segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Que fim levou (1)


                                       Tyrrell de Jackie Stewart, campeã de 1971

A Fórmula 1 ainda está na fase de testes da pré-temporada e para esquentar os motores, enquanto a emoção não começa pra valer, o Blog O Observador iniciou uma sessão com o título a cima para contar um pouco da história da categoria. Para iniciar, falaremos daquela equipe que inspirou a criação da série. Refiro-me a equipe Tyrrell, que marcou seu nome na categoria.
A Tyrrell Racing Organization foi uma equipe fundada, por Ken Tyrrell, que após deixar a Royal Air Force, se tornou piloto carreira na qual não obteve muito sucesso. Em 1970, após a quebra de um acordo entre Ken Tyrrell e a equipe Matra, quando Ken construiu o Tyrrell 001, que utilizava os motores Ford Cosworth, para correr as três etapas que faltavam até o término da temporada. O carro pilotado por Jackie Stewart conquistou uma pole position no Grande Prêmio do Canadá, mas ainda não seria naquela temporada que Ken Tyrrell comemoraria sua primeira vitória.
Em 1971, a Tyrrell faz um campeonato histórico alcançando o título entre os construtores e entre os pilotos com Jackie Stewart, que venceu seis etapas. Seu companheiro Fraçois Cévert, venceu uma. Em 1972, com os mesmos pilotos e foi vice-campeã, entre os construtores. Entre os pilotos, Stewart foi vice-campeão. Em 1973, a dupla continuou e os resultados forma bons novamente. Stewart foi campeão entre os pilotos com cinco vitórias e 71 pontos e a Tyrrell ficou em segundo no Mundial de Construtores.
Em 1973 a equipe passa por seu episódio mais traumático. Surgem boatos de que Stewart se aposentaria, mas ele não confirma a informação e alega que a história seria uma criação de seu companheiro, pois sua aposentadoria seria a única chance que o francês teria de ganhar alguma coisa.
O francês respondia que seria o campeão daquele ano e durante os treinos para o Grande Prêmio dos EUA em Watkins Glen, durante uma volta rápida após o trecho dos esses, seu carro decolou e em seguida bateu no guard-rail a uma velocidade de 250 km/h. A batida impulsionou o carro para o guard-rail oposto. A Tyrrell de Cévert, ainda se arrastou Por 100 metros antes de parar em definitivo. O francês não sobreviveu e no dia seguinte Stewart anunciou sua retirada da categoria.
Para as vagas, a Tyrrell contrata o sul-africano Jody Scheckter e o francês Patrick Depailler. O sul-africano conquistou as corridas da Suécia e da Grã-Bretanha e a equipe termina o ano em terceiro lugar entre os construtores. No ano seguinte, com a mesma dupla a equipe conquista uma vitória na África do Sul e fica em quinto lugar no Mundial de Construtores.
Em 1976, a Tyrrell conquista uma pole e uma vitória na Suécia com Jody Scheckter e novamente é a terceira colocada entre as construtoras. Na segunda metade da década de 70, a Tyrrell coleciona resultados medianos, que pouco lembram o início arrasador da equipe e em 1980, pela primeira vez na história do time, ela termina a temporada sem pódios. Em 1981, a Tyrrell faz uma péssima temporada e termina em oitavo lugar entre os construtores, a pior colocação de sua história.
Em 1983, outra temporada ruim, e a equipe fecha o ano em sétimo lugar entre as construtoras. O único motivo de comemoração é a vitória de Michele Alboreto em Detroit. Em 1988, a Tyrrell era a única equipe a correr com os motores aspirados, todas as outras tinham os famosos turbos. No GP dos EUA, em Detroit, após a vistoria no carro de Martin Brundle foi constatado uma série de irregularidades no peso do veículo e também apresentaram suspeitas de alteração de combustível com substâncias proibidas.
 No dia 18 de julho do mesmo ano, uma semana antes do GP da Inglaterra, a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) decidiu pela punição mais radical com a desclassificação e banimento da equipe inglesa da F1. Após apelar na Federação Internacional de Automobilismo (FIA), Tyrrell conseguiu que seus carros corressem em Brands Hatch. A equipe participou ainda de mais três provas antes de se retirar da categoria.
Entre 1989 e 1992, a Tyrrell retorna a Fórmula 1, mas seu desempenho no período é fraco e a equipe consegue poços feitos dignos de nota. Em 1993, a equipe que agora conta com os pilotos De Cesaris e Katayama, além dos motores Yamaha, faz a pior temporada de sua história ficando em penúltimo lugar. Em 1994 ainda com motores Yamaha, a Tyrrell chega ao seu último pódio, com o terceiro lugar de Mark Blundell, no GP da Espanha.
Em 1997, agora com os motores Ford Cosworth de volta, mas sem o brilho e a potência dos anos 70, o único feito alcançado e digno de registro foi o quinto lugar de Jos Verstappen no GP de Mônaco, que rendeu os 2 últimos pontos da história da equipe. No final do ano, a equipe é vendida para a British American Tabaco, que passa a nomeá-la como British American Racing, ou simplesmente BAR.
A Tyrrell marcou a história da principal categoria do automobilismo mundial, estreando oficialmente em 1970, no Grande Prêmio da África do Sul, no circuito de Kyalami e totalizou 430 corridas, conquistando Dois campeonatos de construtores, um de pilotos, 23 vitórias, 77 pódiuns, 621 pontos, 14 poles positions e 20 voltas mais rápidas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário