a Kodak iniciou um amplo processo de decadência perdendo espaço para concorrentes. Em janeiro de 2012, após 130 anos de uma bela  história, a Kodak, anunciou seu pedido de concordata. Um mês após o pedido de concordata a empresa anunciou que deixaria de fabricar câmeras digitais,  fazendo o mesmo com os porta-retratos digitais. Agora  resta  à  Kodak a venda de mais de mil  patentes relacionadas a imagem digital e que ainda pertencem a empresa, para  tentar sanar as dívidas. entretanto, uma  decisão  já  é certa e parece irreversível a Kodak está  se retirando  do  mercado fotográfico  que ajudou a criar e popularizar nesses mais de 100 anos de história. Um motivo para deixar todos os fotógrafos  e amantes  da  fotografia bastante entristecidos.

Foto: http://blogs.estadao.com.br/link/kodak-abandona-fotografia/
Dados sobre a história da Kodak: Blog Mundo das Marcas http://www.mundodasmarcas.blogspot.com.br/2006/05/kodak-fotografe-momentos.html




segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Parabéns por mais um ano

A correria dos últimos dias não permitiu que este texto fosse publicado na data correta, mas o dia 19 de agosto não foi esquecido por estse blogueiro. No último domingo este espaço completou mais um ano de  caminahda e de observações sobre temas variados e assim continuará por muito mais tempo. Nesse período, o blog tomou um formato e um tamanho muito maior do que o esperado quando a três anos atrás, deu início a essa jornada.

O foco do blog continuará sendo a publicação de observações sobre temas variados como esporte, política e cultura,  com o diferencial de que em esporte, o futebol, que já pautou tantos textos aqui publicados ficará  mais raro,  uma vez que já fazalgum tempo embarquei em um belo projeto de outro blog, juntamente com alguns amigos que trata exlusivamente de futebol. Sugiro aos leitores deste observador que acessem também o Conexão no Futebol (www.conexaonofutebol.blogspot.com). Com essa mudança, outros esporte ganharam mais espaço aqui.

Outros temas ligados principalmente a realidade de Macaé, também aparecerão por aqui com mais  frequência, até por que a ideia inicial deste blog era  focar em observações sobre temas locais. Agradeço aos leitores que possibilitaram ao Observador marcas  importantes como os mais de 10 mil acessos nesses três anos e também a marca de já ter sido lido em tantos países e em todos os continentes. Continuarei escrevendo aqui com frequência, sempre que tiver um tempinho para isso, o que aumentará consideravelmente nos próximo dias.
 
Começarei também a partir de agora, a fazer deste blog, uma espécie de portifólio, onde publicarei textos  escritos para  outros espaços e que serão divulgados e armazenados aqui também. É claro que iideias já utilizadas  aqui e que vem mostrando retorno, como é o caso das já tradicionais Cartas Abertas  continuarão a serem publicadas aqui mensalmente, aliás desde o  início dessas publicações lá em Dezembro de 2010, as  cartas foram publicadas todos os meses,  com uma única excessão, que foi em fevereiro deste ano, quando minhas férias tiraram meu tempo para publicar a carta daquele mês. Entretanto, algumas situações observadas aqui me levaram a uma série de edições extras de cartas, o que continuará acontecendo, sempre que necessário.

Também continuaremos com o Prêmio Fanfarrão do Ano, que já aponta diversos candidatos para a edição 2012. Assim como estes casos, novas ideias  serão implantadas no decorrer dos próximos anos. Parabéns aos leitores  pelo incentivo dado à este escritor a cada novo acesso e que venham mais textos, mais acessos, mais leitores e muitos mais anos de observações.


Larguei! Volto em breve.


Pois é sempre defendi e acreditei que a internet, como uma ferramenta perfeita para a livre expressão de ideias, o cenário ideal para as liberdades de imprensa e expressão que sempre defendi afinal a primeira é fundamental para o exercício da minha profissão e a segunda é primordial para o pleno exercício da democracia, algo tão caro a sociedade contemporânea.

Entretanto, com o tempo percebi que em alguns espaços da web, é comum encontrarmos pseudos ditadoreszinhos, que se acham donos da verdade e refutam qualquer tentativa de debate, mesmo com a apresentação de argumentos sólidos. Estes tentam desesperadamente desqualificá-los apenas pelo fato de serem contrários ao que defendem.

Assim sendo, como vivemos em um período conturbado para quem atua na política, onde por baixa capacidade intelectual de muitos e ou mau caratismo de outros, é comum percebermos a tentativa de deturpação do que expressamos, infelizmente não vejo outra saída, que não saída forçada de algumas das ferramentas que compõem a rede mundial de computadores.

Refiro-me aqui unicamente ao Facebook, não tenho nada contra esta que é a maior rede social do mundo, pelo contrário. Apenas ando descontente com a forma como alguns usuários vem utilizando a mesma, ou querendo que os outros a utilizem. Um dos maiores nomes da nossa literatura, Clarice Lispector (1920-1977), certa vez, escreveu algo com o que eu concordo plenamente: “Liberdade é pouco. O que eu desejo ainda não tem nome”. É assim que encaro a internet e era isso que esperava do Facebook, mas não é o que tenho encontrado.

Assim sendo anuncio aqui que a partir de hoje, 20 de agosto, até o dia 8 de outubro, quando já estiver encerrado o período eleitoral, estarei de férias do face. Permanecerei utilizando a rede, seja através do O Observador (www.oobservador-ricardoabreu.blogspot.com) e do twitter (@Ricardo_Ninja), de onde, aliás, sou originário. Estive meio afastado recentemente, mas sempre fui muito mais twitero, do que “facebooker”.

Lamento que com essas férias forçadas, perderei temporariamente o contato com muitos amigos PJoteiros de todo o Brasil, o mesmo acontecendo com os muitos Loucos do Bando, com os quais tenho contato pelo face. Aos amigos de face que tenham twitter, espero poder encontrá-los por lá, assim como é evidente espero visitas ao blog, para mantermos contato e assim continuarmos trocando ideias de forma livre e democrática.

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Carta Aberta à Jorge Amado


A Carta Aberta de agosto é em homenagem a um dos maiores nomes da Literatura Brasileira. Jorge Leal Amado de Faria, ou simplesmente Jorge Amado é um dos escritores mais traduzidos de todos os tempos e o autor do maior número de obras adaptadas para a televisão. Jorge criou sucessos como Tieta do Agreste, Gabriela, Cravo e Canela, Dona Flor e Seus Dois Maridos, Teresa Batista Cansada de Guerra e Tenda dos Milagres.


Nascido em Itabuna, que há época era distrito de Ilhéus, Com um ano, Jorge Amado se mudou para Ilhéus, onde ele passou a maior parte de sua infância. A cidade foi inspiração para vários romances, sendo o mais famoso Gabriela, Cravo e Canela. Nos anos 30 vai cursar Direito no Rio de Janeiro. Nessa época, ele entra em contato com o movimento comunista organizado.

Atuou como jornalista e se envolveu intensamente com a política, inclusive transpondo os problemas e injustiças sociais, para suas obras tão permeadas de sensualidade, folclore, cultura, crenças e tradições da sociedade baiana da época. A literatura produzida por Jorge Amado é essencialmente voltada para as raízes nacionais. Em 1945, foi eleito deputado federal pelo Partido Comunista Brasileiro. 

Atuando no parlamento, Jorge Amado foi autor da emenda que garantiu a liberdade religiosa, também foi autor da emenda que garantiu o direito autoral. Viveu exilado nos anos 40 e 50. Nesse período viveu na Argentina, no Uruguai, na França e na então Tchecoeslováquia.

Com suas obras, recebeu diversos prêmios e foi publicada em 55 países e traduzidas para 49 idiomas e dialetos, também eve obras publicadas em braile. Jorge Amado foi eleito para a Academia Brasileira de Letras em 1961 e ocupou a cadeira 23, que tem José de Alencar como patrono. A partir da experiência na entidade e do convivio com os outros "imortais", Jorge Amado escreveu Farda, fardão, camisola de dormir. Permaneceu como membro da academia, até 2001, quando no dia 6 de agosto veio a falecer, deixando a cadeira para Zélia Gatai, sua esposa, que fora eleita para sucede-lo na ABL.






domingo, 29 de julho de 2012

O lado negativo da tecnologia

O texto de hoje,  foi motivado por uma conversa que tive com meus pais recentemente sobre equipamentos tecnológicos e o avanço dos mesmos nos últimos anos. A conversa  começou por conta de um aparelho de rádio que tinhamos em casa que ganhei do meu avô quando ainda era criança. Lembro que ele era bem maior que os rádios atuais e com ele, dependendo do local da casa  em que estivessemos era  possível captarmos conversas  entre aeronaves que sobrevoavam a cidade, algo impensável para os aparelhos atuais.

Outro aparelho de rádio que tive, que tinha  sido do meu outro avô, era possivel ouvir rádios não apenas de Macaé, minha cidade, como ouvia várias  rádios de cidades vizinhas ou distantes como as da cidade  do Rio de Janeiro. o  rádio era  tão bom que era possível ouvir estações de rádio do exterior, lembro de ouvir algumas rádios dos EUA e até da Guatemala,  além é claro de raras vezes chegar a escutar a tradicionalísma BBC de Londres.

Hoje com o avanço tecnológico, não consigo mais ouvir rádios de outras cidades com tanta facilidade. Lembro que muitos anos depois disso, quando já estava na faculdade e estagiava em uma rádio do Rio, tive que fazer um  verdadeiro malabarismo no rádio de casa para que a  família  me ouvisse  na rádio. Consegui alcançar o objetivo, mas tive saudades do velho rádio do "vô Argemiro".

Esse fato mostra que ao mesmo tempo em que a tecnologia avança  no sentido de nos aproximar, da  maneira que o Teórico da Comunicação  Marshall McLuhan (1911-1980) acreditava, ela acaba por nos afastar também e a história  do rádio mostra bem essa situação, ele que nasceu como o primeiro meio de comunicação realmente de massa e com um espirito anárquico, que foi combatido até chegarem a conclusão de que o espectro radifonico deveria ser controlado pelo estado e consedido  por este aos capitalistas que demonstrem interesse em explorá-lo. Essa prática gerou verdadeiros imperíos radifônicos que  posteriormente chegaram  também as  televisões e se  espalhou pelos outros meios existentes.