sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

E já se vão 10 anos

Personagem importante da nossa economia, a inflação, conhecida anos atrás como o "dragão indomável" e que só começou a ser amansada vinte anos atrás com o advento do Plano Real, a inflação até assustou em 2014, beirando e até ultrapassando o teto da meta, fazendo com que muitos acreditassem que no último ano a inflação terminaria o período a cima do teto da meta, que está em 6,5% já faz alguns anos.

Entretanto, faz 10 anos que a economia brasileira, mesmo com todos os problemas que ela tem e que são muitos, a inflação terminou mais um ano dentro da meta. "A inflação do Índice de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA), foi 6,41%, abaixo do máximo de 6,5%, o teto. Agora em janeiro a inflação deve ser um pouco mais alta do que em alguns meses do ano passado. Em parte porque janeiro e fevereiro são meses em que, todo ano, há mais reajustes, como escola, IPTU, ônibus e

"A inflação do IPCA em 2014 foi 6,41%, abaixo do máximo de 6,5%, o teto. Agora, em janeiro, realmente a inflação deve ser um pouco mais alta do que em alguns meses do ano passado. Em parte, porque janeiro e fevereiro são meses em que, todo ano, há mais reajustes, como de escola, IPTU, ônibus, etc...", destacou o ministro da economia Joaquim Levy. O ministro destacou ainda que a equipe econômica continuará atuando para manter a meta da inflação dentro do teto da meta em 2015 e levá-la para o centro da meta em 2016. Levy reforçou ainda que o governo manterá os esforços para reduzir custos, o que levará a inflação para o centro da meta.

O Brasil passou a utilizar o sistema de metas em 1999, como uma ferramenta para evitar o risco de hiperinflação que assolou o país nos anos 80 e 90, quando a inflação mensal chegava na caso dos 80%. Desde 2004, que a inflação está controlada, flutuando entre o centro e o teto da meta, chegando em 2011 a atingir o teto de 6,50%.



Para garantir que a inflação atinja a meta, o Conselho de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) é responsável por tomar as medidas que garantam o controle inflacionário. Para isso, a principal ferramenta é a taxa de juros. Toda vez que os preços sobem a cima do esperado, o BC intervêm com a elevação da taxa Selic. Essa medida encarece o crédito e incentiva a população a consumir menos e com isso os preços passam a ter tendência de queda.

O centro da meta é o índice a ser perseguido e desde 2005, o centro da meta está em 4,5% ao ano, entretanto, esse índice pode variar em dois pontos percentuais para mais ou para menos. Desta forma, a inflação não pode ficar abaixo de 2,5% e nem a cima de 6,5%. Em 2005, o país esteve próximo de atingir o centro da meta (4,5%), quando a inflação anual ficou em 4,46%.

Quando o IPCA estoura o teto da meta, não há punição quando se ultrapassa o teto, mas serve como um alerta de insegurança nos investidores, que ampliam as exigências de juros mais altos para retomarem os investimentos no país. Quando isso acontece, o presidente do BC deve divulgar uma carta aberta ao ministro da fazenda justificando o descumprimento e informando quais medidas serão adotadas para controlar a inflação.



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